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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Sobre o Conto “A Máquina que Ganhou a Guerra”, de Isaac Asimov


*Por Roberto Fiori

A guerra com Deneb, que durara tanto tempo, havia cessado. Destruídos, aniquilados, os denebianos não contavam com uma arma única, dos terrestres: o Multivac. Computador gigante, fora responsável por todas as ações de ataque e defesa que a Terra empreendera. Seus milhares de técnicos, que cuidavam da manutenção e supervisão dos quilômetros de corredores de seu interior, estavam agora ausentes dos passadiços e passagens daquela maravilhosa máquina.

A guerra com Deneb começara longe, muito, muito além do Sistema Solar. E terminara de modo terrível, com espaçonaves pilotadas por humanos e armas de tal poder de destruição que, curvando o espaço, podiam tragar planetas inteiros. Alguns homens, porém, foram os responsáveis mais que diretamente pela vitória terrestre.

Dois homens, o técnico Jablonsky e Henderson, pertencentes à Diretoria Executiva da Federação Solar, haviam tomado as decisões. Toda a enxurrada de informações que vinham de bases militares espaciais, como em Titã, lua de Saturno, passavam por Henderson. Ele alterava os dados recebidos, as informações inúteis e sem sentido, que não tinham lógica para ele. E depois, Henderson os enviava para que alimentassem a grande máquina cibernética.

Mas Jablonsky também ignorava se o Multivac estava funcionando bem ou não. Os mil técnicos especialmente qualificados para operar o computador estavam trabalhando em mil outros centros de computação, na altura da guerra, e pessoal incapacitado sobressalente era comandado por Jablonsky. Além disso, a Criogenia, parte do equipamento do Multivac, também não merecia confiança. E, por isso, Jablonsky deixava que os dados seguissem para análise do Multivac, sem questionar.

Lamar Swift, oficial das Forças Armadas, e responsável por aprovar ou não as decisões do Multivac no “front” de guerra, também tivera participação no embuste. Na realidade, o que ele poderia fazer, senão buscar respostas e tirar o peso colossal de seus ombros, em uma posição militar de altíssima periculosidade emocional e mental? Ele optara por escolher um computador muito mais antigo que o grande Multivac. Não um computador primitivo, nos moldes do que quer que se imaginasse como uma máquina. 

Mas sim, na escolha de “Cara” ou “Coroa”, cada vez que lhe era exigida uma decisão particularmente difícil.

Este conto, de um dos maiores gênios da Literatura Fantástica e de divulgação científica, Isaac Asimov, foi publicado pela primeira vez em “The Magazine of Fantasy and Science Fiction, em 1961. Depois, foi publicado em 1991, pela Editora Record, no Brasil, na antologia “Sonhos de Robõ” (“Robot Dreams”).

Em busca de uma paz inacreditavelmente difícil de ser conseguida, muitos homens deram suas vidas, nas guerras que a Humanidade concebeu e levou a cabo, até a rendição de um dos lados oponentes... Guerras são desumanas, a tal ponto em que, na Guerra da Crimeia, onde Florence Nightingale manteve o primeiro serviço médico no front de combate de que se tem notícia na História, homens morriam mais sob a ação do gelo cortante do solo congelado do que sob o efeito de armas, propriamente ditas.

Na Guerra do Vietnã, usou-se todo tipo de artimanha e arma para se aniquilar qualquer um dos lados: o dos americanos, portando o estandarte do “capitalismo e da democracia”, e o dos combatentes vietnamitas, lutando para instaurar uma ditadura comunista no Vietnã, recebendo armas e suprimentos da União Soviética, regime brutal e intolerante. Gases, armadilhas terrestres, agente laranja, foram algumas das mortais armas utilizadas. Mas não que a Guerra do Vietnã tenha sido a mais brutal. Por baixo, estima-se em mais de 40 milhões de mortes na Segunda Guerra Mundial. Milhões de mortes devem ter sido ignoradas, ou porque foi impossível que o número pudesse ser avaliado com precisão, ou porque se suprimiu a verdadeira quantidade de mortos.

Mas, numa guerra, talvez o pior não sejam os mortos, mas a quantidade infindável de feridos, mutilados e com sequelas físicas e psicológicas. O sofrimento humano parece não ter fim. O sofrimento humano é sempre maior, em casos de conflitos armados, do que qualquer outra forma de medo ou desespero.

Hoje, guerras como na Síria transformaram cidades inteiras em escombros. Armas como drones, aviões não tripulados controlados por controle remoto, são uma realidade. Armas autônomas, em que microprocessadores farão o trabalho de buscar e disparar contra alvos, já foram preditos por Arthur C. Clarke, talvez o mais genial escritor de Ficção Científica que já surgiu. Ele fala disso em seu livro “Um Dia na Vida do Século XXI” (“July 20, 2019: A Day in the Life of 21th Century”, publicada pela Editora Nova Fronteira, no Brasil, em 1989). 

Segundo Clarke, uma Terceira Guerra Mundial, não se optando por se utilizar de armas nucleares, terminaria sendo uma guerra da eletrônica e não do homem. Computadores quânticos farão o trabalho de articular ações de ataque e contra-ataque, sem a intervenção do homem, meros “alimentadores de dados” de tais computadores. Exatamente como foi descrito em 1961, neste conto “A Máquina que Ganhou a Guerra”, de Isaac Asimov. 

No futuro, as máquinas tomarão conta do jogo. Os homens, estes serão simplesmente dispensáveis.


*Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:

Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.

Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.

Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.

E-book:
Pelo site da Saraiva: Clique aqui.
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