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sexta-feira, 31 de março de 2023

Baixe a nova edição da Revista Conexão Literatura - Abril/nº 94


EDITORIAL

Queridos leitores!

O mês de abril é importante para os leitores, editores e escritores, pois além do Dia da Biblioteca (9/04) comemora-se também no dia 2/04 o Dia Internacional do Livro Infantil, além do Dia Nacional do Livro Infantil (18/04) e Dia Mundial do Livro (23/04). E para focarmos nesse mês tão importante, trazemos Junior Misaki, escritor e ilustrador infantojuvenil, com entrevista exclusiva e destaque em nossa capa. Contamos também com mais poemas, contos e artigos sobre o mercado literário, além de entrevistas com escritores.
E para você que deseja publicar em nossa revista ou mesmo divulgar a sua editora ou o seu livro, saiba mais: clique aqui.

Tenha uma ótima leitura! 

Ademir Pascale - Editor-Chefe
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quinta-feira, 30 de março de 2023

Já está disponível o e-book PARA SEMPRE - VOL. III, baixe já o seu

 


PARA BAIXAR O E-BOOK GRATUITAMENTE: CLIQUE AQUI.

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Entrevista com Sônia Falcão, autora do livro "Através de um espetáculo nossa saga começou: por trás da cortina nem tudo é magia”


Sônia Falcão nasceu em Vitória da Conquista (BA) em 19 de junho de 1974, baiana de nascimento, alagoana de coração. Radicada em São Miguel dos Campos (Alagoas). Possui Graduação em Letras: Português / Inglês / Literatura (2001) pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) e Pós-graduação  Lato Sensu em Inglês (2023)  Faculdade CNI-MG , Gestão Escolar, Coordenação Pedagógica (2016) Faculdade Marechal Cândido Rondon(PR) e Psicopedagogia Institucional( 2007)  Universidade Castelo Branco (RJ). É professora concursada do município de São Miguel dos Campos (AL), com experiência há mais de duas décadas na Educação e de Letras. É membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB) .

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Sônia Falcão: Sim. Foi durante a pandemia com o falecimento de meu pai. Encontrei na escrita uma forma de diminuir a minha dor. Iniciei em E-books da Revista Conexão Literatura com os poemas “Saudade tem o nome de um pássaro”, “A inimiga invisível,” “Se meu pai estivesse vivo “e “Entre o bem e o mal”. Depois disso, fui convidada a contribuir com o E-book “Escola para todos: Promovendo uma Educação Antirracista-Planos de Aula Comentados”, patrocinado pela Fundação Telefônica Vivo. Desde então, participei em vários livros como coautora “Eles não vão nos calar” , “Fronhas Coloridas” e “Amor Nímio”, editora Persona ,”Antologia Luís Vaz de Camões e Convidados”, Editora Mágico de Oz,” Coletânea Mulheres “, editora Apena, “Delícias de Uma Paixão “, Quando o Amor acontece”, “Mãe, precioso amor “, “A coragem de pensar diferente “, Brasil Nação Indígena “, “ Natal em versos “, grupo editorial Antologias Brasil, “Cartas para o futuro”, selo Off Flip,” Dicionário de Sentimentos”, grupo editorial Bandeirante, “ Antologia Scortecci 40 anos” e “Frações de Tudo” editora Scortecci. “Antologia Carmopolitana 100 anos de nosso torrão”, Academia Carmopolitana de Letras, Arte e Ciências. 

Conexão Literatura: Você é autora do livro "Através de um espetáculo nossa saga começou: por trás da cortina nem tudo é magia”. Poderia comentar?

Sônia Falcão: Sim. É uma obra de ficção inspirada em alguns eventos reais. O livro retrata a vida de uma família de migrantes, obrigados a se deslocar de tempos em tempos ora pela seca nordestina, ora pelas fortes chuvas nas Gerais, somados a uma política de descaso do governo com os investimentos sociais. “A família vaga entre idas e vindas sem chegar a lugar nenhum. “O livro consegue, desde o título, mostrar a desigualdade, a exclusão, a desumanização, a miséria imposta pela influência social, pela ausência de políticas públicas que atendam, de fato, as necessidades básicas dos personagens retratados, sendo obrigados a viver feito nômades. É uma história com forte cunho social, mas o enredo de um amor que se inicia em um espetáculo circense. Ao ler esse livro você vai se emocionar, sorrir e ao mesmo tempo chorar.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Sônia Falcão: Para garantir a precisão dos detalhes e uma representação fiel da realidade, realizei pesquisas sobre o período histórico ou o contexto social em que a história se passa para construção de uma obra autêntica e relevante. Sem desconsiderar a liberdade criativa. Foram aproximadamente seis meses para conclusão.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

Sônia Falcão: Ah! Aquele olhar... Quando me lembro daquele olhar, tão triste. Difícil não sentir vontade de chorar. Aquele olhar de melancolia, de desespero me pedindo socorro, me pedindo para ficar. E eu sem ao menos poder te abraçar. Aquele olhar já se despedindo sem querer. Deixando-a sem nada dizer. Ah! Aquele olhar, me dizendo não me deixe papai, ainda tenho tanto o que aprender.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Sônia Falcão: Comercialização nos principais canais de e-commerce Livraria Asabeça, Livraria do Mercado, Estante Virtual, Amazon e Magalu. Meu Instagram falcao_sonia

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Sônia Falcão: Sim, eu tenho alguns projetos em mente. Estou com novas ideias e explorando diferentes gêneros e temas. No momento, em processo de escrita de um livro de poema, e pretendo publicar um livro infantil, mas é muito cedo para compartilhar mais detalhes. Encontro-me animada com esse projeto e espero que meus leitores também fiquem!

