Renata Di Carmo - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Trabalhei como autora-roteirista para a TV Globo por uns bons anos, fui contratada em 1999. Quer dizer, tem um tempinho... Já escrevi como free-lancer para o SBT. Colaborei no roteiro do filme “Nzinga Atabaques”, em uma parceria com o saudoso Gugu Olimecha. Sou diretora e roteirista do curta-metragem “Safári”. Também estive à frente de projetos culturais e socioculturais como articuladora cultural em alguns, em outros como tutora, como diretora teatral, mediadora, instrutora etc. Isto em instituições como a Prefeitura do Rio, na Secretaria de Cultura e Subsecretaria de Cidadania e Cultura; em Londres em um projeto da People´s Palace em parceria com a Anistia Internacional, além de outras instituições... Também tenho paixão por ser atriz. Trabalhei nas novelas “Cabocla”, “Desejos de Mulher”, no “Zorra Total”, na série “Canal Saúde” exibida na TV Brasil, entre muitos outros trabalhos. Fiz muito teatro, muitas peças... As últimas foram “Shakespeare é brasileiro”, “Feliz ano novo de novo”, “O que estraga é a convivência”... Estive em vários comerciais, nacionais e internacionais... Já apresentei um programa especial na MULTIRIO... Enfim, a gente trabalha.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro.
Trabalhei como autora-roteirista para a TV Globo por uns bons anos, fui contratada em 1999. Quer dizer, tem um tempinho... Já escrevi como free-lancer para o SBT. Colaborei no roteiro do filme “Nzinga Atabaques”, em uma parceria com o saudoso Gugu Olimecha. Sou diretora e roteirista do curta-metragem “Safári”. Também estive à frente de projetos culturais e socioculturais como articuladora cultural em alguns, em outros como tutora, como diretora teatral, mediadora, instrutora etc. Isto em instituições como a Prefeitura do Rio, na Secretaria de Cultura e Subsecretaria de Cidadania e Cultura; em Londres em um projeto da People´s Palace em parceria com a Anistia Internacional, além de outras instituições... Também tenho paixão por ser atriz. Trabalhei nas novelas “Cabocla”, “Desejos de Mulher”, no “Zorra Total”, na série “Canal Saúde” exibida na TV Brasil, entre muitos outros trabalhos. Fiz muito teatro, muitas peças... As últimas foram “Shakespeare é brasileiro”, “Feliz ano novo de novo”, “O que estraga é a convivência”... Estive em vários comerciais, nacionais e internacionais... Já apresentei um programa especial na MULTIRIO... Enfim, a gente trabalha.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro.
O livro é resultado de um concurso promovido pela editora Uirapuru, onde eu fui selecionada para publicação. Me senti muito contente quando vi meu nome em primeiro lugar e sabia que iria publicar. Demorou um pouco, devido a inúmeros motivos, escrever no nosso país envolve muitas coisas... Mas agora ele está aí, ganhou corpo. Não quero dar muito spoiler, mas “Anele” é a história de uma menina preta da periferia que descobre uma passagem secreta para um outro mundo no porão de sua casa, um lugar abarrotado de livros e de lembranças de seu avô. Além da passagem, na aventura que terá de enfrentar nesse outro lugar, ela vai descobrir também uma missão muito importante. E posso dizer que esse outro lugar é a moradia de sujeitos muito especiais, outros nem tanto.
O que a motivou a escrevê-lo?
Um desejo de criar representatividade e de motivar a leitura. Pensei em uma aventura que fosse um pouco brasileira, que dialogasse com a cultura brasileira, mas que também estivesse imersa em um lugar de sonhos, onde tudo é possível. Quis criar um universo simbólico a partir do lúdico, onde as pessoas se reconheçam de alguma forma.
Como analisa a questão da leitura no país?
Acho que as coisas melhoraram, mas temos que cuidar para que isso não se perca. Porque ter melhorado não quer dizer nem mesmo que está razoável. As pessoas leem mais hoje, os jovens leem mais... As ofertas estão mais diversificadas, as narrativas são mais inclusivas, muito mais ricas... Mas ainda é pouco. O livro precisa chegar ao público, que às vezes considera caro comprar um livro. Só que isso depende do custo para a publicação do livro, uma série de coisas... Então, formas de acesso a esta literatura precisam ser pensadas também. Motivar a leitura é importante, tornar o brasileiro um público leitor... Isso passa pelos nossos hábitos, pela escola, pelo lar, e também pode ser motivado pelos meios de comunicação, pelas instituições... O conhecimento não pode estar atrelado ao privilégio de alguns, não é seara de alguns. A situação melhorou, mas ainda há muito o que avançar. E nesse momento onde as pessoas estão consumindo menos em todas as instâncias da vida social, é urgente vislumbrar a leitura como vital em nosso processo de formação. Eu sei que entre comprar um pão e um livro a população comprará o pão, mas precisamos sempre pensar formas de viabilizar o acesso à leitura. E podemos fazer isso em organizações, com iniciativas coletivas, ou individualmente, comprando um livro e dando a alguém, por exemplo.
