Carolina Miguel (esq.); Roberta Rossi (direita) - Foto divulgação |
Fale-nos sobre vocês.
Carolina Mariane Miguel
Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho (PPGE/Uninove) com projeto de pesquisa em políticas públicas e financiamento da Educação Especial. Mestra em Educação com foco na alfabetização. Especialista em Educação Especial e em Psicopedagogia. Graduada em Psicologia e em Pedagogia. Atua como professora assessora de Educação Inclusiva na Rede Municipal de Santo André (SP).
Roberta Lopes Rossi
Mestranda em Educação pelo Programa de Mestrado em Gestão e Práticas Educacionais da Universidade Nove de Julho (Progepe/Uninove). Graduada em Pedagogia com especialização em Gestão Escolar e em Psicopedagogia. Atua como assistente pedagógica no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector, da Secretaria de Educação da Prefeitura de Santo André (SP).
ENTREVISTA:
Carolina Mariane Miguel
Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho (PPGE/Uninove) com projeto de pesquisa em políticas públicas e financiamento da Educação Especial. Mestra em Educação com foco na alfabetização. Especialista em Educação Especial e em Psicopedagogia. Graduada em Psicologia e em Pedagogia. Atua como professora assessora de Educação Inclusiva na Rede Municipal de Santo André (SP).
Roberta Lopes Rossi
Mestranda em Educação pelo Programa de Mestrado em Gestão e Práticas Educacionais da Universidade Nove de Julho (Progepe/Uninove). Graduada em Pedagogia com especialização em Gestão Escolar e em Psicopedagogia. Atua como assistente pedagógica no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector, da Secretaria de Educação da Prefeitura de Santo André (SP).
ENTREVISTA:
O que as levou a escrever o artigo “O atendimento educacional especializado em busca de tempos e espaços escolares que promovam interação com uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”?
Participamos do Grupo de Pesquisa sobre Educação Infantil e Formação de Professores (Grupeiforp) na Universidade Nove de Julho, dentre os debates surgiu a necessidade de pesquisarmos sobre cenas do cotidiano escolar e consequentemente foi dada a possibilidade de publicarmos uma análise de práticas. Comentando sobre uma aluna com TEA, assunto que tem sido um grande desafio nas escolas em geral, observamos que os objetivos diferenciados traçados para a aluna eram muito próximos aos da Educação Infantil, uma vez que precisa desenvolver ainda habilidades básicas de aprendizagem, como a imitação, contato visual, linguagem, interação, entre outros. No Ensino Fundamental regular a dificuldade se intensifica, pois os objetivos para o trabalho pedagógico com essa aluna se distanciam muito do que está sendo trabalhado com a turma. Consideramos, portanto, uma boa oportunidade de discutir teoricamente e fundamentar nossas observações sobre a criança, de forma que pudéssemos fortalecer as estratégias que estavam dando certo, pensar novas possibilidades de trabalho e socializar nossa análise de caso, contribuindo com outros profissionais da área que passam por situações similares.
O professor está preparado para lidar com aluno que apresenta TEA (Transtorno do Espectro Autista)?
Hoje em dia estão sendo ofertadas muitas formações referentes às pessoas com deficiência, porém cabe ao profissional buscar mais conhecimento para saber lidar da melhor forma com cada caso. São de grande valia as pesquisas na área e a abertura para debates sobre o tema, já que por muitos anos as crianças com autismo ou com deficiências eram “escondidas” da sociedade. Temos tido um aumento significativo na quantidade de casos diagnosticados com TEA e o diagnóstico está cada vez mais precoce. Considerando a inclusão dessas crianças na escola e na sociedade, torna-se urgente que a escola repense seu currículo e suas formas de ensinar para lidar com as diferenças, portanto, há de se considerar, neste caso, como a escola tem lidado com os alunos em geral, inclusive os neurotípicos. A presença das pessoas com deficiência apenas legitima essa necessidade!
Como veem a questão da leitura no país?
Os dados sobre leitura podem ser analisados de várias formas, houve uma ampliação significativa no acesso à escola, atualmente todas as pessoas frequentam escola regular, inclusive pessoas com dificuldades escolares, transtornos, deficiências, bem como diferentes condições socioeconômicas. Essa universalização ao acesso não deu conta ainda de qualificar a leitura e escrita, que provavelmente seja o maior bem cultural que a escola dissemina. Freire diz inclusive que, por vivermos numa sociedade grafocêntrica, a alfabetização das camadas populares e excluídas é uma importante forma de luta pela diminuição das desigualdades. Com a ampliação do acesso, pode-se observar que a oferta de materiais de leitura aumenta significativamente via ambiente escolar, não só com livros impressos, mas também no modo digital, o qual pode atrair mais as novas gerações, porém brasileiros necessitam não só ler decodificando as letras e sim compreender e ser crítico na leitura, levando esse hábito para a vida.
