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quarta-feira, 27 de março de 2019

Resenha | Sete Anos em Sete Mares - Barbara Veiga

“...descobri que, no mar, sinto uma paz inexplicável. A imensidão, o cheiro de sal, os animais que nos acompanham pela água ou pelo ar, tudo isso me toca profundamente. Navegando me sinto em conexão com a mãe natureza, pela qual decidi lutar, disposta inclusive a arriscar o meu conforto e, por vezes, a minha segurança.”

Quando falamos de sonhos e de objetivos pelos quais queremos lutar, não imaginamos, por vezes, como eles tomarão a nossa vida. E antes que possam supor que isso seja ruim, digo-lhes que não é, porque nada mais saudável e mais benéfico do que ver a concretização de nossos sonhos. E se os nossos sonhos envolvem um bem comum, a coisa toma uma grandeza ainda maior. No entanto, a jornada para que tudo isso seja conquistado é intensa, cheia de percalços que precisam ser superados e, não se engane, é necessário preparação, dedicação e adaptação.

Sete em Anos e Sete Mares, conta a história de uma mulher, a autora Barbara Veiga, que se lançou numa jornada pelo mundo com o objetivo de defender o meio ambiente.  A história começa em Santarém e segue para outros tantos lugares no mundo, com os quais vamos acompanhando a escritora por meio das páginas da publicação.

O livro é uma espécie de diário de bordo jornalístico em que a autora narra os acontecimentos nessa sua empreitada. Fala sobre a aproximação com o Greenpeace, a navegação em barco da entidade, sobre o enfrentamento que teve numa ação que a levou à prisão, sobre os trabalhos diários em embarcações e sobre as relações com a tripulação, além do encontro com outros tantos ativistas que também lutam por suas causas.

Sete Anos em Sete Mares, publicado pela Editora Seoman (Grupo Editorial Pensamento) em 2019 aborda em suas 287 páginas também as nuances culturais dos lugares pelos quais Barbara passou e os perrengues, aventuras e soluções que encontrou para os problemas que surgiram no caminho. No livro, entre diário e jornalismo, vamos conhecendo um pouco dos personagens reais que cruzaram o caminho de Barbara e de inúmeras situações que ela vivenciou, bem como conhecemos os lugares por quais ela passou. Não falta nessa trajetória uma pitada de romance e de relacionamentos que se rompem por motivos diversos.

É impossível não sentir o clima de estar em alto mar, lutando por uma causa e perfazendo um caminho coerente com a luta que a autora apregoa. Quando não estava embarcada em navegações das entidades como Greenpeace ou Sea Sheperd, para as quais trabalhou, Barbara navegava utilizando seu veleiro Papaya, que dividia com o ex-namorado.

Passamos pela luta a favor das baleias, a defesa de atuns que estão em extinção, pela luta contra empresa que utiliza soja transgênica, e outras tantas empreitadas que requerem atenção. Temos ainda histórias inusitadas como o fato de ter cruzado com piratas quando estava no Golfo do Áden. Ainda conta-nos, como mencionado anteriormente, as situações em que esteve presa. E passagens que são amenas como a emoção em avistar icebergs e fotografá-los, a presença de animais que acompanham as embarcações, a navegação em santuário baleeiro e a conquista de arrecadações para a ONG.

O livro desperta em nós leitores o espírito de aventura, no entanto, também mostra a responsabilidade da tripulação que viaja nesses navios em luta pelo meio ambiente. Cada um tem uma função e eles requerem atenção e preparo. Espírito de equipe e comprometimento se fazem necessários. Para além disso, Barbara deixa-nos uma mensagem clara de que precisamos lutar, cada um a seu modo, pela preservação do meio ambiente. Ela deixou muita coisa e gente para trás, para lançar-se em luta pelo que acredita e isso está claramente demonstrado para o leitor ao longo das páginas do livro.

“Sinto um orgulho tremendo ao pensar que o sol e o vento serão nossas principais fontes de energia a bordo.”

É uma obra que fala sobre sonhos, objetivos, realização, aprendizado, relações e a defesa do meio ambiente. Uma história de coragem, de descobertas e de experiências emocionantes de quem passou sete anos vivendo nos mares do mundo. Sete Anos em Sete Mares traz relatos que inspiram.

Sobre a autora:

Barbara Veiga é uma jornalista carioca com sólido trabalho internacional, cuja atuação abrangeu mais de oitenta países da América Latina, Ásia, África, Europa e Oceania. Uniu a atividade jornalística à fotografia e, posteriormente, ao audiovisual, que durante uma década foi realizada em parceria com importantes organizações mundiais como Greenpeace, Sea Sheperd, Amazon Watch e Avaaz. Como fotógrafa ganhou um prêmio da National Geographic com o trabalho “Pelo Homem, Pela Natureza”, o qual foi exposto em 2011 em Paris, no Jardin des Plantes, e em Cannes, durante o Festival de Cinema. Na Rede Globo, Barbara fez uma série de vídeorreportagens para o Fantástico, e, durante uma temporada, foi produtora/diretora do programa Vídeo Show.

Ficha Técnica:

Título: Sete Anos em Sete Mares
Escritor: Barbara Veiga
Editora: Seoman
Edição: 1ª
Número de Páginas: 287
ISBN: 978-85-5503-087-1
Ano: 2019
Assunto: Memórias


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domingo, 11 de novembro de 2018

Infiltrado na Klan – Ron Stallworth


“Nós acreditamos que eles são inadequados e não adaptáveis à sociedade branca. Enquanto continuarem a participar da cultura branca, nós continuaremos a ter a maior criminalidade, maiores impostos para a assistência social, redução dos padrões educacionais e trabalhistas e, em geral, uma deterioração contínua da civilização branca. Ao mesmo tempo que desejamos ter uma relação amigável com a sociedade negra, escolhemos viver totalmente separados dela. Esse é o nosso sentimento em relação aos mexicanos e também outras minorias.” Essas foram palavras de Fred Wilkens, um bombeiro que era organizador estadual da Ku Klux Klan no Colorado (Estados Unidos).


