Participe das antologias da Revista Conexão Literatura
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quarta-feira, 5 de julho de 2023
Confira a lista dos autores selecionados da antologia PARA SEMPRE - CONTOS E POEMAS DE AMIZADE E AMOR - VOLUME IV
[RESENHA] Sobreviventes

A trama apresenta três irmãos, depois de 20 anos de uma tragédia pela qual abalou toda estrutura familiar, os protagonistas retornam para casa de campo da família, com um único objetivo: espalhar às cinzas da mãe falecida.
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Alex Schulman possui uma escrita envolvente, carregada de emoção. Os capítulos são bem construídos, alternando entre passado e presente dos três protagonistas. Ponto positivo! O leitor sente dentro de toda história, fazendo parte dela.
A narrativa ocorre pela perspectiva do irmão do meio, Benjamin, toda reflexão e pontos de vista da família são através dele, com suas qualidades e imperfeições.
Outro ponto positivo é do leitor, através dos capítulos, ir conhecendo os protagonistas com a evolução da leitura. Dinamismo é um dos fortes do autor.
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O drama familiar é desenvolvido através de camadas, o autor vai encaixando peça por peça em um ritmo suave, sem pressão com os desdobramentos, os próprios personagens vão ditando o ritmo das ações. Mais um ponto positivo!
Os personagens primários e secundários são bem construídos, cada um seguindo o seu papel de forma intensa e envolvente.
"Sobreviventes" é um drama familiar repleto de reviravoltas, segredos e ações mal resolvidas pelos irmãos no passado, um confronto para colocar toda a verdade a limpo, reparar os erros para que nada mais saia do controle.
7 frases impactantes de Ferreira Gullar
Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador.
Ferreira Gullar
Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem.
Ferreira Gullar
Você percebe quando o poema está bem escrito, mas não é poesia.
Ferreira Gullar
Porque nada do que foi feito satisfaz a vida, nada enche a vida. A vida é viver.
Ferreira Gullar
Uma parte de mim é multidão, outra parte estranheza e solidão.
Ferreira Gullar
O esplendor das manhãs, o cheiro do tijuco podre, a lama, está tudo impregnado na minha poesia.
Ferreira Gullar
Estou disperso nas coisas, nas pessoas, nas gavetas: de repente encontro ali partes de mim: risos, vértebras. Estou desfeito nas nuvens.
Ferreira Gullar
9 de Julho, a história recontada: A luta dos afro-brasileiros na Revolução Constitucionalista de 1932
A participação voluntária da Legião negra na Revolução Constitucionalista de 1932, contra o regime de Getúlio Vargas
Entre julho e outubro de 1932, milhares de paulistas lutaram contra a ditadura de Getulio Vargas, instituída dois anos antes. Entre os objetivos dos revoltosos estavam a promulgação de uma nova Constituição e a deposição de Vargas. Muito já se contou sobre esse episódio, mas em A Legião Negra – A luta dos afro-brasileiros na Revolução Constitucionalista de 1932 (Selo Negro Edições, 224 p., R$ 81,90), do jornalista Oswaldo Faustino, um ângulo quase inédito do episódio é apresentado: a brava atuação de uma legião formada, a princípio, por três batalhões voluntários compostos exclusivamente de afrodescendentes.
A ideia para o livro surgiu quando o ator Milton Gonçalves contou a Faustino que gostaria de fazer um filme sobre a Legião Negra e pediu ao escritor que pesquisasse o assunto. Recorrendo a documentos e publicações de época, obras acadêmicas e entrevistas com familiares dos combatentes, Faustino entrou em contato com a história de personagens reais que, no romance, interagem com os concebidos pelo autor. A pesquisa permitiu-lhe também reconstruir o contexto social, cultural e econômico da São Paulo da década de 1930 – ora em situações conflituosas ora em aparente harmonia se inter-relacionavam paulistas quatrocentões, negros, mestiços, imigrantes europeus e migrantes oriundos principalmente de estados do Nordeste. Cada qual com seus costumes e em espaços determinados, é verdade. Aos negros e pardos restavam apenas os cortiços, porões e subúrbios, as rodas de tiririca, o jogo ilegal e os biscates.
