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quarta-feira, 24 de maio de 2023

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Carina Roma e os livros “Atitude positiva” e “O menino sem chapéu”, por Cida Simka e Sérgio Simka

Carina Roma - Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Carina Roma Saraiva de Jesus é natural de Araraquara, interior do estado de São Paulo.

É casada há mais de vinte anos e tem três filhos, dois deles biológicos que hoje são adolescentes - Artur e Henrique - e uma do coração, na verdade sua irmã Natália que tem Síndrome de Down, mas que é considerada como filha querida desde que passou aos seus cuidados.

É psicóloga, neuropsicóloga e especialista em Dependências Tecnológicas (CRP 06/87437).

Atua há quase 20 anos na área da Psicologia Clínica como psicoterapeuta de adolescentes, adultos e idosos e como orientadora de pais e educadores. Sua experiência soma mais de 10 mil horas de atendimento clínico para clientes de 12 países. Baseada na Teoria Humanista, sua abordagem de trabalho é a Centrada na Pessoa (ACP) e ajuda seus clientes a compreenderem seus processos comunicativos e de escolha, de construção de suas crenças e de responsabilização pelo seu bem-estar e equilíbrio.

Seu principal foco de trabalho é ajudar a melhorar a saúde mental e emocional das pessoas nessa Era Digital. Acredita que somente através do autoconhecimento e do fortalecimento dos principais vínculos, por meio de uma comunicação clara, assertiva e segura, é possível se manter consciente e saudável para o desempenho de vários papéis em diferentes contextos, analógicos e digitais, sem se perder de quem se é de fato.

Também conta com mais de uma década de experiência em RH, tendo trabalhado em grandes empresas nas atividades de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, além da área de Acompanhamento Comportamental dos funcionários. Treinou, até hoje, mais de 5 mil pessoas oriundas de empresas, escolas e obras sociais, em cursos diversos nas áreas de “Modulação do Comportamento e das Emoções”, “Comunicação em Público”, “Fala Assertiva” e “Treino Assertivo para Pais e Educadores”.

Como escritora, tem um livro técnico recentemente lançado - "Atitude Positiva - Por que e como ela pode determinar seus resultados", escrito em parceria com o amigo e empresário Paulo Corsi, e dois romances escritos, dos quais um deles venceu um concurso literário nacional e foi publicado em 2019 - "O menino sem chapéu". Seu mais sincero desejo é que suas histórias possam penetrar suavemente nas mentes e nos corações de seus leitores e guiá-los a profundas reflexões, a importantes tomadas de decisões, a questionamentos saudáveis e oportunos e a mudanças de rota, quando necessário. 

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre os livros "Atitude positiva" e "O menino sem chapéu". O que motivou a escrevê-los?

"O menino sem chapéu" surgiu de um intenso desejo de falar sobre problemas ligados a preconceitos e comportamentos extremistas, e ao mesmo tempo de reforçar a importância da jornada em busca de autoconhecimento, harmonia, autossuperação e autorrealização. Trata-se de um romance para adultos envolvente e com final surpreendente.
Já o livro "Atitude Positiva" nasceu da vontade de os autores chamarem a atenção dos leitores para a importância de identificarem sua própria atitude e as dos outros com quem convivem, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Os capítulos se basearam nas próprias conversas entre os autores sobre o tema e na observação de que, em grande parte das vezes, quem tem uma atitude negativa perante a vida não consegue identificar tão facilmente que age assim e as consequências podem ser desastrosas. O livro é um convite à autorreflexão e presenteia o leitor com várias técnicas diferentes e embasadas para mudar seu comportamento e sua atitude, se necessário.

O que é ter atitude positiva? Como desenvolvê-la?

Agimos, na maior parte das vezes, de forma automática e, por isso mesmo, nem sabemos identificar nossa tendência: se temos inclinação a mais atitudes positivas ou negativas. Precisamos avaliar como estão nossos recursos de enfrentamento, ou seja, nossos esforços ou estratégias para confrontar o que nos acontece na vida.

Temos, dessa forma, uma ATITUDE:
- POSITIVA - quando fazemos um enfrentamento da realidade que nos seja favorável e buscamos pontos de que gostamos ou de concordância ou simpatia;

- NEGATIVA - quando nos inclinamos a agir de forma desfavorável, dando ênfase ao que não gostamos, não simpatizamos, não apoiamos.
É possível e desejável desenvolvermos uma atitude positiva em nossas vidas. Para isso, existem várias ferramentas e recursos comportamentais abordados no livro, como: o fortalecimento de nossa inteligência emocional, o aumento de nossa maturidade, a criação e reforçamento de hábitos possibilitadores, além de estratégias para o desenvolvimento de uma comunicação mais assertiva e menos violenta, o que propicia a melhoria da qualidade de nossos relacionamentos pessoais e profissionais.

Como analisa a questão da leitura no país?

Infelizmente, percebo que o hábito da leitura está caindo dia a dia em nosso país. Como neuropsicóloga, sempre indico o exercício da leitura como uma das formas mais eficazes de se manter o bom funcionamento cognitivo, mas não qualquer forma de leitura (como as que mais fazemos hoje em dia em frente às telas, superficiais e não lineares), mas sim as leituras profundas, que geram a ancoragem da memória e o aprendizado profundo. Também como especialista na área de Dependências Tecnológicas, cada vez mais percebo que uma das principais habilidades que o cérebro de quem abusa da tecnologia está perdendo é a capacidade de ler, de focar, de se concentrar, de viver o momento presente. As áreas do cérebro acessadas pela leitura profunda e pelo escaneamento de leitura superficial são diferentes. Enquanto as primeiras promovem bem-estar e aumentam nossas reservas cognitivas, promovendo a autorregulação mental, as últimas aumentam a sobrecarga mental com a quantidade absurda de informação (e desinformação). Esses são importantes pontos de atenção, que devem ser levados em conta por todos: pessoas que liam muito e hoje já não conseguem mais, pessoas que tiveram muito pouco o prazer de experimentar uma leitura profunda antes de se voltar para o uso abusivo de telas, e principalmente pais e educadores de crianças e adolescentes que, se não souberem ser exemplo e incentivar, seus filhos nunca saberão o que é se entregar a uma deliciosa leitura que faz bem à mente e às emoções. Se soubermos dosar a tecnologia em nossas vidas, teremos tempo para ler e continuar a aprimorar nossos cérebros e, aí sim, conseguiremos usufruir o melhor da era digital, sem perder funções cognitivas elementares.

