Participe das antologias da Revista Conexão Literatura

  LEIA OS EDITAIS:   https://revistaconexaoliteratura.com.br/editais-para-antologias/

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Entrevista com Flávio Gomes da Silva Lisboa, autor do livro "O um - A solidão e a harmonia”


ENTREVISTA:
 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: Eu sou autor de livros técnicos na área de programação de computadores desde 2008. Mas antes disso, eu já tinha o sonho de escrever ficção. Quando eu estava no ensino fundamental escrevi um livro, não publicado, chamado Eureka! Eram duas histórias paralelas, uma no passado e outra no presente, esta última muito inspirada nos livros de Júlio Verne, os quais eu lia na época. Com a necessidade de focar na formação profissional, o sonho da literatura ficou engavetado por algum tempo. Até que eu comecei um curso de licenciatura, e tive a ideia de escrever um romance que abordasse ciência. Acabei trancando o curso e o projeto ficou novamente engavetado. Em 2005, comecei, por mera curiosidade, a fazer uma pesquisa sobre um personagem esquecido da Marvel. A pesquisa acabou virando uma série de livros com seis volumes, lançada em 2011. Essa experiência me empolgou a retomar o projeto de literatura. 

Conexão Literatura: Você é autor do livro "O um - A solidão e a harmonia”. Poderia comentar? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: O UM é uma distopia. Fala de um mundo, Hidros, muito parecido com a Terra. Mas esse mundo foi devastado por uma invasão alienígena, que simplesmente desligou tudo o que funcionava com eletricidade. Os humanos conseguem expulsar os invasores e tentam reconstruir sua civilização, sem eletricidade. No meio desse processo de reconstrução aparece uma espécie de beato em um dos reinos mais devastados do planeta: Atsu Col. Ele promete resolver todos os problemas se as pessoas se juntarem a ele. Para ele, a causa raiz dos problemas da humanidade é que cada um tem um pensamento próprio. Ele quer eliminar isso e pensar por todo mundo. Na cabeça dele, isso vai trazer a paz definitiva. Mas não é uma proposta. Ele quer fazer isso à força. Atsu Col serve para discutir no livro a questão do equilíbrio entre a igualdade e a liberdade. O UM quer um mundo que todos sejam iguais… a ele. O livro, na verdade, é uma jornada sobre os que querem impedir o plano do UM. A questão que fica é: Vale a pensa sacrificar a liberdade pela igualdade? 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: Foi em 2011 que a ideia de O UM germinou. Finalmente eu tinha um argumento maduro, embasado em anos de estudo e em experiências pessoais. Mas só consegui me dedicar ao projeto realmente a partir de 2016. Então foram quase três anos para concluir O UM. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?  

Flávio Gomes da Silva Lisboa: O poema que dá início ao livro: 

“O fogo é um paradoxo.

Ao ser contemplado a distância é deslumbrante.

Ao ser tocado é mortal.

Aceso tem cores vivas.

Quando se extingue, entretanto, deixa apenas tons de

cinza”. 

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura no país? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: Creio que há três problemas com relação a leitura. O primeiro é a formação. As pessoas podem ler porque a escola obriga, mas poderiam ler incentivadas pela família. Nem sempre a família incentiva a leitura. O segundo é a disponibilidade de livros. Nem sempre há bibliotecas para se consultar e nem sempre se pode comprar livros. O terceiro problema é a tecnologia da informação. Ela tem o potencial de incentivar a leitura, porque contorna o segundo problema, oferecendo acesso a textos que não seria possível ler fisicamente. Entretanto, ela acabou se tornando uma fonte de distração, em que as pessoas simplesmente não leem, apenas pescam trechos, porque estão sendo acostumadas a ter de passar rapidamente por uma enxurrada de conteúdo. E o vídeo acaba sendo muito mais atrativo que o texto nas redes sociais, que prenderam a atenção das pessoas. 

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: Meu livro está à venda, nos formatos impresso e digital, no Clube de Autores: https://clubedeautores.com.br/livro/o-um. O meu site pessoal é https://fgsl.eti.br. Nesse site eu tenho os links para minhas redes sociais. 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: Sim. Na verdade, a sequência de O UM já está pronta. Chama-se PANDINO, O IMPERADOR, A VINGANÇA DO UM. E agora estou escrevendo mais um livro, que envolve um dos personagens dos dois primeiros. 

Perguntas rápidas: 

Um livro: O Feijão e o Sonho           

Um (a) autor (a): H. P. Lovecraft

Um ator ou atriz: Fernanda Torres

Um filme: Batman, de 1989

Um dia especial: todos os dias com momentos felizes 

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Flávio Gomes da Silva Lisboa: Espero que os leitores se divirtam com as aventuras de Jord, Maicou e Safira, em sua jornada para tentar salvar seus reinos do domínio do UM.

Compartilhe:

Literatura e tecnologia: 5 motivos para usar um app de leitura e escrita


* Por William Costa Rocha, criador do App Universo

Em uma sociedade 5.0 que está migrando para relações sociais e de trabalho dentro do metaverso, cada vez mais é possível realizar atividades digitalmente. A leitura não está fora dessa tendência. Hoje, existem diversos aplicativos para acessar livros de forma democrática e eficiente, além de outras plataformas ainda mais avançadas que permitem a escrita e a interação, como numa rede social.