O livro começa apresentando ao leitor o centenário Tião Mão Grande, que nos dias de hoje relembra sua participação, como voluntário, na Revolução de 1932. Sua memória recupera episódios e personagens que mudaram sua vida e a dos paulistas para sempre: alguns reais, como Maria Soldado, empregada doméstica que decidiu engrossar as fileiras revolucionárias; o advogado Joaquim Guaraná Santana e o grande orador Vicente Ferreira; outros fictícios, mas inspirados em arquétipos históricos, como Teodomiro Patrocínio, protegido de uma rica família que de início renega a ascendência africana e a negritude, mas depois se torna um grande líder militar da Legião Negra; Luvercy, jovem negro alistado contra a vontade pelo próprio pai, também combatente de ideais patrióticos; John, um jamaicano foragido dos EUA, que também participava das lutas antirracistas e convivia com pensadores naquele país, como seu conterrâneo Marcus Garvey.
A cada capítulo, Faustino recria os valores de uma época pautada pelo patriotismo, mas também por um intenso preconceito racial. Um dos méritos do livro é mostrar que, apesar de alijados de direitos e com chances mínimas de ascensão social, milhares de negros aderiram a uma causa estranha à sua realidade – causa que, embora justa, traria ínfimas mudanças à sua situação de excluídos.
“Poucos brasileiros sabem que esses bravos batalhões existiram. Infelizmente, o protagonismo negro continua fora da história oficial”, afirma Faustino. Por conta disso, um dos objetivos do autor foi criar uma obra acessível à juventude brasileira. De acordo com o escritor e compositor Nei Lopes, que assina o prefácio da obra, “A Legião Negra rompe com paradigmas, enganos e preconceitos, ajudando a reconstruir a história dos afrodescendentes com seriedade e dignidade”.
O autor
Oswaldo Faustino é jornalista desde 1976, além de escritor e estudioso de relações etnorraciais. Foi repórter de rádio, TV, revistas e jornais, como Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo, e, também, editor de Cultura do Diário Popular. Escreveu a biografia de Nei Lopes, primeiro volume da Coleção Retratos do Brasil Negro (Selo Negro, 2009). É coautor de diversos livros infanto-juvenis e colaborador da revista Raça Brasil. Ministra palestras e minicursos para educadores sobre formas práticas para a implementação da Lei n. 10.639/03, que institui o ensino obrigatório de História e Cultura Afro-Brasileira.
João Pessoa recebe Sansão gigante para celebrar os 60 anos da personagem Mônica
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Créditos: Carol Batista - @carolinbattista |
O Sansão com mais de 11 metros de comprimento chega a João Pessoa. Com estilo praiano, o coelho azul aterrissa no letreiro oficial da cidade, entre as praias de Tambaú e Cabo Branco. Com a água de coco na mão e canudinho reciclável, o companheiro de Mônica ficará no ponto turístico entre 04 e 30 de julho.
Para Mônica Sousa, diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, a ação itinerante reforça a presença da personagem em todas as regiões do País e aproxima ainda mais dos fãs, que fizeram parte da trajetória de sucesso da Dona da Rua. "É com muita alegria que convidamos todos os pessoenses a visitarem o Sansão e comemorarem conosco o aniversário da Mônica!", comenta.
"Coelhadas Gigantes" foi criada pela Mauricio de Sousa Produções (MSP) em parceria com o Imagineland, evento de cultura pop e geek da região, a Panini, líder mundial no setor de colecionáveis e publicações, e a GOL, transportadora aérea oficial da campanha Mônica 60 anos.
O Sansão gigante está localizado na Av. Alm. Tamandaré, s/n. Todas as ações de aniversário estão disponíveis e podem ser conferidas no hotsite da campanha e nas redes sociais da Turminha.
Para celebrar um marco na história da Mauricio de Sousa Produções e da cultura pop nacional, foram preparadas diversas ações em comemoração ao aniversário de 60 anos da personagem Mônica, criada em março de 1963 e que, desde então, se tornou um ícone no País. Onipresente em todos os segmentos da empresa, Mônica estará representada em artes, moda, produtos, eventos presenciais, musical, espaços temáticos, publicações especiais e conteúdos audiovisuais. As ativações terão calendário de comemorações até 2024 e serão realizadas em todo o Brasil para que nenhum fã do bairro do Limoeiro fique de fora dessa grande festa.