O que tem lido ultimamente?

Leituras técnicas de minha área de atuação: vários artigos científicos sobre escalas e instrumentos de trabalho na área neuropsicológica, e também acabei no último mês "A fábrica de cretinos digitais" de Michel Desmurget e "O Cérebro Adolescente" de Daniel J. Siegel.
Sempre reservo algumas horas nos finais de semana para leitura por prazer, é meu hobby. E também na última meia hora da noite, antes de dormir, pratico a Higiene do Sono, quando aproveito para ler algum romance ou literatura não técnica. Terminei no mês passado "O Estrangeiro" de  Albert Camus e "21 lições para o Século 21" do Dr. Yuval Noah Harari. Comecei, há uma semana, "A sombra do vento" de Carlos Ruiz Zafón.

Mais informações:
www.carinaroma.com.br
@carinaroma.psi (redes sociais)
 

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021) e Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura. 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro se denomina Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). 

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EXCLUSIVO: Lia Diskin e a Associação Palas Athena, por Cida Simka e Sérgio Simka

Lia Diskin - Foto divulgação

Formada em Jornalismo com especialização em Crítica Literária, cofundadora da Associação Palas Athena e criadora de programas culturais e socioeducativos. Coordenadora do Comitê para a Década da Cultura de Paz –uma parceria UNESCO-Palas Athena. Conferencista no Brasil e no exterior.  Autora de: Cultura de Paz – Redes de Convivência (SENAC), Não-violência Doméstica (Instituto Avon) e Vamos Ubuntar – um convite para cultivar a paz (UNESCO), entre outros. Autora de Cultura de Paz – da reflexão à ação (UNESCO) e coautora de Paz, como se faz? (UNESCO). Recebeu, na celebração de 60 anos da UNESCO, o Diploma de Reconhecimento pela sua contribuição na área de Direitos Humanos e Cultura de Paz. Recebeu em 2010 os prêmios Trip Transformadores e o de difusão de valores gandhianos fora da Índia da Jamnalal Bajaj Foundation. Em 2020 foi agraciada com o Padma Shri Award, concedido pelo Governo da Índia. 

Você é cofundadora da Associação Palas Athena. O que motivou a constituir essa associação? Fale-nos sobre seu trabalho e também sobre o trabalho da editora.

Nasci em Buenos Aires em 1950, e desde muito jovem manifestei interesse por filosofia, antropologia, literatura, diversidade das culturas. Esse interesse foi despertado por duas experiências cuja memória guardo com clareza apesar do tempo transcorrido.
Morava naquele tempo perto da Universidad del Salvador, onde o Pe. Ismael Quiles fundou a primeira Escola de Estudos Orientais da Argentina, e dirigiu o Instituto Latino-Americano de Investigações Comparadas Oriente e Ocidente. Frequentemente ministrava palestras aberta às quais eu assistia.
Um dia quis visitá-lo no seu escritório para dilucidar [= elucidar, esclarecer] algumas dúvidas que me inquietavam. Bati na porta, mas ninguém respondeu. Insisti e então percebi que a porta estava entreaberta; devagar entrei na sala e chamei pelo Padre. Ele estava sentado sobre uma poltrona na tradicional postura de lótus do yoga com as pernas cruzadas.
Naqueles tempos os sacerdotes usavam batina preta até os pés, e vê-lo de olhos fechados em evidente atitude de meditação foi como presenciar um diálogo inter-religioso.
A outra experiência juvenil foi ao ouvir uma conferência de Jorge Luis Borges que tratava sobre as infinitas possibilidades da linguagem para criar argumentos e contra-argumentos. Ilustrou sua fala relatando os paradoxos de Zenão de Eleia e, em especial, o de Aquiles e a tartaruga. Na mitologia grega Aquiles é um herói admirado pela sua coragem e também pela velocidade com que corria. Zenão cria um enredo onde Aquiles e uma tartaruga vão disputar uma corrida, mas inclui uma pequena variante: vai dar 1 metro de vantagem para a tartaruga na linha de partida.
Bem, como todos sabem, aí começa a construção do paradoxo, pois Zenão diz que Aquiles nunca vai alcançar a tartaruga visto que quando Aquiles corra esse metro a tartaruga já terá feito mais 10 centímetros e assim infinitamente.
Jorge Luis Borges descrevia essa cena com tamanha vivacidade que, em um momento fiquei assustada com meu próprio pensamento: “como este homem que é cego está fazendo com que eu veja?”.
A Associação Palas Athena é um espaço de reflexão e ação, isto é, oferecemos cursos, palestras, grupos de estudo e, paralelamente, mantemos programas socioassistenciais junto às Secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social; a Fundação Casa; o Judiciário, entre outros. 

Como coordenadora do Comitê Paulista para a Década de Cultura de Paz (um programa da UNESCO), como analisa a questão da violência nas escolas? Falta uma cultura de paz por parte das pessoas (alunos, comunidade escolar etc.)?

