Adilson Oliveira - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Sou professor dos cursos de Letras, Direito, Pedagogia e Educação Física nos campi da Universidade Paulista – UNIP: Alphaville, Chácara Santo Antônio, Cidade Universitária e Marquês de São Vicente. No curso de Letras, ministro aulas de Linguística, Morfossintaxe da língua portuguesa, Literatura brasileira: prosa e poesia, Literatura portuguesa: prosa e poesia, Literaturas africanas de língua portuguesa, Literatura comparada, entre outras; nos demais cursos, ministro aulas de Português instrumental jurídico, Linguagem e comunicação jurídica, Direitos humanos, Interpretação e produção de textos e Comunicação e expressão. Além da graduação, sou membro da CQA – Comissão de Qualificação e Avaliação – na Vice-Reitoria da UNIP.
Sou mestre em Língua portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com ênfase em Linguística cognitiva e Análise do Discurso. Além das aulas acadêmicas, sou autor dos livros “Antes que murchem as flores”, da editora Jangada; “Metáforas em campo: o futebol brasileiro e suas representações no jornalismo popular”, “Homens feitos de letras” e “De haicais a muito mais”. O primeiro livro foi publicado pela editora Jangada e os três últimos, pela editora Giostri. Participei do livro “É duro ser cabra na Etiópia”, organizado pela escritora e atriz Maitê Proença, publicado pela editora Ediouro.
Sou professor dos cursos de Letras, Direito, Pedagogia e Educação Física nos campi da Universidade Paulista – UNIP: Alphaville, Chácara Santo Antônio, Cidade Universitária e Marquês de São Vicente. No curso de Letras, ministro aulas de Linguística, Morfossintaxe da língua portuguesa, Literatura brasileira: prosa e poesia, Literatura portuguesa: prosa e poesia, Literaturas africanas de língua portuguesa, Literatura comparada, entre outras; nos demais cursos, ministro aulas de Português instrumental jurídico, Linguagem e comunicação jurídica, Direitos humanos, Interpretação e produção de textos e Comunicação e expressão. Além da graduação, sou membro da CQA – Comissão de Qualificação e Avaliação – na Vice-Reitoria da UNIP.
Sou mestre em Língua portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com ênfase em Linguística cognitiva e Análise do Discurso. Além das aulas acadêmicas, sou autor dos livros “Antes que murchem as flores”, da editora Jangada; “Metáforas em campo: o futebol brasileiro e suas representações no jornalismo popular”, “Homens feitos de letras” e “De haicais a muito mais”. O primeiro livro foi publicado pela editora Jangada e os três últimos, pela editora Giostri. Participei do livro “É duro ser cabra na Etiópia”, organizado pela escritora e atriz Maitê Proença, publicado pela editora Ediouro.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro "De haicais a muito mais". O que o motivou a escrevê-lo?
“De haicais a muito mais”, o meu mais recente livro, nasceu da vontade de dar voz aos alunos, de valorizar o que eles escrevem. Desde o início da minha carreira acadêmica, gosto de ouvir a voz do meu aluno, ler o que ele escreve e como ele, por meio da escrita, se inscreve no mundo acadêmico. Alguns alunos de Letras e de outros cursos, nesses anos de Universidade Paulista, lançaram livros e alçaram seus voos no campo literário. No livro “De haicais a muito mais”, os alunos-autores são do curso de Letras dos campi Chácara Santo Antônio e Marquês de São Vicente.
Conto também com a luxuosa participação das professoras Ana Lúcia Machado, Andréa Cotrim Silva e Simone de Almeida; das coordenadoras Lígia Menna e Simone Gonzalez; e da coordenadora geral do curso de Letras da Universidade Paulista Roseli Gimenes. Os alunos, professoras e coordenadoras escreveram textos muito especiais para o livro.
O livro nasceu, como eu disse, da vontade de dar voz aos alunos e de perceber como essa voz mistura-se às vozes de escritores e teóricos. As vozes dos autores com as quais os alunos dialogam no decorrer do curso reverberam em forma de saberes teóricos. Gosto de vê-los absorvendo essa polifonia de vozes, adquirindo conceitos, discutindo paradigmas, aprendendo a ponderar sobre este ou aquele saber. Gosto – também – de dar espaço para que os alunos produzam os seus próprios textos e que sejam sujeitos dos seus próprios discursos.
Fale-nos sobre o seu livro “Metáforas em campo”.
Além do livro “De haicais a muito mais” (2019), tenho mais três livros: “Antes que murchem as flores” (1999), “Metáforas em campo” (2014) e “Homens feitos de letras” (2016).
