Os viajantes foram de estrela em estrela, buscando vida inteligente. Cada travessia leva um milhão de anos, mas as mentes nos bancos de memória vivem para sempre. Em seu expandido senso de tempo, um milhão de anos é como um dia. Sua busca foi infrutífera, até agora; as estrelas na vizinhança da sua própria são jovens e a vida inteligente ainda não apareceu sobre elas. Então, as antenas da nave estelar detectam radiação eletromagnética oriunda de uma estrela branco-amarelada distante 40 anos-luz de distância. Esta estrela deve ser habitada por vida inteligente. Eles rumam para o Sol.
Este é um pequeno trecho da obra de divulgação científica O Universo Encantado (The Enchanted Loom: Mind in the Universe), do cientista e escritor Robert Jastrow, que fala da inteligência. O Homem e os animais terrestres, alados e marinhos, vieram de uma mesma mistura aquecida. Uma sopa primordial rica em elementos químicos que existia após o resfriamento da Terra, após a sua formação, bilhões de anos atrás. Percorremos um árduo caminho, desde que a primeira bactéria se formou, e podemos ir mais longe, ainda.
O espaço é a fronteira última; os Universos Paralelos que hoje existem no papel, em teoria, serão o futuro lar para os homens que descobrirem os princípios da navegação interdimensional. Mas, atingir somente planetas em uma esfera de 10 anos-luz de diâmetro, a partir do centro situado em nosso planeta, isso já será um desafio a ser alcançado a duras penas.
No espaço de tempo de uma existência humana, o homem teria de viajar além da velocidade da luz — velocidade limite, inalcançável para corpos dotados de massa, mas que, se for atingida por somente um deles, significará o fim do Universo. Um corpo material, atingindo a velocidade C da luz, terá sua massa aumentada para o infinito, e atrairá a totalidade do Universo para si. Para atingir C, um corpo precisa de quantidades infinitas de energia. Caso seja utilizada uma quantidade mensurável de energia para se acelerar um objeto, toda ela será direcionada para o aumento apenas da massa, e não para o aumento da velocidade, em valores muito próximos a C, ou 299.772,5 km/s.
Acelerar uma nave espacial até próximo de C significaria consumir uma quantidade imensa de energia. A aceleração teria de ser pequena, para que os organismos dos astronautas não sejam esmagados por seus efeitos. Sistemas de propulsão para se alcançar velocidades tão elevadas teriam de ser aperfeiçoados. A propulsão por um sistema matéria-antimatéria produziria 35 vezes mais quantidade de energia do que a propulsão por fusão nuclear. E a aniquilação completa da matéria, em contato com antimatéria, é o modo mais eficiente para se conseguir energia que hoje nós podemos conceber.
Coleta de hidrogênio interestelar para ser convertido em energia por reatores de fusão nuclear já foi estudada pelo físico norte-americano Robert Bussard, anos atrás. Não é eficiente, nem prática. Teríamos de ter coletores de quilômetros de extensão para coletar hidrogênio do espaço em quantidade suficiente para a aceleração de uma espaçonave — para atingirmos velocidades elevadas o suficiente para alcançar a estrela Alfa de Centauri, a mais próxima da Terra, em um intervalo de tempo dentro do limite da existência dos astronautas. Mas, em velocidades próximas à da luz, os próprios átomos do espaço seriam mortalmente destrutivos para a nave e os homens que viajassem nela, pois atingiriam os coletores e a espaçonave com velocidade idêntica à que o engenho espacial viajasse. A nave seria destruída.
Acelerar uma nave interplanetária poderia ser conseguida por meio de um disparo contínuo de um ou mais feixes de raios laser de pontos do Sistema Solar contra uma grande vela espacial, montada ao redor da espaçonave. Empurrar-se-ia, assim, o veículo em direção a Alfa Centauri, e além. Mas isso seria impraticável. A quantidade de energia dispendida para empurrar a nave seria idêntica à que a nave precisaria ela mesma para se impulsionar. E em quantidades gigantescas. E depois, para se reduzir a velocidade da nave estelar? Seria preciso um ou mais disparos no local de destino, em sentido contrário ao do laser que enviaria a nave para o espaço interestelar, além do Sistema Solar.
Viajar próximo, muito próximo a C significaria fazer o tempo de vida dos astronautas se prolongar por anos, séculos, milhões ou bilhões de anos. Segundo as equações de Einstein, em sua Teoria da Relatividade, viajar a 98% de C seria diminuir em um quinto a passagem do tempo em relação a quem estivesse em repouso, relativamente ao resto do Universo. Recaímos nos problemas anteriores: o tipo de propulsão utilizada. Além disso, quem envelhecesse pouco nessa viagem, quando voltasse para casa experimentaria o choque do futuro: a sociedade do futuro seria estranha a ele, senão incompreensível, pois seria completamente diferente agora do que quando ele partiu da Terra.
