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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

A 'voz colorida' da cantora Maricenne Costa em livro

 


A vida e a carreira da cantora paulista Maricenne Costa estão biografadas em Maricenne CostaA cantora de voz colorida (editora Álbum de Família), que está sendo lançado. De autoria de Elisabeth Sene-Costa, irmã de Maricenne, e da jornalista Laïs Vitale de Castro, o livro chega ao mercado com um apanhado das realizações dessa intérprete, que fez parte do auge da bossa nova paulista e representou a música brasileira em Portugal e nos Estados Unidos nos anos 1960.

Maricenne é de Cruzeiro (SP) e tem carreira pautada pela diversidade. Começou nos anos 1950 e recebeu o prêmio 'A Voz de Ouro ABC', um dos mais importantes da época. Viajou para os Estados Unidos para cantar, e foi citada na prestigiada revista DownBeat. Teve na platéia, 'vips' como Tony Bennet e Judy Garland. Foi a primeira cantora a registrar em disco uma música de Chico Buarque, a Marcha para um Dia de Sol (1964) e gravou com a banda punk Inocentes. Nos anos 70, fez teatro e trabalhou com Myriam Muniz e Ricardo Blat, por exemplo. Não se destaca apenas pela interpretação, mas também pela escolha do repertório. Há muito tempo realiza pesquisas musicais, em um trabalho pouco usual para cantores.

O livro se deve a um esforço da irmã caçula de Maricenne, a médica psiquiatra Elisabeth Sene-Costa, que, ao lado da jornalista Laïs Vitale de Castro entrevistou músicos, jornalistas etc. Nesse papo, Elisabeth fala mais sobre a livro e diz que apesar de amar a música, chegou até a ter aulas, nunca quis ser profissional, "a ciência e a paixão pelos estudos médicos falaram mais alto". 

Conexão Literatura - O que te fez parar e escrever a biografia de Maricenne Costa. Até que ponto é mais fácil ou mais difícil relatar sobre essa artista, sendo sua irmã? 

Elisabeth – Quando pensei em publicar uma biografia de Maricenne contratei uma jornalista (Laïs Vitale de Castro) para escrevê-la. Ao me entregar o rascunho achei que faltavam muitas histórias e que o livro deveria ser organizado de maneira diferente. Apesar de não ter tempo para me dedicar a uma revisão (sou médica e trabalho bastante), mas gosto muito de escrever, aos poucos, fui fazendo algumas modificações e inclusões que me deram muito prazer. 

Conexão Literatura - Por que você escolheu usar essa frase de João Gilberto, 'A cantora de voz colorida', como título? Você também concorda com esse colorido da voz dela? 

Elisabeth – O termo ‘colorido’ é uma metáfora utilizada pelo grande João Gilberto para evocar a beleza de um acorde, uma harmonia ou mesmo de uma voz. Quando ele mencionou à Maricenne que “sua voz também tem cores”, esse comentário lhe foi muito gratificante, com o qual concordei e achei que caberia bem como subtítulo. 

Conexão Literatura - Maricenne teve carreira pautada pelo ecletismo, antes mesmo de surgir esse 'rótulo' na música brasileira. Começou na bossa mas chegou a cantar com banda punk nos anos 80.Você acha que essa busca dela por um som 'diferente' deve-se a quê? 

Elisabeth – Maricenne sempre foi muito criativa, intuitiva e inovadora. Nunca se prendeu ao conservadorismo e coisas repetitivas. Sempre gostou de fazer descobertas novas, originais, de percorrer caminhos ainda não trilhados. Esta sempre foi uma característica de sua personalidade. 

Conexão Literatura - Ela foi convidada a se apresentar nos Estados Unidos, no começo da carreira, onde cantou para platéias de artistas como Tony Bennet e Judy Garland, por exemplo. Mesmo assim não quis ficar, resolveu voltar. Acredita que a carreira teria sido diferente lá fora? 

Elisabeth – Na realidade, ela somente voltou para passar um pequeno tempo no Brasil, tipo ‘matar as saudades’. Já estava com o contrato assinado de quatro anos para gravar um LP e dois 45 RPM pela Verve-MGM – Metro Goldwin Meyer Inc., de Los Angeles. Não é claro o que realmente aconteceu, mas inesperadamente, o contrato se desfez. Isso a abalou muito emocionalmente porque, com certeza, sua carreira teria tomado um outro rumo, de sucesso internacional. 

Conexão Literatura - Você contou com a parceria da jornalista e escritora Laïs Vitale de Castro, como vocês dividiram o trabalho? 

Elisabeth –Laïs começou conversando com Maricenne e entrevistando pessoas relacionadas a ela. Eu reorganizei o livro incluindo outras entrevistas, novos capítulos, fotos, trajetória artística mais completa etc. Nesta parte tive a ajuda do meu editor, Edilson Rodrigues da Silva, que me sugeriu ideias, inclusive da capa. 

Conexão Literatura - Teve alguém que você gostaria de ter o depoimento no livro mas não conseguiu? Se sim, cite alguns exemplos e por quê? 