Perguntas rápidas:

Um livro: A Revolução dos Bichos

Um (a) autor (a): Graciliano Ramos

Um filme: O Auto da Compadecida

Um dia especial: Todo dia é especial para mim, pois tenho uma nova oportunidade de me reinventar. Cada amanhecer traz consigo novos desafios, e é importante que estejamos abertos a eles para crescermos e desenvolvermos nossas habilidades. Ao encarar cada dia como uma oportunidade de se reinventar, podemos nos tornar mais resilientes, criativos e confiantes em nossas capacidades.

Precisamos apreciar e valorizar cada dia que temos, pois a vida é uma jornada curta e imprevisível. Portanto, devemos aproveitar cada momento, aprender com nossas experiências e buscar constantemente formas de nos desenvolvermos como seres humanos.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Sônia Falcão: Sim, quero agradecer a oportunidade de divulgar meu livro e ressaltar que foi uma honra participar desta entrevista. Se alguém tiver alguma dúvida ou quiser compartilhar sua opinião, estou disponível para conversar. 

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quarta-feira, 29 de março de 2023

Confira a lista dos autores selecionados da antologia POEMAS NOTURNOS - VOL. IV


Confira a lista dos autores selecionados da antologia POEMAS NOTURNOS - VOL. IV

01 - Wilma de Fátima César Bezerra - Pautada
02 - Suellen Lopes Amorim - Só às vezes
03 - Sellma Luanny - "Olhos Vagos"; "Pesado Espaço" e "Mazelas Humanas"
04 - Hugo Ubaldo - Noite em Pessoa
05 - Denise Peres Martins Rezende e Bernardino Quessongo - Ainda me ouve 


PARABÉNS aos autores selecionados.

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OBS.: para conhecer e participar de outras de nossas antologias: clique aqui.

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Livro-pôster infantil vai gerar doações para Casa do Zezinho e Aldeias Infantis SOS

 


Lançamento é uma produção da Editora MOL em parceria com a Criamigos e a Bolo da Madre

Uma das maiores empresas de impacto social do Brasil, a Editora MOL, acaba de lançar seu primeiro projeto em formato de collab entre marcas, com o objetivo de impactar positivamente crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Em parceria com a Criamigos, rede de franquias de pelúcias personalizadas, e a Bolo da Madre, rede de franquias de bolos, a MOL produziu o livro-pôster Ter Amigos É Uma Festa!, cujas vendas têm o potencial de reverter até R$ 80 mil para duas organizações sociais: Aldeias Infantis SOS e Casa do Zezinho.

As colaborações entre marcas se tornaram uma forte tendência e grandes empresas, a exemplo de Nike e Tiffany ou Supreme e Louis Vuitton, têm se unido para lançar produtos que mesclam suas expertises e fortalecem seus nomes. A melhor parte é que as collabs também podem ser uma oportunidade de gerar ou até multiplicar o engajamento dos clientes com causas sociais. E é justamente isso que MOL, Criamigos e Bolo da Madre querem fazer.

“Essa parceria inédita mostra que a colaboração entre marcas pode ser uma poderosa ferramenta para gerar impacto social. Ao unir forças em prol de um propósito comum, Criamigos e Bolo da Madre criam valor para seus públicos, utilizam sua influência e capacidade de mobilização para gerar mudanças positivas em nosso país”, avalia a CEO da Editora MOL, Roberta Faria.

Exemplo e transformação 

O livro-pôster Ter Amigos É Uma Festa! reúne passatempos e desenhos que as crianças podem ilustrar enquanto aprendem lições sobre companheirismo e amizade. A publicação também é um exemplo de como elas, desde cedo, podem ajudar projetos sociais. “Com essa ação, queremos passar para as pessoas que a responsabilidade social é de todos. Se cada um fizer a sua parte, mesmo que seja pequena, conseguiremos proporcionar uma melhor qualidade de vida àqueles que hoje enfrentam a desigualdade e as adversidades dessa realidade”, afirma Natiele Krassmann, cofundadora da Criamigos.

“Todo projeto foi pensado de forma 360 para conseguir impactar de forma positiva todos os envolvidos. Não queríamos apenas arrecadar dinheiro, que podia não surtir o efeito que esperávamos, queríamos também criar uma outra experiência exclusiva. Junto com a MOL criamos um livro pôster super divertido para as crianças, para que eles também se interesse pelo produto e incentive ainda mais essa ação tão incrível que irá ajudar centenas de crianças”, afirma Veronicah Sella, cofundadora da Criamigos.

A venda de cada exemplar do livro-pôster irá  reverter uma doação para organizações escolhidas pelas empresas parceiras. A Criamigos vai ajudar a Aldeias Infantis SOS, organização que atua no Cuidado e Proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. O recurso arrecadado será destinado ao combate à insegurança alimentar e deve impactar 530 pessoas. 