A escola é o primeiro espaço de socialização das crianças. Lá encontram a diversidade que caracteriza uma cidade, um país, um continente. Lá também encontram adultos que apesar de não ser os pais ou familiares, elas têm de obedecer – há normas, regras, procedimentos, responsabilidades até então desconhecidos. É um espaço ao qual precisam se adaptar.
Mas a escola também é um espaço de ressonância do que acontece na sociedade em que está inserida. Quando as desigualdades são gigantescas e promovem uma cultura de exclusão a diversidade é percebida como uma ameaça, um perigo potencial frente ao qual é melhor manter distância.
Sem dúvida não fomos educados para conviver com o diferente, ignoramos que é justamente ele que pode ampliar e enriquecer nossa percepção de realidade. Qualquer ecossistema é tanto mais sustentável e promissor quanto maior a diversidade que conseguir acolher.
Sabemos que os 3 primeiros anos de vida são fundamentais para uma criança criar vínculos afetivos saudáveis. Se o meio familiar for disfuncional, de abandono, pouco calor humano e cuidado amoroso, a desconfiança vai ser um traço da personalidade futura dessa criança.
Hoje dispomos de muitos estudos, pesquisas e experiências no cenário escolar que podem nos orientar para oferecer balizas comportamentais que se traduzam em ambientes seguros, de legitimação e dignidade para todos. Porém é preciso compreender que a escola está dentro de um contexto social, e que este manifesta violências estruturais preocupantes; para dar apenas dois exemplos: a indústria armamentista é a mais lucrativa em todo o mundo, e os conteúdos dos videogames, filmes, seriados e desenhos animados exaltam a força, a retaliação e a violência redentora.
No ano passado foi publicada a 4ª edição do livro Paz, como se faz? Semeando Cultura de Paz nas escolas, parceria UNESCO/Palas Athena, que escrevi com a Dra. Laura Gorresio Roizman. O livro está sendo distribuído gratuitamente em escolas públicas, e também está disponível para fazer download nos sites da UNESCO e da Palas Athena, sem custo algum. Ali se encontram, além dos suportes conceituais sobre uma cultura voltada à convivência, uma série de atividades interativas e criativas que visam desenvolver a cooperação, solidariedade e empatia como antídotos das injustiças e beligerâncias.

No dia 31 de maio, você ministrará na Palas Athena – e online – o curso “O encontro, em diálogo possível – Martin Buber, David Bohm e Marshall Rosenberg”. Gostaríamos que comentasse um pouco a respeito.

Os três autores que escolhi trabalhar neste curso dedicaram-se ao Diálogo; a especificar seus contornos e diferenciá-los daquilo que chamamos “debate”, “discussão”, cuja intenção é convencer o outro, defender as próprias ideias, desqualificar posições que não estejam alinhadas com as que expressa quem está com a palavra.
Os preconceitos perpetuam-se por falta de escuta qualificada, de diálogo e abertura a novos olhares e visões de realidade. Hoje, em tempos de redes sociais, o que presenciamos são monólogos, afirmações que se apoiam em opiniões ou crendices que não resistem à reflexão, a uma observação a partir de diferentes antecedentes e contextos sociais ou existenciais.
Cultivar a escuta atenta e respeitosa permite avaliar e ponderar sobre o que se ouve para compreender o que verdadeiramente está sendo dito – isso evita uma infinidade de mal-entendidos.

Como a Justiça Restaurativa pode contribuir para diminuir a violência, de maneira geral?

Um dos pioneiros em sistematizar as experiências em Justiça Restaurativa nos Estados Unidos, cujas manifestações iniciais encontramos nos anos 70 do século passado, mas cujas raízes estão no legado dos povos nativos da América do Norte e Nova Zelândia, é o Prof. Howard Zehr, autor dos livros de referência internacional nessa área.
Em Trocando as lentes, publicado pela Palas Athena Editora, o Prof. Zehr começa sinalizando o que a Justiça Restaurativa não é; entre as ideias apresentadas destacamos:

·        A Justiça Restaurativa não tem como objeto principal o perdão ou a reconciliação.

·        A Justiça Restaurativa não é mediação.

·        A Justiça Restaurativa não é uma panaceia nem necessariamente um substituto para o processo penal.

·        A Justiça Restaurativa não tem por objetivo principal reduzir a reincidência ou as ofensas em série.

Então, o que é e para que serve a Justiça Restaurativa?
Ela tem 3 pilares: 1) o dano cometido seja para pessoas ou comunidades; 2) esses danos resultam em  obrigação e/ou responsabilização por parte do ofensor; e 3) engajamento de todas as partes afetadas pelo crime – vítimas, ofensores e membros da comunidade – para tomarem conhecimento do sofrimento provocado e chegar a um consenso sobre como reparar, como corrigir a situação. O fato de o ofensor encontrar-se com a vítima, saber dela e por ela o mal que provocou é transformador. Há milhares de registros, relatos e depoimentos no mundo todo que confirmam o poder curador da palavra, do diálogo e da responsabilização. 

A Monja Coen disse que, para ela, só existe este caminho para uma cultura de paz: o autoconhecimento. Você concorda que o conhecimento de si mesmo pode levar a pessoa a praticar a cultura de paz e, por conseguinte, à não violência?

Se tivermos em consideração que todos sabemos o que é a dor, o desprezo, a traição, a humilhação, a exclusão; também o que é a confiança, o respeito, a afetividade sincera, a solidariedade, não há como ignorar o que cada um de nós provoca nos outros.
A Regra de Ouro que, nas diferentes tradições espirituais repete: “Não faça aos outros aquilo que feito a você causaria dor”; ou na forma positiva: “Aquilo que deseja que os outros façam a você, faça também aos outros”, é um indicador claro sobre a necessidade de autoconhecimento, que não é alienação da realidade circundante, mas familiaridade com os estados da nossa própria mente, com as possibilidades de autoeducação e governabilidade interna, com o poder da liberdade e da compaixão.

Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.

