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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Helloween: Histórias ao redor da fogueira


SINOPSE: Nós nos assustamos desde a noite dos tempos. Desde que, à deriva em um mundo feroz, nossos ancestrais paleolíticos buscavam explicar aquilo que não compreendiam. As tempestades e os trovões, o fogo, as bestas; um vasto território de mistérios já inspirava as mais delirantes histórias. Sussurradas ao redor da fogueira, elas amedrontavam, arrepiavam e acima de tudo fascinavam. Milhares de anos depois, o fascínio continua o mesmo. Já não nos reunimos ao redor de fogueiras com a mesma frequência, mas continuamos atentos ao sussurro do desconhecido.
Sobretudo nos festejos em que a razão não é bem-vinda; nas celebrações em que os séculos de progresso cedem lugar ao prazer de aterrorizar. E o Halloween é uma dessas ocasiões. Afinal, cultuar os mortos também significa retroceder no tempo. Por isso, a editora Coerência convida você a uma celebração à moda antiga. Neste ano, deixe os doces e as travessuras de lado para acomodar-se diante da fogueira. Só pense bem antes de abrir este livro, porque ele traz horrores muito piores do que tempestades, trovões ou animais.

Ficha Técnica
Título: Helloween: Histórias ao redor da fogueira
Páginas: 175
Autores: Aislan Coutler, Cláuda Lemes, Décio Gomes, Glau Kemp, Karen Alvares, Raphael Miguel, Renata Magessi, Vitor Abdala, Soraya Abuchaim e Luciano Milici
Preço: R$40,00
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domingo, 2 de julho de 2017

Livro "Narrativas do Medo", reunirá principais nomes do horror nacional

Narrativas do Medo será publicado pela Editora Autografia, através de seu novo selo, o Neblina Negra. A previsão é que o livro seja publicado na Bienal do Livro, que acontece entre o final de agosto e o início de setembro, no Rio de Janeiro. O livro vai reunir 17 autores, entre eles alguns dos principais nomes do gênero. A ideia do organizador Vitor Abdala era reunir não só autores publicados em grandes editoras, como Cesar Bravo, Rô Mierling, Alexandre Callari e Marcus Barcelos, como também outros nomes de destaque no cenário nacional. Além deles, há autores de grande talento, que foram publicados de forma independente ou por editoras menores, como é o caso de Duda Falcão, Márcio Benjamin, Paul Richard Ugo, Ademir Pascale, Alfer Medeiros, Gustavo Perosini e Geraldo de Fraga. Também reúne algumas promessas, isto é, autores que ainda não publicaram trabalhos solo, como Flávio Karras e Hedjan C.S., mas que já demonstraram talento inquestionável com seus contos publicados em antologias. Além disso, tem a lenda do cinema de horror trash nacional Petter Baiestorf, que é mais conhecido por sua face de cineasta, mas que também tem um projeto chamado “Mal do Horror”, um site onde publica contos e poemas próprios e de outros autores. Para fechar o elenco, o organizador convidou dois estreantes na literatura, mas que são nomes bastante conhecidos no meio do horror. Daniel Pires é jornalista e cineasta, criador do Canal Lenda Urbana, onde produz curtas de terror, e Rodrigo Ramos, que é um expert no terror e colaborador do Boca do Inferno, apesar de nunca ter escrito ficção antes. Portanto, somando todos eles e mais a participação do organizador, somam 17 autores. Vitor Abdala convidou pessoalmente cada um deles com a seguinte proposta: escrever um conto de terror, de tema livre, com cerca de 3 mil palavras. Como se isso não fosse suficiente, Rubens Francisco Lucchetti aceitou fazer um pequeno texto, para aparecer na contracapa ou na orelha do livro. E isso se encaixou perfeitamente na proposta do projeto, porque é como se o nome mais importante da literatura de horror brasileira apresentasse uma nova geração de sucessores.

