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sexta-feira, 8 de março de 2024
domingo, 3 de março de 2024
sexta-feira, 1 de março de 2024
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
ENTREVISTA COM ESCRITOR: Jefferson Sarmento e a sua obra, por Cida Simka e Sérgio Simka
Jefferson Sarmento - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.
Sou formado em Publicidade e Propaganda, mas desde muito cedo queria criar/escrever histórias. Meu primeiro livro foi publicado em 2007: “Velhos Segredos de Morte e Pecados sem Perdão”, que me iniciou num mercado bastante restrito a novos escritores, principalmente aqueles que não estão em grandes centros. De lá até aqui foram (até agora) sete livros, viajando entre o suspense, o terror, a fantasia, o policial... gêneros que me são caros e queridos.
ENTREVISTA:
Sobre seus livros, o que motiva a escrevê-los?
Costumo dizer que é uma necessidade quase fisiológica! Em geral a motivação para uma determinada história vem de uma cena do cotidiano, de uma informação interessante que passa por mim, de um tema que eu gostaria de abordar ou do qual descubro uma nova abordagem. A partir desse ponto, a motivação está em criar maneiras de tornar essa ideia interessante e divertida para mim e para outras pessoas. Para isso, é muito necessário que o escritor saiba o que está fazendo: outra premissa que sigo é a de que é preciso “respeitar” a ideia; é preciso tratá-la como você trataria um filho, dando-lhe não apenas o melhor de si, mas fazendo para ele as melhores escolhas, entendo quais são elas e onde buscá-las — e por isso sou defensor de que escrever não é só uma consequência de uma vontade surgida de uma ideia que emociona o escritor, mas uma responsabilidade, um ofício, e para cumprir com esse ofício, o profissional precisa estudar, entender os mecanismos que transformam uma ideia em uma boa história, dedicar seu tempo não apenas à escrita, mas ao estudo da escrita. E quanto mais o escritor se dedica a isso, melhor para sua história. Aí mora a minha motivação: fazer a ideia se tornar a melhor história que jamais poderia ser sem minha intervenção (pode parecer um pouco prepotente, mas esse “melhor” é uma “busca” e não uma certeza, porque sempre achamos que poderia ser melhor).
Como analisa a literatura de terror/horror escrita por autores brasileiros?
Preciso primeiro contextualizar: as histórias de
terror, o sobrenatural, a fantasia... estão no nosso cotidiano desde sempre.
Estão na formação do menino de interior que fui, sentado à mesa da cozinha dos
meus avós e ouvindo histórias de assombração, de mula sem cabeça, de casas
assombradas no final daquela rua mais escura do bairro. Machado de Assis,
Álvares de Azevedo, Aluísio de Azevedo, Guimarães Rosa e vários outros
escritores clássicos já escreveram histórias de terror, já abordaram o
sobrenatural. A maioria das pessoas têm interesse por coisas inexplicáveis e
que assombram, e uma boa história não passa incólume a seus olhos — seja por
qual plataforma vier: livros, podcasts, séries e filmes, novelas!
Mas o que é bem perceptível hoje é o crescimento do
número de escritores e histórias de terror sendo publicadas. Isso se dá muito
pela facilidade de publicação que experimentamos nos últimos anos. A
possibilidade da impressão sob demanda ou em pequenas tiragens, e mesmo as
plataformas de publicação de livros digitais (especialmente o Kindle),
movimentaram o mercado livreiro de uma forma que as grandes editoras não
conseguiram ainda compreender totalmente. Todo um novo mercado, dentro do
mercado editorial, foi criado. Algumas editoras médias e pequenas começaram a
buscar esses escritores autopublicados para apostar nesse ou naquele livro.
Ainda é um movimento em ascensão e tem muito para crescer, apoiado em perfis
literários de redes sociais como o Instagram e o Tiktok, que já têm e terão
cada vez mais uma responsabilidade enorme de fazer o mercado de livros de
gênero (não só os de terror) crescer cada vez mais.
Nesse ponto entra a necessidade de profissionalização do escritor, de encarar a escrita não apenas como uma expressão artística bruta, mas que precisa ser lapidada, estudada, melhorada com técnicas e o desenvolvimento das habilidades necessárias para se contar uma história. Existem muitos excelentes escritores de terror sendo publicados por médias e pequenas editoras hoje, e também por autopublicação. Escritores que visivelmente entendem o que estão fazendo, sabem como dar forma a uma ideia. Mas infelizmente também temos os que precisam se preocupar um pouco mais com a técnica, com as melhores formas de estruturar uma narrativa, com a fluidez do contar...