Gostaria de deixar para todos nós uma pergunta que Yuval Harari coloca no seu livro Uma breve história da humanidade – Sapiens: “Nós dominamos o meio à nossa volta, aumentamos a produção de alimentos, construímos cidades, fundamos impérios e criamos grandes redes de comércio.  Mas, diminuímos a quantidade de sofrimento no mundo?”. 

Segue abaixo o programa completo do curso O encontro – em diálogo possível.

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021) e Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura. 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro se denomina Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). 

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terça-feira, 23 de maio de 2023

Atleta brasileira participa de Cúpula Global ao lado da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai

 

Mariana de Mello é destaque nas competições de natação - Arquivo pessoal

Jovens com deficiência auditiva compartilharam suas histórias de superação e conheceram importantes ativistas da causa da saúde auditiva

. A Cúpula Global: Alcance qualquer coisa (Achieve Anything: Global Summit) aconteceu entre os dias 9, 10 e 11 de maio, em Londres. O Encontro é resultado da parceria entre as Fundações Cochlear e Malala, que se reuniram para reforçar a importância do acesso precoce aos cuidados da saúde auditiva.

. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 34 milhões de crianças vivem com perda auditiva incapacitante, e muitas não recebem cuidados de saúde auditiva e apoio. Isso pode levar a menor desempenho escolar, maior risco de abandono escolar e menor probabilidade de acesso ao ensino superior. Já no Brasil, estima-se haver mais de 10 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva e quase 20 mil implantados.

Cinco jovens surdos de diferentes países, dentre eles a atleta brasileira Mariana de Mello, se reuniram para compartilhar suas histórias na primeira Cúpula Global realizada pela Cochlear Foundation. O evento contou com a participação de diversos defensores da perda auditiva, como a ativista Malala Yousafzai, mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel de todos os tempos; o jornalista Lewis Vaughan Jones (BBC e CNN); a nadadora e paralímpica Suzanna Hext; Anita Grover, CEO da AVUK (Auditory Verbal UK), instituição que fornece apoio e terapia para crianças surdas e suas famílias; e o modelo e designer 3D Qais Khan.

Por meio de workshops e atividades, os jovens tiveram a oportunidade de compartilhar os desafios e superações que vivenciaram ao longo da própria jornada. Selecionados para serem embaixadores da Fundação Cochlear, o encontro também foi marcado por emoção e fortalecimento da luta envolvendo o acesso à saúde, como diagnóstico precoce e acompanhamento de qualidade.

Um dos destaques da programação foi o encontro dos jovens embaixadores com a ativista Malala Yousafzai. A sessão permitiu que cada participante compartilhasse sua história pessoalmente à mais nova ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. Empolgada para conhecer uma de suas maiores inspirações, a embaixadora representante do Brasil, Mariana de Mello, não conteve a emoção com a chegada de Malala. "Eu nunca imaginei que eu pudesse vivenciar algo tão grandioso. Quando vi a Malala meus olhos se encheram de lágrimas. Ela, muito empática, veio até mim e me abraçou. Todos que estavam presentes se emocionaram com esse gesto" - relembra Mariana. A brasileira ainda preparou um presente para demonstrar a admiração pela ativista: um livro feito à mão, contanto sobre sua trajetória com fotos e escritos em inglês.

Para Mariana, ser embaixadora de um evento como esse foi algo extraordinário e inesquecível. "Compartilhar minha história foi uma experiência única. Tive a chance de aprender com outros embaixadores e conhecer seus valores de vida e como eles enfrentam os desafios da perda auditiva", conta ela.

Após as trocas e reflexões sobre o encontro com Malala, a rede de defesa da audição CIICA (Cochlear Implant International Community of Action), elaborou uma Declaração Global sobre a perda auditiva para crianças e jovens. O documento, que teve sugestões dos embaixadores, é um material baseado nas recomendações do Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial da Saúde, que destaca a urgência da saúde auditiva ser priorizada pelos governos e pela sociedade.

Atleta brasileira com deficiência auditiva Mariana de Mello é recebida por Malala Yousafzai - Foto divulgação

Quem são os cinco jovens participantes da Cúpula Global? - A Cochlear Foundation selecionou os cinco jovens para participar do Encontro como parte de seu programa "Achieve anything". Eles foram escolhidos por poderem, com suas trajetórias de conquistas pessoais, inspirar outras pessoas com perda auditiva a realizar seu potencial. Mais de 160 jovens de 35 países compartilharam suas histórias no programa.

Além da brasileira Mariana de Mello, jovem nadadora catarinense (ver história dela abaixo), foram selecionados a médica indiana Mahrukh Zaidi, de 24 anos, que deseja inspirar outras crianças com perda auditiva a seguir carreiras na medicina; o estudante norte-americano Theo Valles, 15 anos, que se destaca em várias atividades escolares e esportivas; Rose Paynl, modelo e fotógrafa de moda francesa de 22 anos, que tem ajudado a aumentar a conscientização sobre a surdez ao posar com implantes; e a estudante britânica Ava Pearson, de 15 anos, que tem protagonizado várias peças de mídia nas quais enfatiza a necessidade de todas as crianças surdas terem apoio precoce e eficaz.

Uma brasileira no Encontro Global - Uma das selecionadas para participar do Encontro Global foi a jovem atleta catarinense Mariana de Mello. Mariana nasceu prematura, com seis meses, teve complicações ao nascimento e precisou ficar em uma incubadora por três meses.

A menina precisou tomar antibióticos para lutar pela vida, apesar do risco para a audição e visão. Ao deixar o hospital, foi diagnosticada com perda auditiva profunda aos quatro meses, após realizar um exame chamado BERA. Com um ano de idade, recebeu o implante cocleare, que permitiu que ela tivesse um desenvolvimento cognitivo e escolar satisfatório.

