Enquanto a Reforma Tributária é solução para o governo, setor livreiro vê problemas e RenovaGraf, gráfica local de São Paulo, busca por estratégias
Foi a equipe do ministro da economia Paulo Guedes que decidiu taxar o mercado livreiro. Desde 1946, a Constituição garantia imunidade de impostos aos livros, mas a Reforma Tributária apresentada pela câmara, taxará em 12% os serviços livreiros — o que é uma ameaça para o mercado, já tão abalado.
“O povo estava mais preocupado em ter o que comer durante a pandemia do que comprar livros”, afirmou Paulo Guedes em coletiva.
Benefício para alguns, terror para outros. O mercado editorial está em crise há muitos anos; Editoras e livrarias estão fechando as portas cada vez mais rápido e, com a nova tributação, mais delas estarão propensas a quebrar.
Gráficas também entram em alvo e um exemplo palpável é a RenovaGraf. Especializada somente em impressão de livros e localizada na Vila Prudente (Z/L), em São Paulo, a gráfica quebrou barreiras durante a pandemia do novo coronavírus, a COVID-19. Atendendo, em geral, editoras de pequeno e médio porte, e autores independentes com tiragens de poucos exemplares, a RenovaGraf precisou se reinventar para superar a crise e continuar com a produção. “No início da pandemia o ministro da saúde atual (Mandetta) nos deixou com muito medo, então paramos a produção na gráfica por um tempo e ficamos em homeoffice por um tempo; Quando voltamos a trabalhar, tomamos as prevenções: colocamos totens de álcool em gel, separamos as pessoas de grupo de risco e só permitimos a entrada com máscara. Trabalhávamos dia sim, dia não, sempre fazendo testes rotineiros para o vírus”, diz Ruberlei Luciano, proprietário da gráfica.
Como se não bastasse o terror invisível que são as doenças virais sem cura, o Estado ainda tende a impor atitudes que podem gerar graves consequências.
0 comments:
Postar um comentário