Os livros digitais podem ser alternativas interessantes para o estilo de vida atual. Grandes empresas já estão investindo nesse ramo e movimentando uma nova cadeia de mercado. Mas você sabe as vantagens de migrar para essas plataformas? Veja aqui cinco motivos para usar um app de leitura e escrita.

1. Praticidade

Aplicativos nesse formato são buscados pela facilidade e simplicidade que podem trazer para o dia a dia. Hoje, é possível acessar e ler diversos títulos com um toque, sem precisar carregar o livro físico por aí ou se planejar antes de sair de casa. Afinal, estão na palma da mão.

2. Menor custo

Se você deseja economizar, essa também é uma boa pedida. Existem aplicativos que demandam baixo valor mensal de assinatura e até alguns gratuitos. Uma dica e tanto para quem está com o orçamento apertado, para quem não deseja investir em um livro específico ou para as pessoas que leem muito.

3. Sustentabilidade

A digitalização de processos impacta diretamente o meio ambiente, já que diminui a produção de papel e outros insumos que podem prejudicar a natureza em larga escala. Além de criar uma rotina de leitura mais moderna e prática, os aplicativos ajudam a cuidar do planeta.

4. Interação

Atualmente, as pessoas não querem apenas ler um livro, elas também desejam discutir as impressões sobre as obras, pesquisar, trocar ideias. Alguns aplicativos conectam diversos atores do mercado literário, permitindo a troca de experiências e até mesmo insights dos escritores.

5. Novas possibilidades

Com o avanço da tecnologia, alguns sistemas permitem também a criação de conteúdo on-line. Um exemplo é o aplicativo Universo – uma nova social reading que permite a publicação de textos e o seu compartilhamento durante todo o processo de criação por qualquer usuário. O objetivo do projeto é oferecer uma solução tecnológica exclusiva para atender à criação de conteúdos literários nos mais diferentes estilos e formatos, estimulando a criatividade e as novas possibilidades do universo literário.

Englobando os mais diversos gêneros literários, o app foi criado para preencher a lacuna entre redes sociais convencionais e os tradicionais grupos de leitura, suprindo uma demanda crescente por inovação nesse segmento.

 

*Por William Costa, fundador da App Universo. Criador da App Universo a nova rede social para amantes de literatura. 

Sobre o App Universo

Criado por William Costa, o App “Universo: Literature Generator” é a nova rede social para amantes de livros. O aplicativo foi desenvolvido para conectar toda a cadeia do mercado literário e está disponível para Android e iOS. A nova social reading traz títulos com insights dos escritores, bem como permite a publicação de textos e seu compartilhamento durante todo o processo de criação por qualquer usuário. Para mais informações, acesse https://www.vemseuniraouniverso.com/ ou @vemseuniraouniverso 

Compartilhe:

Confira a lista dos autores selecionados da antologia POEMAS AO PÔR DO SOL - VOL. III


Confira  a lista dos autores selecionados da antologia POEMAS AO PÔR DO SOL - VOL. III

01 - Mirian Menezes de Oliveira - Samba do Poente
02 - Sellma Luanny - "Sol, Mar E Cicatrizes"; "O Fugir Das Horas" e "Ainda O Sol"
03 - Etelvino Pilonetto - Uma Roza na minha vida
04 - Sheila Megi - Maria 
05 - Laine Bottaro - Mesmo no pior dia, Escolha viver
06 - André Luiz Martins de Almeida - Ensinamentos
07 - Mario Luiz Amorim da Silva - "A Janela da Alma e o Amor"; "Saudade" e "Feliz Dia do Chimarrão"
08 - Meire Marion - O Sol Se Põe
09 - Rapunzel - Do desejo ao "Tempo de amar", aos poemas ao Pôr do Sol!
10 - A. Rodrigo Magalhães - "Às Janelas da Alma"; "De Face ao Sublime" e "Murmúrios"

PARABÉNS aos autores selecionados.

COMPARTILHE ;)


OBS.: para conhecer e participar de outras de nossas antologias: clique aqui.

Siga a Revista Conexão Literatura nas redes sociais e fique por dentro do que acontece no mundo dos livros:
Compartilhe:

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Leituras e leitores de García Márquez


Ana Lúcia Trevisan - 
Professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie 

A narrativa ficcional de García Márquez nos provoca a desvendar muitos universos cognitivos e textuais, pois nela a História e a Maravilha se naturalizam, se absorvem, revelando como o tempo dos mitos pode se redimensionar na ordem do cotidiano e do historicismo. A prosa de García Márquez, que incorpora tanto a tradição ficcional europeia como as tradições da oralidade e das lendas do interior da Colômbia, desdobra um cosmos narrativo em que temas do realismo maravilhoso se conjugam a história latino-americana.
 