Medalhas de ouro na natação e faculdade de Fonoaudiologia - Hoje, como atleta de natação, Mariana coleciona medalhas de ouro no torneio paraolímpico brasileiro, além de medalhas de prata no campeonato olímpico brasileiro. Ela também está estudando fonoaudiologia e apoia crianças na organização onde trabalha, treina e estuda, em Joinville (SC). Seu sonho é ajudar crianças que não têm acesso à terapia de fala, além de participar de campeonatos mundiais de natação. Em agosto deste ano, a nadadora irá disputar o Campeonato Mundial para Surdos, na Argentina.

"Meu nascimento já diz muito sobre minha história. Nasci prematura, tive uma série de complicações, morei na incubadora por três meses e tive a confirmação da perda auditiva após o teste BERA. Entrei na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para o implante coclear e, com um ano, consegui fazer a cirurgia", relembra Mariana.

Importância do diagnóstico precoce - Após o implante, ainda bebê, Mariana iniciou o acompanhamento com um fonoaudiólogo. O diagnóstico precoce, aliado ao acompanhamento médico, permitiu que ela fizesse todo o período escolar sem a necessidade de um atendimento específico para acompanhar a turma.

Com dez anos, ela conheceu a natação por meio da Associação Paralímpica de Joinville. "O esporte mudou minha vida. A natação me traz paz. Entrei na expectativa de conhecer pessoas e experimentar outras vivências. Me senti bem desde o início, ao compartilhar histórias inspiradoras. A competição veio de maneira espontânea. Em 2018, conquistei o primeiro ouro, na PARAJASC", conta.

Gratidão ao mundo aberto pela natação – A brincadeira virou coisa séria. Depois de participar e ganhar duas medalhas de prata no Campeonato Brasileiro de Surdo-Olimpíadas, Mariana percebeu que já era impossível dissociar a natação da sua vida. "O esporte abre portas para outras coisas boas. Hoje, estou muito orgulhosa da minha história de vida. Tudo foi caminhando como deveria, aos poucos, com paciência, leveza e dedicação. Sou muito grata por tudo que a natação me proporcionou", diz.

Antes de se dedicar à natação, Mariana já sonhava em fazer faculdade de Fonoaudiologia. Atualmente, ela está no 3º período do curso. Seu objetivo é trabalhar com crianças que não tenham condições para pagar um acompanhamento adequado para a perda auditiva. "Reconheço o quanto o acompanhamento fonoaudiológico que tive impactou positivamente no meu desenvolvimento. Quero mostrar para muitas crianças e para os seus pais que os deficientes auditivos podem fazer tudo que desejam. Quero inspirá-los a correr atrás dos seus sonhos, com autonomia e qualidade de vida".

Outro desafio aguarda Mariana - Com um quadro de embaixadora, que registra sua participação na Cúpula Global: Alcance qualquer coisa (Achieve Anything: Global Summit), Mariana voltou para Joinville (SC) com sua bagagem repleta de grandes histórias e experiências, além de uma lição de superação deixada por Malala. "Não se esqueçam de erguer suas vozes e lutar por seus direitos", enfatizou a ativista em uma de suas falas no encontro com os jovens embaixadores.

Agora, repleta de motivação e com mais determinação para realizar seus sonhos, Mariana retoma seus treinos para o Campeonato Mundial de Natação, que acontece de 13 a 19 de agosto, em Buenos Aires, na Argentina. "Meu objetivo agora é me concentrar nos treinos e me preparar ao máximo para o mundial. Estou focada em dar o meu melhor e alcançar meus objetivos", concluiu Mariana.

Sobre a Fundação Cochlear - A Cochlear Foundation é uma organização sem fins lucrativos de saúde auditiva, apoiada pela Cochlear, que tem como propósito aumentar a conscientização sobre a perda auditiva e ajudar mais pessoas em todo o mundo a acessar o tratamento auditivo. Lutam por um mundo onde qualquer pessoa, em qualquer lugar com perda auditiva, possa viver uma vida cheia de oportunidades.

Para alcançar este objetivo, a Cochlear Foundation avança na pesquisa em tratamento auditivo, incentiva o desenvolvimento de habilidades de profissionais de saúde e apoia os esforços da comunidade em direção à inclusão.

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Entrevista com Flávia Fernandes, autora do livro "Natal Ecológico”


ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Flávia Fernandes: Quando criança eu dizia que ia ser escritora, quando menina-moça escrevia poesia, escrever sempre foi fluído, gosto também de estudar e pesquisar o que ajuda no enriquecimento das ideias. 

Conexão Literatura: Você é autora do livro "Natal Ecológico”. Poderia comentar? 

Flávia Fernandes: Como sou formada em Tecnologia Ambiental e pós em Biotecnologia Ambiental, surgiu a vontade de escrever um livro Natal Ecológico, devido à uma preocupação com o meio ambiente e de propagar a educação ambiental entre as crianças e adolescentes.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Flávia Fernandes: Com a minha formação facilitou as pesquisas dos temas relacionados ao meio ambiente, que é vasta, fui focando nos assuntos atuais e complementando a estória. No livro falo da conservação e preservação da fauna e flora, os 5Rs da sustentabilidade, as 10 coletas seletivas, um pouco da Mata Atlântica, desmatamento, queimadas, resíduos/lixos nas praias e mar, efeito estufa, acidez das águas e muitas outras informações envolvendo crianças e adolescentes de forma que elas aprendam se divertindo.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Flávia Fernandes: O pensamento ecológico foi ganhando força, todos têm a mesma intenção: “Cuidar do Meio Ambiente”, porque se não for esse o caminho, é o fim da humanidade.

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura no país?

Flávia Fernandes: A educação vive um momento difícil, nem todo mundo tem acesso a ela e quando tem, nem sempre é de qualidade. É triste ver jovens escrevendo errado, não conseguindo elaborar frases ou uma redação. É necessário investir na educação, no estudo e na leitura, pois é isso que fará as crianças e adolescentes serem adultos equilibrados e bem sucedidos.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Flávia Fernandes: Meus livros estão nas plataformas de venda: Americanas, Casas Bahia, Magazine Luiza, Ponto Frio, Extra, Umlivro e Amazon.