Elisabeth – Maricenne conheceu muitos artistas que foram seus amigos e, algumas vezes, se hospedaram em sua casa. Muitos deles se tornaram famosos e, até certo ponto, ‘inatingíveis’. Provavelmente se houvesse mais tempo, e eu tivesse uma equipe de auxiliares, teria sido mais fácil o acesso a eles. 

Conexão Literatura - Sempre acusam o Brasil de não ter memória cultural. O que você acha dessa afirmação? Acha que faz falta mais livros relatando sobre esse período da música brasileira, tipo anos 50 e 60, por exemplo? 

Elisabeth – Considero verdadeira a afirmação. Infelizmente inúmeros artistas, das décadas citadas, foram renegados ao esquecimento. Sem sombra de dúvida, todos deveriam ter sua história contada em livros. Esta é uma das razões que me estimularam a escrever sobre Maricenne. 

Conexão Literatura - Sendo sua irmã essa figura extremamente musical, e você tendo convivido com ela aquele período de formação, nunca pensou em ser cantora, também? 

Elisabeth – Minha família sempre foi muito musical. Todos cantavam: meu pai, minha mãe, meus irmãos e eu. Quando adolescente alguns amigos tocavam violão e eu cantava com eles. Chegamos a fazer alguns ‘showzinhos’ em boates de Caraguatatuba e de São Paulo, porém nunca pensei em ser cantora. Meu projeto profissional era ser médica psiquiatra e psicoterapeuta, mas a música continua sendo parte importante da minha vida. 

Conexão Literatura - Gostaria de que você destacasse um disco ou mais de um de Maricenne Costa, que estão nas plataformas digitais, nos quais as pessoas pudessem escutar e conhecer mais sobre o trabalho dela.  

Elisabeth –Vou citar quatro CDs:

“Correntes Alternadas” (1992). Destaque para as músicas “Muito Prazer”(Edvaldo Santana e Ademir Assunção), “Dor de dente” (Duda, do ‘Moleques de Rua’) e “Garotos do Subúrbio” (de Clemente, do grupo Inocentes)

“Como tem passado!!” (1999). Muito elogiado por se tratar de uma pesquisa solicitada por Maricenne ao importante crítico musical José Ramos Tinhorão, dos primeiros ritmos brasileiros: modinha, maxixe, marchinha carnavalesca, cançoneta, tango e outros.

“Movimento Circular” (2005). Destaque para as músicas “Íntima” e “Compromisso”, ambas de Moisés Santana e “Marcha para um dia de sol” (Chico Buarque). Maricenne foi a primeira cantora a gravar esta mesma música de Chico, em 1964.

“Bossa.SP” (2009). Neste CD Maricenne homenageia músicos paulistas ligados à bossa nova, dentre eles Théo de Barros (“Pra não ser mais tristeza” e “Menino das laranjas”), Adilson Godoy (“Dá-me”), Paulinho Nogueira (“Ouvi tua voz”) e outros. 

Conexão Literatura - Você é médica psiquiatra, escreve livros relativos a sua profissão. Esse novo livro, a biografia de Maricenne Costa, vai em outra direção. Tem chances de virem outros semelhantes, com artistas? 

Elisabeth – Acho difícil porque as pessoas, em geral, procuram escritores já conhecidos como biógrafos. No entanto, pretendo publicar alguns contos que ainda estão guardados na gaveta. 

Conexão Literatura - Como o leitor interessado deve proceder para adquirir esse livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Elisabeth – O livro pode ser adquirido através do meu email elisabethsene@terra.com.br ou no portal UICLAP. Tenho um site (www.elisabethsene.com.br) que precisa ser atualizado, mas onde constam algumas informações a meu respeito. 

Perguntas rápidas: 

Um livro:“Alquimia do Conhecimento – Reflexões sobre Histórias e Saberes Entrelaçados”, de Taunay Daniel. O livro que estou lendo agora e gostando muito.

Um (a) autor (a): Taunay Daniel

Um ator ou atriz: Fernanda Montenegro

Um filme: “Cinema Paradiso” de Giuseppe Tornatore (1988). Tenho um capítulo com este título no livro “Psicodrama, cinema e processos de subjetivação” (editora FiloCzar/2016)

Um dia especial: 03 de dezembro, dia em que Maricenne completará 87 anos. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Elisabeth – Quero agradecer à Revista Conexão Literatura, a oportunidade de contar alguns por menores sobre o livro “Maricenne Costa – A cantora de voz colorida” que escrevi com muito carinho, em homenagem à minha querida irmã. 

Serviço: Livro: Maricenne Costa - A cantora de voz colorida  

Autoras: Elisabeth Sene-Costa e Laïs Vitale de Castro - Editora Álbum de Família

Preço: R$ 40,00 (edição PB) e R$ 60,00 (edição colorida)

Onde comprar: elisabethsene@terra.com.br; ou www.loja.uiclap.com/livraria.

 

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