Sobre a Mauricio de Sousa Produções
A Mauricio de Sousa Produções é uma das maiores empresas de entretenimento do Brasil, responsável por uma das marcas mais admiradas do país, a Turma da Mônica. A MSP investe em inovação e produz conteúdos em todas as plataformas com a mais alta tecnologia, alinhando educação, cultura e entretenimento. A empresa é signatária dos princípios de empoderamento das mulheres, plataforma da ONU Mulheres e do Pacto Global. No licenciamento, trabalha com 200 empresas que utilizam seus personagens em mais de 4 mil itens. A presença da marca na plataforma YouTube já passou de 17 bilhões de views, sendo a maior audiência para Mônica Toy, conteúdo desenvolvido exclusivamente para esta plataforma; além do engajamento e interações orgânicos com os fãs em mídias sociais. Na área editorial, possui um dos maiores estúdios do setor no mundo, com 450 títulos de livros e mais de 1,2 bilhão de revistas vendidas, ambos responsáveis pela alfabetização informal de milhões de brasileiros.
Sobre a Panini
O Grupo Panini é líder mundial no setor de colecionáveis e publicações, sendo a principal editora multinacional de quadrinhos, revistas infantis e mangás na Europa e na América Latina, e o maior fabricante de álbuns de figurinhas e cards colecionáveis do mundo. Criado há 60 anos em Modena, Itália, possui canais de distribuição em mais de 150 países e tem o compromisso de lançar produtos de alta qualidade, baseados em um grande número de licenciamentos nas áreas de esportes e entretenimento. A empresa possui subsidiárias em toda a Europa, América Latina e Estados Unidos.
Sobre a GOL
A GOL Linhas Aéreas é a maior Companhia aérea do Brasil e líder no segmento corporativo e de lazer. Em 22 anos de história, democratizou o transporte aéreo no país e se tornou a maior empresa de baixo custo do setor, com a melhor tarifa da América Latina. A Companhia mantém alianças estratégicas com American Airlines e Air France/KLM, além de disponibilizar aos Clientes diversos acordos de codeshare e interline, trazendo mais conveniência e facilidade nas conexões para qualquer lugar atendido por essas parcerias. Com o propósito de Ser a Primeira para Todos, a GOL tem investido continuamente em produtos, serviços e atendimento para oferecer a melhor experiência de viagem aos seus passageiros. É a primeira empresa aérea da América Latina a oferecer aos seus Clientes a possibilidade de compensação voluntária da emissão de carbono de seus voos, entre outras iniciativas de ESG. A GOL prioriza a comodidade e o bem-estar, liderando em conforto com a maior oferta de assentos e mais espaço entre as poltronas; conectividade e entretenimento, oferecendo a mais completa plataforma com internet, filmes e TV ao vivo grátis; o melhor programa de fidelidade do mercado – SMILES, recentemente incorporada à GOL - e um atendimento ao Cliente reconhecido e premiado por diversas organizações, como ANAC, Reclame Aqui e Fórum Brasileiro de Relacionamento com o Cliente. No segmento de transporte e logística de cargas, a GOLLOG possibilita a captação, distribuição e entrega de encomendas para diversas regiões do País e exterior. Internamente, a GOL tem uma equipe de 14 mil profissionais da aviação altamente qualificados e focados na Segurança, valor número um da Companhia. Atualmente, a frota da GOL consiste em 146 aeronaves Boeing 737.
terça-feira, 4 de julho de 2023
Projeto Biblioteca Mauricio de Sousa vai compartilhar o mundo da Turma da Mônica com as bibliotecas paulistas
Crédito das foto: Instituto Mauricio de Sousa
Parceria entre o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) e o Instituto Mauricio de Sousa, o projeto Biblioteca Mauricio de Sousa tem o intuito de incentivar a leitura para todos os públicos, com a distribuição de kits com centenas de livros para os acervos de bibliotecas públicas e comunitárias no estado de São Paulo no segundo semestre de 2023. O SisEB é coordenado pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e operado em parceria com a organização social SP Leituras.