Podem me seguir no Instagram flavia.fernandes.escritora ou facebook Flávia Fernandes 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Flávia Fernandes: Sim, tenho outro livro infantil que desejo publicar e pretendo também em algum momento lançar livro adulto.

Perguntas rápidas:

Um livro: Brida

Um (a) autor (a): Paulo Coelho 

Um ator ou atriz: Angelina Jolie

Um filme: Jogos Vorazes

Um dia especial: Nascimento da minha filha

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Flávia Fernandes: Sim, estou feliz de poder apresentar o meu trabalho e espero que contribua significativamente para a formação da consciência ambiental, acredito que a educação ambiental é uma ferramenta necessária para a humanidade.

Muito obrigada.

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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Entrevista com Junior Berts, autor do livro "O mal do século”


Natural do Rio de Janeiro, Junior Berts cresceu em Brasília. Ingressou na literatura através da poesia, aos quatorze anos, mas foi na prosa que se situou. Amante de História, aos dezessete anos se decidiu por ser romancista, dando início à produção de seu primeiro romance histórico, “O mal do século”. Abandonou a faculdade de Letras para investir em cursos de escrita criativa, sempre conciliando os estudos literários com a produção de romances, atividades que exerce há quinze anos. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Junior Berts: Aos dezessete anos deixei Brasília para voltar a morar no Rio de Janeiro. O choque cultural e minha resistência adaptativa em meio à caótica realidade carioca me compeliu de vez para a escrita, uma imersão tão profunda, apaixonada e terapêutica que não me restavam dúvidas de que eu não era apenas um delinquente desabrigado: acima de tudo, eu era um escritor. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "O mal do século”. Poderia comentar? 

Junior Berts: A violência e a desigualdade social das comunidades cariocas me sensibilizaram. Eu já tinha a ideia da produção de “O mal do século”, que narra a história de lorde Vincent, um libertino londrino angustiado com as mazelas urbanas ocasionadas pela Revolução Industrial. Por coincidência (ou não), a turbulenta mudança para o Rio de Janeiro me permitiu experimentar com maior proximidade a depressão propiciada pela industrialização das cidades no século XIX. Como um romance gótico, “O mal do século” se inicia com o angustiado Vincent, um fiel representante do que hoje a literatura chama de Romantismo, descobrindo que foi amaldiçoado por uma assustadora mendiga. Seu único meio de combater a maldição é descobrindo se um campo de trigo pintado por sua mãe, morta há dez anos, existe ou não. Supondo que a paisagem pintada exista, é provável que pertença à cidade natal de sua mãe, Veneza. É a chance que Vincent tem para escapar de Londres e do soturno cenário da Revolução Industrial. Em síntese, “O mal do século” é uma narrativa sobre o período do Romantismo, em que a imaginação nos transporta para a época das serenatas e dos duelos, permitindo acompanhar de perto como possivelmente foi a vida de ícones desse movimento artístico, como Vincent. Artistas que, em meio a uma era de abruptas mudanças, sentiram dores e amores na intensidade que até hoje faz do Romantismo uma das escolas mais memoráveis da literatura ocidental. 

Conexão Literatura: Como é o seu processo de criação? Quais são as suas inspirações? 

Junior Berts: Sou um assíduo leitor do escritor britânico Bernard Cornwell, cujas obras, especialmente “As crônicas de Artur”, me inspiraram a escrever; herdei de seu estilo a concisão de uma escrita fluida, personagens peculiares e uma trama repleta de ação e comédia. Já as nuances mais profundas do enredo devo ao delirante romantismo de Álvarez de Azevedo e à sombria dinâmica dramática do também saudoso Edgar Allan Poe. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?  

Junior Berts: “Assustava qualquer marmanjo não por sua suposta feitiçaria, nem pela imundice de seu corpo desnutrido ou por seus cabelos fedidos a erva e lixo, mas pela certeza de que aquela mulher conhecia cada uma das desgraças humanas tão profundamente que não lhe restavam escrúpulos em propagá-las.” 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Junior Berts: “O mal do século”, em livro físico, pode ser adquirido no site Uiclap.com. O formato ebook está disponível na Amazon.com.br. Os leitores também podem entrar em contato comigo através de meu Instagram, @autorjuniorberts, onde tenho o prazer de interagir com o público. 

Conexão Literatura: Quais dicas daria para os autores em início de carreira? 

Junior Berts: Toda carreira é dura, mas se você tem paixão, isto é, se existe mesmo um escritor dentro de você, a determinação sempre falará mais alto do que a voz da desistência. Esse é o espírito, o fogo que dispensa qualquer necessidade de estímulos motivacionais vazios. Uma vez que seu coração se decidiu, uma vez que esse fogo se acendeu, vá até o fim, não há para onde correr. Escreva e leia muito. Também sempre aconselho participarem de cursos de escrita criativa, para mim foram imprescindíveis. 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Junior Berts: “O mal do século” foi meu primeiro romance, mas o primeiro a ser publicado foi meu segundo, “A burguesinha”, em parceria com a Editora New Naipe. “A burguesinha” também está disponível na Amazon.com.br em formato físico e ebook. A saga “A ilha do crime”, dividida em dois volumes, “Sodoma ou morra” e “Gomorra e morra”, também pode ser adquirida na Amazon.com.br, por enquanto apenas em formato ebook. Tenho novos projetos em andamento, dessa vez me aventurando na Grécia Antiga. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: “Noite na Taverna”, de Álvares de Azevedo.

Um ator ou atriz: o formidável Marcos Nanini.

Um filme: “Pulp Fiction — Tempo de violência”, de Quentin Tarantino.

Um hobby: ler ou assistir a séries na companhia dos meus gatos (risos).