Você é o editor da editora Tramatura. Por que resolveu abrir uma editora?
Na verdade, não sei exatamente quando a ideia de
abrir uma editora me veio — faz bastante tempo. Acredito que isso tenha surgido
bem cedo por ser um apaixonado por livros. Contudo, esse era um mercado que eu
não conhecia até alguns anos, que estava distante de mim. Mesmo publicando
desde 2007, só em 2017 é que a ideia começou a tomar forma, quando meu livro
“Relicário da Maldade” foi publicado pela Transversal — que é um selo da
editora Oito e Meio.
Quando esse livro foi publicado, tive a
oportunidade de acompanhar muito de perto o processo editorial que transforma
um original em um livro de fato. Também foi o período em que me dediquei mais
ao estudo e especialização de escrita criativa e me dediquei à pós-graduação
nessa área — o que me deu a oportunidade de estar muito perto de grandes
profissionais do mercado.
Em 2018, embora estivesse começando a tratar da
publicação de “A Casa das 100 Janelas” com a editora de “Relicário da Maldade”,
decidi fazer uma experiência: e se eu mesmo editasse o livro, do começo ao fim?
E assim começou a jornada para não apenas “ver e entender” o processo
editorial, mas colocar a mão na massa. Passo a passo, o projeto foi ganhando
forma, fui entendendo a necessidade de contatar e contratar profissionais para
revisão, diagramação, gráficas, registros, distribuição... Posso dizer que “A Casa
das 100 Janelas” foi uma escola. E, a partir daí, sempre com o pé no chão,
vieram outras publicações — como os livros da coleção Biblioteca Clássica de
Espantos e Assombros (edições de histórias de escritores clássicos com viés
sobrenatural, especulativo, de ficção científica), as edições pulp Científica
Ficção e a recente Gritos de Horror...
E para este ano teremos pelo menos mais 2 escritores nacionais contemporâneos sendo publicados pela Tramatura.
Como é seu processo criativo?
Em geral a ideia surge de alguma fonte externa que
pode ser uma música, uma cena do cotidiano, um filme ou livro, um vídeo que
aborda certo tema. Aquela ideia fica me acompanhando por um tempo, feito um
fantasma me assombrando. E então, se ela ainda está ali depois de alguns dias,
é hora de prestar atenção nela e usar o que eu costumo chamar de “chave da
imaginação” — é o mecanismo que transforma a realidade em algo completamente
novo e vem na forma de uma pergunta: “e se...?”
Nesse ponto eu começo a moldar a história, ainda
sem me preocupar com a escrita, com a forma. Esse é aquele momento mágico em o
escritor se vê espantado e seriamente interessado pela chama criativa que nos
ilumina vez em sempre.
O passo seguinte é saber se a ideia sobrevive a
alguns parágrafos?
Então eu me sento e escrevo algumas páginas. Não necessariamente aquilo será um começo de história (na maioria das vezes é), mas uma proposta para mim mesmo. E, quando termino essas primeiras páginas, preciso ainda estar com aquela necessidade de continuar — mas aqui está a importância de recuar e entender que o processo de escrita é mais do que simplesmente colocar palavras no editor de texto. Esse é o momento em que paro tudo e começo a estruturar a história — começo, meio e fim, eventos catalizadores, forma de narrativa, qual o melhor protagonista para aquela ideia, que tipo de personagens serão necessários para levar a história adiante. Isso não significa que saberei exatamente como será o fim (às vezes acontece de o escritor saber como será o ponto-final da história, como eu sabia em “Alice em Silêncio” e em “Terra de Almas Perdidas”, mas não é necessário). O que é preciso é saber qual caminho será trilhado, em que ponto da história esse ou aquele tipo de evento vai acontecer, porque isso dá coesão ao texto, à narrativa, dá fluidez à história.
Qual o seu próximo projeto?
“A menina que fotografava estranhos” está programado para agosto — o mês do folclore! E isso tem tudo a ver com a história. “Terra de Almas Perdidas” foi um flerte com o folclore nacional, porque o objeto central da história é uma garrafa com um cramulhão que realiza os desejos de quem a toca. Mas em “A Menina que Fotografava Estranhos” eu queria mais do que um flerte, então busquei o máximo de referências da nossa cultura em pesquisadores como Câmara Cascudo, Januária Cristina Alves, cultura Tupi... para criar uma história que não deixasse nada a desejar aos grandes nomes da fantasia europeia e estadunidense. Se eles têm bruxos, magos, vampiros, lobisomens... nós temos centenas de criaturas mágicas no nosso imaginário. E que tal uma aventura cheia de fantasia e terror usando o que temos de melhor no nosso folclore?
