Os títulos 1968: reflexos e reflexões e Maio de 68 e suas repercussões analisam os impactos políticos e sociais causados pelas manifestações populares que eclodiram em diversos países do mundo
Os livros serão tema de bate-papo com o jornalista e escritor Alípio Freire, no dia 31 de outubro (quarta-feira), no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
No ano em que se completa meio século do chamado “Maio de 68”, as Edições Sesc São Paulo lançam duas obras que contribuem para uma melhor compreensão dos fatos e desdobramentos desse acontecimento histórico que, no Brasil, coincide ainda com o recrudescimento do autoritarismo e da violência de Estado praticados pelo regime civil-militar instaurado em 1964.
1968: REFLEXOS E REFLEXÕES
(vários autores)
Resultado do encontro de professores, pesquisadores e jornalistas para uma reflexão sobre o histórico ano de 1968, realizado pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo em maio deste ano, este livro é uma coletânea de textos que analisam diversos acontecimentos que culminaram em manifestações de estudantes, trabalhadores e intelectuais em diversos países, entre eles o Brasil, a França, o México, a Argentina e os Estados Unidos da América: a oposição à Guerra do Vietnã, a repressão do regime comunista em países que compunham o bloco soviético, as ditaduras militares financiadas e apoiadas pelos Estados Unidos, o assassinato de Martin Luther King, o massacre de estudantes em Tlatelolco e outros fatos que indicavam que o mundo conformado após as duas grandes guerras ainda carecia de justiça e respeito aos direitos humanos são alguns dos ingredientes desse caldeirão.
Osvaldo Coggiola desconstrói a ideia de que o “Maio francês” foi o mito fundador dos eventos daquele ano e lança mão de dados da economia mundial desde o fim da Segunda Guerra para esclarecer as tensões implicadas naquele contexto.
Olgária Matos transmite o clima em que se deram os acontecimentos em Paris, já que em 1968 ela acompanhou as manifestações de rua na capital francesa.
Ismail Xavier abarca as diversas manifestações artísticas que dialogavam com o cinema nos anos 1960.
Fernanda Barbara apresenta a ação vitoriosa do establishment na cidade de São Paulo que se redesenhou a partir da construção de obras viárias que impactaram negativamente regiões importantes da metrópole.
Daniel Aarão Reis traça um panorama das forças que agiam e conflitavam naqueles anos em lugares como China, Tchecoslováquia e outros do mundo socialista, bem como do Ocidente.
Marcos Napolitano enfoca o movimento tropicalista, contrapondo-o à ação de artistas que se integraram à produção de novelas e outras mercadorias “culturais” da Rede Globo, entre eles, membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Larissa Riberti disserta sobre os acontecimentos de 1968 no México, em especial o massacre de Tlatelolco.
Rosangela Patriota trata dos grupos teatrais, sobretudo no eixo Rio-São Paulo, que produziram espetáculos antológicos e resistiram à censura e à ameaça a sobrevivência das artes cênicas.
Fernanda Pequeno traça um panorama das artes visuais e performáticas no Rio de Janeiro em 1968 e sua contribuição decisiva para o movimento tropicalista.
Walnice Nogueira Galvão apresenta obras de ficção em prosa e poesia, muitas delas memorialísticas, desde as realistas até as novas estéticas que surgiram no momento em que a ditadura se radicalizava.
“Em 1968, o mundo pegou fogo – em todos os sentidos, não só no figurado. Esse ano mítico incendiou corações e mentes, explodiu em canções, filmes, passeatas, revoluções e guerras, nos campos de batalha e nas ruas, nos palcos e nas telas, na política, no imaginário e no comportamento. Um frêmito percorreu o planeta. Foi, como se disse então, um ‘êxtase da História’.”
Zuenir Ventura, jornalista e escritor brasileiro, que assina o prefácio da obra.
SOBRE OS AUTORES
DANIEL AARÃO REIS: mestre em história pela Universidade Paris VII e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e pesquisador do CNPq. Especialista em história das revoluções socialistas no século XX e das esquerdas no Brasil, é autor de diversos livros e artigos de referência, entre os quais Ditadura militar, esquerdas e sociedade (Zahar, 2000) e a coletânea A ditadura que mudou o Brasil (Zahar, 2014).
