Intitulada "Sentidos da Memória", a experiência registrou ao todo 14 histórias de vida, disponíveis para acesso gratuito
Reunir histórias distintas ligadas aos sentidos, que refletem lembranças, vontades, saudade e pertencimento: esse é o objetivo da exposição digital "Sentidos da Memória". A iniciativa é o resultado da parceria entre o Museu da Pessoa e seus Núcleos com a Fundação Bunge, por meio do Centro de Memória Bunge. Os relatos estão disponíveis aqui de forma gratuita.
A exposição foi desenvolvida sob a premissa de que "lembrar apenas não é o suficiente: se a gente não conta, essas experiências se encerram conosco – contando, o nosso passado ganha vida na mente dos outros, e o calor dessas histórias vira um vento que sopra continuamente no rosto de quem vê, ouve, lê", de acordo com a Curadora da exposição, Grazielle Pellicel.
As diferentes memórias da exposição são divididas em quatro capítulos: "Na minha época: relembrar daquilo que não volta mais"; "Querido recinto: a importância de nós mesmo fazermos nosso lar"; "Corriqueiro popular: histórias que misturam o passado com o costumeiro, o cotidiano" e "De ontem a hoje: uma reflexão do passado como método para seguir em frente".
Ao navegar pela exposição, é possível acessar as quatorze histórias de vida, saber detalhes dos personagens e conhecer as instituições envolvidas no projeto enquanto Núcleos Museu da Pessoa. As histórias que compõem a exposição foram produzidas por seis Núcleos Museu da Pessoa distintos: Núcleos do Café com Biscoitos, Moinho Fluminense, Instituto Cecílio Elias Netto (ICEN), Museu Campos Gerais, Associação Cultural Comunitária de Santa Luzia e Museu do Café, numa parceria com o Centro de Memória Bunge e Museu da Pessoa.
Segundo Marcela Tripoli, Coordenadora de Colaboração no Museu da Pessoa e responsável pelo Programa de Núcleos: "A importância de trabalhar com histórias de vida reside na magia de valorizar a narrativa única de cada indivíduo, proporcionando conexões mais profundas, empatia e um enriquecimento coletivo através do reconhecimento da diversidade humana."
Na ativa desde 2020, os Núcleos Museu da Pessoa são iniciativas autônomas que promovem ações locais e contínuas de registro, preservação e socialização de histórias de vidas, estimulando a capacidade de ouvir e aprender com o outro. Estes seis Núcleos, incentivados pela Fundação Bunge, traçaram a jornada de ouvir e contar trajetórias de vida.
Viviane Morais, responsável pela Gestão de Ações Internas e Pesquisas do Centro de Memória Bunge, comenta sobre a parceria: "Para nós, preservar história de vida é uma responsabilidade social que encontra nas ferramentas digitais que democratizam o acesso a essas memórias uma estratégia inovadora fundamental para efetivar nosso objetivo histórico-social. Partilhar os saberes, aprendizados e experiências de vida no passado para enriquecer os Acervos, estudos e trajetórias da sociedade no presente".
Sobre a Fundação Bunge
A Fundação Bunge, entidade social da Bunge no Brasil, há mais de 60 anos atua para gerar impactos positivos na sociedade em territórios e setores estratégicos para a Bunge, fomentando a diversidade com promoção dos direitos humanos por meio da inclusão produtiva e do estímulo à economia de baixo carbono, estimulando a ciência e a preservação da memória.
Sobre o Museu da Pessoa
O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991, com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades. Desde seu início, sua plataforma virtual contabiliza mais de 2.500.000 acessos únicos. O projeto educativo já alcançou 1455 escolas públicas, impactando mais de 56 mil alunos em 69 municípios do Brasil. O Museu possui 96 livros publicados com mais de 76 mil exemplares distribuídos. Sua sustentabilidade financeira é mantida através do planejamento e produção de mais de 300 projetos de memória desenvolvidos para instituições e empresas.
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