Link da editora:
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas
Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros
O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades
para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora
Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto
número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência
Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a
aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão
Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde
1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de
gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil.
Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru.
Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se
intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora
Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam
Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão
(Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial,
2023).
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
[Resenha] A Vida é Cruel, Ana Maria
Impressões:
[Primeiras Impressões] Mestres do Ar - AppleTv+
No último dia 26/01, estreou na plataforma de streaming AppleTv+ uma das séries mais aguardadas de 2024; “Mestres do Ar”. Uma produção de Steven Spielberg e Tom Hanks, essa é “irmã” de Band of Brothers e The Pacific, sendo produzida pela HBO.
Vale lembrar! Mestres do Ar é baseado no livro homônimo escrito por Donald L. Miller, já está disponível para venda nas lojas virtuais e livrarias aqui no Brasil! Um verdadeiro calhamaço de quase 1000 páginas! Logo mais teremos uma resenha da obra, mas primeiro, vamos conhecer um pouco da tão aguardada série.
A premissa da série tem como pano de fundo o conflito da Segunda Guerra Mundial, 'Mestres do Ar' conta a história dos aviadores que fizeram parte do 100º Grupo de Bombardeiros das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos. Apelidada de Centésimo Sangrento, essa unidade conduziu perigosos bombardeios sobre a Alemanha nazista, além de vivenciar perigos nos ares que foram da falta de oxigênio ao frio intenso.
A série Mestres do Ar era pra ter sido um projeto original HBO, porém não houve aquele “ânimo” para dar continuidade nos trabalhos e com isso foi adquirida pela Apple. Criada por John Shiban e John Orloff, a trama foi dividida em nove episódios e será estrelada pelo ator Austin Butler ('Elvis') que fará o papel do Major Gale Cleven.
Além de Butler, a série conta com um elenco estrelado, que passa por Callum Turner ('Animais Fantásticos e Onde Habitam'), no papel do Major John Egan; Anthony Boyle ('Tolkien') como Major Harry Crosby; Barry Keoghan ('Saltburn') como Lt. Curtis Biddick e Raff Law ('Twist'), filho do ator Jude Law ('O Talentoso Ripley') como o Sargento Ken Lemmons.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
ÚLTIMOS DIAS: participe da antologia (E-BOOK): HISTÓRIAS E POEMAS DE TERROR – VOL. V – LEIA O EDITAL
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
ENTREVISTA COM ESCRITOR: Edson Agnello e o livro 2013: o ano que não terminou, por Cida Simka e Sérgio Simka
Edson Agnello - Foto divulgação
Fale-nos
sobre você.
Edson Agnello, arquiteto, jornalista e empreendedor é um estudioso da agenda das cidades. Na imprensa do Grande ABCD paulista dirigiu jornais locais, no mundo dos negócios coordenou diversos projetos na área imobiliária, logística, entre outros e faz da arquitetura e do urbanismo a oportunidade de construir uma regionalidade mais cidadã. O livro “2013: o ano que não terminou” é uma oportunidade de revisitar os complexos movimentos sociais que tomaram as ruas do país e 10 anos depois ele sabe que é preciso encontrar um caminho.
ENTREVISTA:
Fale-nos
sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?
Quando decidi escrever este livro jamais imaginei produzir uma biografia, queria de alguma maneira apresentar os elementos centrais da perspectiva que tenho em relação aos caminhos que nossa região e o país têm percorrido ao longo dos últimos anos, especialmente depois de passada uma década das grandes manifestações de 2013. Não tenho a pretensão de instalar uma verdade universal sobre os acontecimentos pretéritos e muito menos de revelar as verdades sobre o futuro de um tempo de contradições e conflitos.
Como
analisa a questão da leitura no país?
A dimensão continental do nosso país trouxe ao longo das décadas uma diversidade cultural criando diversas identidades e formas de expressão. Tenho a impressão que o hábito da leitura já passou por momentos piores, até como forma de revolta, mas atualmente a consciência coletiva da necessidade de conquistarmos essa nação tem levado o crescimento dos adeptos à leitura; mesmo tendo o mundo virtual como concorrente ao livro físico, a leitura tem aumentado significativamente por conta a muitos textos de virtuais.