FERNANDA BARBARA: arquiteta e urbanista com graduação e mestrado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Também é formada em jornalismo pela PUC-SP. Sócia-fundadora do escritório Uma Arquitetos. É professora associada da Escola da Cidade. Em 2016, integrou o júri do concurso internacional da Trienal de Arquitetura de Lisboa – Début Award.
FERNANDA PEQUENO: doutora em artes visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com período sanduíche no Chelsea College of Arts (University of the Arts), em Londres. Professora adjunta de história da arte do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde atuou como coordenadora de exposições do Departamento Cultural de 2016 a 2018. Autora de Lygia Pape e Hélio Oiticica: conversações e fricções poéticas (Apicuri, 2013).
ISMAIL XAVIER: professor emérito da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP). Publicou os livros O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência (Paz e Terra, 1977, 7ª ed. 2017), Sétima arte: um culto moderno (Perspectiva, 1978; 2ª ed. Edições Sesc, 2017) e Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome (Brasiliense, 1983; 2ª ed. Cosac Naify, 2007), entre outros que foram traduzidos para diversos idiomas.
LARISSA JACHETA RIBERTI: bacharel e licenciada em história pela Universidade de Campinas (Unicamp), mestre e doutora em história social pela UFRJ. Atualmente é pós-doutoranda em história na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atuou como professora do ensino fundamental na rede privada e do ensino superior na Universidad Autónoma de Ciudad de México (UACM) e na Universidade Federal de Alfenas (Unifal).
MARCOS NAPOLITANO: doutor em história social pela USP, pesquisador-bolsista do CNPq e professor titular no Departamento de História da USP. É autor, entre outros, dos livros Coração civil: a vida cultural brasileira sob o regime militar (1964-1985) (Intermeios, 2017), 1964: história do regime militar brasileiro (Contexto, 2014) e História do Brasil República (Contexto, 2016).
OLGÁRIA MATOS: doutora pela École des Hautes Études, Paris, e pelo Departamento de Filosofia da FFLCH-USP. É professora titular do Departamento de Filosofia da USP e da Unifesp. Escreveu, entre outros livros, Os arcanos do inteiramente outro: a Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução (Brasiliense, 1989), A Escola de Frankfurt: sombras e luzes do iluminismo (Moderna, 1993) e Discretas esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo (Nova Alexandria, 2006).
OSVALDO COGGIOLA: estudou história e economia na Universidade de Córdoba (Argentina) até ser expulso no golpe militar de 1976. Concluiu seus estudos na Universidade de Paris VIII, onde também fez o mestrado em história. Doutorou-se em história comparada das sociedades contemporâneas na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Atualmente é professor titular de história contemporânea e chefe do Departamento de História da USP. Foi professor visitante na Stanford University (EUA), na Università degli Studi “La Sapienza” di Roma (Itália), na Universidad de La Paz (Bolívia), na Universidad de la República de Montevidéu (Uruguai) e na Jadvapur University de Kolkata [Calcutá], na Índia, entre outras. Autor de diversos livros e artigos, como História do capitalismo: das origens até a Primeira Guerra Mundial (Ariadna, 2017, 3 vols.).
ROSANGELA PATRIOTA: professora do Programa de Pós-graduação em Educação, Artes e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professora titular aposentada da UFU. É bolsista produtividade do CNPq. Autora, entre outros, de Antonio Fagundes no palco da história: um ator (Perspectiva, 2018), Teatro brasileiro: ideias de uma história (em parceria com Jacó Guinsburg, Perspectiva, 2012), A crítica de um teatro crítico (2007, Perspectiva), Vianinha: um dramaturgo no coração de seu tempo (Hucitec, 1999).