Um dia especial: O dia em que eu tiver a oportunidade de autografar meus livros para todos que estão acompanhando esta matéria, e por fim poder dizer para mim mesmo “é, marujo, o sacrifício valeu a pena”. 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Junior Berts: Este mundo precisa dos sonhadores. Ainda não realizei meu sonho, mas reencontro a certeza de que vou chegar lá ao lembrar que nem por um segundo pensei em desistir. Sonhos esvaziam cadeias e hospícios, mantêm de pé tudo pelo qual vale a pena viver, e realizá-los tem mais a ver com cooperação do que com competição, portanto ajudemos uns aos outros em busca de um mundo mais luminoso. Há muitos modos de ajudar um companheiro de estrada; por hora, toda ajuda que posso dar consiste em um fervoroso conselho: não mate sua alma, não desista dos seus sonhos.

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domingo, 21 de maio de 2023

GALERIA CONSIGAZ busca talentos brasileiros da arte urbana

 


Evento chega à 3ª edição com a missão de incentivar e valorizar a arte urbana brasileira; iniciativa destaca artistas emergentes a exibirem seu trabalho e ganharem visibilidade nacional, com premiação de R$10 mil ao projeto vencedor

Pelo terceiro ano consecutivo, a Consigaz – uma das principais distribuidoras de gás do país – realizará a GALERIA CONSIGAZ. A iniciativa, promovida com o apoio do MIS (Museu da Imagem e do Som), busca incentivar e valorizar a arte urbana brasileira, proporcionando uma plataforma para artistas emergentes exibirem seu trabalho e ganharem visibilidade nacional.

Podem participar todas as pessoas que residem nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal, sejam maior de 18 anos e desejam mostrar seu talento e criatividade por meio de expressões artísticas nas mais diversas formas: grafite, muralismo, intervenção urbana, stencil, entre outras técnicas relacionadas à arte urbana. Os interessados já podem se inscrever gratuitamente até o dia 25 de maio, pelo site oficial do projeto: https://galeriaconsigaz.com.br/.

"A Consigaz investe, apoia e incentiva a arte, a cultura e o talento da sociedade de diversas formas. Está no nosso DNA e no propósito da companhia: ‘ser energia para todos’. E a Galeria Consigaz traz justamente o tema ‘Energia das ruas’, buscando artistas de street art que possam transpassar o seu talento na nossa energia, simbolizada pela arte em nossos botijões P13", explica Carla Tunkel, gerente de Marketing da empresa.

Os 10 artistas selecionados terão a oportunidade de pintar em um evento ao vivo na capital paulista, no dia 04 de junho. A grande final da GALERIA CONSIGAZ - 3ª Edição será transmitida pelo canal da empresa no Youtube e acontecerá no MIS Europa, um dos museus mais conceituados de São Paulo. A decisão será tomada por um júri que avaliará a criatividade, originalidade e técnica de cada obra de arte. Os selecionados concorrem a um prêmio de R$10 mil, além de terem suas carreiras impulsionadas pela visibilidade que a galeria proporciona.

Mais de 1.000 artistas se inscreveram no total das últimas duas edições. Em 2023, as inscrições iniciaram no dia 05 de maio e já atingiram essa marca. "Esperamos até a data de encerramento mais de 3.000 inscritos. Estamos ansiosos para descobrir e promover os talentos da arte urbana no Brasil", complementa Carla.

Esta terceira galeria promete ser um marco no cenário da cultura urbana brasileira, oferecendo uma oportunidade única para os artistas emergentes exibirem seu trabalho de forma inusitada. “A GALERIA CONSIGAZ tem se consolidado como um importante impulsionador da street art. Com essa iniciativa, a Consigaz reafirma seu compromisso em apoiar e valorizar a cultura brasileira, promovendo um diálogo entre a energia das ruas e a expressão artística”, finaliza a executiva.

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Resultado de exame internacional sobre leitura escancara o problema de interpretação de texto no Brasil

 


Professora do ensino fundamental explica sobre a importância do hábito da leitura no dia a dia do aluno

Os resultados do exame Pirls (Progress in International Reading Literacy Study), estudo que busca medir habilidades de leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental foram divulgados nesta semana. A estreia do Brasil ficou marcada na 39ª posição no ranking entre 43 nações.

A análise é feita a partir de uma prova aplicada para estudantes das redes pública e privada, com questões dissertativas. Devido a pandemia e as restrições das aulas, 400 mil estudantes dos 43 países participantes foram avaliados em datas diferentes entre outubro de 2020 a julho de 2022. No Brasil, a prova foi realizada no fim de 2021.

As habilidades mais básicas de leitura do Brasil são preocupantes, como indicado pelo ranking. Com o avanço tecnológico e a entrada do digital nas casas durante a pandemia, o hábito de leitura foi deixado de lado. “A leitura é de suma importância não somente para a localização de informações explícitas e implícitas em um texto ou identificação de um tema”, afirma Luana Machado, professora de séries iniciais do Colégio Adventista da Praia Grande. “É também imprescindível para a formação do cidadão com senso crítico para formar um ser pensante capaz de ter sucesso em sua vida pedagógica, social e moral”, acrescenta.

Na prática, o resultado mostra que os alunos brasileiros estão preparados para ler textos simples e encontrar ideias explícitas. Em comparação aos países do top 5 – SingapuraHong KongRússiaInglaterra e Finlândia – que obtiveram resultados em níveis mais avançados, os alunos conseguiram não só interpretar as emoções dos personagens, mas também avaliar o estilo do autor e interpretar os textos de uma forma mais elaborada.

Pensando em como manter o hábito de leitura e interpretação de texto presentes na rotina dos estudantes, a professora Luana realiza o projeto Ler é Uma Aventura, presente na grade escolar do Colégio Adventista. Semanalmente, os alunos vão à sala de leitura da escola, onde os livros já estão separados por segmento, escolhem a obra da semana e levam para casa junto com uma ficha de leitura, que deve ser preenchida e entregue na próxima semana. Nesses momentos também acontecem rodas de leitura com toda a turma e a professora.