"A Aldeias Infantis SOS atua para que toda a criança tenha o direito de viver em família e, mais do que isso, tenha condições básicas de alimentação, saúde, ensino e lazer. Por isso, essa parceria nos ajudará a seguir com essa missão, além de trazer muita diversão para as crianças por meio do livro-pôster 'Ter Amigos É Uma Festa", diz o diretor de Mobilização de Recursos da Aldeias Infantis SOS, Christofer Müller.

Já a Bolo da Madre vai apoiar as ações da Casa do Zezinho, espaço de oportunidades de desenvolvimento para crianças e jovens que vivem em situação de alta vulnerabilidade social. O recurso adquirido com a venda de Ter Amigos É Uma Festa! vai custear o calendário letivo de sete crianças, o que inclui aulas de idioma, mundo gamer, audiovisual, gastronomia, cerâmica, mosaico, meio ambiente e educação financeira. 

''Uma alegria imensa essa collab com a Criamigos e Editora MOL, fortalecendo assim o projeto social Sonho do Lucca em apoiar associações que fomentam a educação como principal agente transformador de crianças e jovens em situação de pobreza e vulnerabilidade. A Criamigos tem os mesmos propósitos da Bolo da Madre e carrega a missão de gerar impacto social o que atrelados ao sucesso dos resultados financeiros dos seus negócios, o que intencionamos, que mais empresas possam se inspirar nesta narrativa para uma real transformação em nossa sociedade, o que reflete diretamente nas novas gerações de crianças e jovens”, afirma Daniela Pelipas Schiavo, cofundadora da Bolo da Madre. 

“Essa é uma ação linda em prol da educação e do desenvolvimento humano. O valor arrecadado apoiará na manutenção dos projetos da Casa. Potencializaremos tudo que é oferecido gratuitamente para as nossas crianças, adolescentes e jovens, seja nos materiais pedagógicos, nos recursos para os espaços de aprendizagem, ou na alimentação de qualidade que oferecemos. Assim acompanhamos de perto o desenvolvimento dos nossos Zezinhos e Zezinhas, vemos sonhos sendo realizados e enxergamos um futuro melhor para todos”, finaliza o analista de comunicação da Casa do Zezinho, Michael Douglas Santos.


Serviço Livro-Pôster Ter Amigos É Uma Festa!
Tiragem: 28 mil exemplares
Preço: R$ 9,99
Disponível nas franquias selecionadas e na loja no Ifood da Bolo da Madre, e em todas as oficinas e site da Criamigos.

Sobre a Editora MOL

Fundada em 2007, a Editora MOL já doou mais de  R$ 55 milhões para mais de 180 organizações sociais a partir da venda de livros, revistas, calendários, álbuns e outras publicações de conteúdo positivo e acessível. Todos os produtos da MOL são desenvolvidos em parceria com grandes redes varejistas e têm parte dos lucros revertidos para causas. Os cofundadores da empresa, Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi, são empreendedores sociais reconhecidos nacionalmente pelo Prêmio Empreendedor Social da Folha de S. Paulo e internacionalmente pela Fundação Schwab, braço social do Fórum Econômico Mundial. Saiba mais em www.editoramol.com.br.

Sobre a Criamigos

Fruto da parceria entre as empresárias Veronicah Sella e Natiele Krassmann, a Criamigos nasceu em 2016, em Gramado (RS), com o objetivo de transformar boas memórias e recordações em um negócio único: a criação de pelúcias personalizadas. Com a proposta de resgatar o brincar, o brinquedo e os momentos em família, a rede de franquias conta, atualmente, com 60 oficinas espalhadas pelo Brasil, que já criaram mais de 750 mil pelúcias. Saiba mais em: https://www.criamigos.com.br/

Sobre a Bolo da Madre

Nasceu da vontade das sócias Daniela Pelipas Schiavo e Fernanda Castanheda de resgatar a memória afetiva que marcou as suas infâncias, a Bolo da Madre deseja participar cada vez mais de encontros e do dia dia dos nossos clientes, fortalecendo assim, as relações humanas e no desejo também de alcançar através desses encontros e comemorações as novas gerações.


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terça-feira, 28 de março de 2023

Mónica Palacios e seus livros

Mónica Palacios - Foto divulgação

Mónica Palacios
é Bacharel em Castelhano, Literatura e Latim - Professorado Mariano Acosta (1976) e Mestrado em Letras (Teoria Literárias e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (2000), Doutoranda na Universidade de Cândido Mendes em LIJ, atuando principalmente nos seguintes temas: espanhol, material didático para o ensino do espanhol e ensino de espanhol.

É autora de livros infantis: Cartas de Manú e Aventuras de Filipo (Livrus) e Medos? Nunca Mais!, pela Soul Editora, além de A magia está dentro e Crônicas da presença.

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Mónica Palacios: Desde adolescente tive a sorte de conviver com uma avó e pai amantes  da literatura. Continuei estudando, me formei em Letras/ Professora de Literatura e Latim na Argentina. Viemos a SP e revalidei na USP o meu diploma, defendi posteriormente o Mestrado e a partir desse momento, não parei de participar em lives, cursos de especialização, escrever livros e continuar estudando. Atualmente, participei de um curso sobre Lit. Feminina/Protagonista e o curso de dois anos de Thiago Novaes sobre estrutura do Romance. 

Conexão Literatura: Você é autora de vários livros, poderia comentar? 

Mónica Palacios: Sou autora de:  LIVROS PARA CRIANÇAS, Cartas de Manú - Aventuras de Filipo - Medos, nunca mais e A magia está dentro.