ENTREVISTA:


Conexão Literatura: Será lançado em breve o livro “Narrativas do Medo” (Editora Autografia), obra que reúne 17 autores mais a participação do lendário escritor R. F. Lucchetti. Qual o diferencial do livro se comparado com outras antologias do mesmo tema?
Vitor Abdala: Nos últimos anos, têm aparecido muitas coletâneas de terror no país, mas, em geral, são para reunir novos autores. E são antologias abertas pagas, isto é, a editora abre inscrições, vários autores enviam seus textos e precisam comprar um número específico de exemplares. Essa iniciativa é ótima, porque dá oportunidade aos novos talentos. Mas não são tão atrativas para o leitor, para o fã do horror. Pensando nesse leitor, acho que faltam grandes antologias de horror no Brasil. Faltam aquelas antologias que você olhe e pense “Meu Deus, Fulano, Beltrano e Sicrano publicando juntos. Só fera! Preciso ter esse livro!”. Faltam aqueles livros que o leitor olhe e saiba que encontrará boas histórias, só de ver os nomes ali reunidos.
São poucas as antologias que reúnem nomes importantes do gênero aqui no país. Nos EUA, antologias de terror reunindo grandes autores são uma coisa comum. Tem coletâneas que trazem Stephen King, Clive Barker e Peter Straub no mesmo livro, por exemplo.

Tentei transpor essa ideia para cá, juntando os nossos King, Barker e Straub nacionais. Tenho a convicção de que essa antologia entrará para a história do horror brasileiro.

Conexão Literatura: Profissionais da sétima arte também estarão no livro. Conte mais pra gente.

Vitor Abdala: Pois é. Em resumo, a proposta desse livro é reunir alguns dos principais nomes do horror no Brasil. E não reunir os escritores mais conhecidos de literatura de terror no Brasil. Há uma diferença sutil entre as duas propostas. Ao dizer “principais nomes” e “não escritores mais conhecidos”, eu abro espaço para trazer para o livro algumas das mentes mais criativas da cena do horror nacional, em outras áreas. Temos pelo menos três exemplos desses no livro. Dois dos autores são essencialmente cineastas, que são Petter Baiestorf e o Daniel Pires. O Petter, se não me engano, se dedica muito pouco a escrita de contos, mas é um dos principais nomes do cinema independente nacional, com histórias absurdamente criativas. Daniel Pires nunca havia escrito um conto antes do NARRATIVAS DO MEDO, mas já escreveu vários curtas e seu canal do Youtube é um dos maiores produtores de curtas de terror do país. O terceiro exemplo é o Rodrigo Ramos, que também nunca escreveu literatura de ficção, mas tinha um ótimo trabalho como crítico do portal Boca do Inferno e tinha lançado, em conjunto com outros autores, uma obra de referência sobre os palhaços no terror. Quando o convidei, ele até ficou com um pouco de receio de participar, mas eu sabia que ele faria um bom trabalho. E eu estava certo. Em relação aos três autores.

Conexão Literatura: Como estão os preparativos para o lançamento do livro?

Vitor Abdala: O conteúdo do livro está 70% concluído. A capa também já foi definida. Nesse momento, estou aguardando para receber os últimos contos e estamos revisando os textos já recebidos. A expectativa é que, no mais tardar no meio de julho, o material seja encaminhado para a editora, para que possamos lançá-lo na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para saber mais e adquirir um exemplar do livro?

Vitor Abdala: Depois de lançado, o livro estará disponível nos sites das principais editoras do país. Como a editora é pequena, será difícil encontrar o livro em livrarias físicas. A sugestão é que o leitor encomende na livraria online e peça para entregar numa filial física, ou encomende direto na livraria física ou ligue pedindo o livro. Ainda não sabemos se o livro entrará em pré-venda. Essas coisas dependem da editora.

Conexão Literatura: Além de organizador você também é escritor e já tem livros publicados. Poderia comentar?