“O aluno, ao ser apresentado ao projeto de leitura, pode vivenciar as experiências mais fantásticas como ter acesso a diferentes autores, com diferentes pensamentos, linguagens e o contato com os gêneros textuais que é importantíssimo desde a infância”, aponta Luana. “Eles adoram. Toda semana eles escolhem um livro e levam para casa. Alguns até relatam que chamam os pais para participarem da leitura e isso é maravilhoso”, finaliza.

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sábado, 20 de maio de 2023

EXERCITE A SUA MENTE DIARIAMENTE: Agora você pode adquirir o PACOTE "ENCONTRE A DIFERENÇA"

CONTEÚDO DO PACOTE COM AS IMAGENS "ENCONTRE A DIFERENÇA":

*O arquivo vem zipado, será enviado via e-mail e contém 3 pastas com os seguintes conteúdos:

PASTA 1:

- 20 imagens NÍVEL FÁCIL (Encontre 1 diferença)

- 20 imagens NÍVEL MÉDIO (Encontre 3 diferenças)

- 10 imagens NÍVEL DIFÍCIL (Encontre 7 diferenças)

TOTAL DE 50 IMAGENS

PASTA 2:

- 50 imagens apontando todas as diferenças das imagens do Nível Fácil, Nível Médio e Nível Difícil.

PASTA 3 (Bônus - Brinde):

- Jogo da memória para imprimir, recortar e brincar (2 páginas).

____________________________

COMO ADQUIRIR:

VALOR:

Apenas R$ 20,00

Ao adquirir, você também estará incentivando o nosso trabalho.

Pode ser pago via Pix ou Depósito.

Envie um e-mail para Ademir Pascale solicitando as informações e a chave Pix. Escreva no assunto do e-mail PACOTE ENCONTRE A DIFERENÇA

E-mail:  ademirpascale@gmail.com  ou  contato@edgarallanpoe.com.br

____________________________

EXEMPLO DA QUALIDADE DAS IMAGENS QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NO PACOTE:




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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Participe da antologia (e-book) POEMAS AO AMANHECER. Leia o edital

 


Participe da antologia (e-book). Leia o editalCLIQUE AQUI.

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Participe da antologia (e-book) POEMAS AO AMANHECER Leia o edital


PARTICIPE DA ANTOLOGIA (E-BOOK): POEMAS AO AMANHECER

POR FAVOR, LEIA TODO O EDITAL

REGRAS PARA PARTICIPAÇÃO NA ANTOLOGIA DIGITAL 
POEMAS AO AMANHECER

1 - Escreva um poema livre. Aceitaremos até 3 poemas por autor. Caso sejam aprovados, os 3  textos serão publicados.

2 - SOBRE O POEMA: até 4 páginas cada poema, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título. Espaçamento 1,5.
     
3 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).

4 - O poema não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.

5 - Idade mínima do autor para participação na antologia: 18 anos completos.

6 - Envie o seu poema pré-revisado. Leia e releia antes de enviá-lo.

7 - Só envie o seu texto e inscrição se realmente estiver interessado(a) em participar. Leia todo o edital.

8 - Data para envio do poema: do dia 19/05/23 até 21/06/23.

9 - Veja ficha de inscrição no final desse texto. Leia, copie as informações e preencha. Envie as informações da ficha + o poema para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: POEMAS AO AMANHECER

CUSTO PARA O AUTOR:

R$ 60,00 para 01 texto aprovado. Caso o autor envie 2 poemas e tenha os dois (02) selecionados, o valor será R$ 100,00 (terá R$ 20,00 de desconto). Caso o autor envie 3 poemas e tenha os três (03) selecionados, o valor será R$ 150,00 (terá R$ 30,00 de desconto). As informações para depósito serão informadas ao autor no e-mail que enviaremos caso o conto ou poema seja aprovado.
O valor servirá para cobrir os custos de leitura crítica, diagramação e divulgação da obra.

A antologia será digital (e-book) e gratuita para os leitores baixarem através de download, ela não será vendida. A antologia será amplamente divulgada nas redes sociais da Revista Conexão Literatura: Fanpage, Instagram e Grupos do Facebook, que somam mais de 400 mil seguidores.

O resultado será divulgado no site www.revistaconexaoliteratura.com.br e na fanpage www.facebook.com/conexaoliteratura, até o dia 22/06/23.

OBS: Enviaremos certificado digital de participação para os autores selecionados.


NOSSOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:

A) - Criatividade;

B) - Textos preconceituosos, homofóbicos, pornográficos, racistas ou que usem palavras de baixo calão, serão desconsiderados;

C) - Seguir todas as regras para participação.

OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: CLIQUE AQUI.

IMPORTANTE: Envie todas as informações da ficha de inscrição abaixo para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: POEMAS AO AMANHECER

________________________________________

FICHA DE INSCRIÇÃO DO AUTOR(A)

Nome completo do autor(a). Não escreva tudo em letra maiúscula:

Seu Pseudônimo (caso use), para publicação na antologia:

Idade:

Nacionalidade:

Nº do CPF:

Título do poema (Não escreva em letra maiúscula):

E-mail 1:
E-mail 2 (caso tenha):

Biografia em terceira pessoa (escreva sobre você num máximo de 7 linhas. Não escreva todo o texto em letra maiúscula):

_______________________________________

IMPORTANTE: Envie todas essas informações da ficha de inscrição para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: POEMAS AO AMANHECER

O envio da ficha de inscrição + poema(s) para o e-mail indicado significa que o autor(a) leu todas as informações e regras dessa página para participação na antologia.

Não fique fora dessa. O concurso cultural será amplamente divulgado nas redes sociais.

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