João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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terça-feira, 31 de maio de 2016

Entrevista com Alexandre de Castro Gomes, escritor e presidente da AEILIJ

Alexandre de Castro Gomes
Alexandre de Castro Gomes é escritor infantojuvenil, presidente da AEILIJ para a gestão 2015-2017 e já lançou 21 livros desde sua estreia em 2008. Alguns dos seus títulos foram selecionados para os programas PNAIC, PNBE, Minha Biblioteca de São Paulo, Minha Primeira Biblioteca do Rio de Janeiro, Mais Cultura de Fortaleza, Ler e Escrever da FDE-SP e outros. Recebeu alguns prêmios literários, como o Prêmio Cidade de Manaus de Teatro Infantil e o Prêmio Nacional de Literatura Infantil de Ponta Grossa.
Foi o organizador do livro “Trem de Histórias” (Caki Books), primeira antologia da AEILIJ, e do livro “Filhos de Peixe” (Mar de Ideias), com textos de filhos e netos de autores experientes. Viaja o Brasil com as oficinas literárias Quero Ser Autor – Expectativas Literárias e Quero Ser Autor – Leituras Criativas, dá palestras e mantém um blog no endereço www.blogao.com.br.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Como é produzir livros infantojuvenis hoje no Brasil?

Alexandre de Castro Gomes: O país passa por uma grave crise na educação e na cultura e a produção de livros para crianças e jovens foi duramente afetada. Embora a literatura infantojuvenil corresponda a uma fatia cada vez maior das vendas em livrarias, grande parte das editoras dedicadas ao gênero, especialmente as menores, contava com os programas de compras governamentais, atualmente cancelados. Livrarias fecharam. Editoras fecharam ou foram incorporadas por empresas que valorizam textos comerciais e didáticos. Em algumas casas, a produção caiu para um sexto do que era antes. Profissionais qualificados estão em busca de emprego. Eventos literários tradicionais, como a Jornada de Passo Fundo, e programas literários de sucesso, como o Literatura Viva do SESI-SP, desapareceram. Feiras literárias (FLIPinha, Salão FNLIJ, Feira de Porto Alegre) sentiram o baque e encolheram.
Fora tudo isso, produzir livros infantojuvenis é uma delícia. Ainda não troco por nada.

Conexão Literatura: Conte mais pra gente sobre os seus livros.

Alexandre de Castro Gomes: Vou falar sobre os últimos. Em 2014 lancei a fábula “O Corvo e o Dragão” (il.: Cris Eich) pela Globinho. Pela mesma editora saiu “Motim das letras” (il.: Luiz Maia), um texto sobre letras piratas e seu navio Alfabeto Romano.
Pela Peirópolis saiu “Folclore de Chuteiras” (il.: Visca), que através da narração de um locutor esportivo conta um jogo de futebol do time brasileiro do folclore contra um combinado do resto do mundo.
Pela Rovelle lancei “Robóticos” (il.: Cris Alhadeff), a história de um casal que pouco se fala em um mundo a mercê dos robôs.
Pela Franco veio “Essas Maravilhosas Geringonças” (il.: Anttonio Pereira), na qual o Videocassete, a Vitrola, o Mimeógrafo e outros dão entrevistas para um programa jornalístico.
Ainda em 2014 nasceu “A bola ou a menina?” (il.: Sergio Magno), pela Melhoramentos, que apresenta uma história que pode ser lida de frente para trás e de trás para frente, alterando assim o final.
Em 2015, lancei pela Editora do Brasil o juvenil “Encontros Folclóricos de Benito Folgaça” (il.: Samuel Casal). O livro apresenta uma série de contos que, juntos, formam uma história maior, e relata os encontros que Benito teve ao longo da sua vida com seres pouco conhecidos do nosso folclore.
Em 2016 chegou, pela Mar de Ideias, o livro “Filhos de Peixe” (il.: Guigo), que organizei com autores mirins, filhos e netos de autores conhecidos do mercado literário. Estão lá os filhos/netos de Luiz Antonio Aguiar, Leo Cunha, Luciana Savaget, Cris Alhadeff, Claudia Nina, Alessandra Roscoe, Ricardo Benevides, Otávio Cesar Jr., Joana Cabral e os meus também.
Em 2016 relancei “Aniversário no Cemitério” (il.: Cris Alhadeff), antes editado pela Escrita Fina e agora pela Zit.
Outros dois livros têm o lançamento confirmado para 2016: “Como pode um pinguim no Polo Norte” (il.: Cris Alhadeff), pela Bambolê, e “O livro que lê gente” (il.: Cris Alhadeff), pela Cortez.

Conexão Literatura: Você é presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ) para a gestão 2015-2017 e faz parte da diretoria dessa associação desde maio de 2011. Poderia comentar?