Vitor Abdala: Na verdade, eu sou um jornalista que, por acaso, resolveu enveredar também pela literatura. Sou essencialmente um repórter, que acha mais interessante criar histórias do que simplesmente escrever notícias. Comecei há pouco tempo na literatura. Meu pontapé inicial foi dado no ano passado, quando publiquei duas coletâneas de contos. Tânatos foi publicada por uma pequena editora de São Paulo, em abril, e Macabra Mente foi publicado de forma 100% independente em novembro. Por causa desses lançamentos, acabei também publicando meus contos no exterior. Sou co-autor das antologias americanas Horror Library – Volume 6 e Night Shades #1. Um terceiro conto deve ser publicado na antologia britânica The 5th Spectral Book of Horror Stories, no ano que vem. Também sou atualmente o único membro brasileiro da Horror Writers Association, associação internacional que reúne alguns dos principais nomes do gênero, como Stephen King, Dean Koontz e Peter Straub. Atualmente, além de organizar a NARRATIVAS DO MEDO, estou terminando de escrever meu primeiro romance, uma história policial misturada com horror.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Vitor Abdala: Só queria destacar que o cenário nacional do horror tem crescido muito e esse livro reúne apenas alguns dos principais nomes. Há vários outros que gostaria de reunir em outro volume. Quem sabe um Narrativas do Medo – Volume 2?

Segue abaixo, uma breve biografia dos autores participantes:

Cesar Bravo
Farmacêutico de formação, é autor de Ultra Carnem (DarkSide Books, 2016). É também autor de vários romances e coletâneas, comercializados em formato de e-book pela Amazon, que lhe garantiram o reconhecimento de leitores de todo o país.

Alexandre Callari
Autor de Apocalipse Zumbi – Os Primeiros Anos (Generale, 2011) e Apocalipse Zumbi 2 – Inferno na Terra (Generale, 2013). É escritor, tradutor e editor da DC Comics no Brasil, além de apresentador do Canal Pipoca e Nanquim.

Rô Mierling
Autora de sete livros, entre eles Diário de uma Escrava (DarkSide Books, 2016), cuja degustação no Wattpad teve mais de 1,7 milhão de leituras. Em seu currículo está a organização de mais de 30 antologias.

Marcus Barcelos
Autor de Horror na Colina Darrington (Faro Editorial, 2015), livro publicado originalmente no Wattpad, onde teve mais de 1,2 milhão de leituras. O autor tem mais de 16 mil seguidores na plataforma de leitura online.

Duda Falcão
Um dos principais nomes da literatura fantástica do sul do país, é autor das coletâneas de contos Mausoléu (Argonautas, 2013) e Treze (Argonautas, 2013). É também professor universitário, editor e organizador de antologias.

Petter Baiestorf
Um dos principais nomes do cinema independente de gênero do país, é diretor de mais de 20 filmes (muitos dos quais também é roteirista) como “O Monstro Legume do Espaço” (1995), “Zombio” (1999) e “Zombio 2: Chimarrão Zombies” (2013).

Daniel Pires
Cineasta e jornalista, é criador do Canal Lenda Urbana, onde veicula curtas de terror que ele dirige e, muitas vezes, escreve. Seu canal no Youtube tem quase 80 mil inscritos. Já a página do Lenda Urbana no Facebook tem 1 milhão de seguidores.

Vitor Abdala
Membro da Horror Writers Association, dos Estados Unidos, é autor de Tânatos (Giostri, 2016) e Macabra Mente (VCA, 2016). É também coautor das antologias americanas Horror Library – Volume 6 (Cutting Block Books, 2017) e Night Shades #1 (Frith Books, 2017).

Rodrigo Ramos
Estreante na literatura de ficção, é coautor do livro Medo de Palhaço (Generale, 2016) e um dos editores do site Boca do Inferno, maior site de horror e fantasia do país.

Geraldo de Fraga
Autor de Histórias que nos Sangram (Multifoco, 2009), coletânea sobre lendas macabras recifenses, e colaborador do site Toca o Terror, um dos principais do gênero de terror brasileiro.

Marcio Benjamin

Autor potiguar, foi um dos 30 convidados da Primavera Literária Brasileira de Paris, realizada na Universidade de Sorbonne, em 2016. É autor de Maldito Sertão (Jovens Escribas, 2015) e Fome (Jovens Escribas, 2016). Maldito Sertão serviu de base ainda para uma HQ homônima.

Ademir Pascale
Autor de O desejo de Lilith (Draco, 2010) e Caçadores de Demônios (Draco, 2014), também é organizador de várias antologias. Seus contos foram publicados no Brasil e no exterior. É editor da revista online Conexão Literatura.