‘Metáforas em campo: o futebol brasileiro e suas representações no jornalismo popular”, meu livro de maior sucesso, é uma adaptação da minha dissertação de mestrado em língua portuguesa – PUC-SP. O livro situa o futebol no âmbito sociocultural e político brasileiro, compreendendo-o como fator social. Antes, porém, esse esporte é apresentado desde as suas origens mais remotas, como jogo primitivo, repleto de representações míticas até sua inserção nas escolas públicas da Inglaterra. A ênfase do estudo é direcionada ao surgimento e à evolução do futebol no Brasil: primeiro como prática amadorística e elitista, segundo como prática profissional e popular, abrangendo a diversidade social brasileira. Esse histórico da prática futebolística serve para respaldar o estudo das representações do futebol na mídia impressa, sobretudo, no jornalismo popular, por configurar um espaço de interação mais direta com o público, por meio de uma linguagem mais popular. No que se refere ao jornalismo, o texto apresenta um estudo do conglomerado jornalístico Folha da Manhã, pautado na visão mercantilista e na segmentação de cadernos, e, consequentemente, de públicos. Apresenta ainda um histórico do jornal Agora São Paulo, periódico popular do grupo, a fim de caracterizar o corpus de pesquisa. De forma mais particular, são feitos estudos do jornalismo esportivo, caracterizado como subjetivo e passional, e das categorias de relevância do discurso noticioso: a manchete e o lead jornalísticos, receptáculos mais imediatos na interação jornal/leitor.
A ênfase do estudo é linguística e, em função disso, o futebol não é vislumbrado apenas em si mesmo, mas também com base em suas representações metafóricas no jornalismo popular, por meio de relações com outros domínios do conhecimento: guerra, religião, morte, amor e novela. Para cada um desses domínios, o futebol adquire características específicas e um modo diferente de ser observado. As metáforas cognitivas, dessa forma, constituem a principal teoria da pesquisa, sendo a base para a análise das manchetes e dos leads do caderno “Vencer”, suplemento esportivo do jornal Agora São Paulo.
O livro foi citado na Friedrich-Schiller-Universität – Institut für Romanistik – Alemanha, pelo professor titular de linguística, Joachim Born, um pesquisador das representações do esporte brasileiro.
Como analisa a questão da leitura no país?
Vivemos, nessas duas primeiras décadas do século XXI, um momento curioso quando se fala em leitura. De um lado, pesquisas feitas recentemente por institutos de credibilidade no Brasil apontam que 30% dos brasileiros nunca compraram um livro; por outro lado, nunca se leu tanto no nosso país. Jovens e adolescentes, sobretudo, estão o tempo todo lendo textos em telas virtuais: celulares, tablets, e-books e revistas digitais. Nesse cenário, algumas questões precisam ser levantadas: o que é ler? Como ler? A qualidade do que se lê? Para que ler? Obviamente, com a tecnologização do texto, houve mudanças na relação do sujeito com a leitura.
Na contemporaneidade, há pouco interesse pelo livro impresso, principalmente o literário, pois, segundo relatos de leitores jovens, a leitura é uma ação passiva, monótona e os livros se estendem páginas e páginas. Isso evidencia um (des)aprendizado da leitura como uma atividade dinâmica de construção de sentidos.
A qualidade e a profundidade da leitura são questões preocupantes nesse cenário: o jovem lê muito, mas, muitas vezes, de forma superficial, fragmentada, sem conseguir interpretar adequadamente o texto.
Como analisa a questão da escrita dos alunos, sobretudo na era de redes sociais?
Como já disse, desde o início da minha carreira, gosto de ouvir a voz do meu aluno, ler o que ele escreve e como ele, por meio da escrita, se inscreve no mundo acadêmico. Nas aulas de literatura ou de linguística, sempre crio espaços para que os alunos apresentem seus posicionamentos, extravasem barreiras e exercitem a criatividade. Promovo frequentemente oficinas de escrita criativa.
Nesse exercício, valorizo não só textos com uma estética acadêmica, engendrados na norma culta, mas também textos que rompem com a norma e que (re)criam a linguagem, valorizando também linguagens variacionais.
Quais são os seus próximos projetos?
Próximos projetos? Há vários, mas não posso falar sobre eles. Novidades virão por aí.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Fale-nos sobre o livro "De haicais a muito mais". O que o motivou a escrevê-lo?
“De haicais a muito mais”, o meu mais recente livro, nasceu da vontade de dar voz aos alunos, de valorizar o que eles escrevem. Desde o início da minha carreira acadêmica, gosto de ouvir a voz do meu aluno, ler o que ele escreve e como ele, por meio da escrita, se inscreve no mundo acadêmico. Alguns alunos de Letras e de outros cursos, nesses anos de Universidade Paulista, lançaram livros e alçaram seus voos no campo literário. No livro “De haicais a muito mais”, os alunos-autores são do curso de Letras dos campi Chácara Santo Antônio e Marquês de São Vicente.
Conto também com a luxuosa participação das professoras Ana Lúcia Machado, Andréa Cotrim Silva e Simone de Almeida; das coordenadoras Lígia Menna e Simone Gonzalez; e da coordenadora geral do curso de Letras da Universidade Paulista Roseli Gimenes. Os alunos, professoras e coordenadoras escreveram textos muito especiais para o livro.