Para adolescentes ou adultos: A recepcionista e Crônica da presença.

Participei em algumas antologias com contos, inclusive na Elos de Língua Portuguesa. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho de um dos seus livros que você acha especial?  

Mónica Palacios: Tenho certeza de que você me entende. O mundo está aberto para senti-lo e vivê-lo intensamente.”... 

Conexão Literatura: Você também ministra aulas e possui um site. Comente. 

Mónica Palacios: Depois de minha formatura como docente, comecei a dar aulas de Espanhol e Literatura em diferentes escolas estaduais, particulares e até do Exército. Foi até vir morar no Brasil em 1975. No Brasil auxiliei alunos no seu trabalho de fim de curso.

Trabalhei no CEL LEP como professora de Espanhol e participei na elaboração do material para o ensino de Espanhol.

Fui Coordenadora  do Departamento  de Espanhol de outro Instituto de Línguas. Comecei a dar aulas particulares via skype: www.espanholviaskype.com.br com uma metodologia própria que tem apresentado excelentes resultados. Acreditam que alguns alunos/as estão se apresentando em diferentes países de fala hispânica em espanhol? Motivo de muita satisfação. Claro! 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir os seus livros e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário 

Mónica Palacios: Seja comprando, seja em alguns magazines, Livraria Martins Fontes, Drummond, e nas próprias Editoras: Soul e Candido. 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Mónica Palacios: Sim, projetos em espanhol, projetos em viajar e estudar outra língua ou a praticar intensamente, além de escrever possíveis livros. Vamos  passo a passo. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: Cem anos de solidão, Estudos da obra e vida de Frida, O velho e o mar, Vinte poemas de amor e Una canción desesperada

Um (a) autor (a): Gabriel García Márquez, Frida, Hemingway e Neruda.   

Um ator ou atriz: Alpacino - Antonio Bandeias - Maryl Strep.

Um filme: A vida é bela

Um dia especial: Quando nasci. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Mónica Palacios: Agradecer a Revista Conexão Literatura e a sua permanente preocupação por difundir o trabalho de autores pouco conhecidos, o respeito e a  possibilidade de abrir novas chances para todos nós, amantes da literatura e com vontade de chegar ao máximo de leitores.

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Crianças autistas escrevem, desenham e gravam suas próprias histórias

 


De forma inclusiva, no programa 'De Criança Para Criança', os pequenos desenvolvem conteúdo audiovisual e abordam temas do seu próprio cotidiano

No mês de abril é realizada a campanha de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O programa “De Criança para Criança”, possibilita que crianças com autismo, baixa visão ou passando por algum tratamento de saúde, escrevam, desenhem e gravem suas histórias. Sem exclusão ou exceção, gerando assim um conteúdo totalmente inclusivo dentro das escolas.

O episódio “Emoções no Autismo”, feito por um menino com o espectro autista, mostra como ele se sente em relação ao mundo, já que muitas vezes não consegue expressar seus sentimentos. Para assistir a animação basta acessar: https://youtu.be/9l3jNTZ_qgU 

O garoto possui um irmão com um grau maior de autismo, e além desse episódio, o menino também criou o “Meu Irmão Autista” em sua homenagem. A animação está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=rftw5Al5RWg 

“Criamos uma ferramenta que possibilita abrir algumas portas que eram difíceis de encontrar uma chave. E a partir do momento em que a criança consegue se expressar por um mecanismo que é diferente dos que ela está acostumada. O episódio “Emoções no Autismo” trouxe questionamentos sobre porque crianças com autismo respondem a certos estímulos e agem de algumas maneiras. O grande elo perdido é saber deles como isso acontece. E através dessa animação é possível ver claramente como ele se sente. Acredito que a metodologia consegue trazer muita informação sobre como o autista se sente”, explica Gilberto Barroso, cofundador do programa.

Os professores auxiliam na gravação da história que é feita pelo celular e tiram fotos das ilustrações dos alunos, que devem ser carregadas na plataforma do DCPC, que desenvolve desenhos animados baseados nas histórias. A história de cada episódio é criada, desenhada e narrada com inspiração nas disciplinas abordadas em sala de aula, como língua portuguesa e matemática, além de bullying, racismo, super-heróis e tudo que engloba o universo do pequeno.

“O De Criança Para Criança tem o compromisso de tornar acessível todo o conteúdo criado por crianças. Inclusão faz parte do nosso DNA. Entendemos que a aplicação da metodologia em qualquer ambiente, mostra para crianças que não tem as dificuldades que outras têm, que todas as crianças possuem potencial criativo. Isso aumenta a autoestima delas e ajuda a criar um ambiente mais inclusivo nas escolas” explica Vitor Azambuja, sócio de Barroso.

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Escritora Priscila Gontijo lança Animais Submersos, seu primeiro livro de contos, em São Paulo e Rio de Janeiro

 

Priscila Gontijo. Créditos: Iara Morselli

A autora também é dramaturga e roteirista, tendo participado da sala de roteiro de produções como “Dom”, série que acaba de estrear a segunda temporada no Prime Video.

