A escritora Mariana Enriquez (Crédito: Divulgação/Curta!)
O segundo episódio, inédito, da série “O Lobo do Lobo e a Literatura Latino-americana”, dirigida por Daniel Augusto, viaja à Argentina e proporciona um encontro entre duas gerações de mulheres escritoras nascidas no país. Como protagonista desse capítulo inédito, Mariana Enriquez fala de sua experiência como autora e jornalista, e da influência de Silvina Ocampo em sua obra.
Em um depoimento que ora se configura como um bate-papo informal com o jornalista Cristian Alarcon, ora se apresenta como uma espécie de monólogo, Mariana Enriquez relembra sua trajetória até o momento em que ela esbarra na obra e na história de vida de Silvina Ocampo, falecida em 1993.
Enriquez elenca similaridades entre seus trabalhos: narradoras femininas, o interesse em questões mentais, distorções da realidade e o protagonismo de crianças que vivem uma infância não-idealizada — não são retratadas como símbolo de pureza ou inocência. “As mulheres de Silvina são muito extremas e algumas das minhas também”, analisa a escritora.
Além dessa relação entre passado e presente da literatura feminina argentina, Enriquez fala de outros temas que movem sua escrita em direção ao terror e à violência. Em certo momento, ela visita a Escuela de Mecánica de La Armada, que abrigou um campo de concentração de prisioneiros durante a ditadura militar argentina. Naquele local, onde ocorreram graves violações dos direitos humanos e diversas mortes, ela relembra o medo que sentiu ao descobrir o significado da palavra “tortura”, ainda criança.
“O Lobo do Lobo e a Literatura Latino-Americana” é uma produção da Pacto Filmes viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A estreia é na Quinta do Pensamento, 13 de janeiro, às 21h30.
Sobre o Grupo Curta!
O Grupo Curta! tem como missão a difusão de conteúdos audiovisuais relevantes nas áreas de artes e humanidades, sejam brasileiros ou estrangeiros, através da TV linear (canal CURTA!), de plataformas de streaming de operadoras de telecom e da internet. A curadoria de conteúdos é, portanto, o motor central do grupo e foi uma das que mais aprovaram projetos originais para financiamento da produção pelo Fundo Setorial do Audiovisual: já foram mais de 125 longas documentais e 872 episódios de 77 séries que chegam ao público em primeira mão através de suas janelas de exibição:
O canal Curta!, linear, está presente nas residências de mais de 10 milhões de assinantes de TV paga e pode ser visto nos canais 556 da NET / Claro TV, 75 da Oi TV e 664 da Vivo Fibra, além de em operadoras associadas à NeoTV;
O Curta!On, o novo clube de documentários do Curta!, no NOW da Claro/NET, conta com mais de 450 filmes e episódios de séries documentais, organizadas por temas de interesse como Música, Artes, MetaCinema, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mitologia e Religião, Sociedade e Pensamento. Há também pastas especiais com novidades – que estreiam a cada mês –, conteúdos originais exclusivos, biografias, além de uma degustação para quem ainda não é assinante do serviço.
A Tamanduá TV, plataforma marketplace aberta para qualquer internauta, já reúne mais de quatro mil conteúdos. O usuário pode alugar filmes e séries específicos ou assinar de forma econômica um dos pacotes que contêm conteúdos segmentados por área de interesse: CineBR, CineDocs, CineEuro, CurtaEducação (para professores e estudantes do Ensino Médio e Enem), MetaCinema (para aficcionados e estudantes de Cinema), entre outros. Os pacotes CineBR, CineDocs e CineEuro são disponibilizados desde 2018 como serviço de valor agregado (SVA) para perto de oito milhões de assinantes de banda larga fixa (ISP) da operadora CLARO, sem custo adicional.
As atividades do Grupo Curta! também promovem a geração de royalties para produtores audiovisuais independentes, com a exploração de seus direitos audiovisuais nas diferentes janelas de streaming. O pacotes Cines da Tamandua TV e do Curta!ON estão repassando anualmente mais de R$ 1,5 milhão de reais em royalties para os produtores dos conteúdos que difunde.
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