Em seu primeiro romance, La hojarasca, de 1955, a famosa cidade imaginária de Macondo surge pela primeira vez e anuncia as outras macondos que surgirão na obra de García Márquez. Desdobradas e metafóricas, elas ressurgem como espaços capazes de evocar a História e de articular a façanha da multiplicação de significantes e significados latino-americanos. Partindo dessa primeira Macondo, inevitavelmente chegamos ao romance Cem anos de solidão (1967) e, nesse romance, a força narrativa de García Márquez se revela em um binômio indissociável, próprio da verdadeira literatura quando esta agrega uma boa história a uma forma diferenciada de narrar.
 

Cem anos de solidão alcança esse binômio com a perfeição expressa no tempo predestinado à saga familiar dos Buendia. As peripécias dessa família se desenrolam diante dos leitores ao mesmo tempo em que são apresentados certos pergaminhos indecifráveis, trazidos pelo cigano Melquiades. Esses manuscritos passam de mãos em mãos ao longo do romance, são textos em busca de quem queira e possa decifrá-los. Entretanto, somente nas últimas páginas do romance o sentido desses escritos será revelado. No tempo da leitura dos pergaminhos, realizada pelo último representante da família Buendia, descobrimo-nos submersos em uma aura de fatalidade, pois entendemos que uma verdade final se anuncia e se impõe.
 

Será permitido habitar Macondo pelo tempo determinado na velocidade da nossa própria leitura e, assim, conviver com Aurelianos e Josés Arcadios, sofrer com os amores e os ciúmes de Rebeca ou Amaranta, deleitar-nos com a praticidade estarrecedora da matriarca Úrsula Buendia e da objetividade visionária do alquimista e patriarca José Arcádio Buendia.
 

Encantamento e espanto diante das coisas mais cotidianas e naturalidade diante das maravilhas: por estas veredas se constrói o mosaico narrativo de García Márquez. Personagens surgem e reaparecem em contos e romances; a jovem Erêndira, que protagoniza o relato que dá título à coleção de contos A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada (1972), já havia encantado a personagem Aureliano Buendia em um capítulo de Cem anos de solidão. No romance O outono do patriarca (1975) ou mesmo O general em seu labirinto (1989) constroem-se criticamente diferentes circunstâncias históricas da América Latina e, na medida em que imaginam o passado, criam outra forma de elaboração da narrativa histórica, instigando uma releitura reflexiva dos discursos históricos já concebidos e consagrados.
 

O amor em García Márquez não resgata apenas as personagens perdidas no deserto ou em tempos de enfermidades. No romance O amor nos tempos do cólera (1985), Fermina Daza e Florentino Ariza se apaixonam, mas são impedidos de viver esse amor juvenil, naturalizando o sobrenatural ou sobrenaturalizando as leis naturais, García Márquez fará Florentino Ariza esperar Fermina Daza por cinquenta anos para que os dois possam, enfim, subir e descer o rio Magdalena, aprisionados voluntariamente pelo amor e por um barco condenado ao isolamento dos tempos do cólera. Vinte anos depois no romance Memória de minhas putas tristes (2005) outro enamorado, agora um ancião de noventa anos, vive um amor que permite negar a chegada iminente da morte.
 

Pensar a obra de um escritor como Gabriel García Márquez pode nos colocar diante de uma reflexão a respeito dos próprios sentidos da literatura, em sua dimensão inquietante, que propõe diálogos com nossas distintas memórias pessoais e literárias. Em sua obra, o poder da palavra, seja ela escrita ou simplesmente dita, alcança uma dimensão singular. Ora as cidades tornam-se palavras e podem ser lidas até que se consumam, ora a narrativa histórica é palavra e pode reinventar criticamente o passado. E, tantas vezes, o amor faz-se verbo, começando e terminando no desejo de possuir as palavras, do outro, de nós mesmos.

 

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie 

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está na 71a posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa Times Higher Education 2021, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Comemorando 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

Compartilhe:

terça-feira, 9 de maio de 2023

Prof. Dra. Aline Sommerhalder, uma educação para a paz e o livro Jogo e a educação da infância: muito prazer em aprender, por Cida Simka e Sérgio Simka


Fale-nos sobre você.

Docente Associada 3 e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE - UFSCar - Linha de Pesquisa: Educação Escolar: teorias e práticas (http://www.ppge.ufscar.br/).

Diretora do Cfei  - Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância

(https://www.cfei.ufscar.br/https://www.facebook.com/ufscar.cfei). 

Pesquisadora com Acordos Bilaterais de Cooperação Internacional: UniMore (Reggio Emilia - Itália); UniRomaTre (Roma - Itália); ULisboa (Lisboa-Portugal); UniRoma 4 (Roma - Itália); Edugest - Formação Educacional (Madrid e Barcelona - Espanha) e  Serveis per a la Infancia Créixer Junts (Espanha), UniCatt (Milão-Itália).

Docente Associada 3 do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas - CECH (www.dtpp.ufscar.br).

Pós-doutora pela Università Degli Studi Roma Tre (UniRoma Tre) - Dipartimento di Scienze della Formazione (Itália). 