A escritora, dramaturga, roteirista e professora Priscila Gontijo, autora dos romances Peixe Cego (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2017) e O Som dos Anéis de Saturno (semifinalista do Prêmio Oceanos em 2021), lança seu primeiro livro de contos, Animais Submersos, pela editora Quelônio, no dia 18 de abril, terça-feira, 19h, na Livraria da Travessa de Pinheiros; e, no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa de Ipanema no dia 27 de abril, quinta-feira, 19h. O projeto do livro foi contemplado pelo ProAC - Programa de Ação Cultural nº 19/2021.

Composto por 17 narrativas breves, o livro foi escrito, em sua maior parte, durante a pandemia de coronavírus como uma necessidade radical de interlocução. "Os contos surgiram de uma necessidade vital de vivenciar encontros durante o isolamento. Ainda que tenha nascido desse desejo de convivência, o livro não tem a pandemia como tema, mas como estímulo criador. Desse modo, o erotismo emergiu nas páginas provando que Eros e Thanatos, princípios de vida e morte, não vivem um sem o outro. Só através do desejo consegui sondar a morte. Essa sinistra dinâmica pulsional percorre todas as narrativas do livro. Os animais submersos também estão encharcados de suor e sêmen, já que o corpo real tinha o seu movimento bloqueado, em perigo de contágio", conta Gontijo.

Antes de iniciar a criação de Animais Submersos, Priscila enveredou pela leitura de narrativas breves, como modo de lidar com o isolamento. "É como se as narrativas curtas fossem a forma que cabia na urgência imposta pela pandemia, quando a gente desconhecia tudo sobre o que estava acontecendo e ninguém sabia se iria sobreviver ", finaliza a autora. Ela diz ter se inspirado em obras como Perecíveis, de Elisa Band; Tipos de Perturbação, de Lydia Davis; e Pássaros na Boca, de Samantha Schweblin.

Em Animais submersos, a partir de múltiplas vozes, as narrativas flagram encontros entre pessoas de diferentes idades e classes sociais. São criaturas sempre inapropriadas, que não correspondem aos anseios normativos das convenções sociais. Isso resulta em duelos inusitados, por vezes incômodos, cheios de contrastes. A presença de animais é outra característica que permeia os contos. O volume traz narrativas como as de uma septuagenária que se relaciona com um garoto de programa, uma mulher que procura o lugar ideal para se matar e também uma jovem que busca trabalho como garçonete, mas se vê empregada num restaurante exótico que explora a beleza das meninas por uma via singular.

“O livro é permeado de pessoas com as quais nos deparamos diariamente, nas esquinas, nos metrôs, nas igrejas, nas praças, cidadãos aparentemente normais, mas que estão em franca desagregação mental, seres convulsionados. São personagens à beira, no umbral da existência, em colapso, naufragados por dentro. Essas criaturas transitam pela cidade em busca de algum afeto, de alguma interlocução, mínima que seja. De todo modo, ainda que reais, estão deslocadas da realidade por alguma situação adversa ou por um desvio interior. Essas figuras estão assustadas diante da finitude e da solidão. Elas se movimentam em direção ao outro em desafio, pois sabem que só vivendo em relação é possível alguma sanidade. Acho que o livro carrega um tom expressionista, sentimentos exacerbados de vazio e desespero, que são características que nos aproximam ainda mais do humano. Um robô é frio, é todo calculado, não convulsiona. O que nos diferencia é a nossa angústia interior.”

Enquanto escreveu Animais Submersos, Gontijo também fez parte da equipe de roteiristas da segunda e terceira temporadas de Dom, série original do Prime Video, dirigida por Breno Silveira e produzida pela Conspiração Filmes.

Trecho da apresentação, por Adriana Armony

“Nos contos de Animais submersos, paradoxalmente, Priscila Gontijo está em terra. Por meio do confronto de vozes, se revelam e se (re)produzem os paradoxos do real e do imaginário que nos movem, tanto na experiência individual como na coletiva. A essas vozes, se acrescenta a experiência do corpo feminino. As mulheres gontijeanas são fortes, sexualizadas, às vezes implacáveis, tragadas pela violência e até pela crueldade do desejo.”

Sobre a autora
Priscila Gontijo é escritora, dramaturga e roteirista. Mestra em Literatura e Crítica Literária pela PUC/SP, doutoranda em Letras - FFLCH/USP. Como dramaturga, é autora de A vida dela, Deadline, Uma noite sem o aspirador de pó, Soslaio, entre outras. Como romancista, publicou Peixe cego, romance finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2017 e O som dos anéis de Saturno, semifinalista do Prêmio Oceanos 2021. Atualmente é professora de dramaturgia e roteiro no curso de pós-graduação Formação do escritor, no Instituto Vera Cruz.

Serviço
Lançamento de Animais Submersos em São Paulo
Dia 18 de abril de 2023, terça-feira, a partir das 19h
Local: Livraria da Travessa (SP) | Endereço: Rua dos Pinheiros, 513
 

Lançamento de Animais Submersos no Rio de Janeiro
Dia 27 de abril de 2023, quinta-feira, a partir das 19h
Local: Livraria da Travessa (RJ) | R. Visconde de Pirajá, 572 - Ipanema
 

Animais Submersos
Editora Quelônio
R$56,00

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ENTREVISTA COM ESCRITOR: Andréa Berriell e o livro Roxo, por Cida Simka e Sérgio Simka

Andréa Berriell - Foto: Alexandre Kenji

Fale-nos sobre você.
 