“Neste ano em que a personagem Mônica completa 60 anos, comemoraremos doando uma “biblioteca do Mauricio” para 82 bibliotecas do SisEB que, por sua vez, celebram a ocasião com ações de dinamização de seus acervos”, explica o diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht. Um dos benefícios esperados é intensificar os diálogos de qualidade desses equipamentos culturais com seus públicos. E, além de disponibilizar os livros para as comunidades, as bibliotecas selecionadas realizarão atividades tendo como base o material doado via edital”.
A iniciativa também conta com o apoio das editoras Ação Claretiana/Ave Maria, Cem por Cento Cristão, Cortez, Culturama, Girassol Brasil, Matrix, Online, Panini e Fundação Dorina, e tem como principais objetivos: viabilizar a doação de livros, quadrinhos e revistas da Turma da Mônica e publicações similares; apoiar a atualização e a renovação dos acervos das bibliotecas; contribuir com a implementação de programas, projetos e ações que incentivem a leitura; atrair novos públicos para as bibliotecas e promover seu protagonismo.
“O Instituto Mauricio de Sousa tem em seu DNA o respeito à infância e os valores éticos que permeiam a vida e a obra de Mauricio de Sousa. A parceria com a SP Leituras é uma oportunidade de potencializar o impacto e a transformação social.” afirma o diretor executivo do Instituto Mauricio de Sousa, Amauri Sousa.
Até o momento, foram doados para o SisEB mais de 19 mil itens que serão distribuídos, nos próximos meses, na forma de kits com mais de 200 unidades de acervo sobre a Turma da Mônica para as 82 bibliotecas contempladas, de 70 cidades no estado de São Paulo. Além disso, elas também receberão um totem temático e uma testeira para estante, ambos materiais de sinalização para facilitar a localização do acervo pelos leitores. Em contrapartida, as bibliotecas selecionadas irão realizar, até o final do ano, ações culturais relacionadas à Turma da Mônica.
“O mundo de Mônica é povoado por crianças que podem ser seu irmão, irmã ou amigo, é baseado em pessoas reais, cujas características são ao mesmo tempo locais, como o caipira de chapéu de palha, Chico Bento, e universais, como Cascão, que tem pavor de tomar banho. A nossa parceria com o Instituto Mauricio de Sousa nos enche de orgulho e vamos trabalhar para que ela nos dê ainda mais frutos”, afirma Marília Marton, Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
Casa mal-assombrada aterroriza youtuber e promete muito suspense em novo livro da editora NACI
Personagens complexos e uma trama igualmente envolvente e assustadora marcam enredo de "O mistério da casa incendiada"
A todo momento surge uma nova tendência no mundo da cultura pop. A novidade da vez é o lançamento de filmes, programas de televisão e até podcasts, com foco em crimes e histórias que escondem algum mistério. Seguindo esse movimento, a Editora NACI anuncia o seu mais novo livro, O mistério da casa incendiada. Obra de Rafael Weschenfelder, a história é um suspense com elementos surpreendentes e marcantes.
Tudo começa com o youtuber Gael que, através de seu canal intitulado Assombrasil, visita várias casas mal-assombradas com o intuito de fazer lives e flagrar algum elemento sobrenatural durante as gravações. No entanto, com o tempo, o sucesso do projeto diminui e as visualizações caem bastante, gerando o risco de Gael perder os patrocinadores. É aí que Sabrina, a sócia e camerawoman do rapaz, consegue uma oportunidade que pode salvar o criador de vídeos: a estadia em uma casa onde uma família importante foi encontrada carbonizada.
O que seria uma gravação comum ganha ares sombrios quando coisas inesperadas e assustadoras começam a acontecer. Em meio a bichinhos de pelúcia pegando fogo, tudo fica ainda mais sombrio quando Gael encontra um colar idêntico ao que sua irmã usava antes de morrer no quarto da filha do patriarca da família. O youtuber sai então em busca de juntar as peças desse quebra-cabeça e tentar desvendar o mistério que envolve a casa.
“Obras de suspense nos mais variados estilos sempre me chamaram muita atenção e poder criar meus próprios universos sombrios, fantasiosos e assustadores através dos meus livros é um verdadeiro sonho. Com O mistério da casa incendiada não foi diferente e pude explorar mais do gênero em um enredo super atual”, conta Rafael Weschenfelder.
