João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Iracema Mendes Régis e o livro Forrobodó, por Sérgio Simka e Cida Simka

Iracema Mendes Régis - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.

Nasci em Limoeiro do Norte-CE, vim para São Paulo em 1975 e estabeleci-me em Mauá, no grande abc paulista, onde resido até hoje. Aqui chegando, participo com êxito nos primeiros concursos de poesia e contos promovidos pela SMC de Mauá. Em contos, classifiquei-me entre os dez primeiros colocados e fomos publicados em antologia. Na poesia, ao declamar o meu poema, fui ovacionada pelos jovens integrantes do Colégio Brasileiro de Poetas, 1º grupo literário, de repercussão e vida longa, a surgir no grande abc paulista. Em seguida, cursando jornalismo no Instituto Metodista de Ensino Superior, de São Bernardo do Campo – SP, passo a escrever, em parceria com Aristides Theodoro (sócio fundador do CBP, do qual eu já fazia parte), para os jornais A Voz de Mauá, O Boêmio, de Matão – SP, Correio do Sul, Varginha – MG e Jornal da Manhã – SP.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre seus livros, principalmente o Forrobodó.

Conto hoje com 27 títulos publicados em prosa e poesia, que abrangem diversos segmentos literários. Na prosa: contos e crônicas, ensaios e resenhas, diário, biografia, literatura infantil e o inusitado ‘Esta valsa é nossa’, composto de prefácios, posfácios e orelhas por mim produzidos sobre livros de outros escritores. Na poesia: composições em versos brancos, sonetos e Literatura de Cordel. Por meio desses dois gêneros literários e sua abrangência, tenho merecido muitas premiações e publicações. Este Forrobodó (contos & crônicas), que acaba de sair pela Editora Pumpkin, apresenta desde estórias com enfoque na condição humana, até as crônicas de viagem, memória e de cunho político. A coletânea é prefaciada pelo catarinense Enéas Athanázio, um dos maiores escritores brasileiros da atualidade. A ilustração da primeira capa e do miolo é da artista plástica, Neli Maria Vieira, que também assina o texto na contracapa. As orelhas são do professor de Literatura e Língua portuguesa, Valmir do Carmo Meira (integrante do extinto CBP). Fechando com o posfácio de Aristides Theodoro, um dos mais antigos e profícuos escritores da região do grande abc paulista.

Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e seu trabalho?


Entrar em contato com a autora através do endereço eletrônico: iracemamendes2011@bol.com.br, no Face, pelo fone: (11) 4578-5076 e o WhatsApp 9 7239-9288. Também, ao adquirir suas obras, o leitor será informado quanto à trajetória da escritora, lendo os seguintes tópicos no final de cada livro: Dados biográficos e bibliográficos, Livros publicados, Premiações, Fortuna crítica e Obras inéditas.

Como analisa a questão da leitura no país?

Sabemos que a média de leitura do brasileiro está longe de ser a ideal, mas vem melhorando nos últimos tempos. Há algo que muito me anima: o fato de termos ótimos escritores produzindo literatura infantil de boa qualidade e a existência de eventos e projetos em instituições culturais e de ensino, buscando atrair a atenção das crianças, com incentivos para a leitura.

O que tem lido ultimamente?


Os mais recentes foram dois livros de integrantes do Núcleo de Escritores do Grande ABC, do qual sou parte: A cegueira da visão, de Keli Braz Loro e Os olhos da fera, de Edmir Camargo. Pelo fato de escrever sobre a literatura produzida no grande abc paulista, tenho relido obras sobre o tema, a exemplo de Manifestações Literárias em Mauá – Colégio Brasileiro de Poetas, seus fundadores, associados e outros escritores da cidade, de Aristides Theodoro; “de Maria a José”, uma antologia de Histórias de Pessoas comuns, que fizeram São Caetano do Sul – SP ser hoje o que é. E iniciei a leitura de uma série de quatro volumes publicada pelo Núcleo de História e Memória, da SMC de Mauá.

Você faz parte do Núcleo de Escritores do Grande ABC. Fale-nos sobre sua atuação.


Faço questão de frisar que sempre integrei associações literárias. A primeira foi o Colégio Brasileiro de Poetas, em Mauá, que permaneceu por quase duas décadas (de 1960 a 1980). Em seguida, participei do Alpharrabio, em Santo André, depois, fundamos o Taba de Corumbê, em Mauá. Por fim, durante muito tempo integrei o Quatro Dedos de Prosa, em Santo André. Hoje, participo da Academia Popular de Letras de São Caetano do Sul – SP, em eventos culturais, que incluem lançamento de livros, palestras, oficinas etc. e atuo de forma presente e contínua junto ao Núcleo de Escritores do Grande ABC (paulista). A minha atuação no Núcleo, como em todos os outros grupos por que passei, é de seriedade, entendendo que se trata de um coletivo e cada um tem que fazer a sua parte, para crescimento do todo, mesmo porque se faz necessário exercer a prática do é dando que se recebe – a velha troca.

Quais seus próximos projetos?


É a publicação de mais duas coletâneas e um livro, para mim, inusitado: a primeira, que está montada, intitula-se ‘Meus mais belos cordéis’, para concorrer ao FAFC – Fundo de Assistência e Fomento à Cultura, de Mauá, do qual esperamos o Edital nesse segundo semestre. Os outros dois projetos têm conexão com o Núcleo: já reuni num só bloco todos os contos que produzi a partir de temas sugeridos pelo grupo na linha do terror, do suspense, do sobrenatural, lendas e mitos do nosso folclore e o conto hot. Somados a outros escritos anteriormente, mas que se encaixam pelo exótico. Intitulada A moça que gostava de cemitério (e outros contos). Motivada pelos textos autobiográficos por mim produzidos, conforme exercícios propostos na recente Oficina de Escrita Criativa ministrada pelo professor e escritor Sérgio Simka (que é, com Cida Simka, coordenador do Núcleo), vou transformar uma série de originais e criar outros nesse estilo, para finalmente realizar um sonho acalentado, que é publicar minha autobiografia, de modo não convencional, sob o título de Memórias do Sertão.

*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin.

Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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