Waldir Pedro recebendo uma homenagem em nome da Wak Editora na Assembleia do Rio de Janeiro - Foto divulgação |
Nesta entrevista, Waldir Pedro fala de sua trajetória e de sua editora, que completa 20 anos. Pedro é também autor de várias obras, dentre as quais, Em busca da transformação: a filosofia pode mudar sua vida, já na 4ª. edição.
Waldir Pedro é jornalista e filósofo. Nasceu em São Paulo. Ainda criança mudou-se com a família para São Vicente, cidade do litoral paulista. Trabalhou no ofício de artes gráficas e, ainda jovem, montou uma livraria, que se tornou ponto de encontro de personalidades da região, principalmente poetas e intelectuais da Baixada Santista. Estudou Filosofia na Universidade de Santos e em seguida na mesma universidade tornou-se bacharel em Comunicação Social. Trabalhou no jornal A Tribuna de Santos, primeiro no Projeto Jornal-Escola (projeto desenvolvido pela empresa jornalística para estimular o uso de jornais na sala de aula) e depois ajudou no suplemento infantil. Atualmente é editor da Wak Editora, do Rio de Janeiro.
ENTREVISTA:
Todo empreendedor quando chega a algum local, um restaurante, por exemplo, já começa a imaginar mudanças. Se trocasse essa mesa... Se servisse tal prato... Se fizesse uma promoção... A cabeça do empreendedor é muito criativa.
Tem um restaurante perto de casa que toda quinta-feira serve um frango com batatas delicioso, mas sempre que vou pedir a atendente diz: acabou, é que vende muito.
Ora, se vende muito por que não incorporar ao cardápio ou aumentar a quantidade? (risos)
Creio que eu tenha um pouco dessa veia de empreendedor.
Nos anos 90 eu vim morar no Rio de Janeiro. Por já ter passado por algumas experiências em trabalhar com livro, fui convidado a ingressar na equipe de uma grande distribuidora de livros que estava remanejando sua atuação na cidade.
Essa função me fazia visitar as livrarias da cidade. Enquanto esperava ser atendido eu ficava esperando e observando a dinâmica das livrarias. Entrava muito gente atrás de algum livro e o atendente dizia: não temos.
Havia uma demanda e pessoas querendo ler e que não encontravam o livro desejado.
Nesse momento, a cabeça do empreendedor começou a pensar: se houvesse um local em que a pessoa pedisse e encontrasse todo livro que desejasse ler.
Eu, por trabalhar muito tempo com livros e ter contato com quase todas as editoras e distribuidoras, comecei a elaborar um projeto de venda de livros por telefone. Uma espécie de disque-livros. As pessoas ligavam e perguntavam: tem o livro x? Mesmo não tendo esse livro eu dizia: tem. Combinava a entrega, pegava o livro na editora e entregava para o leitor.
Acreditei tanto nessa ideia que pedi demissão do trabalho e fui me aventurar na execução do projeto.
O primeiro passo seria fazer que as pessoas soubessem da existência desse serviço (projeto). Na época, a venda pela Internet praticamente não existia.
Eu imprimi alguns folhetos anunciando venda de livros e comecei a distribuir em faculdades e escolas. Na verdade, em qualquer lugar que eu estava eu falava do meu “negócio”. Até quando estava no ônibus e via alguém lendo eu entregava o folheto e dizia: oi, você gosta de ler? Quando precisar de algum livro pode me pedir.
Convenci dois amigos a se unirem a mim e fui em frente.
Em pouco tempo o telefone não parava de tocar e aquilo, que era uma “doidice”, começou a dar certo. Às vezes, até de bicicleta eu fazia a entrega para não ter custo na entrega.
Resumindo, um dia recebi uma ligação de uma cliente pedindo para entregar um livro em um curso de pós-graduação. Eu fui e fiz a entrega na sala de aula e quando entreguei o livro dela, quase todos os outros alunos me pediram livros que estavam com dificuldade de encontrar nas livrarias. Eu e o Alan (hoje meu sócio na editora) ficamos pulando de alegria não acreditando em tantos pedidos de livros.
Aquela pós-graduação era o projeto “A vez do Mestre”, hoje AVM.
Como funcionava todos os sábados comecei a ir aos sábados levar livros para os alunos que pediam daquela turma. Porém pensamos: se uma sala precisa do nosso serviço imagina se atendêssemos todas as turmas?
Preparei-me a semana toda para falar com o coordenador, imaginei um discurso, suei muito e quando chegou o dia fomos.
Ele nos recebeu em sua sala e quando comecei o meu discurso ele falou: “O que querem? Expor livros aqui no meu curso? Podem colocar uma mesa ali naquele canto e só tem uma coisa, se algum aluno falar algo contra vocês, eu tiro vocês daí na hora”.
Assim, começamos com uma mesa expondo livros e fazendo amizades. Amizade com professores que tinham apostilas que deixavam para que a gente vendesse para eles.
Um dia eu comentei com uma professora: por que não transforma essa apostila em livro?
Dessa pergunta começou a ser germinada a Wak Editora.
Esse primeiro livro foi o pontapé inicial para que outros professores começassem a nos procurar e pedir nossa ajuda em editar seus livros.