Problemas de ordem psicológica poderiam ocorrer, em viagens muito longas, caso se viajasse a velocidades diminutas em relação a C. O convívio de vários seres humanos em ambiente fechado e pequeno resultaria, com o passar do tempo, em violência, assassinato ou suicídio.
Poderíamos imaginar viagens tripuladas em colônias. Mundos atravessando o Cosmos, sendo tais ambientes familiares para os astronautas. Poderiam ser construídas naves gigantescas reproduzindo o ambiente terrestre. Um grande grupo de homens e mulheres, alcançando, primeiro, o cinturão de asteroides, para se estabelecer bases espaciais. Poder-se-iam fazer uma viagem a Alfa Centauri, situada a 4,4 anos-luz de distância da Terra a uma velocidade normal, como a que impulsionou nossas sondas espaciais não-tripuladas para Marte, Júpiter, Saturno e Plutão. As naves coloniais ganhariam velocidade ao circundar os planetas gigantes de nosso Sistema, por meio do aproveitamento da aceleração gravitacional desses mundos, sendo atraídas pelos campos de gravidade desses planetas, orbitando-os e sendo disparadas para longe, por uma estilingada no vasto poço de gravidade desses planetas. Isso foi calculado pelo físico Freeman John Dyson, e as sondas marcianas Pioneer 10 e 11, que orbitaram Marte, além das espaçonaves não-tripuladas Voyager 1 e 2, que hoje se dirigem para muito além do Sistema Solar, utilizaram esse princípio físico de aceleração sem uso de combustível.
Colônias no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter seriam muito propícias para que uma nova sociedade — ou várias — surgisse, com o decorrer dos séculos. A cultura em colônias separadas poderia se ramificar, diferenciando-se. A Arte, a Ciência, tudo poderia se modificar. No futuro distante, a miscigenação entre culturas que não se tornassem estéreis daria origem a outras espécies, até. Isso aconteceria também em colônias que se situassem fora do Sistema Solar. Os mais de 3.000 exoplanetas já descobertos seriam sede de culturas que fatalmente se diferenciariam entre si. Porém, mutações poderiam ocasionar a infertilidade entre bases distantes.
E culturas extraterrenas que encontrássemos, porventura inteligentes e mais ou menos avançadas que a humana, seriam contatadas pelos colonos terrestres. Viagens que durassem gerações ocasionariam efeitos interessantes. As infinitas descobertas e os laços de união com civilizações extraterrestres com que fariam contato, mais cedo ou mais tarde resultariam na ausência de necessidade de se voltar para a Terra, então.
Sobre Roberto Fiori:
Este é um pequeno trecho da obra de divulgação científica O Universo Encantado (The Enchanted Loom: Mind in the Universe), do cientista e escritor Robert Jastrow, que fala da inteligência. O Homem e os animais terrestres, alados e marinhos, vieram de uma mesma mistura aquecida. Uma sopa primordial rica em elementos químicos que existia após o resfriamento da Terra, após a sua formação, bilhões de anos atrás. Percorremos um árduo caminho, desde que a primeira bactéria se formou, e podemos ir mais longe, ainda.
O espaço é a fronteira última; os Universos Paralelos que hoje existem no papel, em teoria, serão o futuro lar para os homens que descobrirem os princípios da navegação interdimensional. Mas, atingir somente planetas em uma esfera de 10 anos-luz de diâmetro, a partir do centro situado em nosso planeta, isso já será um desafio a ser alcançado a duras penas.
No espaço de tempo de uma existência humana, o homem teria de viajar além da velocidade da luz — velocidade limite, inalcançável para corpos dotados de massa, mas que, se for atingida por somente um deles, significará o fim do Universo. Um corpo material, atingindo a velocidade C da luz, terá sua massa aumentada para o infinito, e atrairá a totalidade do Universo para si. Para atingir C, um corpo precisa de quantidades infinitas de energia. Caso seja utilizada uma quantidade mensurável de energia para se acelerar um objeto, toda ela será direcionada para o aumento apenas da massa, e não para o aumento da velocidade, em valores muito próximos a C, ou 299.772,5 km/s.
Acelerar uma nave espacial até próximo de C significaria consumir uma quantidade imensa de energia. A aceleração teria de ser pequena, para que os organismos dos astronautas não sejam esmagados por seus efeitos. Sistemas de propulsão para se alcançar velocidades tão elevadas teriam de ser aperfeiçoados. A propulsão por um sistema matéria-antimatéria produziria 35 vezes mais quantidade de energia do que a propulsão por fusão nuclear. E a aniquilação completa da matéria, em contato com antimatéria, é o modo mais eficiente para se conseguir energia que hoje nós podemos conceber.