A obra, que possui 336 páginas, estará disponível a partir de 7 de julho e se encontra em processo de pré-venda. Você pode realizar a compra antecipada com desconto e ainda baixar uma prévia do livro no site da editora NACI acessando aqui.
Versão impressa: R$69,90
Versão digital: R$44,90
Desconto de 20% na pré-venda
sábado, 1 de julho de 2023
SESI São José do Rio Preto apresenta temporada da exposição J. BORGES - O Mestre da Xilogravura
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Expo J. Borges - Xilogravura Viagem a Trabalho e Negócios |
Mostra reúne suas xilogravuras mais importantes e oito inéditas com matrizes, além
de abrigar literatura de cordel, uma cinebiografia e obras de seus filhos aprendizes.
O SESI São José do Rio Preto apresenta a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura, no período de 30 de junho a 9 de setembro, com acesso gratuito. O imaginário popular do Nordeste está presente em símbolos e figuras talhadas pelo artista, atualmente, com 87 anos.
Com curadoria de Ângelo Filizola, a exposição traz uma coletânea de 44 xilogravuras, sendo oito delas inéditas (com suas respectivas matrizes), junto às 28 obras mais importantes da carreira de J. Borges. Os temas retratados simbolizam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o “melhor gravador popular do Brasil”
Os visitantes vão apreciar obras de diversas fases de sua história, identificadas pelos temas: Viagem a Trabalho e Negócios, Serviços do Campo, Plantio de Algodão, Forró Nordestino, Plantio de Cana, Feira de Caruaru, Carnaval em Pernambuco e Festa dos Apaixonados. A poesia popular também tem lugar na exposição: um espaço dedicado especialmente à literatura de cordel. Cordelista há mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano do agreste, de acontecimentos políticos, de fatos lendários, de folclóricos e pitorescos da vida.
"Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. E eu ainda quero viver bastante, e o que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. Minha obra é aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto", comenta J. Borges, que é patrimônio Vivo de Pernambuco, título concedido pelo Estado. Borges já expôs na França, Alemanha, Suíça, Itália, EUA, Venezuela e Cuba, deu aulas na França e nos EUA, ilustrou livros em vários países e foi destaque no The New York Times.
A exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura traz ainda duas obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra de Borges, assinada pelo jornalista Eduardo Homem.
J. Borges desenha direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título é o mote para criar o desenho, onde as narrativas próprias do cordel têm espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz é talhado ao redor da figura que recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.
A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Os temas mais recorrentes em seu repertório são o cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos, a religiosidade, a picardia, enfim todo o rico universo cultural do povo nordestino.
A Gerente de Cultura do Sesi-SP, Debora Viana, reforça a importância desta exposição integrar o circuito das mostras itinerantes nos Espaços Galerias. “Com a iniciativa, que começa em Campinas, reforçamos o compromisso que a instituição possui de fomentar o cenário cultural e artístico por meio do acesso do público a obras, ao processo criativo de artistas nacionais e internacionais, à reflexão e à experimentação. Para o Sesi-SP, é de extrema importância a formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita. É por isso que desenvolvemos e realizamos projetos das mais diversas áreas e convidamos o público a entrar de cabeça no universo do conhecimento e da arte”, declarou.
Oficina de Xilogravura – Nos dias 23 e 24 de junho, o xilogravurista Pablo Borges ministra oficinas gratuitas no SESI Campinas, destinadas a pessoas maiores de 16 anos. As informações sobre horários a forma de inscrição serão divulgadas oportunamente.
Com produção e idealização da Cactus Promoções e Produções, a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura seguirá para as unidades do SESI em São José do Rio Preto e Itapetininga, ainda em 2023.
Serviço:
Exposição: J. Borges - O Mestre da Xilogravura
Temporada: 30 junho a 9 de setembro de 2023
Horário: terça a sábado - das 9h às 20h, exceto feriados.
Visitação gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: obras com audiodescrição.
Agendamento escolar e de grupos: carla.carvalho@sesisp.org.br - terça a sexta (9h às 11h e 15h às 17h).
SESI São José do Rio Preto
Centro de Atividades Jorge Duprat Figueiredo
Av. Duque de Caxias, 4656 - Vila Elvira. São José do Rio Preto/SP.