Sou latino-americana, autora de suspense, policial, horror e insólito. Nasci em Bauru, interior de São Paulo. Vivo em Curitiba desde 1998 onde sou professora no Curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Paraná. Ecofeminista, gosto de pensar que sou uma agricultora urbana em formação; tenho um vício: recolher folhas secas da rua para fazer compostagem. Pratico meditação transcendental diariamente. Escrevi o romance Mulheres que plantam a Lua (2018), contemplado no 1º Edital de Fomento à Cultura do Estado do Paraná. Tive um conto A descida finalista no Prêmio Off Flip 2021. Roxo, meu primeiro romance policial e de mistério, foi publicado no kindle (2021) e pela Editora O Grifo (2022). Os contos O Bedel (“Escola do Horror”, 2022), A Estrela ("Amores Macabros", 2022), Mais Grimpa (“Dia das Bruxas”, 2022) e Onome (“Férias macabras, 2023) integram coleções organizadas por autoras e autores do Clube de Leitura Escuro Medo. E o conto O carpete cor de vinho (“Gótico Natalino”, 2022) faz parte da coleção organizada pelo Coletivo Nídaba. No momento divido meu tempo entre dar aulas, e escrever contos; uma novela (em andamento) que tira meu sossego e me assombra; e o livro que tem a história em sequência do Roxo (serão quatro livros no total). Minha ideia para essa tetralogia é que as histórias são independentes umas das outras, a cada livro uma investigação é concluída, mas as personagens investigadoras se mantêm as mesmas. 

ENTREVISTA: 

Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo? 

Fui escoteira, por um curto período, quando criança; então, um dia, me veio uma imagem de uma cena que vivi num acampamento, de um banho coletivo depois de uma festa à fantasia. Na imagem, que era cheia de movimento, então era mais um filme, as meninas iam entrando numa banheira e, como as fantasias eram de papel crepom, a água foi ficando colorida e suja. No final havia uma água cinza chumbo e gelada onde minha prima e eu entramos. Éramos as mais novas, as últimas na fila do banho. Por incrível que pareça, Roxo nasceu no dia do lançamento do meu primeiro livro, o “Mulheres que plantam a Lua”. Depois do lançamento na Livraria da Vila – onde não consegui piscar por causa do tamanho da fila para as dedicatórias –, eu estava devorando salgadinhos da festa com uma amiga, minha prima (a do acampamento) e outros familiares que vieram da minha cidade natal e estavam hospedados na minha casa ou em hotéis. Finalmente eu estava tomando uma taça de vinho e experimentando aqueles salgados à mesa da minha casa, na companhia das pessoas que amo. Então, foi um momento feliz, com sensação de tarefa cumprida. E me perguntaram o que eu ia escrever agora. E eu respondi: já estou escrevendo um romance policial, que vai se chamar Papel crepom. Inventei na hora. A imagem daquele banho com as escoteiras, uma imagem coagulada, em movimento, acompanhada de uma sensação profunda e desconfortável na pele e dentro do estômago. Isso se somou ao meu interesse por literatura de suspense e policial, e à observação de muitos anos de tudo que se refere a crimes e performances praticados por assassinos seriais. Foi assim que nasceu o Roxo. 

Fale-nos sobre seu outro livro. 

O “Mulheres que Plantam a Lua” é um romance sobre uma professora universitária enlutada pela perda do filho com síndrome na gestação, que sofre violência no trabalho e se sente desconectada das pessoas. A personagem, talvez pela imensa vontade de viver outra vida, alimenta um amor platônico que a afasta do companheiro, e vai, junto com a omissão dele, degradando progressivamente o casamento de muitos anos. No momento de maior dor e sofrimento, essa personagem decide participar de um encontro de mulheres, relutante e cética no início, acaba descobrindo coisas estranhas sobre si mesma, faz amizade com mulheres que vivem uma relação mais profunda com seus corpos, sua sexualidade e o sangue menstrual. Plantar a Lua é um ritual originário dos povos ameríndios, as mulheres indígenas são consideradas sagradas durante o período menstrual chamado de Lua, um período em que acreditam entrar em conexão profunda com os espíritos e a sabedoria da natureza. O ritual consiste em derramar o sangue sobre a terra, não em absorventes, não no lixo. O sangue é considerado sagrado e capaz de fazer uma ponte entre o mundo material e o mundo espiritual. E essa personagem, a professora do Mulheres que plantam a Lua se lança numa aventura de autoconhecimento, de um estreitamento da relação com seu próprio corpo. O livro é insólito, fala de questões obscuras da sexualidade das mulheres, ainda pouco exploradas na literatura. 

Como analisa a questão da leitura no país? 

Comparativamente com outros países com muito menos extensão territorial e número de habitantes, somos um país que quase nada lê. Embora eu acredite que nenhum cenário deva ser visto como algo consolidado ou imutável, sei que algumas coisas são resistentes às mudanças, como a cultura do consumo e do imediatismo que vivemos hoje. Mas acredito no poder regenerativo da educação pública, gratuita e de qualidade. Acredito que toda pessoa, se tiver uma única chance de experimentar um período de leitura agradável, sem interrupções, adequada à sua capacidade de apreensão naquele momento, e com alguma aderência aos seus interesses, essa pessoa se apaixonará pelos livros para todo o sempre. A partir de então, teremos mais leitores, pessoas capazes de desenvolver suas subjetividades através do pensamento crítico. E as escritoras e escritores poderão viver de escrita no nosso país. O que fará a qualidade da literatura aumentar e essa roda entrará num movimento de abundância e inteligência, exigindo menos esforço do que hoje em dia. 