Para você, o que é ser escritor?
Outro dia fui convidada a falar em uma escola por Leonardo Maia, coordenador pedagógico deste colégio, um cara completamente comprometido com a educação e com a formação de cidadãos. Era um café literário e eu estava lá para bater um papo com os jovens e as crianças sobre literatura, sobre como é ser uma escritora, uma autora, para falar sobre ser artista e para responder as perguntas deles... E quando eu mostro a capa do livro, uma menina bem pequena olhou e exclamou “Sou eu na capa do livro!”. Bom, isto não resume o que é ser escritora para mim, mas sem dúvida esta é uma das respostas. Talvez a principal, no momento.
Quais são os seus próximos projetos?
Nesse momento quero mesmo me concentrar no livro. Ir ao encontro das pessoas, participar de ciclos de leitura, ir às escolas encontrar os jovens, continuar esse trabalho de palestras e bate-papos em torno do livro e dos assuntos que ele suscita... Eu tenho outras coisas em mente, claro, outros projetos, desejos... Mas o meu presente é da “Anele” e os “seus olhos grandes feito o mundo”. Acho que vai ser bom olhar o mundo pelos olhos dela um pouquinho.
O que a motivou a escrevê-lo?
Um desejo de criar representatividade e de motivar a leitura. Pensei em uma aventura que fosse um pouco brasileira, que dialogasse com a cultura brasileira, mas que também estivesse imersa em um lugar de sonhos, onde tudo é possível. Quis criar um universo simbólico a partir do lúdico, onde as pessoas se reconheçam de alguma forma.
Como analisa a questão da leitura no país?
Acho que as coisas melhoraram, mas temos que cuidar para que isso não se perca. Porque ter melhorado não quer dizer nem mesmo que está razoável. As pessoas leem mais hoje, os jovens leem mais... As ofertas estão mais diversificadas, as narrativas são mais inclusivas, muito mais ricas... Mas ainda é pouco. O livro precisa chegar ao público, que às vezes considera caro comprar um livro. Só que isso depende do custo para a publicação do livro, uma série de coisas... Então, formas de acesso a esta literatura precisam ser pensadas também. Motivar a leitura é importante, tornar o brasileiro um público leitor... Isso passa pelos nossos hábitos, pela escola, pelo lar, e também pode ser motivado pelos meios de comunicação, pelas instituições... O conhecimento não pode estar atrelado ao privilégio de alguns, não é seara de alguns. A situação melhorou, mas ainda há muito o que avançar. E nesse momento onde as pessoas estão consumindo menos em todas as instâncias da vida social, é urgente vislumbrar a leitura como vital em nosso processo de formação. Eu sei que entre comprar um pão e um livro a população comprará o pão, mas precisamos sempre pensar formas de viabilizar o acesso à leitura. E podemos fazer isso em organizações, com iniciativas coletivas, ou individualmente, comprando um livro e dando a alguém, por exemplo.
Para você, o que é ser escritor?
Outro dia fui convidada a falar em uma escola por Leonardo Maia, coordenador pedagógico deste colégio, um cara completamente comprometido com a educação e com a formação de cidadãos. Era um café literário e eu estava lá para bater um papo com os jovens e as crianças sobre literatura, sobre como é ser uma escritora, uma autora, para falar sobre ser artista e para responder as perguntas deles... E quando eu mostro a capa do livro, uma menina bem pequena olhou e exclamou “Sou eu na capa do livro!”. Bom, isto não resume o que é ser escritora para mim, mas sem dúvida esta é uma das respostas. Talvez a principal, no momento.
Quais são os seus próximos projetos?
Nesse momento quero mesmo me concentrar no livro. Ir ao encontro das pessoas, participar de ciclos de leitura, ir às escolas encontrar os jovens, continuar esse trabalho de palestras e bate-papos em torno do livro e dos assuntos que ele suscita... Eu tenho outras coisas em mente, claro, outros projetos, desejos... Mas o meu presente é da “Anele” e os “seus olhos grandes feito o mundo”. Acho que vai ser bom olhar o mundo pelos olhos dela um pouquinho.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Parabéns. Muito feliz por você .
ResponderExcluirAssistindo a reprise da novela Cabocla,me impressionei com sua beleza e, apesar do papel secundário e aparições esporádicas, também reconheci o seu talento.
ResponderExcluirParabéns Renata, volte pra telinha....!!!!🙋🏿♀️