Quais seus
próximos planos?
Continuar
pesquisando e procurando a oportunidade de publicar novos textos, sempre
colocando um ponto para se refletir sobre o passado, como está nosso presente e
o que podemos implementar ao nosso futuro, a partir da leitura desses outros
dois tempos.
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas
Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos
livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita:
atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca
(Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O
quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora
Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana
Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão
Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde
1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de
gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil.
Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru.
Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se
intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora
Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam
Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão
(Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial,
2023).
sábado, 17 de fevereiro de 2024
domingo, 11 de fevereiro de 2024
ÚLTIMOS DIAS: participe da antologia (E-BOOK): POEMAS FLORAIS – VOL. IV – LEIA O EDITAL
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
ENTREVISTA COM ESCRITOR: Lara Dezan e Lucas de Camillo e o livro Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha, por Cida Simka e Sérgio Simka
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Lara Dezan e Lucas de Camillo - Autores |
Lara Dezan e Lucas de Camillo são estreantes no meio literário, mas com vasta experiência com audiovisual. Lara é cineasta de formação e trabalha com filmes, publicidade e vídeos para TV e web, enquanto Lucas é diretor de arte e trabalha com jogos eletrônicos, design gráfico e digital.
A autora Lara Dezan tem em seu currículo o curta documental premiado “Roupa de Baixo” e finaliza sua primeira ficção, o infantojuvenil “A Menina e o Flautista”. O autor Lucas de Camillo, por sua vez, finaliza seu primeiro jogo de grande escala, o 2D Platformer “Tuned Turtle” com previsão de lançamento para PC e consoles em 2024.
A dupla, sócios da produtora 8 Dígitos, traz para seus projetos um olhar híbrido, que mescla linguagens de diferentes segmentos artísticos. “Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha”, lançamento da editora Devora em parceria com a 8 Dígitos, é uma obra interativa que convida o leitor a participar ativamente da narrativa.
ENTREVISTA:
Sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?
“Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha” nasceu da vontade de que nossas histórias chegassem ao seu público. Trabalhando no cinema e nos jogos eletrônicos, com extensos cronogramas e por vezes uma equipe volumosa, a ideia de compartilhar nossos universos e personagens através da literatura pareceu mais palpável e acessível. Escrito durante a pandemia e com projeto contemplado por edital estadual, o livro foi uma maneira encantadora e deliciosa de criar.
Nesta primeira investigação da jornalista Sofia Santos, especializada em casos sobrenaturais, acompanhamos a repórter que busca descobrir se o recente desaparecimento de pescadores tem alguma relação com a antiga lenda da Sereia Vermelha.
Em momentos-chave da narrativa, duas perguntas são feitas ao leitor, que terá que decidir por qual caminho deseja seguir. São quatro finais diferentes, mas todos estão ligados entre si, e apenas quem lê todos os desfechos consegue compreender a dimensão da história por outros ângulos.
Outro fator decisivo para seguirmos em frente e escrever foi a vontade de lançar e consumir mais conteúdos com protagonismo feminino e temática ambiental, sobretudo permeados por uma atmosfera de mistério. Trazendo um olhar inovador para a mitológica sereia, o livro debate temas contemporâneos e urgentes, a importância de um jornalismo baseado em fatos e os riscos da pesca de arrasto em escala industrial.
Nosso
livro está à venda em sua versão física em livrarias na cidade de São Paulo ou
então pelo site da livraria Nove Sete:
https://livrarianovesete.com.br/catalogo/produto/54521/Sofia-Santos-e-o-Mistrio-da-Sereia-Vermelha
Para quem
prefere a versão online, também estamos na Amazon:
https://www.amazon.com.br/Sofia-Santos-Mist%C3%A9rio-Sereia-Vermelha-ebook/dp/B0BNNZMT7G
Como analisam a questão da leitura no país?
Em uma escala global, durante a pandemia ficou nítido para muitos o quanto precisamos de obras culturais em nossas vidas e cotidianos. Hoje, mais do que nunca, vivemos em uma rotina com demandas constantes e excesso de exposição às telas. Em uma realidade onde cresce o número de pessoas diagnosticadas com ansiedade, síndrome de burnout e depressão, o livro traz uma pausa e um alento que nada mais substitui. Somado a isso, nós que trabalhamos com conteúdos juvenis, temos a certeza de que a literatura tem papel fundamental na educação e na construção de uma sociedade melhor.
