Cristina Von - Foto divulgação
Fale-nos sobre você.
Maria Cristina von Atzingen, ou Cristina Von como prefere assinar, nasceu na cidade de São Paulo no dia 13 de agosto de 1962. Formou-se em Publicidade e Propaganda na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e durante anos trabalhou como graphic designer. Aos 35 anos escreveu seus primeiros livros infantis. Depois disso não parou mais. Já publicou mais de 40 livros, entre adultos e infantojuvenis.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro "Cultura de paz". O que motivou a escrevê-lo?
Em 2001, o ataque às torres gêmeas em NY foi um acontecimento marcante para mim e para o mundo. Depois disso, tantos outros conflitos e atentados pudemos acompanhar.
O que estaria errado em nossa formação? O que, na nossa cultura, geraria e incentivaria a violência?O que é a cultura de paz?
A cultura de paz é uma reunião de pesquisas sobre o tema junto a organizações como a ONU e outros órgãos que defendem os direitos humanos e a solução de problemas de forma pacífica, não só na teoria, mas propondo atitudes construtivas.
Você diz em seu livro que "algo comum em todo ser humano é sua necessidade de ser tratado com respeito e dignidade". Como analisa a questão da intolerância hoje no país?
A educação, como sempre, tem um grande papel na formação de nossa sociedade. Diariamente somos bombardeados, adultos e crianças, por centenas de cenas de violência, desrespeito e preconceito.
Noventa por cento dos filmes de maior bilheteria têm pelo menos seis cenas de violência gratuita. Sem falar na internet. Não que a violência tenha que ser escondida. Ela faz parte do ser humano e da nossa história. Mas há de haver uma força compensatória na direção da paz.
Há um ministério da guerra, mas não há um ministério da paz.
O aumento da intolerância nos últimos anos veio primeiro através da pandemia, que despertou o medo em nós e a busca da sobrevivência baseada na defesa mais do que na cooperação.
A tolerância não é só um dever moral, mas uma exigência política e jurídica.
Toda pessoa tem a livre escolha de suas convicções e o direito de uma educação para a tolerância.
O que tem lido ultimamente?
Atualmente estou lendo Segundas Intensões de Nilton Bonder (Rocco).
Link para o livro:
https://www.editorapeiropolis.com.br/produto/cultura-de-paz/
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021) e Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro se denomina Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023).
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