WALNICE NOGUEIRA GALVÃO: professora emérita de teoria literária e literatura comparada da FFLCH-USP. Foi professora visitante nas Universidades de Austin, Iowa City, Columbia, Paris VIII, Freie Universität Berlin, Poitiers, Colônia, École Normale Supérieure, Oxford, Berlin 2. Tem quarenta livros publicados sobre Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, crítica da literatura e da cultura. Entre eles: Os sertões (ed. crítica, Ubu e Edições Sesc, 2016), Sombras & Sons (Lazuli, 2011), Euclidiana – ensaios sobre Euclides da Cunha (Companhia das Letras, 2009) e Mínima mímica – ensaios sobre Guimarães Rosa (Companhia das Letras, 2008). Escreve assiduamente em jornais e revistas.
ZUENIR VENTURA: bacharel em letras neolatinas, professor, jornalista e escritor. Exerceu funções de chefia nos principais órgãos de imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo. Roteirista do documentário Paulinho da Viola – meu tempo é hoje e autor de livros como 1968 – o ano que não terminou (Objetiva, 2013) e Minhas histórias dos outros (Planeta, 2005). Em 2008, recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que “mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos”, além de outros prêmios nacionais e internacionais ao longo de sua carreira.
Os livros serão tema de bate-papo com o jornalista e escritor Alípio Freire, no dia 31 de outubro (quarta-feira), no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
No ano em que se completa meio século do chamado “Maio de 68”, as Edições Sesc São Paulo lançam duas obras que contribuem para uma melhor compreensão dos fatos e desdobramentos desse acontecimento histórico que, no Brasil, coincide ainda com o recrudescimento do autoritarismo e da violência de Estado praticados pelo regime civil-militar instaurado em 1964.
1968: REFLEXOS E REFLEXÕES
(vários autores)
Resultado do encontro de professores, pesquisadores e jornalistas para uma reflexão sobre o histórico ano de 1968, realizado pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo em maio deste ano, este livro é uma coletânea de textos que analisam diversos acontecimentos que culminaram em manifestações de estudantes, trabalhadores e intelectuais em diversos países, entre eles o Brasil, a França, o México, a Argentina e os Estados Unidos da América: a oposição à Guerra do Vietnã, a repressão do regime comunista em países que compunham o bloco soviético, as ditaduras militares financiadas e apoiadas pelos Estados Unidos, o assassinato de Martin Luther King, o massacre de estudantes em Tlatelolco e outros fatos que indicavam que o mundo conformado após as duas grandes guerras ainda carecia de justiça e respeito aos direitos humanos são alguns dos ingredientes desse caldeirão.
Osvaldo Coggiola desconstrói a ideia de que o “Maio francês” foi o mito fundador dos eventos daquele ano e lança mão de dados da economia mundial desde o fim da Segunda Guerra para esclarecer as tensões implicadas naquele contexto.
Olgária Matos transmite o clima em que se deram os acontecimentos em Paris, já que em 1968 ela acompanhou as manifestações de rua na capital francesa.
Ismail Xavier abarca as diversas manifestações artísticas que dialogavam com o cinema nos anos 1960.
Fernanda Barbara apresenta a ação vitoriosa do establishment na cidade de São Paulo que se redesenhou a partir da construção de obras viárias que impactaram negativamente regiões importantes da metrópole.
Daniel Aarão Reis traça um panorama das forças que agiam e conflitavam naqueles anos em lugares como China, Tchecoslováquia e outros do mundo socialista, bem como do Ocidente.
Marcos Napolitano enfoca o movimento tropicalista, contrapondo-o à ação de artistas que se integraram à produção de novelas e outras mercadorias “culturais” da Rede Globo, entre eles, membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Larissa Riberti disserta sobre os acontecimentos de 1968 no México, em especial o massacre de Tlatelolco.
Rosangela Patriota trata dos grupos teatrais, sobretudo no eixo Rio-São Paulo, que produziram espetáculos antológicos e resistiram à censura e à ameaça a sobrevivência das artes cênicas.
Fernanda Pequeno traça um panorama das artes visuais e performáticas no Rio de Janeiro em 1968 e sua contribuição decisiva para o movimento tropicalista.
Walnice Nogueira Galvão apresenta obras de ficção em prosa e poesia, muitas delas memorialísticas, desde as realistas até as novas estéticas que surgiram no momento em que a ditadura se radicalizava.