Hoje, depois de 20 anos, estamos com mais de 600 obras editadas, com autores do Brasil todo e de outros países.
E saber que tudo começou de um sonho em atender bem quem queria ler, hoje se transformou em um fazedor de sonhos de muitas pessoas que desejam ter seu livro editado.
Nos anos 90 eu vim morar no Rio de Janeiro. Por já ter passado por algumas experiências em trabalhar com livro, fui convidado a ingressar na equipe de uma grande distribuidora de livros que estava remanejando sua atuação na cidade.
Essa função me fazia visitar as livrarias da cidade. Enquanto esperava ser atendido eu ficava esperando e observando a dinâmica das livrarias. Entrava muito gente atrás de algum livro e o atendente dizia: não temos.
Havia uma demanda e pessoas querendo ler e que não encontravam o livro desejado.
Nesse momento, a cabeça do empreendedor começou a pensar: se houvesse um local em que a pessoa pedisse e encontrasse todo livro que desejasse ler.
Eu, por trabalhar muito tempo com livros e ter contato com quase todas as editoras e distribuidoras, comecei a elaborar um projeto de venda de livros por telefone. Uma espécie de disque-livros. As pessoas ligavam e perguntavam: tem o livro x? Mesmo não tendo esse livro eu dizia: tem. Combinava a entrega, pegava o livro na editora e entregava para o leitor.
Acreditei tanto nessa ideia que pedi demissão do trabalho e fui me aventurar na execução do projeto.
O primeiro passo seria fazer que as pessoas soubessem da existência desse serviço (projeto). Na época, a venda pela Internet praticamente não existia.
Eu imprimi alguns folhetos anunciando venda de livros e comecei a distribuir em faculdades e escolas. Na verdade, em qualquer lugar que eu estava eu falava do meu “negócio”. Até quando estava no ônibus e via alguém lendo eu entregava o folheto e dizia: oi, você gosta de ler? Quando precisar de algum livro pode me pedir.
Convenci dois amigos a se unirem a mim e fui em frente.
Em pouco tempo o telefone não parava de tocar e aquilo, que era uma “doidice”, começou a dar certo. Às vezes, até de bicicleta eu fazia a entrega para não ter custo na entrega.
Resumindo, um dia recebi uma ligação de uma cliente pedindo para entregar um livro em um curso de pós-graduação. Eu fui e fiz a entrega na sala de aula e quando entreguei o livro dela, quase todos os outros alunos me pediram livros que estavam com dificuldade de encontrar nas livrarias. Eu e o Alan (hoje meu sócio na editora) ficamos pulando de alegria não acreditando em tantos pedidos de livros.
Aquela pós-graduação era o projeto “A vez do Mestre”, hoje AVM.
Como funcionava todos os sábados comecei a ir aos sábados levar livros para os alunos que pediam daquela turma. Porém pensamos: se uma sala precisa do nosso serviço imagina se atendêssemos todas as turmas?
Preparei-me a semana toda para falar com o coordenador, imaginei um discurso, suei muito e quando chegou o dia fomos.
Ele nos recebeu em sua sala e quando comecei o meu discurso ele falou: “O que querem? Expor livros aqui no meu curso? Podem colocar uma mesa ali naquele canto e só tem uma coisa, se algum aluno falar algo contra vocês, eu tiro vocês daí na hora”.
Assim, começamos com uma mesa expondo livros e fazendo amizades. Amizade com professores que tinham apostilas que deixavam para que a gente vendesse para eles.
Um dia eu comentei com uma professora: por que não transforma essa apostila em livro?
Dessa pergunta começou a ser germinada a Wak Editora.
Esse primeiro livro foi o pontapé inicial para que outros professores começassem a nos procurar e pedir nossa ajuda em editar seus livros.
Hoje, depois de 20 anos, estamos com mais de 600 obras editadas, com autores do Brasil todo e de outros países.
E saber que tudo começou de um sonho em atender bem quem queria ler, hoje se transformou em um fazedor de sonhos de muitas pessoas que desejam ter seu livro editado.
Waldir Pedro e Ana Cris Ferreira, autora do livro sobre Paralisia cerebral - Foto divulgação |
Link da editora:
https://wakeditora.com.br
Links para os livros de Waldir Pedro:
https://wakeditora.com.br/produto/em-busca-da-transformacao-e-book
https://wakeditora.com.br/produto/dinamicas-para-aulas-de-filosofia
https://wakeditora.com.br/produto/colecao-cidadania-vem-de-berco
https://wakeditora.com.br/produto/guia-pratico-de-neuroeducacao
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
https://wakeditora.com.br
Links para os livros de Waldir Pedro:
https://wakeditora.com.br/produto/em-busca-da-transformacao-e-book
https://wakeditora.com.br/produto/dinamicas-para-aulas-de-filosofia
https://wakeditora.com.br/produto/colecao-cidadania-vem-de-berco
https://wakeditora.com.br/produto/guia-pratico-de-neuroeducacao
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
OlA
ResponderExcluirComprei em um cabo ali na feira da praça Maus o livro em busca da transformação e observei que o livro tinha uma dedicatória a um amigoncujo nome Guto e um autógrafo. Como alguem perde um livro assim ? Gostatuavse devolvelo ao real dono. Mas clero que assim que também fazer a leitura do mesmo.
Obrigada