O que tem lido ultimamente? 

Leio cada vez mais mulheres. Comecei o ano lendo as estupendas Verena Cavalcanti (Inventário de Predadores Domésticos), Irka Barrios (Júpiter, Marte Saturno), Annie Ernaux (O lugar / A vergonha). Essa semana (hoje é 20 março de 2023) acabei de ler De profundis do Oscar Wilde e estou começando Mil Placebos do Matheus Borges, esse último para o Clube de Leitura Escuro Medo, mediado pela Irka Barrios, que tem o ROXO como o livro de abril. No final de 2022 me impressionei muito com os contos da Mariana Enríquez. Pretendo ler e estudar autoras latino-americanas. Me interesso cada vez mais pelo que elas têm a dizer. 

Você transita em outras esferas da arte. Você pintou a imagem da capa do ROXO. Como é isso? 

Era muito sofrido para mim quando eu era jovem e tinha muitas ideias e o impulso de fazer coisas tão diferentes ao mesmo tempo, como literatura, pintura e arquitetura. Depois compreendi que eu sou assim, que preciso respeitar esses diferentes fluxos criativos. Eles não se atrapalham, ao contrário: um alimenta e potencializa o outro. Quando eu pinto, materializo imagens que eu vejo na minha escrita. E muitas vezes, acontece o seguinte: crio cenas a partir de imagens que eu pinto. Com a arquitetura é a mesma coisa, penso os cenários o tempo todo a partir do meu repertório como arquiteta. Dou aulas de projeto, vivo pensando em espaços e formas e na sua conexão com as cidades e o campo. Existe um extenso litoral complexo e cheio de vida entre essas diferentes práticas. Quando me coloco em ação, em qualquer uma delas, a magia acontece. 

Link para o livro:

https://www.ogrifo.com.br/pd-9355cb-roxo.html?ct=1b3f05&p=1&s=1 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura. 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). 

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segunda-feira, 27 de março de 2023

Homens ao Sol e Umm Saad: novelas do palestino Ghassan Kanafani ganham tradução no Brasil

 


Editora Tabla lança coleção de novelas de Ghassan Kanafani sobre a luta e a resistência palestina

Ghassan Kanafani, pioneiro da literatura de resistência palestina e responsável por consolidar a literatura moderna do país, chega ao Brasil com traduções diretamente do árabe em publicações da editora Tabla. A editora, que já tem publicado um livro infantil escrito e ilustrado pelo autor - O Pequeno Lampião, lança agora duas de suas novelas, marcos na literatura palestina: Homens ao sol e Umm Saad.

Homens ao sol, que teve tradução da professora Safa Jubran, é a primeira novela de Kanafani (de 1963) e conta a história de três homens que, diante do desterro, buscam um contrabandista que possa ajudá-los a atravessar as fronteiras e o deserto até o Kuwait, onde tentarão uma nova vida, longe da terra ocupada. A trama retrata a vida destes três palestinos afetados pela Nakba de 1948 — quando centenas de milhares de palestinos foram mortos ou expropriados de suas terras, casas, bens, e obrigados a buscar refúgio em terras dentro da Palestina e fora dela. 

Já Umm Saad, que teve tradução do poeta Michel Sleiman, é a terceira novela do autor palestino (de 1969) e apresenta uma personagem que se tornou, ao longo dos anos, uma figura mítica, símbolo da resistência palestina. Depois da Nakba de 1948, a personagem Umm Saad passa a viver em um campo de refugiados em Beirute e acompanha a transformação de seu filho, Saad, em um fedayin — aquele que se dispõe a morrer pela liberdade de seu povo, uma espécie de guerrilheiro. Essa mãe revolucionária, semelhante pela sua grandeza à Mãe Coragem, de Brecht, e à Mãe, de Górki, expressa uma consciência política autônoma e é agente da mudança. Nesta novela, Kanafani se lança a aprender com as massas. 

Em outras palavras, a luta de Umm Saad é a luta contra o desterro, o deslocamento, a desapropriação, a catástrofe engendrada por ideais distópicos e desmedidos; é a afirmação de pertencimento, de identidade e intimidade com a terra. Umm Saad é a tentativa mais completa de Kanafani de expressar o fulgor do momento revolucionário.

Nestas duas novelas — as duas primeiras de quatro publicações que vão compor a coleção de novelas de Kanafani na Tabla, podemos encontrar dois momentos distintos da consciência, da luta e da resistência na Palestina. Primeiro, a confusão e a tentativa de entender o que aconteceu e o que fazer diante da ocupação israelense, o começo de um sentimento de revolta que viria a se tornar, no segundo momento, um ímpeto revolucionário. É neste segundo momento que nos vemos diante da força popular organizada na luta contra as forças de opressão e em defesa da Palestina.

Sobre o autor:

Ghassan Kanafani (1936–1972) é considerado o pioneiro da literatura de resistência palestina e influenciou muitos escritores árabes de sua época e desde então. Além de ativista político e figura central na construção da resistência palestina à ocupação israelense e ao projeto sionista, Kanafani é um grande escritor e seu talento literário confere à sua obra um caráter universal.

