Ryoki Inoue - Foto divulgação |
Formado médico pela USP, especialista em Cirurgia do Tórax, Ryoki Inoue deixou a medicina em 1986 para se tornar escritor.
Em pouco tempo, dominava 95% dos pocket books publicados no Brasil: escreveu 999 novelas em seis anos, entre histórias de faroeste, guerra, policiais, espionagem, amor e ficção científica.
Quando, em 1992, sugeriu aos seus editores uma melhora na apresentação gráfica dos livros de bolso brasileiros, espantou-se com o pouco caso que eles todos manifestaram quanto ao seu projeto. Não interessava a nenhum editor melhorar a qualidade gráfica e literária dos livros que produziam e muito menos de competir em nível internacional.
Abandonou, então, os pockets para se dedicar a livros maiores, mais elaborados e com maior qualidade gráfica.
Só que Ryoki se deparou com outro problema: nenhuma editora brasileira tinha fôlego para publicar e distribuir sua fenomenal produção: uma média de seis novos títulos por mês. Ninguém é de ferro e, por fim, Ryoki cansou-se desse ritmo alucinante. Ele, então, decidiu reformular seus objetivos e durante esse intervalo de tempo, Ryoki não deixou de escrever: produziu vários romances, trabalhou como ghost-writer para pessoas famosas e para empresas, escreveu roteiros e, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos no campo da espionagem — obviamente para melhor criar seus romances — dedicou-se durante três anos à pesquisa e ao estudo da Inteligência Competitiva e fez inúmeras traduções de livros, artigos e teses para empresas desse ramo.
Em virtude de sua intensa e extensa produção literária, desde 1993, Ryoki Inoue figura no International Guinness Book of Records, como o homem que mais escreveu e publicou livros em todo o planeta.
Mais informações nos seguintes sites: http://www.ryoki.com.br e http://www.ryoki.com.br/producoes
ENTREVISTA:
Você escreveu e publicou 1.102 livros. De onde vem toda essa energia criadora? Qual é o segredo de Ryoki Inoue?
Toda essa "energia criadora" vem, antes de mais nada, de gostar de escrever e ler a vida toda. E como todo "criador" não importa a arte que ele vai abraçar: quanto mais ele coloca seu dom em execução, mais ele vai criar. Como um atleta, quanto mais ele se supera, se empenha, mais sua energia atingirá o alvo.
No meu caso, o alvo sempre foi o prazer de escrever. Me desligo do mundo, vivo a aventura na qual me propõe.
Em pouco tempo, dominava 95% dos pocket books publicados no Brasil: escreveu 999 novelas em seis anos, entre histórias de faroeste, guerra, policiais, espionagem, amor e ficção científica.
Quando, em 1992, sugeriu aos seus editores uma melhora na apresentação gráfica dos livros de bolso brasileiros, espantou-se com o pouco caso que eles todos manifestaram quanto ao seu projeto. Não interessava a nenhum editor melhorar a qualidade gráfica e literária dos livros que produziam e muito menos de competir em nível internacional.
Abandonou, então, os pockets para se dedicar a livros maiores, mais elaborados e com maior qualidade gráfica.
Só que Ryoki se deparou com outro problema: nenhuma editora brasileira tinha fôlego para publicar e distribuir sua fenomenal produção: uma média de seis novos títulos por mês. Ninguém é de ferro e, por fim, Ryoki cansou-se desse ritmo alucinante. Ele, então, decidiu reformular seus objetivos e durante esse intervalo de tempo, Ryoki não deixou de escrever: produziu vários romances, trabalhou como ghost-writer para pessoas famosas e para empresas, escreveu roteiros e, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos no campo da espionagem — obviamente para melhor criar seus romances — dedicou-se durante três anos à pesquisa e ao estudo da Inteligência Competitiva e fez inúmeras traduções de livros, artigos e teses para empresas desse ramo.