(https://www.uniroma3.it/ateneo/dipartimenti-e-scuole/https://www.uniroma3.it/)

Doutora em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Araraquara/São Paulo- Brasil). 

Pedagoga e Mestre pela Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Rio Claro/São Paulo - Brasil).

Docente do quadro efetivo da Universidade Federal de São Carlos - Campus de São Carlos/São Paulo/Brasil.  

Prof. Dra. Aline Sommerhalder - Foto divulgação

ENTREVISTA: 

Como analisa a questão da violência nas escolas? Falta uma cultura de paz por parte das pessoas (alunos, comunidade escolar etc.)? 

A escola é uma instituição social, em que se vive a vida não apartada da sociedade. Pode ser entendida como minissociedade para as crianças ou estudantes que nela cotidianamente aprendem não somente sobre conhecimentos científicos, mas ainda sobre modos de viver a vida nas nossas culturas. Um lugar de aprendizagem de valores, de concepções, de ideias, de viver no coletivo, de aprender a  viver (e conviver) com a diversidade, de fazer amizades etc. Pode ser entendida como um lugar em que se manifestam as culturas, se interiorizam culturas e se ressignificam essas culturas. Ou seja, mais do que os conteúdos das disciplinas escolares, a escola é um lugar de aprender sobre tudo que existe na sociedade. Ela traz para seu cotidiano a manifestação também dos valores sociais. Mas, em pedagogias críticas ou ativas,  este aprender sobre tudo que há na sociedade e na cultura ou os conhecimentos historicamente existentes deve acontecer de forma crítica, problematizadora, reflexiva e libertadora. Não se trata de absorver naturalizando os fatos sociais, os modos de viver, mas de aprender a partir da problematização, da criticidade, da autonomia do pensar, de uma liberdade humanizadora. 

Nessa lógica, uma educação para a paz é parte do sentido escolar das ações cotidianas educativas em pedagogias críticas. A cultura da paz contraria um aprender sem reflexão, sem criticidade, um aprender submisso, não democrático, não pensante autonomamente, em que o/a cidadão estudante (criança, por exemplo) recebe o conhecimento científico, as culturas presentes em nossa sociedade (e nestas também os elementos das discriminações, das violências, das desigualdades, das injustiças) sem questionar ou problematizar tais valores e costumes. Uma cultura de paz nas escolas é, sem dúvida, parte do sentido das pedagogias revolucionárias ou das pedagogias críticas ou ativas. É uma forma de fazer a educação escolar com fundamentação teórica em epistemologias críticas. Em pedagogias tradicionais, o aprender é transmitido pelo/a professor/a e memorizado pelo/a estudante, mas sem questionamento, justamente para manutenção do 'status quo'. Dito de outro modo:  um ensinar e aprender para manutenção do vigente 'maléfico' da sociedade ou esfera empobrecida dos valores sociais e culturais (o que inclui as violências, as desigualdades, as injustiças, as intolerâncias etc.). Para transformação social, é preciso uma educação escolar de paz (e não disputa, guerra, competição, inimizades e ódio): para aprender a conviver com o plural, com a diversidade e atuar como cidadão para uma sociedade mais igualitária, mais justa, mais humana nas relações.  

A violência pode ser reflexo de uma sociedade capitalista, que privilegia a competição, o individualismo? 

Considerando a escola como uma microssociedade, a violência que ocorre dentro dela é a manifestação de uma cultura violenta dentro de um conjunto de valores sociais que enaltece, por exemplo, o prazer da realização do desejo pessoal sem a consideração do Outro como humano. O Outro é visto como objeto que posso violentar ou até levá-lo à morte. Não há valores humanos de reconhecimento do Outro como  'fonte' humana de convivência. O que se apresenta na somatória dessa violência é uma ausência de pensamento sobre como conviver com as diferenças, com outros modos de pensar, com a ausência de respeito pela humanidade. A violência é um ato humano aprendido na sociedade e nas culturas. Não nascemos violentos. Por isso, aprender questionando ou em uma educação problematizadora e crítica é fundamental para nossos estudantes, para nossas crianças  e jovens. Justamente, para que não incorporem valores desumanos. A competição, o individualismo fazem parte do catálogo de uma sociedade que não privilegia os processos, as relações humanas e sim a  produtividade, muitas vezes, aos custos da exploração, das injustiças, do menosprezo pelo Outro humano em suas capacidades físicas e mentais. 

Fale-nos sobre seus livros. 

São várias produções científicas derivadas de pesquisas ao longo de  20 anos de magistério superior. O Cfei, que é o Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância, responde pela gestão deste fluxo de investigação, acolhendo e realizando estudos acadêmicos em vários níveis científicos (de uma iniciação científica ao pós-doutorado ou pesquisas internacionais/transnacionais com a Europa). No quesito livros, faço destaque à seguinte obra: Jogo e a Educação da Infância: muito prazer em aprender. Essa obra foi premiada pelo Ministério da Educação e compõe o PNBE do professor, na categoria Educação Infantil - Interações e Brincadeiras (2013)/FNDE, tendo sido editada não somente em forma impressa, mas ainda em DVD e compõe a Biblioteca Nacional do Professor. Uma obra que foi distribuída às escolas públicas brasileiras. Os demais materiais intelectuais / científicos podem ser acessados por meio do endereço: https://lattes.cnpq.br/4775432120371947. 