Paul Richard Ugo

Autor de Contos de Alguns Lugares (Autografia, 2015), é também roteirista do canal Medologia, um dos principais canais de curtas de terror brasileiros, com 127 mil inscritos no Youtube.

Alfer Medeiros
É autor da série Fúria Lupina e organizador das coletâneas de terror da Editora Andross, casa que já publicou mais de mil autores.

Gustavo Perosini (Melvin Menoviks) 
É autor da coletânea A Caixa de Natasha e Outras Histórias e tem contos publicados em várias antologias.

Flávio Karras
É autor de vários contos de terror publicados em antologias e no Wattpad.

Hedjan C.S.

É autor de vários contos de terror publicados em antologias e revistas e colunista do site literário Litere-se.

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domingo, 19 de junho de 2016

Participe e concorra ao livro Tânatos - contos sobre a morte e o oculto


O mundo de Tânatos - Por Vitor Abdala
Conheça um pouco sobre os nove contos que fazem parte da coletânea "Tânatos - Contos sobre a morte e o oculto".

Combustão
Jornalista se infiltra em quadrilha de traficantes, mas é descoberto e condenado à morte. Ele não imagina, no entanto, que seu tormento será horrível.

Vodu
Militar brasileiro da Missão de Paz no Haiti mata, acidentalmente, um homem nas ruas de Porto Príncipe. A mulher da vítima resolve se vingar amaldiçoando o soldado, com um boneco vodu.

Amanhã vai ser pior
A cada dia que acorda, homem percebe que tem um ferimento pior do que o do dia anterior. Ele não sabe como isso está acontecendo.

Soterrados
Depois de uma catástrofe de proporções imensas, com centenas de mortos, político desvia dinheiro público que seria usado na reconstrução de sua cidade. A Justiça arquiva o caso, mas será que ele escapará de sua punição?

Mensagem Instantânea
Mulher que está sozinha em casa recebe mensagens em seu celular de um estranho que insiste em conhecê-la.

Tem uma coisa dentro de mim
Homem começa a sentir uma dor no estômago e passa a acreditar que tem alguma coisa arranhando sua barriga.

O assassino hesitante
Jovem é atormentado por pensamentos homicidas, há anos, mas nunca consegue criar coragem para levar adiante seu desejo de matar. E algo acontece quando ele finalmente decide assassinar sua primeira vítima.

Prisão perpétua
Em uma velha penitenciária que está sendo esvaziada para ser demolida, um prisioneiro acorda sozinho em sua cela, depois de ter sido violentamente espancado por outros detentos. Em meio ao medo de ser novamente agredido, ele percebe que seria melhor não ter despertado.

Índios
Equipe de cientistas faz o mapeamento arqueológico de uma área isolada da floresta amazônica, onde será instalada uma unidade de extração de gás de xisto do subsolo. Mas coisas estranhas começam a acontecer no acampamento.

Para saber mais sobre o livro: Clique aqui.


REGRAS PARA PARTICIPAR DO SORTEIO:

1 - Curtir as fanpages listadas abaixo:
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- Fanpage do livro Tânatos: Clique aqui

2 - Compartilhar a promoção no Facebook: Clique aqui.

3 - Deixe um comentário nesse post com o seu endereço de e-mail (apenas uma vez) até o dia 20/07/2016

O resultado será divulgado no dia 21/07/2016, na fanpage da Revista Conexão Literatura

OBS.: É preciso ter endereço no Brasil

Boa sorte!
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Repórter da Agência Brasil lança livro de terror

Vitor Abdala
Vitor Abdala é jornalista, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com pós-graduação em Políticas de Justiça Criminal e Segurança Pública, pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua como repórter na agência pública de notícias brasileira, a Agência Brasil, desde 2004. Depois de mais de dez anos escrevendo sobre fatos reais em notícias jornalísticas, ele faz sua primeira incursão profissional na literatura de ficção com essa coletânea de nove contos.
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1981. É casado com a administradora Deborah Abdala e orgulhoso pai do Eduardo.
Para entrar em contato diretamente com o autor, escreva para tanatoscontos@gmail.com.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Vitor Abdala: Acho que a minha história é a de qualquer outro escritor. Eu sempre curti escrever. Quando criança, eu pegava umas folhas de papel ofício, dobrava ao meio e fazia um livro improvisado. Depois, escrevia uma história e passava para a minha família e amigos lerem. Quando adolescente, escrevi uma peça de teatro para a companhia de teatro da minha escola e, em seguida, publiquei um livro com uma pequena tiragem de 50 exemplares, que vendi para meus amigos e família. Por causa da minha ligação com a escrita, acabei cursando a faculdade de jornalismo e virei repórter. Desde então, meu sonho de ser escritor ficou adormecido. Pelo menos até o ano passado, quando resolvi escrever os contos de Tânatos.