É claro que o mercado literário está em transformação, mas se por um lado temos a forte presença do consumo de conteúdos digitais e livrarias fechando em todo o país, por outro temos comunidades se formando em torno de algumas obras e do ato de escrever.
O livro sempre terá seu espaço, mas sentimos que é importante se reinventar e se adaptar aos novos tempos. Para isso, estamos pensando em novos formatos nos livros - como a interatividade em “Sofia Santos e o Mistério da Sereia Vermelha” - realizamos também o lançamento do livro de forma digital, temos planos de adaptar a obra para o audiovisual e de lançar novas obras literárias que trazem aspectos transmídias em sua essência.
Por fim, sentimos que as obras juvenis no Brasil precisam muito de um diálogo com escolas e educadores, que possam fazer essa curadoria e ponte entre o autor e o aluno. Paralelamente, as redes sociais hoje desempenham um papel importante na divulgação da obra e estamos tentando nos adaptar a elas.
O que têm lido ultimamente?
Lara - O livro que me acompanha para cima e para baixo recentemente é o “Sede de me beber inteira”, da Liana Ferraz. Como é uma leitura mais reflexiva, de poemas com temáticas contemporâneas, tenho lido pausadamente, mas estou adorando. Ela tem um jeito muito criativo de expor suas ideias - tanto nas palavras quanto no formato do livro.
Lucas - Ganhei de uma amiga querida o “Máquinas como Eu”, de Ian McEwan. A obra propõe um passado alternativo em que a Inglaterra perdeu a Guerra das Malvinas e a humanidade teve grandes avanços tecnológicos. As relações entre humanos e androides são o foco desta ficção científica, levantando questões filosóficas do quanto as máquinas poderão se assemelhar a nós. O avanço da inteligência artificial nos aproxima cada vez mais dos cenários descritos no livro, tornando o livro ainda mais atual.
Uma pergunta que não fizemos e que gostariam de responder.
Consideramos sempre importante dizer que o desenvolvimento e lançamento do livro foi produzido com recursos do ProAC 2021 de Literatura Infantojuvenil, do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Iniciativas como essas são essenciais para fomentar a cultura e viabilizar projetos artísticos.
Vale compartilhar também que recentemente (dezembro de 2023) vencemos o Prêmio Aberst de Literatura com essa obra, na categoria juvenil. Foi uma cerimônia muito bonita e reconhecimentos como este nos dão força para seguirmos em frente criando e nos dedicando aos nossos projetos.
Atualmente estamos trabalhando na segunda aventura da Sofia Santos, também interativa, e planejando lançar uma edição especial que retrata a infância desta personagem.
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas
Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos
livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita:
atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca
(Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O
quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora
Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023) e Dayana
Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão
Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde
1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de
gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil.
Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru.
Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se
intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora
Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam
Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão
(Opera Editorial, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial,
2023).
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024
ÚLTIMOS DIAS: participe da antologia (E-BOOK): CONTOS E POEMAS SOBRE A FLORESTA E O REINO ANIMAL – VOL. III – LEIA O EDITAL
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
Sesc PR confirma realização do maior evento literário do estado para 2024
Curitiba e outras 26 cidades do Paraná recebem simultaneamente a 43ª edição da Semana Literária Sesc PR e Feira do Livro
Com o sucesso alcançado na última edição – que teve mais de 580 atividades na programação e quase 75 mil participantes –, o Sesc PR confirma o período de 7 a 11 de agosto de 2024 para realização da 43ª edição da Semana Literária Sesc PR e Feira do Livro.
Em Curitiba, o evento será realizado no Museu Oscar Niemeyer (MON) – o maior museu de arte da América Latina – com espaço amplo e coberto para a realização, comercialização e lançamento de livros, além de diversos ambientes para que o público possa participar de palestras, bate-papos, oficinas, apresentações teatrais e musicais e espaços preparados para leitura.
O evento será realizado na capital paranaense e simultaneamente nas cidades de Arapongas, Apucarana, Bela Vista do Paraíso, Campo Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Matinhos, Medianeira, Nova Londrina, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Rio Negro, São José dos Pinhais, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
Em breve serão divulgados o homenageado do ano e os editais para que livrarias, distribuidoras e editoras possam comercializar nesta edição. Toda a programação e atualizações sobre o evento também estarão disponíveis no site www.sescpr.com.br/