Coleta de hidrogênio interestelar para ser convertido em energia por reatores de fusão nuclear já foi estudada pelo físico norte-americano Robert Bussard, anos atrás. Não é eficiente, nem prática. Teríamos de ter coletores de quilômetros de extensão para coletar hidrogênio do espaço em quantidade suficiente para a aceleração de uma espaçonave — para atingirmos velocidades elevadas o suficiente para alcançar a estrela Alfa de Centauri, a mais próxima da Terra, em um intervalo de tempo dentro do limite da existência dos astronautas. Mas, em velocidades próximas à da luz, os próprios átomos do espaço seriam mortalmente destrutivos para a nave e os homens que viajassem nela, pois atingiriam os coletores e a espaçonave com velocidade idêntica à que o engenho espacial viajasse. A nave seria destruída.
Acelerar uma nave interplanetária poderia ser conseguida por meio de um disparo contínuo de um ou mais feixes de raios laser de pontos do Sistema Solar contra uma grande vela espacial, montada ao redor da espaçonave. Empurrar-se-ia, assim, o veículo em direção a Alfa Centauri, e além. Mas isso seria impraticável. A quantidade de energia dispendida para empurrar a nave seria idêntica à que a nave precisaria ela mesma para se impulsionar. E em quantidades gigantescas. E depois, para se reduzir a velocidade da nave estelar? Seria preciso um ou mais disparos no local de destino, em sentido contrário ao do laser que enviaria a nave para o espaço interestelar, além do Sistema Solar.
Viajar próximo, muito próximo a C significaria fazer o tempo de vida dos astronautas se prolongar por anos, séculos, milhões ou bilhões de anos. Segundo as equações de Einstein, em sua Teoria da Relatividade, viajar a 98% de C seria diminuir em um quinto a passagem do tempo em relação a quem estivesse em repouso, relativamente ao resto do Universo. Recaímos nos problemas anteriores: o tipo de propulsão utilizada. Além disso, quem envelhecesse pouco nessa viagem, quando voltasse para casa experimentaria o choque do futuro: a sociedade do futuro seria estranha a ele, senão incompreensível, pois seria completamente diferente agora do que quando ele partiu da Terra.
Problemas de ordem psicológica poderiam ocorrer, em viagens muito longas, caso se viajasse a velocidades diminutas em relação a C. O convívio de vários seres humanos em ambiente fechado e pequeno resultaria, com o passar do tempo, em violência, assassinato ou suicídio.
Poderíamos imaginar viagens tripuladas em colônias. Mundos atravessando o Cosmos, sendo tais ambientes familiares para os astronautas. Poderiam ser construídas naves gigantescas reproduzindo o ambiente terrestre. Um grande grupo de homens e mulheres, alcançando, primeiro, o cinturão de asteroides, para se estabelecer bases espaciais. Poder-se-iam fazer uma viagem a Alfa Centauri, situada a 4,4 anos-luz de distância da Terra a uma velocidade normal, como a que impulsionou nossas sondas espaciais não-tripuladas para Marte, Júpiter, Saturno e Plutão. As naves coloniais ganhariam velocidade ao circundar os planetas gigantes de nosso Sistema, por meio do aproveitamento da aceleração gravitacional desses mundos, sendo atraídas pelos campos de gravidade desses planetas, orbitando-os e sendo disparadas para longe, por uma estilingada no vasto poço de gravidade desses planetas. Isso foi calculado pelo físico Freeman John Dyson, e as sondas marcianas Pioneer 10 e 11, que orbitaram Marte, além das espaçonaves não-tripuladas Voyager 1 e 2, que hoje se dirigem para muito além do Sistema Solar, utilizaram esse princípio físico de aceleração sem uso de combustível.
Colônias no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter seriam muito propícias para que uma nova sociedade — ou várias — surgisse, com o decorrer dos séculos. A cultura em colônias separadas poderia se ramificar, diferenciando-se. A Arte, a Ciência, tudo poderia se modificar. No futuro distante, a miscigenação entre culturas que não se tornassem estéreis daria origem a outras espécies, até. Isso aconteceria também em colônias que se situassem fora do Sistema Solar. Os mais de 3.000 exoplanetas já descobertos seriam sede de culturas que fatalmente se diferenciariam entre si. Porém, mutações poderiam ocasionar a infertilidade entre bases distantes.
E culturas extraterrenas que encontrássemos, porventura inteligentes e mais ou menos avançadas que a humana, seriam contatadas pelos colonos terrestres. Viagens que durassem gerações ocasionariam efeitos interessantes. As infinitas descobertas e os laços de união com civilizações extraterrestres com que fariam contato, mais cedo ou mais tarde resultariam na ausência de necessidade de se voltar para a Terra, então.
Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside
atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se
na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática.
Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como
hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta,
cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo.
Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e
Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando
realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do
espírito elevada e extremamente valiosa.
Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.
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