O que têm lido ultimamente?
Ultimamente a leitura está mais voltada às pesquisas do mestrado/doutorado, com livros de autores voltados à educação. Foi nos apresentado numa dessas ocasiões o projeto das Mulheres da Luz e tomamos contato com o livro "Trajetórias de vida: mulheres da luz", que inicia contando um pouco da história da prostituição e traz em seus capítulos as histórias de vida de algumas mulheres que vivem em situação de prostituição no centro de São Paulo.
Nota: O livro “Fazeres de professores e de gestores da escola da infância: reflexões sobre cenas do cotidiano”, organizado por Ligia de Carvalho Abões Vercelli e Cristiano Rogério Alcântara, foi publicado em 2019 pela Paco Editorial, e contém dez artigos de diversos pesquisadores. Link para o livro:
https://www.pacolivros.com.br/fazeres-professores
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Participamos do Grupo de Pesquisa sobre Educação Infantil e Formação de Professores (Grupeiforp) na Universidade Nove de Julho, dentre os debates surgiu a necessidade de pesquisarmos sobre cenas do cotidiano escolar e consequentemente foi dada a possibilidade de publicarmos uma análise de práticas. Comentando sobre uma aluna com TEA, assunto que tem sido um grande desafio nas escolas em geral, observamos que os objetivos diferenciados traçados para a aluna eram muito próximos aos da Educação Infantil, uma vez que precisa desenvolver ainda habilidades básicas de aprendizagem, como a imitação, contato visual, linguagem, interação, entre outros. No Ensino Fundamental regular a dificuldade se intensifica, pois os objetivos para o trabalho pedagógico com essa aluna se distanciam muito do que está sendo trabalhado com a turma. Consideramos, portanto, uma boa oportunidade de discutir teoricamente e fundamentar nossas observações sobre a criança, de forma que pudéssemos fortalecer as estratégias que estavam dando certo, pensar novas possibilidades de trabalho e socializar nossa análise de caso, contribuindo com outros profissionais da área que passam por situações similares.
O professor está preparado para lidar com aluno que apresenta TEA (Transtorno do Espectro Autista)?
Hoje em dia estão sendo ofertadas muitas formações referentes às pessoas com deficiência, porém cabe ao profissional buscar mais conhecimento para saber lidar da melhor forma com cada caso. São de grande valia as pesquisas na área e a abertura para debates sobre o tema, já que por muitos anos as crianças com autismo ou com deficiências eram “escondidas” da sociedade. Temos tido um aumento significativo na quantidade de casos diagnosticados com TEA e o diagnóstico está cada vez mais precoce. Considerando a inclusão dessas crianças na escola e na sociedade, torna-se urgente que a escola repense seu currículo e suas formas de ensinar para lidar com as diferenças, portanto, há de se considerar, neste caso, como a escola tem lidado com os alunos em geral, inclusive os neurotípicos. A presença das pessoas com deficiência apenas legitima essa necessidade!
Como veem a questão da leitura no país?
Os dados sobre leitura podem ser analisados de várias formas, houve uma ampliação significativa no acesso à escola, atualmente todas as pessoas frequentam escola regular, inclusive pessoas com dificuldades escolares, transtornos, deficiências, bem como diferentes condições socioeconômicas. Essa universalização ao acesso não deu conta ainda de qualificar a leitura e escrita, que provavelmente seja o maior bem cultural que a escola dissemina. Freire diz inclusive que, por vivermos numa sociedade grafocêntrica, a alfabetização das camadas populares e excluídas é uma importante forma de luta pela diminuição das desigualdades. Com a ampliação do acesso, pode-se observar que a oferta de materiais de leitura aumenta significativamente via ambiente escolar, não só com livros impressos, mas também no modo digital, o qual pode atrair mais as novas gerações, porém brasileiros necessitam não só ler decodificando as letras e sim compreender e ser crítico na leitura, levando esse hábito para a vida.
O que têm lido ultimamente?
Ultimamente a leitura está mais voltada às pesquisas do mestrado/doutorado, com livros de autores voltados à educação. Foi nos apresentado numa dessas ocasiões o projeto das Mulheres da Luz e tomamos contato com o livro "Trajetórias de vida: mulheres da luz", que inicia contando um pouco da história da prostituição e traz em seus capítulos as histórias de vida de algumas mulheres que vivem em situação de prostituição no centro de São Paulo.
Nota: O livro “Fazeres de professores e de gestores da escola da infância: reflexões sobre cenas do cotidiano”, organizado por Ligia de Carvalho Abões Vercelli e Cristiano Rogério Alcântara, foi publicado em 2019 pela Paco Editorial, e contém dez artigos de diversos pesquisadores. Link para o livro:
https://www.pacolivros.com.br/fazeres-professores
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Profissionais exemplares a serviço da Educação de Qualidade! parabéns Carolina e Roberta, vocês fazem a diferença.
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