Fale-nos sobre você.
Nasci em Caxambu, sul de Minas Gerais, no ano de 1991. Passei a infância em minha cidade natal, mas tive que me mudar para Belo Horizonte com nove anos, onde fiquei até os quinze. Por lá deixei muitos amigos, pessoas que inclusive mantenho contato até hoje e que estão ansiosas pelo lançamento do livro.
Voltei a Caxambu para cursar o ensino médio e foi nesse período que comecei a escrever as primeiras linhas de meu sonho. Com a ajuda de uma incrível professora de português, Nilza Chaves Pereira, pude melhorar consideravelmente minha escrita e desenvolver melhor minhas histórias.
Devido às incertezas da carreira de escritora decidi iniciar minha vida acadêmica na Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde cursei dois anos de licenciatura em química. Porém o sonho foi maior do que qualquer medo, incerteza ou dificuldade e, por isso, desisti do curso para seguir meu grande sonho de ser escritora.
Atualmente, leciono aulas particulares de matemática, química e física em minha cidade natal enquanto escrevo meus livros e em minha página literária no Instagram, @gabiamorim.escritora.
A Ler Editorial acreditou em meu trabalho e Quando Acordei é meu primeiro livro escrito e a ser lançado em 2020, além de já ter mais dois concluídos e diversos esboços de enredos prontos, afinal, a mente de um autor nunca desliga.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro. O que a motivou a escrevê-lo?
Antes de decidir ser escritora, alguns livros me incomodavam quando deixavam finais inacabados, perguntas sem respostas, pontas soltas ou até mesmo quando percebia uma premissa que poderia ter sido desenvolvida de outro jeito.
Foi quando pensei: por que não tentar escrever um? E assim comecei, escrevendo o que desejava ler. Descobri, então, que não havia nada mais prazeroso do que isso.
Quando Acordei surgiu exatamente assim, com temas muito pouco discutidos na literatura como a surdez e a Libras. Nele também pude ressaltar a importância de família, Deus e amizade. Tudo isso com toques de romance, drama e algumas surpresas, que farão com que os leitores tenham vontade de virar sempre a próxima página e deixando o livro com potencial de emocionar. Itens que prezo muito em uma boa leitura.
Que dica poderia fornecer a um escritor principiante?
Quando Acordei é meu primeiro livro lançado, então também sou uma escritora iniciante. Mas como estou batalhando nesse mercado há quase 7 anos, o que posso deixar de dica primordial para qualquer pessoa que deseja ser um escritor é nunca desistir. Se é isso que te motiva a sair da cama todos os dias, se é o que te coloca um sorriso no rosto, se é o que te deixa feliz de verdade, não desista!
É um mercado muito complicado, mas escrever é um dom de Deus, e na hora certa Ele vai te honrar e tudo vai acontecer muito melhor do que você sempre sonhou. Assim como está acontecendo comigo.
Além de acreditar, também temos que fazer nossa parte, então faça todos os cursos que puder fazer, existem muitos gratuitos na internet, então falta de dinheiro não é desculpa. E leia! Leia muito! Leia sempre!
Como analisa a questão da leitura no país?
Não é segredo para ninguém que o Brasil não é nenhuma referência em leitura. Porém não adianta nada continuar perpetuando essa ideia e não fazer nada para mudar. E você pode me perguntar: como fazer isso? É simples. Basta sermos exemplos de leitores para as pessoas a nossa volta. Já parou para pensar com quem as crianças e adolescentes aprendem a usar o celular com tanta frequência como nos dias de hoje? Eles copiam o que os pais fazem. Então, se você quer que seus filhos leiam mais, primeiro, comece a ler mais. Mostre para eles o quanto é prazeroso. Uma hora eles vão copiar você e essa “mania de ler” poderá virar uma febre nacional.
Alias, em nível de curiosidade, foi exatamente assim que comecei a ler. Meus pais estavam sempre com um livro em mãos. Meu pai é apaixonado por livrarias e minha mãe não dorme sem antes ler um pouco. Na minha adolescência comecei a ver isso e pensei: também quero um livro para mim. Eles me levaram em uma livraria e assim me tornei a leitora apaixonada que sou hoje e, consequentemente, a escritora.
O que tem lido ultimamente?
Sou fã numero um da escritora norte-americana Kristin Hannah, então tenho sempre um livro dela em mãos. Para mim é uma das escritoras mais completas, nada falta em suas histórias, além de trabalhar com o drama como ninguém. Mas também já li quase todos de Nicholas Sparks, como uma boa fã de romance.
E, como autora nacional, nunca deixo de prestigiar os melhores escritores que nosso país tem o privilégio de ter, como Bia Carvalho, Tammy Luciano, Maurício Gomyde e tantos outros que eu ficaria o dia todo citando.
Atualmente estou lendo Os garotos dinamarqueses que desafiaram Hitler, afinal, um bom escritor precisa ler um pouco de tudo, nunca pode ficar preso só na sua área de escrita.
Link para o livro:
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Colunista da Revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).
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