“Em 1968, o mundo pegou fogo – em todos os sentidos, não só no figurado. Esse ano mítico incendiou corações e mentes, explodiu em canções, filmes, passeatas, revoluções e guerras, nos campos de batalha e nas ruas, nos palcos e nas telas, na política, no imaginário e no comportamento. Um frêmito percorreu o planeta. Foi, como se disse então, um ‘êxtase da História’.”
Zuenir Ventura, jornalista e escritor brasileiro, que assina o prefácio da obra.
SOBRE OS AUTORES
DANIEL AARÃO REIS: mestre em história pela Universidade Paris VII e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e pesquisador do CNPq. Especialista em história das revoluções socialistas no século XX e das esquerdas no Brasil, é autor de diversos livros e artigos de referência, entre os quais Ditadura militar, esquerdas e sociedade (Zahar, 2000) e a coletânea A ditadura que mudou o Brasil (Zahar, 2014).
FERNANDA BARBARA: arquiteta e urbanista com graduação e mestrado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Também é formada em jornalismo pela PUC-SP. Sócia-fundadora do escritório Uma Arquitetos. É professora associada da Escola da Cidade. Em 2016, integrou o júri do concurso internacional da Trienal de Arquitetura de Lisboa – Début Award.
FERNANDA PEQUENO: doutora em artes visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com período sanduíche no Chelsea College of Arts (University of the Arts), em Londres. Professora adjunta de história da arte do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde atuou como coordenadora de exposições do Departamento Cultural de 2016 a 2018. Autora de Lygia Pape e Hélio Oiticica: conversações e fricções poéticas (Apicuri, 2013).
ISMAIL XAVIER: professor emérito da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP). Publicou os livros O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência (Paz e Terra, 1977, 7ª ed. 2017), Sétima arte: um culto moderno (Perspectiva, 1978; 2ª ed. Edições Sesc, 2017) e Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome (Brasiliense, 1983; 2ª ed. Cosac Naify, 2007), entre outros que foram traduzidos para diversos idiomas.
LARISSA JACHETA RIBERTI: bacharel e licenciada em história pela Universidade de Campinas (Unicamp), mestre e doutora em história social pela UFRJ. Atualmente é pós-doutoranda em história na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atuou como professora do ensino fundamental na rede privada e do ensino superior na Universidad Autónoma de Ciudad de México (UACM) e na Universidade Federal de Alfenas (Unifal).
MARCOS NAPOLITANO: doutor em história social pela USP, pesquisador-bolsista do CNPq e professor titular no Departamento de História da USP. É autor, entre outros, dos livros Coração civil: a vida cultural brasileira sob o regime militar (1964-1985) (Intermeios, 2017), 1964: história do regime militar brasileiro (Contexto, 2014) e História do Brasil República (Contexto, 2016).
OLGÁRIA MATOS: doutora pela École des Hautes Études, Paris, e pelo Departamento de Filosofia da FFLCH-USP. É professora titular do Departamento de Filosofia da USP e da Unifesp. Escreveu, entre outros livros, Os arcanos do inteiramente outro: a Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução (Brasiliense, 1989), A Escola de Frankfurt: sombras e luzes do iluminismo (Moderna, 1993) e Discretas esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo (Nova Alexandria, 2006).
OSVALDO COGGIOLA: estudou história e economia na Universidade de Córdoba (Argentina) até ser expulso no golpe militar de 1976. Concluiu seus estudos na Universidade de Paris VIII, onde também fez o mestrado em história. Doutorou-se em história comparada das sociedades contemporâneas na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Atualmente é professor titular de história contemporânea e chefe do Departamento de História da USP. Foi professor visitante na Stanford University (EUA), na Università degli Studi “La Sapienza” di Roma (Itália), na Universidad de La Paz (Bolívia), na Universidad de la República de Montevidéu (Uruguai) e na Jadvapur University de Kolkata [Calcutá], na Índia, entre outras. Autor de diversos livros e artigos, como História do capitalismo: das origens até a Primeira Guerra Mundial (Ariadna, 2017, 3 vols.).