Sobre os tradutores:

Safa Abou-Chahla Jubran nasceu em Marjeyoun, Líbano, em 1962, chegou ao Brasil em 1982. É professora livre docente na Universidade de São Paulo, onde leciona língua árabe desde 1992. Obteve os títulos de Mestre e de Doutor em Linguística da mesma universidade.

Michel Sleiman é poeta, editor, tradutor, professor, Michel Sleiman nasceu em Santa Rosa, RS, e mora em São Paulo desde 1991, onde ensina Língua e Literatura Árabes na Universidade de São Paulo e orienta estudos de pós-graduação em Letras Estrangeiras e Tradução. 

Sobre a editora Tabla:

A editora Tabla tem como foco a publicação de livros referentes às culturas do Oriente Médio e do Norte da África e seus ecos mundo afora. Com o objetivo de ressaltar os pontos de contato, percorrendo e construindo pontes culturais, nosso desejo é apresentar e representar essas culturas de forma autêntica, longe dos estereótipos.

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MESA PARA UM, de Beth O’Leary

 


Cheio de reviravoltas, novo livro da autora de Teto para dois é considerado o seu romance mais ambicioso

 

Beth O’Leary conquistou os fãs de comédias românticas narradas sob mais de um ponto de vista e com finais felizes. Seu último lançamento, Na estrada com o ex, foi a sensação literária do verão dos Estados Unidos e da Europa no ano de sua publicação. Seu primeiro romance, Teto para dois, ganhou série na Paramount+, e, em breve, A troca será adaptado para as telas. Na esteira do sucesso das histórias anteriores, a Intrínseca lança em março Mesa para um. A nova obra da autora best-seller gira em torno de três mulheres, três encontros e um homem desaparecido, e já teve os direitos de adaptação adquiridos pela Bad Wolf (produtora de His Dark Materials: Fronteiras do universo).
 
Na trama, Siobhan é uma life coach bem-sucedida, que mora em Dublin, mas está sempre em Londres a trabalho — onde também aproveita para encontrar Joseph, um cara charmoso e encantador com quem mantém uma relação sem compromisso. Miranda, por sua vez, é uma arborista talentosa e está certa de que o namorado Carter é a pessoa ideal para dividir a vida. Já a doce e tímida Jane acaba de se mudar para Winchester na esperança de recomeçar sua vida. Em pouco tempo, ela se torna voluntária em um brechó beneficente e faz amizade com o misterioso Joseph Carter, mas controlar seus sentimentos por ele se provará mais difícil do que parece.
 
Nenhuma delas se conhece, mas compartilham algo em comum: as três levaram um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados. Apesar de terem seguido em frente, elas não conseguem apagar o episódio de suas memórias. Sabe-se lá o que o sujeito tem, as três estão totalmente envolvidas e impossibilitadas de riscá-lo de suas vidas.
 
Contado a partir de três perspectivas, Mesa para um conduz o leitor por uma história cheia de camadas, em que passado e presente se misturam. Um livro engraçado, comovente e com reviravoltas de tirar o fôlego.

 

“Um romance surpreendente sobre perdão e segundas chances.” — Kirkus Reviews 

Foto: © Holly Bobbins Photography

Beth O’Leary é autora best-seller e já teve seus títulos traduzidos para mais de trinta idiomas. Vive no interior da Inglaterra e escreve em tempo integral, sempre acompanhada por sua golden retriever brincalhona. Seus três livros anteriores, os sucessos Teto para dois — que ganhou uma adaptação para série da Paramount+ —, A troca e Na estrada com o ex, também foram publicados pela Intrínseca.

MESA PARA UM, de Beth O’Leary
Editora Intrínseca
Tradução: Paula Di Carvalho

Páginas: 336
Livro impresso: R$ 59,90
Ebook: 39,90

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domingo, 26 de março de 2023

Lançamento do livro "Depois da chuva", de Clarisse Escorel


Depois da chuva  é o livro de estreia de Clarisse Escorel

Observadora atenta do cotidiano, dos acontecimentos e dos seres que o povoam – homens, mulheres, bichos, plantas e até fantasmas – Clarisse transita com humor pelas mais diferentes situa­ções, registrando-as numa escrita clara e sem afetação, como convém aos bons cronistas.

 

Ana Maria Machado, autora do texto de apresentação, termina-o assim:

"Com o leitor, fica sempre a impressão de que está sendo bem tratado por Clarisse Escorel, qualquer que seja o tema por ela abordado neste livro. Convenhamos que não é pouca coisa. Dessa forma, só nos resta dar as boas vindas à cronista. Ela merece". 

 

Com Depois da chuva a Ouro sobre Azul pretende começar um novo ciclo em sua linha editorial, abrindo as portas à literatura para jovens, crianças e para estreantes cujos textos revelem talento para o trajeto nem sempre fácilescrita literária adentro.

 

AUTORA Clarisse Escorel

EDITORA Ouro sobre Azul

NÚMERO DE PÁGINAS 208

FORMATO 11.5cm X 16cm

MIOLO 1 cor 

PAPEL Polén Bold 90 gm / m2

CAPA / 1

PAPEL Supremo 250 gm / m2

ACABAMENTO Brochura

PREÇO R$ 79,00 

ISBN 978-65-995518-5-7

 

Depois da chuva já está disponível nos canais digitais de venda da Ouro Sobre Azul e a partir de 04/04/2023 poderá ser encontrado nas livrarias.

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