Como os jogos podem ajudar na implementação de uma cultura de paz nas escolas? 

 Os jogos são  a forma de aprender das crianças. Elas pensam (e aprendem) jogando, seja mais livremente (no que chamamos de brincar livre) ou de forma dirigida (jogo dirigido). De todo modo, de uma forma ou de outra (ambas importantes na infância e na vida humana), o ponto central está na problematização que o jogo permite. Jogar é analisar, simbolizar ou representar a sociedade e seus valores e, assim, compreender o que acontece na vida real. A criança leva para o jogo o que existe na vida real, mas simboliza. O que simboliza? O ponto nodal educativo está nessa dimensão simbolizadora do jogo. O que simboliza é como vê, como analisa, como pensa essa realidade ou vida real que traz para o jogo. Ela pode jogar interiorizando sem criticidade as injustiças, as desigualdades, o horror da humanidade: o ódio ou as discriminações, por exemplo. Deve-se educar pelo jogo, educar para a paz, para a liberdade de um pensar justo e humano, para a problematização e para uma sociedade democrática e justa. Somente provocando o problematizar com as crianças durante seu jogo ou após este é que atuamos como educadores/as sobre esses aspectos culturais e sociais.

 

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021) e Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura. 

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro se denomina Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). 

Compartilhe:

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O Sesc Santa Catarina abriu as inscrições para a 3ª edição do Prêmio Literário Sesc Criança

 


O prêmio tem como objetivo incentivar e valorizar a produção artística literária catarinense voltada para a infância e ampliar o acesso da população ao livro e leitura.

Para participar, escritores catarinenses de qualquer idade, nascidos ou brasileiros e estrangeiros residentes há pelo menos 2 anos em Santa Catarina, podem enviar uma obra inédita, seguindo as orientações do regulamento e o formulário de inscrição deve ser preenchido até o dia 12 de junho de 2023. 

A inscrição é gratuita e o vencedor terá seu livro publicado e a distribuição de 3 mil exemplares, bem como o pagamento de direitos autorais no valor de R$ 5.000 mil.

Em anexo card e cartaz para compartilhar na sua escola ou instituição cultural.

Mais informações em: 
Compartilhe:

Entrevista com Admir Zanella, autor do livro "Consciência e Julgamento”


Gaúcho segredense (Segredo, Vacaria, RS) em sua infância rural, mudou-se para Flores da Cunha na juventude. Sem concluir cursos superiores iniciados, formou-se técnico contábil e atuou em pequenos jornais como redator, colunista e Diretor de Redação. Foi ainda locutor e apresentador de programas de rádio por décadas, Diretor de Câmara e Secretário de Planejamento. Músico e compositor, toca violão e saxofone. Publicou ‘Presságio’, romance/1994; ‘Se o Ratinho Gero Falasse’, infanto-juvenil/1996 (maior tiragem, 10 mil); ‘A Palavra é Pá Que Lavra’, poemas/1998; ‘O Gato Que Não Morria’, infantil/2012 e em 2022, Consciência e Julgamento, romance; Cantiga aos Cisnes, poemas e Os Pais Contam, os Filhos Cantam, 12 contos infantis.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Admir Zanella: Sempre desejei escrever. Desenvolver esta aptidão trazia-me motivação de vida. Ninguém precisou me estimular, nem oferecer guarida. Apalavrar ideias saciava-me necessidades. Em tenra idade, propícia a dilemas, iniciei com poemas: íntimos, guardados, rasgados. Dos que sobreviveram, participei da coletânea ‘Quando as Folhas Caem’ (APAL UNARGS/1985) e de publicações em pequenos jornais. No mais, persegui o sonho, torturador medonho: ser escritor de romance. Celebrei este inusitado lance com “Presságio”, edição própria. O sabor de mil exemplares na mão fez brado na contramão das dificuldades. Idealista, prossegui com os demais citados na lista.

Conexão Literatura: Você é autor do livro "Consciência e Julgamento”, entre outros. Poderia comentar? 

Admir Zanella: O livro iniciou com texto fundado em poesia. Escrito à revelia, sem presunção. Não lembro quantas linhas escrevi no primeiro dia. Percebi que o assunto tratava de “conflitos de consciência”. A insistência daquele atrito se dirigia a alguém. A quem? Não sei! A mim, com certeza, não! Assim, a memória me trouxe a história da “Cabocla Tereza”. O enredo desta música serviu de inspiração.

A composição deste clássico caipira (música) conta de certo moço, que pira de ciúme, e mata a moça. Teria agido por amor traído. Então, “amor” seria este sentimento tão mendigo? Base para tornar-se inimigo? Da ação, veio-lhe culpa? Desta questão partiu o desenrolar da obra. O título limitava-se a “Consciência”, sem a desdobra “e Julgamento”. Sempre intitulo antes de desenvolver, embasa-me. O  acréscimo ocorreu após finalizar, por balizar a estrutura do livro. 