ROSANGELA PATRIOTA: professora do Programa de Pós-graduação em Educação, Artes e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professora titular aposentada da UFU. É bolsista produtividade do CNPq. Autora, entre outros, de Antonio Fagundes no palco da história: um ator (Perspectiva, 2018), Teatro brasileiro: ideias de uma história (em parceria com Jacó Guinsburg, Perspectiva, 2012), A crítica de um teatro crítico (2007, Perspectiva), Vianinha: um dramaturgo no coração de seu tempo (Hucitec, 1999).
WALNICE NOGUEIRA GALVÃO: professora emérita de teoria literária e literatura comparada da FFLCH-USP. Foi professora visitante nas Universidades de Austin, Iowa City, Columbia, Paris VIII, Freie Universität Berlin, Poitiers, Colônia, École Normale Supérieure, Oxford, Berlin 2. Tem quarenta livros publicados sobre Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, crítica da literatura e da cultura. Entre eles: Os sertões (ed. crítica, Ubu e Edições Sesc, 2016), Sombras & Sons (Lazuli, 2011), Euclidiana – ensaios sobre Euclides da Cunha (Companhia das Letras, 2009) e Mínima mímica – ensaios sobre Guimarães Rosa (Companhia das Letras, 2008). Escreve assiduamente em jornais e revistas.
ZUENIR VENTURA: bacharel em letras neolatinas, professor, jornalista e escritor. Exerceu funções de chefia nos principais órgãos de imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo. Roteirista do documentário Paulinho da Viola – meu tempo é hoje e autor de livros como 1968 – o ano que não terminou (Objetiva, 2013) e Minhas histórias dos outros (Planeta, 2005). Em 2008, recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que “mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos”, além de outros prêmios nacionais e internacionais ao longo de sua carreira.
MAIO DE 68 E SUAS REPERCUSSÕES
Kristin Ross
Neste livro, a historiadora norte-americana Kristin Ross desenvolve uma investigação rigorosa sobre os eventos ocorridos em Paris em maio de 1968 e propõe que o discurso historiográfico oficial tende a minimizar as determinações políticas do movimento, obscurecendo elementos importantes como o internacionalismo, o anti-imperialismo e o anticapitalismo, em favor de aspectos mais ligados à uma revolução dos costumes.
Dessa forma, o evento “Maio de 68” teria sofrido, assim, um apagamento de sua importância como o maior movimento de massa da história francesa, abarcando sua greve mais longa e significativa, convergindo desse modo trabalhadores e intelectuais.
Para a autora, “a história oficial estabelece que o mundo de hoje seria fruto da realização dos desejos dos que tomaram parte nos protestos, e não justamente o fracasso de suas principais reivindicações. ”
"Maio de 68 teve pouco a ver com o grupo social – estudantes ou “jovens” – que foi seu instigador. Teve muito mais a ver com a rejeição de determinações sociais e com deslocamentos que tiraram pessoas de seu local na sociedade, ou seja, com uma disjunção entre subjetividade política e grupo social."
Kristin Ross, professora e pesquisadora
SOBRE A AUTORA
Kristin Ross é professora de literatura comparada na Universidade de Nova York. Autora de Fast Cars, Clean Bodies: Decolonization and the Reordering of French Culture (1995) e Emergence of Social Space: Rimbaud and the Paris Commune (1988).
1968-reflexos-reflexoesFicha Técnica: 1968: reflexos e reflexões Autores: Daniel Aarão Reis, Fernanda Barbara, Fernanda Pequeno, Ismail Xavier, Larissa Jacheta Riberti, Marcos Napolitano, Olgária Matos, Osvaldo Coggiola, Rosangela Patriota, Walnice Nogueira Galvão e Zuenir Ventura Edições Sesc São Paulo 2018 Páginas: 192 ISBN: 978-85-9493-139-9 Formato: 16 X 23 cm Preço: a definir
Ficha Técnica: Maio de 68 e suas repercussões Autora: Kristin Ross Edições Sesc São Paulo 2018 Páginas: 320 ISBN: 978-85-9493-140-5 Formato: 16 X 23 cm Preço: a definir
Serviço:
Lançamento dos livros 1968: reflexos e reflexões e Maio de 68 e suas repercussões
Dia 31 de outubro de 2018, às 19h
Bate-papo com o jornalista e escritor Alípio Freire.
Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo
Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285. 4º andar - Bela Vista.
As publicações das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridas em todas as unidades do Sesc São Paulo (capital e interior), nas principais livrarias e também pelo portal www.sescsp.org.br/livraria
Os e-books das Edições Sesc São Paulo podem ser encontrados em livrarias virtuais como portal Sesc São Paulo, Amazon, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Kobo e Apple Store
SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO
Pautadas pelo conceito de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento. Em diálogo com a programação do Sesc, a editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade. Além dos títulos impressos, as Edições Sesc vêm convertendo seu catálogo em e-books que podem ser adquiridos em lojas virtuais como Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Amazon, Google Play e Apple Store.
Kristin Ross
Neste livro, a historiadora norte-americana Kristin Ross desenvolve uma investigação rigorosa sobre os eventos ocorridos em Paris em maio de 1968 e propõe que o discurso historiográfico oficial tende a minimizar as determinações políticas do movimento, obscurecendo elementos importantes como o internacionalismo, o anti-imperialismo e o anticapitalismo, em favor de aspectos mais ligados à uma revolução dos costumes.
Dessa forma, o evento “Maio de 68” teria sofrido, assim, um apagamento de sua importância como o maior movimento de massa da história francesa, abarcando sua greve mais longa e significativa, convergindo desse modo trabalhadores e intelectuais.
Para a autora, “a história oficial estabelece que o mundo de hoje seria fruto da realização dos desejos dos que tomaram parte nos protestos, e não justamente o fracasso de suas principais reivindicações. ”
"Maio de 68 teve pouco a ver com o grupo social – estudantes ou “jovens” – que foi seu instigador. Teve muito mais a ver com a rejeição de determinações sociais e com deslocamentos que tiraram pessoas de seu local na sociedade, ou seja, com uma disjunção entre subjetividade política e grupo social."
Kristin Ross, professora e pesquisadora
SOBRE A AUTORA
Kristin Ross é professora de literatura comparada na Universidade de Nova York. Autora de Fast Cars, Clean Bodies: Decolonization and the Reordering of French Culture (1995) e Emergence of Social Space: Rimbaud and the Paris Commune (1988).
1968-reflexos-reflexoesFicha Técnica: 1968: reflexos e reflexões Autores: Daniel Aarão Reis, Fernanda Barbara, Fernanda Pequeno, Ismail Xavier, Larissa Jacheta Riberti, Marcos Napolitano, Olgária Matos, Osvaldo Coggiola, Rosangela Patriota, Walnice Nogueira Galvão e Zuenir Ventura Edições Sesc São Paulo 2018 Páginas: 192 ISBN: 978-85-9493-139-9 Formato: 16 X 23 cm Preço: a definir
Ficha Técnica: Maio de 68 e suas repercussões Autora: Kristin Ross Edições Sesc São Paulo 2018 Páginas: 320 ISBN: 978-85-9493-140-5 Formato: 16 X 23 cm Preço: a definir
Serviço:
Lançamento dos livros 1968: reflexos e reflexões e Maio de 68 e suas repercussões
Dia 31 de outubro de 2018, às 19h
Bate-papo com o jornalista e escritor Alípio Freire.
Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo
Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285. 4º andar - Bela Vista.
As publicações das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridas em todas as unidades do Sesc São Paulo (capital e interior), nas principais livrarias e também pelo portal www.sescsp.org.br/livraria
Os e-books das Edições Sesc São Paulo podem ser encontrados em livrarias virtuais como portal Sesc São Paulo, Amazon, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Kobo e Apple Store
SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO
Pautadas pelo conceito de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento. Em diálogo com a programação do Sesc, a editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade. Além dos títulos impressos, as Edições Sesc vêm convertendo seu catálogo em e-books que podem ser adquiridos em lojas virtuais como Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Amazon, Google Play e Apple Store.
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