Elisangela Meira - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Elisangela dos Santos Meira é natural de Ilhéus-BA, mudou-se com a família para São Paulo aos dois anos de idade. Formada em Letras pela Fundação Santo André e pós-graduada em Língua Portuguesa pela Unicamp.
É professora há 26 anos na Rede Estadual de Ensino, com experiência nas Redes Particular e Municipal. Cercada pelo universo dos livros, começou a escrever ainda criança, mas seu sonho infantil era ser professora. Começou a lecionar Literatura Infantil e Língua Portuguesa aos 20 anos e seu amor pelos livros e pela arte de ensinar a levaram a semear a magia da palavra todos os dias no ambiente de sala de aula e criando projetos de leitura. Seus escritos esparsos em cadernos e folhas amareladas adormeceram na gaveta por alguns anos até 2019, quando publicou pela Editora Coerência seu primeiro livro, 10 Passos Poéticos para Ser Feliz.
ENTREVISTA:
Elisangela dos Santos Meira é natural de Ilhéus-BA, mudou-se com a família para São Paulo aos dois anos de idade. Formada em Letras pela Fundação Santo André e pós-graduada em Língua Portuguesa pela Unicamp.
É professora há 26 anos na Rede Estadual de Ensino, com experiência nas Redes Particular e Municipal. Cercada pelo universo dos livros, começou a escrever ainda criança, mas seu sonho infantil era ser professora. Começou a lecionar Literatura Infantil e Língua Portuguesa aos 20 anos e seu amor pelos livros e pela arte de ensinar a levaram a semear a magia da palavra todos os dias no ambiente de sala de aula e criando projetos de leitura. Seus escritos esparsos em cadernos e folhas amareladas adormeceram na gaveta por alguns anos até 2019, quando publicou pela Editora Coerência seu primeiro livro, 10 Passos Poéticos para Ser Feliz.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro. O que a motivou a escrevê-lo?
O livro 10 Passos Poéticos para Ser Feliz propõe ao leitor uma busca de pequenas alegrias dentro de si mesmo e a transformação em meio ao conturbado cotidiano de afazeres. Foi interessante sua criação, pois o livro se antecipou ao primeiro original que eu enviaria à editora. Eu queria que meu primeiro livro fosse leve e que dialogasse como leitor e acabei decidindo por um projeto mais recente, em construção que misturava prosa e poesia. O livro traz, além de poemas, provocações e reflexões sobre a vida.
Os alunos têm escrito mais, mesmo mergulhados em redes socais?
A prática da escrita se tornou uma atividade cotidiana e fundamental na vida das pessoas. Participar das redes sociais praticamente se tornou uma atividade básica do existir em qualquer faixa etária. Os alunos estão escrevendo de forma espontânea nestes canais de comunicação nas salas de bate-papo, nas legendas para postagens de fotos e participando até mesmo das formas mais elaboradas de comunicação pela internet como os blogs e plataformas de hospedagem de textos literários. Encaro esta dinâmica positivamente. Os alunos têm, além da sala de aula, outros ambientes de expressão pela escrita. Neste universo, transitam textos diversos de autores consagrados e anônimos, desta forma a leitura se ampliou e o despertar de jovens escritores é um fato ainda a ser estudado.
Qual a sua opinião sobre a leitura no país?
Como apontam os dados da pesquisa “Retratos da Leitura” de 2015 feita pelo Instituto Pró-Livro, 44% da população brasileira não lê. A média de livros lidos é de 4,96 por ano. O brasileiro lê pouco e a leitura não é uma prática popular de entretenimento. Apenas 24% dos leitores entrevistados declararam ler no seu tempo livre. Houve um aumento da escolaridade no Brasil nos últimos anos, entretanto não houve um aumento de leitores. Dentre os leitores apenas 1,91 % leram um livro inteiro. Lembrando que o critério usado pelo Instituto para definir “leitor” é para quem leu um livro nos últimos três meses. Nosso país caminha a passos lentos no quesito leitura, segundo o PISA 2015 estamos entre os 12 piores dos 70 países avaliados. Precisamos avançar e muito ainda em quantidade e principalmente qualidade. Como professora e escritora, sinto-me mais do que motivada a difundir a leitura no país.