Conexão Literatura: Você é autor do novo livro "Tânatos - Contos sobre a morte e o oculto" (Editora Giostri). Poderia comentar?

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Vitor Abdala: “Tânatos” nasceu um pouco por acaso. Desde que decidi ser jornalista, no final da década de 90, meio que desisti de perseguir meu sonho de ser escritor de ficção. Vez por outra, eu sentava no computador e escrevia alguma coisa. Em quase dez anos, só consegui concluir dois contos e escrevi algumas histórias que não passavam da página 10. Minha vontade de escrever ficção era meio sufocada pela correria do dia-a-dia de repórter. Eu passo o dia escrevendo reportagens na redação. Quando eu chegava à minha casa, a última coisa que eu queria fazer era escrever. No primeiro semestre de 2015, resolvi submeter um dos meus contos a uma antologia de terror da Editora Andross, chamado “Disco de Vinil”, sobre um LP amaldiçoado que vai parar nas mãos de um colecionador de discos e o força a assassinar seus vizinhos. Os editores entraram em contato comigo dizendo que o conto era muito grande para a antologia. Eles me perguntaram se eu queria reduzi-lo ou se queria enviar outra história para eles. Eu tentei reduzir o conto original, mas não o suficiente para se adequar aos padrões da antologia. Então resolvi escrever outro conto. Era uma história que havia tempo que martelava na minha cabeça, mas eu nunca tinha tido a disposição de sentar para escrevê-la. Daí nasceu “Combustão”, o conto de abertura do livro, que fala sobre um jornalista que passa algum tempo infiltrado no tráfico de drogas, mas acaba sendo descoberto pelos bandidos e condenado à morte por “microondas” (em que a vítima é colocada no meio de pneus e queimada). Só que, em meio ao fogo, e para desespero do jornalista, a morte não chega De início, eu não pensei em escrever outros contos. Até porque não tinha pensado em nenhuma outra história suficientemente boa para ser publicada. Mas depois de ter visto o conto pronto, me empolguei e ideias começaram a surgir na minha cabeça, sem muito esforço. No final de um mês, tinha mais oito contos prontos. Resolvi juntar esses nove contos e publicá-los na forma de um livro. A editora Giostri, uma pequena casa editorial de São Paulo, aceitou o original e sete meses depois, nasceu “Tânatos”. O curioso é que a antologia da Andross, que me fez voltar a escrever ficção depois de não sei quantos anos, acabou sendo deixada de lado, na medida em que, com o livro pronto, desisti de publicar “Combustão” na antologia.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Vitor Abdala: Acho que o grande diferencial de “Tânatos” em relação à maioria dos livros de terror que já li, mesmo da nova safra nacional, é o fato de conter histórias que buscam, acima de tudo a originalidade. É claro que ser original é muito difícil no meio literário. Tendo a acreditar que quase todas as boas histórias já foram escritas. Mas é sempre possível buscar algo original, algo diferente. Tem dois contos no livro que eu gosto muito, justamente porque, para mim, são diferentes de tudo que já li ou vi em filmes de terror. O primeiro deles é “Tem uma coisa dentro de mim”, sobre um homem que começa a sentir alguma coisa arranhando sua barriga e, depois, começa a vomitar coisas estranhas, como unhas, dentes e um pedaço de o    ‘relha. Mas ele não consegue descobrir o que é e o conto termina sem que você saiba o porquê disso. O outro é “Amanhã vai ser pior”, sobre uma situação bizarra: toda vez que o homem dorme, ele acorda com um ferimento em seu corpo. Tudo começa com um arranhão inofensivo. Mas, a cada dia, a coisa vai ficando pior. Outro ponto que gostaria de destacar no livro é que, algumas histórias, são levemente baseadas em histórias reais ou na minha experiência como repórter. Uma delas é “Soterrados”, uma história de fantasmas cujo pano de fundo é o desastre das chuvas na Região Serrana fluminense, ocorrido em 2011. Como repórter, fui designado a cobrir vários desastres envolvendo tempestades no estado do Rio, como as tragédias de Angra dos Reis, em 2010, da Região Serrana, a do Morro dos Prazeres e a do Morro do Bumba, em Niterói (todas essas em 2011). Essa experiência para mim foi terrível. O que vi e ouvi nesses lugares deixariam qualquer pessoa sem dormir por dias. Essas coberturas jornalísticas, para mim, foram os piores filmes de terror que já vi. Eram histórias de milhares de pessoas, entre elas velhos, crianças e bombeiros morrendo soterradas sob toneladas de terra. E os familiares sobreviventes tendo que conviver com essa tragédia. Foi horrível. Mas o pior de tudo foi que, no caso da Região Serrana, algumas semanas depois, ouvimos denúncias de que os políticos de alguns municípios afetados tinham usado a dispensa de licitação para casos de emergência para desviar dinheiro público. Era uma das coisas mais desprezíveis que um ser humano poderia fazer: aproveitar uma tragédia em que mais de mil pessoas morreram, para enriquecer. Em “Soterrados” resolvi imaginar como seria justo se um dos políticos ladrões tivesse o mesmo destino daquelas pessoas inocentes, que morreram soterradas. Já em “Vodu”, a história sobre um militar brasileiro da missão de paz no Haiti que é amaldiçoado por uma praticante de vodu depois de matar acidentalmente o marido dela, é completamente fictícia. Mas aproveitei os cenários e as experiências que vivi em 2010, durante uma viagem ao Haiti, para cobrir os preparativos das eleições presidenciais e epidemia de cólera que assolava aquele país, para criar o ambiente do conto.