Tel: (17) 3224-6611 | riopreto.sesisp.org.br | @sesiriopreto
J. Borges (biografia)
J. Borges (José Francisco Borges, 1935, em Bezerros/PE) é um dos mestres do cordel, um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido no mundo. Criou figuras a partir das histórias e lendas populares, que impregnam o espírito do mestiço nordestino. Começou aos 20 anos na escrita do cordel com O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina. Mestre Dila, de Caruaru, ilustrou. Vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses e decidiu produzir as próprias gravuras para o segundo cordel: O Verdadeiro Aviso de Frei Damião. Na capa, uma igrejinha (talhou em um pedaço de madeira a primeira gravura). Amigos passaram a encomendar ilustrações e matrizes. Autodidata, Borges ilustrou mais de 200 cordéis ao longo da vida. Vendia as gravuras na feira de Caruaru, quando um grupo de turistas comentou que ‘adorava xilogravuras’, foi investigar o termo e descobriu-se um xilogravurista. Foi descoberto por colecionadores e marchands, que proporcionaram seu encontro com Ariano Suassuna que afirmava ser Borges o melhor do mundo. Ganhou notoriedade e foi levado aos meios acadêmicos. O artista aumentou o tamanho das gravuras, e o que inicialmente produzia apenas em preto, passou a colorir com uma técnica que ele próprio inventou. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976).
Participou de exposições na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Desembarcou em mais de 10 países, deu aulas na França e nos EUA. Ilustrou livros no Brasil, na França, em Portugal, na Suíça e nos Estados Unidos. Tem várias obras publicadas, muitos prêmios e distinções: Fundação Pró-Memória (Brasília, 1984), Fundação Joaquim Nabuco (Recife, 1990), V Bienal Internacional Salvador Valero (Trujilo/Venezuela, 1995), Ordem do Mérito Cultural (Ministério da Cultura, 1999) e Prêmio Unesco - Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos 13 artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas, com a xilogravura A Vida na Floresta. Em 1992, expôs na Galeria Stähli, em Zurique, Suíça, e no Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times e recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, que garante apoio vitalício para salvaguardar e transmitir sua arte. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976).
sexta-feira, 30 de junho de 2023
Já está disponível a nova edição da Revista Conexão Literatura - Julho/nº 97
quinta-feira, 29 de junho de 2023
Participe da Antologia Nacional (e-book) CONTOS E POEMAS SOBRE O FUTURO - Leia o edital
1 - Escreva um conto ou poema sobre o futuro (livre). Aceitaremos até 4 contos ou poemas por autor. Caso sejam aprovados, os 4 textos serão publicados.
2 - SOBRE O CONTO OU POEMA: até 4 páginas cada conto ou poema, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título. Espaçamento 1,5.
3 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).
4 - O conto ou poema não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.
5 - Idade mínima do autor para participação na antologia: 18 anos completos.
6 - Envie o seu conto ou poema pré-revisado. Leia e releia antes de enviá-lo.
8 - Data para envio do conto ou poema: do dia 29/06/23 até 02/08/23.
9 - Veja ficha de inscrição no final desse texto. Leia, copie as informações e preencha. Envie as informações da ficha + o poema para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: CONTOS E POEMAS SOBRE O FUTURO
A antologia será digital (e-book) e gratuita para os leitores baixarem através de download, ela não será vendida. A antologia será amplamente divulgada nas redes sociais da Revista Conexão Literatura: Fanpage, Instagram e Grupos do Facebook, que somam mais de 600 mil seguidores.
OBS: Enviaremos certificado digital de participação para os autores que foram selecionados e que confirmaram o nosso e-mail.
NOSSOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:
A) - Criatividade;
B) - Textos preconceituosos, homofóbicos, pornográficos, racistas ou que usem palavras de baixo calão, serão desconsiderados;
C) - Seguir todas as regras para participação.
OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: CLIQUE AQUI.