De alguma forma essas palavras doem? Elas provocam em você a empatia pelo outro que se sente reduzido, excluído, anulado da sociedade? Te provoca algum sentimento de repulsa por julgar a cor, a raça, a nacionalidade ou qualquer outra condição de vida do outro? Te faz sentir que não é possível que alguém exclua o outro simplesmente pelo fato de ser quem é? Ron Stallworth era um homem que, a seu modo, lutou contra esse tipo de discurso.

A Ku Klux Klan (KKK) é uma das mais temidas organizações racistas dos Estados Unidos. Você já imaginou um negro se infiltrando nessa organização? Pode parecer história de filme, e também é, pois Infiltrado na Klan inspirou a película de Spike Lee que venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes. Antes de vir filme, no entanto, é um livro que conta uma história baseada em fatos reais.

Ron Stallworth, autor do livro que foi publicado no Brasil pela Editora Seoman (Grupo Editorial Pensamento) foi o primeiro detetive negro do Departamento de Policia de Colorado Springs. Certa feita, o homem se deparou com um anúncio no jornal que recrutava pessoas para integrar a KKK local. Ele respondeu à convocação e acabou recebendo a chamada de um representante do grupo. No entanto, ele, em carta, havia revelado o seu nome verdadeiro e não uma de suas identidades secretas. Com o contato obtido por parte da organização, não restou dúvida ao detetive em se passar por um homem branco racista para ganhar a simpatia do dirigente local e começar a fazer parte desse grupo.

“Bem, o que eu tinha que fazer era iniciar uma investigação secreta da Klan e seus planos de crescer na minha cidade. Eu vinha trabalhando como investigador disfarçado quatro anos e tinha conduzido muitos casos, mas esse seria diferente, para dizer o mínimo.” Escreveu o autor.

E trata-se mesmo de um caso diferente. A operação que pode soar como comum para muita gente, era arriscada. Estamos falando de um homem negro, que deu seu nome verdadeiro para racistas fervorosos. Como se manter camuflado para que não notassem qualquer ação implementada pela Polícia de Colorado Springs? Ron conta com o apoio de um agente branco, chamado Chuck, que o auxilia como a cara do homem que conversa com a KKK pelo telefone. Infiltrado suas investigações seguem.

O livro traz, como dito anteriormente, uma história real, portanto não tem elementos ficcionais no meio da narrativa que o leitor fará. O autor, que é o policial infiltrado, narra os acontecimentos em primeira pessoa.

Há acontecimentos que demonstram bastante ousadia por parte de Ron, e isso certamente vai chamar a atenção do leitor. Tais situações chegam a ser cômicas e até mesmo satíricas, diante daqueles líderes racistas que se acham superior a qualquer negro ou quaisquer minorias. Uma dessas passagens é quando Ron encontra David Duke, um dos líderes da organização racista.

O que lemos é a atuação de Ron nas investigações e sabemos de alguns resultados que foram obtidos com o seu trabalho como detetive na polícia local. Ron Stallworth narra sua história numa linguagem fluída e objetiva e soube aproveitar bem alguns momentos de tensão que dão gancho para a continuidade dos capítulos e despertam a curiosidade do leitor. Por vezes, dá a impressão de que tudo que estamos lendo é ficcional demais, tal a ousadia do investigador e a audácia que ele tem ao enfrentar o grupo extremista. No entanto, vale sempre lembrar que é uma história real e que, portanto, os fatos relatados foram vivenciados pelo autor.

Ao ler, caro leitor, não há como não fazer um paralelo com os tempos atuais. O discurso de ódio, disfarçado de boas ações, que a Ku Klux Klan tem, aparenta em muito com a verbalização feita por líderes políticos, autoridades e representantes de outros grupos sociais que tem poder de formar opinião. O que muita gente não percebe é que esse discurso de ódio está maquiado com garantias de uma supremacia artificial, de uma tremenda falta de empatia para com o próximo.

Para além da intrigante história que lemos em Infiltrado na Klan, cuja tradução da publicação realizada no Brasil coube a Jacqueline Damásio Valpassos, e que fascina por si só, temos uma camada que nos leva ao questionamento, à reflexão sobre racismo, xenofobia, preconceito e discriminação em termos amplos.

Sabe aquelas histórias verídicas que são tão impressionantes que parecem mentira? Os relatos de Ron são tão inacreditáveis que, se fossem ficcionais, certamente questionaríamos o autor com relação à verossimilhança de algumas passagens e pelo absurdo que se revela em cenas detalhadas por Ron. Por aí, já dá pra perceber como o livro surpreende. Não há como negar que temos no livro um contundente caso de enfrentamento e de empoderamento negro. Ron Stallworth fez história.

Sobre o autor:

Ron Stallworth, veterano altamente condecorado com mais de trinta anos de serviços prestados à corporação policial dos Estados Unidos, trabalhou sob o disfarce, em quatro estados, nas divisões de Narcóticos, Costumes, Inteligência Criminal e Crime Organizado. Como o primeiro detetive negro da história do Departamento de Polícia de Colorado Springs. Ron venceu a feroz hostilidade racial para conquistar uma longa e distinta carreira como agenda da lei.

Ficha Técnica

Título: Infiltrado na Klan
Escritor: Ron Stallworth
Editora: Seoman
Edição: 1ª
ISBN: 978-85-5503-081-9
Número de Páginas: 207
Ano: 2018
Assunto: Relações raciais



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