Que dicas pode fornecer a um aspirante a escritor?
Ler muito. Procurar descobrir qual gênero mais gosta de escrever ou escreve melhor. Praticar outros gêneros também. Ter sempre em mãos cadernetas ou um aplicativo no celular para anotações de ideias. Submeter seus textos à leitura e apreciação de amigos, professores, familiares e outros escritores. Há inúmeras plataformas para postagem de textos e com a possibilidades obter a opinião dos leitores. Procurar conhecer seu leitor e formar um público é importante. Estou descobrindo isto agora.
O livro 10 Passos Poéticos para Ser Feliz propõe ao leitor uma busca de pequenas alegrias dentro de si mesmo e a transformação em meio ao conturbado cotidiano de afazeres. Foi interessante sua criação, pois o livro se antecipou ao primeiro original que eu enviaria à editora. Eu queria que meu primeiro livro fosse leve e que dialogasse como leitor e acabei decidindo por um projeto mais recente, em construção que misturava prosa e poesia. O livro traz, além de poemas, provocações e reflexões sobre a vida.
Os alunos têm escrito mais, mesmo mergulhados em redes socais?
A prática da escrita se tornou uma atividade cotidiana e fundamental na vida das pessoas. Participar das redes sociais praticamente se tornou uma atividade básica do existir em qualquer faixa etária. Os alunos estão escrevendo de forma espontânea nestes canais de comunicação nas salas de bate-papo, nas legendas para postagens de fotos e participando até mesmo das formas mais elaboradas de comunicação pela internet como os blogs e plataformas de hospedagem de textos literários. Encaro esta dinâmica positivamente. Os alunos têm, além da sala de aula, outros ambientes de expressão pela escrita. Neste universo, transitam textos diversos de autores consagrados e anônimos, desta forma a leitura se ampliou e o despertar de jovens escritores é um fato ainda a ser estudado.
Qual a sua opinião sobre a leitura no país?
Como apontam os dados da pesquisa “Retratos da Leitura” de 2015 feita pelo Instituto Pró-Livro, 44% da população brasileira não lê. A média de livros lidos é de 4,96 por ano. O brasileiro lê pouco e a leitura não é uma prática popular de entretenimento. Apenas 24% dos leitores entrevistados declararam ler no seu tempo livre. Houve um aumento da escolaridade no Brasil nos últimos anos, entretanto não houve um aumento de leitores. Dentre os leitores apenas 1,91 % leram um livro inteiro. Lembrando que o critério usado pelo Instituto para definir “leitor” é para quem leu um livro nos últimos três meses. Nosso país caminha a passos lentos no quesito leitura, segundo o PISA 2015 estamos entre os 12 piores dos 70 países avaliados. Precisamos avançar e muito ainda em quantidade e principalmente qualidade. Como professora e escritora, sinto-me mais do que motivada a difundir a leitura no país.
Que dicas pode fornecer a um aspirante a escritor?
Ler muito. Procurar descobrir qual gênero mais gosta de escrever ou escreve melhor. Praticar outros gêneros também. Ter sempre em mãos cadernetas ou um aplicativo no celular para anotações de ideias. Submeter seus textos à leitura e apreciação de amigos, professores, familiares e outros escritores. Há inúmeras plataformas para postagem de textos e com a possibilidades obter a opinião dos leitores. Procurar conhecer seu leitor e formar um público é importante. Estou descobrindo isto agora.
O que tem lido ultimamente?
Sou uma devoradora de livros e estou com muitos títulos adquiridos nas feiras literárias. Quando é assim, vou abrindo todos e fazendo amizade com eles até que alguns me cativam e ficam de vez nas minhas mãos. O Diretor, da autora portuguesa Ana Filomena Amaral, é um destes exemplos, eu a conheci na Flipoços em um debate e noite de autógrafos. Há livros e autores que revisito, que estão sempre comigo, é o caso de Rubem Alves. Dele estou lendo Se eu pudesse viver minha vida novamente.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Primeiramente agradeço ao editor Ademir Pascale e ao casal Sérgio Simka e Cida Simka pela linda entrevista. A Revista Conexão Literatura publica matérias muito interessantes e relevantes. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado, Elisangela. Muito sucesso pra nós :)
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