FICHA DE INSCRIÇÃO DO AUTOR(A)
Nome completo do autor(a). Não escreva tudo em letra maiúscula:
Seu Pseudônimo (caso use), para publicação na antologia:
Idade:
Título do poema (Não escreva em letra maiúscula):
E-mail 1:
E-mail 2 (caso tenha):
Biografia em terceira pessoa (escreva sobre você num máximo de 7 linhas. Não escreva todo o texto em letra maiúscula):
IMPORTANTE: Envie todas essas informações da ficha de inscrição para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: CONTOS E POEMAS SOBRE O FUTURO
quarta-feira, 28 de junho de 2023
Confira a lista dos autores selecionados da antologia POEMAS URBANOS - POEMAS SOBRE A CIDADE - VOLUME IV
ENTREVISTA COM ESCRITOR: Tatiane Durães e o livro Apague as luzes ao anoitecer, por Cida Simka e Sérgio Simka
Tatiane Durães - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.
Tatiane Durães nasceu em Monte Mor (interior de SP), onde mora até hoje. Formada em Administração de Empresas na Unip - Universidade Paulista, divide seu tempo entre trabalhar como assistente administrativo, escrever, ler e produzir conteúdo para seu canal literário no Youtube. Sua paixão pela literatura iniciou-se aos quinze anos, quando leu O Alquimista, de Paulo Coelho, não parou mais de ler. Em 2013 começou a escrever sua primeira história depois de ficar imaginando vários finais diferentes para livros e filmes que lia e assistia. Um ano depois, seu primeiro livro foi publicado com o título de As Faces da Luz. Desde então, publicou outros três livros e três contos, que estão disponíveis para ler no formato digital na Amazon.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?
Apague as Luzes ao Anoitecer surgiu a partir de um pesadelo. Sonhei que estava em meio a um pântano e que fugia de algo/alguém. Havia algo proibido no que eu estava fazendo e eu sentia medo. Essa é a terceira história que escrevo a partir de um sonho que tenho e eu adoro isso. Parece mais íntimo.
Nessa história, temos um misto de romance, ação, suspense e terror. O início do livro é mais tranquilo, segue apresentando os personagens aos poucos e vai mostrando como é a relação entre eles. Existe um mistério no ar, um guia turístico que desapareceu e seu barco foi encontrado sem sinais de luta ou qualquer outra coisa que dê pistas à polícia local. Nossa protagonista está preocupada, mas nem tanto a ponto de deixar seus problemas pessoais de lado. Porém algo acontece e faz com que ela e seu grupo fiquem presos no pântano após o anoitecer e é aí que os problemas de verdade começam.
Quando eu começo uma história que me parece promissora, normalmente fico empolgada e me sinto atormentada pelas ideias. Já comecei outros livros que não saíram das dez primeiras páginas, mas algumas histórias são muito boas e eu fico ansiosa para escrevê-las, como é o caso desse livro novo.
Como analisa o gênero de terror/horror publicado por autores brasileiros?
Confesso que não tenho tanta intimidade com o gênero. Sou mais fã da fantasia, então, não sei muito bem analisar como está a abertura do mercado para esse gênero. Sei que estamos vivendo um momento muito bom para os autores brasileiros que publicam histórias mais voltadas para o público jovem, livros que falam sobre aceitação, amor-próprio e que, principalmente, são recheados de representatividade. Tenho acompanhado um movimento muito bom para com esses autores.
Como analisa a questão da leitura no país?
Se comparado a minha época, eu acredito que estamos bem melhor. Pouco antes da pandemia, eu fui a uma escola na cidade onde moro e quando perguntei quantas pessoas ali tinham o hábito da leitura, esperando que apenas dois ou três levantassem as mãos, fui surpreendida com mais da metade dos alunos com os braços levantados e falando sobre livros, perguntando de autores, querendo saber sobre como era escrever. Li uma matéria que dizia que as adaptações ajudaram muito a formar novos leitores e acredito ser verdade.
O que tem lido ultimamente?
Tenho lido Brandon Sanderson, com a trilogia dos Executores, O Caminho dos Reis e Tress. Vitor Martins, com Quinze Dias, um romance contemporâneo jovem tocante. Ordem Vermelha, do Felipe Castilho (inclusive tenho que terminar) e como estamos no mês do Orgulho LGBT, comecei a ler Vermelho Branco Sangue Azul, da Cassey McQuiston, que já está sendo gravado e vai virar filme.
Link para o livro:
https://contextual-editora.lojaintegrada.com.br/apague-as-luzes-ao-anoitecer
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023) e Horrores da escuridão (Opera editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023) e Horrores da escuridão (Opera editorial, 2023).