Conexão Literatura: Se fosse escolher uma trilha sonora para o seu livro, qual seria?

Vitor Abdala: Acho que qualquer álbum do Black Sabbath cairia muito bem com a leitura. É uma das bandas mais sombrias que já ouvi. O álbum Dark Ride, da banda alemã, Helloween, também é bastante sombrio.

Conexão Literatura: No seu ponto de vista, ainda existe preconceito com os autores que escrevem terror?

Vitor Abdala: Acho que preconceito é fruto de desconhecimento. Como a literatura de terror é pouco conhecida e apreciada no Brasil, os leitores tendem a buscar pouco esse tipo de gênero literário. Mas acho que o terror ainda é muito incipiente no nosso país. Acho que bons autores brasileiros estão se aventurando nesse terreno (e,entre eles, cito Raphael Montes e Marcos De Brito). Quem sabe daqui a alguns anos podemos ter uma massa leitora ávida por boas histórias de terror.

Conexão Literatura
: Como os interessados deverão proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você?

Vitor Abdala: “Tânatos” está sendo vendido em todas as grandes redes de livraria. Como a editora é pequena, a distribuição do livro nas livrarias físicas é muito precária. Então, a melhor forma de adquirir o livro é pela internet. Sugiro que, para evitar pagar o frete (que é muito caro), o leitor ligue para a livraria e encomende o título. Depois, é só ir buscá-lo na loja escolhida. O livro também está sendo vendido pelo Mercado Livre (Clqiue aqui). Por esse meio, o livro sai mais barato, o frete é grátis e ainda vem com dedicatória.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Vitor Abdala: Já tenho uma história de terror na cabeça e já comecei a escrever alguma coisa. Mas não sei se quando vou concluir esse projeto ou se até mesmo vou conseguir concluir essa história.

Perguntas rápidas:

Um livro: Drácula, de Bram Stoker
Um (a) autor (a): Stephen King
Um ator ou atriz: Wagner Moura
Um filme: O Iluminado
Um dia especial: Quando meu filho nasceu

Visite o site oficial do autor: www.tanatoscontos.com.br

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