Não programo livros. Seria criar-me problemas. Não faço esquemas que indicam em cursos. Os recursos saem da condição do escritor: dar vida aos personagens. Igual livro de poemas. Escreve o breve “conto” até o ponto. Lancei “Cantiga aos Cisnes” em 2022. São 79 textos. Talvez algum derive pretextos a narrativas futuras, longas aventuras. Não sei! Publiquei também “Os Pais Contam, os Filhos Cantam”: 12 contos infantis, 12 sonhos de fazer a criançada imaginar, 12 histórias de aproximar pais e filhos, 12 versinhos para cantar junto. No conjunto, o verbo rola e depois aprimoro, ignoro métodos de controle da inspiração.

Conexão Literatura: Como são as suas pesquisas e quanto tempo leva em média para concluir um livro? 

Admir Zanella: Pesquisar para desenvolver as inspirações é essencial. É preciso querer construir algo especial. Mas limito-me a investigar a fim de apresentar conteúdo fundamentado. Debruçado a escrever, o personagem dirige-se a determinada cidade. Como vivia aquela sociedade naquele tempo? Em que ambiente? Mesmo que se tenha em mente fantasias, é importante saber a realidade. Acrescento alguns detalhes da época e isso traz veracidade ao invento. Porém, não se pode negar que a fonte maior está na personalidade do escritor. No final, é igual escrever livros técnicos. O bom é que a internet facilita magnificamente. Agita ininterruptamente as ideias.

Quanto ao tempo que demoro, não consigo definir, ignoro. Ando no contratempo de mim mesmo. Sempre tive várias obras em andamento. Algumas no início e outras no prelo. Andam em paralelo com atividades profissionais e particulares. O enredo principal de um livro juvenil saiu em três horas. Ao arremedo desta velocidade senil, um poema já demorou mais de um dia. Consciência e Julgamento pedalou mais de ano. Sem desengano, precisei consertar pneu e pedal da tal bicicleta que utilizei.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho de um dos seus livros especialmente para os nossos leitores?  

Admir Zanella: Vou aproveitar a ironia da bicicleta e ilustrar o trecho com o início do primeiro conto infantil, Sonho de Inventor, de Os Pais Contam, os Filhos Cantam (Ed. Giostri): 

“– Certa noite, sonhei ser criança a rodopiar em aliança. Me enrolava igual bolota e girava cambalhotas em gramado bem aparelhado. Depois a criançada abraçada brincava, ponteava o nariz e seguia feliz. Acordei inventor deste mundo encantador!

– O que me diz, Messias? Vivia em local estilo cartão postal, em fantasias?

– Não, Mião! Digo sonho de incrível mundão! Possível de se viver. Basta querer.

– À direita, coloria-se cena perfeita: flores de intensas cores. Borboletas em piruetas circulavam ao modo carrossel, a beber o mel. Analisa, vertia perfume de brisa. O orvalho caía e cismava agasalho em lindo entardecer.

– Já entardecia e ficaram toda tarde naquele alarde de alegria? ...”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir os seus livros e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Admir Zanella: Há o site acessado em www.admirzanella.com.br com mais informações sobre mim e meu trabalho. Lá há versos, textos disponíveis, sinopse dos livros, preço e como adquirir.

Os livros Consciência e Julgamento e Cantiga aos Cisnes foram publicados pelo Grupo Editorial Atlântico, disponíveis em Portugal e no Brasil, com acesso através do site.

Tem o livro infantil “O Gato Que Não Morria”, também disponível, possível de se adquirir pelo site. Envio todos os livros com frete gratuito. As editoras tem seu critério e preço.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Admir Zanella: Tenho vários novos projetos, inclusive de outros estilos. Neste ano de 2023 publico mias dois livros de poesia, 160 textos.  Um outro de poemas fica para oportunidade futura. Tem 800 versos rimados e dispostos coordenadamente. Tenho livro de 80 mensagens instrutivas para a vida e mais um romance que trata de psicopatia e espiritualidade. Também dois textos juvenis, com possibilidade de fácil condução para teatro, em vista de serem monólogos. Há ainda uma novela juvenil com direcionamento à espiritualidade, além de outros livros iniciados.

Perguntas rápidas:

Um livro: 100 Anos de Solidão

Um autor: Érico Veríssimo

Um ator ou atriz: Prefiro cantor, Roberto Carlos

Um filme: Ghost – Do Outro Lado da Vida

Dia Especial: O dia que fui morar sozinho.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Admir Zanella: Escrever é a arte de descortinar interiores. O aparte deste título do livro de poemas a ser publicado revela, consistente, o vulcão interno existente. Quem tem a escrita no “sangue”, incendeia. A gangue pulsa insistente. Quem a possui não resiste, inflama labaredas. Insiste em publicações, mesmo pelas veredas das desilusões. Nunca tive lucro. O ganho é aquele que vence o sepulcro.