Alexandre de Castro Gomes: Meu primeiro contato mais amplo com as pessoas que trabalham no mercado de LIJ (literatura infantojuvenil) aconteceu durante o Salão FNLIJ de Livros para Crianças e Jovens de 2009. Foi lá que eu e a ilustradora Cris Alhadeff (www.crisalhadeff.com), com quem sou casado, conhecemos a AEILIJ. Fui recebido pelo Maurício Veneza, que me atendeu com paciência e simpatia.
Acabei entrando para a associação no ano seguinte. Foi ótimo. Conheci muita gente. Fui apresentado à editores. Recebi dicas e convites. Um deles para publicar um livro em braille. Pude realizar trabalhos sociais e divulgar a literatura pelo Brasil.
Uma vez li no blog do Neil Gaiman que você deve estar aonde as coisas estão acontecendo. As coisas aconteciam e acontecem na AEILIJ.
Em 2011 fui convidado para fazer parte da Diretoria como Coordenador de Comunicação. Em 2015 fui eleito presidente. Dentro da AEILIJ pude desenvolver e realizar atividades das quais tenho muito orgulho. Desenhei o novo site e organizei as informações espalhadas, juntei os blogs, criei e editei os anuários com as publicações de associados, reescrevi o estatuto com as autoras Marilia Pirillo e Andrea Viviana Taubman, organizei a primeira antologia,  participei de feiras literárias, idealizei e organizei com a SME – RJ a Blitz Literária nas escolas públicas municipais do Rio, fiz parcerias com outras entidades do livro, coloquei com a Cris Alhadeff a associação no projeto Ninho de Livros, fui à Brasília para defender os direitos autorais, produzi com a Anna Rennhack e a Thais Linhares uma mesa de debate com editores e outra com o desembargador Siro Darlan e convidados... Tem muito mais, mas creio que isso já dá uma boa ideia do que a AEILIJ representa para mim.
Faço questão de ressaltar que tive ajuda de vários colegas para realizar tudo isso, principalmente dos membros da atual diretoria que não deixam a peteca cair. 

Conexão Literatura: Alguns dos seus títulos foram selecionados para os programas PNAIC, PNBE, Minha Biblioteca de São Paulo, Minha Primeira Biblioteca do Rio de Janeiro, Mais Cultura de Fortaleza, Ler e Escrever da FDE-SP e outros. Em relação aos números, você tem uma média de quantos exemplares de seus títulos já foram vendidos?

Alexandre de Castro Gomes: De todos? Não sei. Teria de pesquisar. Mas sei de alguns números por alto. O “Condomínio dos Monstros” (RHJ) tem por volta de 210 mil cópias vendidas. Ele entrou em boas compras de governos. “O menino que coleciona guarda-chuvas” (Globo Livros) tem em torno de 40 mil, por aí. “Histórias a Quatro Patas” e “O Julgamento do Chocolate” devem ter, cada um, 8 mil exemplares vendidos. Sei que de “O tesouro do lagarto de fogo” só foram prensadas 1000 cópias. A edição fazia parte de um prêmio que ganhei e foi distribuída entre as escolas do entorno de Ponta Grossa – PR.

Conexão Literatura: Você é o criador do site www.eraumavez.com.br para autores iniciantes (hoje desativado). Como foi esse projeto e por que não teve continuidade?

Alexandre de Castro Gomes: Esse projeto surgiu quando eu comecei na literatura. Eu não tinha padrinho e tive que buscar tudo sozinho. Como registrar um texto? Quais os Concursos Literários? Como achar uma editora? Achei que as informações captadas poderiam ajudar outros que estivessem na mesma situação. Eu tinha uma produtora de sites e resolvi criar o Eraumavez. O domínio estava livre, por que não? Acabou que o retorno não foi como eu esperava. Foi mais ou menos nessa época que o Orkut surgiu e deu a todos as informações que procuravam. Suas comunidades tinham todas as respostas e fizeram com que o site se tornasse desnecessário. Mas a ideia não morreu. Talvez eu volte com o site. O futuro dirá.

Conexão Literatura: Você viaja pelo Brasil com as oficinas literárias Quero Ser Autor – Expectativas Literárias e Quero Ser Autor – Leituras Criativas. Fale mais sobre essas oficinas.

Alexandre de Castro Gomes: Cada uma é direcionada a um público diferente. O Leituras Criativas é uma oficina infantil que traz jogos e situações aonde a criança desenvolve personagens, usa a criatividade para descrever passagens de texto, cria histórias junto comigo, brinca com as palavras, ouve histórias...
Já o Expectativas Literárias visa os adolescentes e os adultos que têm a intenção de se tornarem autores. Falo um pouco sobre a história da literatura infantil, dou dicas, trabalho com apostilas que desenvolvi, tiro dúvidas, converso, apresento livros...

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para saber mais sobre você e seus livros?

Alexandre de Castro Gomes: Tenho alguns endereços na internet que podem ser consultados. Segue a lista:
Blog: http://alexandredecastrogomes.blogspot.com ou www.blogao.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/AlexandredeCastroGomes
Pinterest: https://br.pinterest.com/oalexgomes
Site em inglês: http://oalexgomes.wix.com/english
Canal do Youtube: https://www.youtube.com/user/oalexgomes1

Perguntas rápidas:

Um livro: O último
Um (a) autor (a): Hélio do Soveral
Um ator ou atriz: Selton Mello / Fernanda Montenegro
Um filme: O Império Contra-Ataca / O Balconista
Um dia especial: Nascimentos dos filhos de carne e de papel.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Alexandre de Castro Gomes: Sou um dos convidados da FLIPinha de Paraty deste ano (2016). Aguardo vocês lá com histórias e abraços!

Vida longa à Revista Conexão Literatura!

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