O livro nasceu, como eu disse, da vontade de dar voz aos alunos e de perceber como essa voz mistura-se às vozes de escritores e teóricos. As vozes dos autores com as quais os alunos dialogam no decorrer do curso reverberam em forma de saberes teóricos. Gosto de vê-los absorvendo essa polifonia de vozes, adquirindo conceitos, discutindo paradigmas, aprendendo a ponderar sobre este ou aquele saber. Gosto – também – de dar espaço para que os alunos produzam os seus próprios textos e que sejam sujeitos dos seus próprios discursos.
Fale-nos sobre o seu livro “Metáforas em campo”.
Além do livro “De haicais a muito mais” (2019), tenho mais três livros: “Antes que murchem as flores” (1999), “Metáforas em campo” (2014) e “Homens feitos de letras” (2016).
‘Metáforas em campo: o futebol brasileiro e suas representações no jornalismo popular”, meu livro de maior sucesso, é uma adaptação da minha dissertação de mestrado em língua portuguesa – PUC-SP. O livro situa o futebol no âmbito sociocultural e político brasileiro, compreendendo-o como fator social. Antes, porém, esse esporte é apresentado desde as suas origens mais remotas, como jogo primitivo, repleto de representações míticas até sua inserção nas escolas públicas da Inglaterra. A ênfase do estudo é direcionada ao surgimento e à evolução do futebol no Brasil: primeiro como prática amadorística e elitista, segundo como prática profissional e popular, abrangendo a diversidade social brasileira. Esse histórico da prática futebolística serve para respaldar o estudo das representações do futebol na mídia impressa, sobretudo, no jornalismo popular, por configurar um espaço de interação mais direta com o público, por meio de uma linguagem mais popular. No que se refere ao jornalismo, o texto apresenta um estudo do conglomerado jornalístico Folha da Manhã, pautado na visão mercantilista e na segmentação de cadernos, e, consequentemente, de públicos. Apresenta ainda um histórico do jornal Agora São Paulo, periódico popular do grupo, a fim de caracterizar o corpus de pesquisa. De forma mais particular, são feitos estudos do jornalismo esportivo, caracterizado como subjetivo e passional, e das categorias de relevância do discurso noticioso: a manchete e o lead jornalísticos, receptáculos mais imediatos na interação jornal/leitor.
A ênfase do estudo é linguística e, em função disso, o futebol não é vislumbrado apenas em si mesmo, mas também com base em suas representações metafóricas no jornalismo popular, por meio de relações com outros domínios do conhecimento: guerra, religião, morte, amor e novela. Para cada um desses domínios, o futebol adquire características específicas e um modo diferente de ser observado. As metáforas cognitivas, dessa forma, constituem a principal teoria da pesquisa, sendo a base para a análise das manchetes e dos leads do caderno “Vencer”, suplemento esportivo do jornal Agora São Paulo.
O livro foi citado na Friedrich-Schiller-Universität – Institut für Romanistik – Alemanha, pelo professor titular de linguística, Joachim Born, um pesquisador das representações do esporte brasileiro.
Como analisa a questão da leitura no país?
Vivemos, nessas duas primeiras décadas do século XXI, um momento curioso quando se fala em leitura. De um lado, pesquisas feitas recentemente por institutos de credibilidade no Brasil apontam que 30% dos brasileiros nunca compraram um livro; por outro lado, nunca se leu tanto no nosso país. Jovens e adolescentes, sobretudo, estão o tempo todo lendo textos em telas virtuais: celulares, tablets, e-books e revistas digitais. Nesse cenário, algumas questões precisam ser levantadas: o que é ler? Como ler? A qualidade do que se lê? Para que ler? Obviamente, com a tecnologização do texto, houve mudanças na relação do sujeito com a leitura.
Na contemporaneidade, há pouco interesse pelo livro impresso, principalmente o literário, pois, segundo relatos de leitores jovens, a leitura é uma ação passiva, monótona e os livros se estendem páginas e páginas. Isso evidencia um (des)aprendizado da leitura como uma atividade dinâmica de construção de sentidos.
A qualidade e a profundidade da leitura são questões preocupantes nesse cenário: o jovem lê muito, mas, muitas vezes, de forma superficial, fragmentada, sem conseguir interpretar adequadamente o texto.
Como analisa a questão da escrita dos alunos, sobretudo na era de redes sociais?
Como já disse, desde o início da minha carreira, gosto de ouvir a voz do meu aluno, ler o que ele escreve e como ele, por meio da escrita, se inscreve no mundo acadêmico. Nas aulas de literatura ou de linguística, sempre crio espaços para que os alunos apresentem seus posicionamentos, extravasem barreiras e exercitem a criatividade. Promovo frequentemente oficinas de escrita criativa.
Nesse exercício, valorizo não só textos com uma estética acadêmica, engendrados na norma culta, mas também textos que rompem com a norma e que (re)criam a linguagem, valorizando também linguagens variacionais.
Quais são os seus próximos projetos?
Próximos projetos? Há vários, mas não posso falar sobre eles. Novidades virão por aí.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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