Penso que a evolução real da arte se dá em não seguir normas. Todavia, deve-se inovar formas com sabedoria. Jamais desfigurar, querer que banalidades dominem, por incompetência do artista avançar. Aprimorar o modo significa tentar atingir os melhores ou ir além. Eis o desafio do artista, sem navegar no rio de complexidades. Com naturalidade, prezar por conteúdos que promovam crescimento pessoal e aprimoramento da arte. Todas as nossas ações contratam responsabilidades. Acredito no fundamento de responder por tudo o que se faz. Paz e agradecimento.

Compartilhe:

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Participe da antologia (e-book) O UIVO DO LOBO - CONTOS E POEMAS - VOL. II. Leia o edital


PARTICIPE DA ANTOLOGIA (E-BOOK): 
O UIVO DO LOBO - CONTOS E POEMAS - VOL. II

POR FAVOR, LEIA TODO O EDITAL

REGRAS PARA PARTICIPAÇÃO NA ANTOLOGIA DIGITAL 
O UIVO DO LOBO - CONTOS E POEMAS - VOL. II

1 - Escreva um conto ou poema (livre). Aceitaremos até 3 textos por autor. Caso sejam aprovados, os 3  textos serão publicados.

2 - SOBRE O CONTO OU POEMA: até 4 páginas cada texto, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título. Espaçamento 1,5.
     
3 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).

4 - O conto ou poema não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.

5 - Idade mínima do autor para participação na antologia: 18 anos completos.

6 - Envie o seu conto ou poema pré-revisado. Leia e releia antes de enviá-lo.

7 - Só envie o seu texto e inscrição se realmente estiver interessado(a) em participar. Leia todo o edital.

8 - Data para envio do conto ou poema: do dia 05/05/23 até 07/06/23.

9 - Veja ficha de inscrição no final desse texto. Leia, copie as informações e preencha. Envie as informações da ficha + o poema para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: O UIVO DO LOBO - CONTOS E POEMAS - VOL. II

CUSTO PARA O AUTOR:

R$ 60,00 para 01 texto aprovado. Caso o autor envie 2 textos e tenha os dois (02) selecionados, o valor será R$ 100,00 (terá R$ 20,00 de desconto). Caso o autor envie 3 textos e tenha os três (03) selecionados, o valor será R$ 150,00 (terá R$ 30,00 de desconto). As informações para depósito serão informadas ao autor no e-mail que enviaremos caso o texto seja aprovado.
O valor servirá para cobrir os custos de leitura crítica, diagramação e divulgação da obra.

A antologia será digital (e-book) e gratuita para os leitores baixarem através de download, ela não será vendida. A antologia será amplamente divulgada nas redes sociais da Revista Conexão Literatura: Fanpage, Instagram e Grupos do Facebook, que somam mais de 450 mil seguidores.

O resultado será divulgado no site www.revistaconexaoliteratura.com.br e na fanpage www.facebook.com/conexaoliteratura, até o dia 08/06/23.

OBS: Enviaremos certificado digital de participação para os autores selecionados.


NOSSOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:

A) - Criatividade;

B) - Textos preconceituosos, homofóbicos, pornográficos, racistas ou que usem palavras de baixo calão, serão desconsiderados;

C) - Seguir todas as regras para participação.

OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: CLIQUE AQUI.

IMPORTANTE: Envie todas as informações da ficha de inscrição abaixo para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: O UIVO DO LOBO - CONTOS E POEMAS - VOL. II


FICHA DE INSCRIÇÃO DO AUTOR(A)

Nome completo do autor(a). Não escreva tudo em letra maiúscula:

Seu Pseudônimo (caso use), para publicação na antologia:

Idade:

Nacionalidade:

Nº do CPF:

Título do poema (Não escreva em letra maiúscula):

E-mail 1:
E-mail 2 (caso tenha):

Biografia em terceira pessoa (escreva sobre você num máximo de 7 linhas. Não escreva todo o texto em letra maiúscula):

________________________

IMPORTANTE: Envie todas essas informações da ficha de inscrição para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: O UIVO DO LOBO - CONTOS E POEMAS - VOL. II

O envio da ficha de inscrição + texto(s) para o e-mail indicado significa que o autor(a) leu todas as informações e regras dessa página para participação na antologia.

Não fique fora dessa. O concurso cultural será amplamente divulgado nas redes sociais.

COMPARTILHE ;)


OBS.: para conhecer e participar de outras de nossas antologias: clique aqui.

Siga a Revista Conexão Literatura nas redes sociais e fique por dentro do que acontece no mundo dos livros:
Compartilhe:

Terceira idade é tema do Festival Cine Inclusão que abre inscrições para curtas-metragens e roteiros

 

Maior evento dedicado à difusão e capacitação em audiovisual para amadores e profissionais

com mais de 60 anos abre inscrição para suas mostras, oficinas e concurso de roteiro.


 

Tendo a terceira idade como tema, o 4º Festival Cine Inclusão abre inscrições - no período de 4 de maio a 22 de junho - para as mostras de curtas-metragens nas categorias Competitiva e 60+ Em Ação.