Em virtude de sua intensa e extensa produção literária, desde 1993, Ryoki Inoue figura no International Guinness Book of Records, como o homem que mais escreveu e publicou livros em todo o planeta.
Mais informações nos seguintes sites: http://www.ryoki.com.br e http://www.ryoki.com.br/producoes
ENTREVISTA:
Você escreveu e publicou 1.102 livros. De onde vem toda essa energia criadora? Qual é o segredo de Ryoki Inoue?
Toda essa "energia criadora" vem, antes de mais nada, de gostar de escrever e ler a vida toda. E como todo "criador" não importa a arte que ele vai abraçar: quanto mais ele coloca seu dom em execução, mais ele vai criar. Como um atleta, quanto mais ele se supera, se empenha, mais sua energia atingirá o alvo.
No meu caso, o alvo sempre foi o prazer de escrever. Me desligo do mundo, vivo a aventura na qual me propõe.
Com toda a sua experiência, qual a maior dica que você poderia passar a alguém que deseja ser um escritor?
Com toda minha experiência ao longo dos anos, digo abertamente sem pudor: — Você quer ganhar dinheiro ou fama? Então procura outra coisa. Faça da escrita um simples hobby para te satisfazer. Viver de escrever, num país como o Brasil, não é um paraíso como muitos imaginam. As barreiras são enormes. Daria um livro, mas minha esposa já escreveu, nos bastidores da vida, nossa biografia.
Nunca procurei fama, sou muito bicho do mato para tanto.
Você se sente realizado como escritor? E como ser humano?
Realizado, como escritor, sim. Mas não sobrevivo com isso. Na verdade, mal sobrevivi com a escrita nessa vida. A fama anda com a vaidade. E essa última não me define.
Os que me procuraram durante a vida, achavam que perto de mim, conquistariam fama, estrelato. A vaidade parece ser o que prima no ser humano.
Essa dificuldade do outro entender que o dom tem que ser lapidado e querer logo fama num primeiro livro, só com um marqueteiro bem preparado para isso. Nunca tive isso, lutei sozinho. Nunca tive empresário para me guiar. Lutei sozinho, com minha esposa e um filho. Nunca recebi direitos autorais.
O que tem escrito atualmente?
Faz alguns anos deixei a tarefa de escrever para minha esposa, eu não posso mais fazer isso após um aneurisma. Vivo de lembranças, as boas lembranças para preencher minha velhice.
Abraço
Ryoki e Nicole
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Com toda minha experiência ao longo dos anos, digo abertamente sem pudor: — Você quer ganhar dinheiro ou fama? Então procura outra coisa. Faça da escrita um simples hobby para te satisfazer. Viver de escrever, num país como o Brasil, não é um paraíso como muitos imaginam. As barreiras são enormes. Daria um livro, mas minha esposa já escreveu, nos bastidores da vida, nossa biografia.
Nunca procurei fama, sou muito bicho do mato para tanto.
Você se sente realizado como escritor? E como ser humano?
Realizado, como escritor, sim. Mas não sobrevivo com isso. Na verdade, mal sobrevivi com a escrita nessa vida. A fama anda com a vaidade. E essa última não me define.
Os que me procuraram durante a vida, achavam que perto de mim, conquistariam fama, estrelato. A vaidade parece ser o que prima no ser humano.
Essa dificuldade do outro entender que o dom tem que ser lapidado e querer logo fama num primeiro livro, só com um marqueteiro bem preparado para isso. Nunca tive isso, lutei sozinho. Nunca tive empresário para me guiar. Lutei sozinho, com minha esposa e um filho. Nunca recebi direitos autorais.
O que tem escrito atualmente?
Faz alguns anos deixei a tarefa de escrever para minha esposa, eu não posso mais fazer isso após um aneurisma. Vivo de lembranças, as boas lembranças para preencher minha velhice.
Abraço
Ryoki e Nicole
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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