 

Festival Cine inclusão -oficina ed. anterior -foto de Wes Barba


A novidade desta edição é a realização do Concurso de Roteiro e de quatro Oficinas de Cinema (estas para residentes nas comunidades de Heliópolis, Paraisópolis, Cidade Tiradentes e Capão Redondo). Ambos são destinados para pessoas com mais de 60 anos.

 

Idealizado e dirigido pelo produtor Daniel Gaggini e realizado pela MUK, o Festival Cine Inclusão será realizado entre os dias 2 e 9 de setembro com exibições e atividades nas quatro maiores comunidades populares e na região central da cidade de São Paulo. Serão exibidos mais de 20 curtas-metragens em língua portuguesa de todos os gêneros, divididos nas duas mostras, além da premiação no Concurso de Roteiro e da realização das quatro Oficinas de Cinema. O objetivo do evento é promover espaço para que pessoas na terceira idade possam se expressar pela sétima arte, difundir suas criações e trocar conhecimentos.


Calendário das inscrições para atividades do 4º Festival Cine Inclusão

 

Inscrições / MOSTRAS - De 4 de maio a 22 de junho

A participação é aberta a cineastas, entidades e artistas independentes. É imprescindível que os filmes se enquadrem no perfil de cada mostra.

 

·        Mostra Competitiva: Podem ser inscritos curtas-metragens em português, cujos temas estejam relacionados à terceira idade.

·        Mostra 60+ Em Ação: Podem ser inscritos filmes de curta-metragem em português, cujos realizadores tenham mais de 60 anos.

 

Inscrições / OFICINAS - De 11 a 31 de maio

 

·        Oficina de Cinema: Podem se inscrever pessoas com mais de 60 anos, que sejam moradoras das comunidades de Heliópolis, Paraisópolis, Cidade Tiradentes ou Capão Redondo (São Paulo/SP). Em cada oficina, um filme de curta duração será produzido e exibido na abertura oficial do evento, em setembro.

 

Inscrições / ROTEIRO - De 18 de maio a 29 de junho

 

·        Concurso de Roteiro: Podem ser inscritos roteiros de curta-metragem inéditos (não filmados), escritos por pessoas com mais de 60 anos, com tema livre. O vencedor receberá o prêmio de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com o intuito de valorizar seu trabalho como roteirista (amador ou profissional).

 

 

Onde se inscrever – Todas as inscrições devem ser efetuadas unicamente por meio da ficha de inscrição disponível no site do evento. É necessário ler o regulamento e preencher corretamente a ficha correspondente a cada categoria.

 

4º Festival Cine Inclusão

Inscrições Mostras: 4 de maio a 22 de junho de 2023

Inscrições Oficinas de Cinema: 11 a 31 de maio de 2023

Inscrições Concurso de Roteiro: 18 de maio a 29 de junho de 2023

Regulamento e ficha de inscriçãowww.cineinclusao.com.br
Mais informações
cineinclusao@muk.nu
Nas redes: Instagram - @cineinclusao | Facebook - @festivalcineinclusao

Realização: ProAC Editais e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.



O Festival Cine Inclusão


As três edições anteriores do Festival Cine Inclusão foram realizadas em 2015, 2017 e 2021. A primeira, voltada para filmes produzidos por associações e/ou entidades que utilizam o cinema como ferramenta de inclusão, foi realizada nas comunidades de Capão Redondo e Cidade Tiradentes. Além da exibição de 24 filmes, foram capacitados 60 moradores das regiões no fazer cinematográfico, com sessão de encerramento no Cineclube Latino-Americano, do Memorial da América Latina. A segunda foi dedicada à terceira idade e ocorreu nas comunidades de Heliópolis e Paraisópolis. Também foram exibidos 24 filmes, 60 idosos participaram das oficinas e as sessões de abertura e encerramento ocorreram na Unibes Cultural. A terceira edição teve como homenageada a atriz Ruth de Souza e aconteceu de forma on-line, por conta da pandemia. Mais de 7.000 pessoas assistiram à programação composta por 17 filmes de língua portuguesa. 

Compartilhe:

Baixe a Revista (Clique Sobre a Capa)

baixar

E-mail: contato@livrodestaque.com.br

>> Para Divulgação Literária: Clique aqui

Curta Nossa Fanpage

Siga Conexão Literatura Nas Redes Sociais:

Posts mais acessados da semana

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

CONHEÇA A REVISTA PROJETO AUTOESTIMA
clique sobre a capa

PATROCÍNIO:

REVISTA PROJETO AUTOESTIMA

AURASPACE - CRIAÇÃO DE BANNERS - LOGOMARCAS - EDIÇÃO DE VÍDEOS

E-BOOK "O ÚLTIMO HOMEM"

E-BOOK "PASSEIO SOBRENATURAL"

ANTOLOGIAS LITERÁRIAS

DIVULGUE O SEU LIVRO

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

BAIXE O E-BOOK GRATUITAMENTE

APOIO E INCENTIVO À LEITURA

APOIO E INCENTIVO À LEITURA
APOIO E INCENTIVO À LEITURA

INSCREVA-SE NO CANAL

INSCREVA-SE NO CANAL
INSCREVA-SE NO CANAL

Leitores que passaram por aqui

Labels