Sargon Da-Ryavus - Foto divulgação |
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Sargon Da-Ryavus: Desde cedo, em minha presente existência, encontrei-me envolvido em acontecimentos de difícil compreensão pelas vias exclusivamente racionais, e sob o ponto de vista dos conhecimentos empíricos, burocráticos e aceitos, como naturais pelo establishment das aceitações dos grupos sociais que sancionam os acontecimentos mundanos e humanos – familiares, sociais, religiosos, políticos etc. Na adolescência escrevia, como que transcrevendo, arrazoados poéticos de generosas profundidade e beleza, e que me surgiam de modo inesperado e tão deslumbrantemente bem-vindos.
Sargon Da-Ryavus: Em verdade, tal livro – e assim poderia ser colocado e dito – é como uma volta e reviravoltas incessantes de regurgitações metafóricas e lingüísticas que partem, como origens de poesias, do ponto, em tentativas, sempre fracassadas, mas sempre ressurgentes, de abarcar-se o Todo. Boff já havia dito que todo ponto de vista é a vista de um ponto; e assim como disse, eu mesmo, certa feita, que: se noventa e dois elementos constroem um universo inteiro, então, que o alfabeto todo também poderia fazê-lo. Divinum aternum – aeterna poetica é como todos, e cada um dia a dia, despercebido, este, e aparentemente imprecisos, todos aqueles, mas que guardam e resguardam, todos, e em si mesmos, a eternidade esfacelada, mas que sempre estará em nós reunida.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Sargon Da-Ryavus: Minhas pesquisas sempre foram os meus olhos cerrados, às noites, e aos sons de músicas sublimes – como as de Wagner, Philip Glass e David Gilmore (Pink Floyd) – perscrutando os infindáveis infindos dentro do Ser que faz confundirem-se o fora e o dentro. Busco pérolas e gemas preciosas no âmago do que sempre e apenas ascende. Claro que, pragmaticamente, em tal, e para tal intento, possuo formações acadêmicas formais, e informais também, como as em administração, direito, filosofia, história, sociologia, psicologia etc. Ou seja, para o bom poetar, nada como a boa experiência terrena associada à boa vontade do Espírito. Geralmente, tenho escrito um livro a cada quatro meses
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?
Sargon Da-Ryavus: Em verdade, não faço distinções, pois sou levado (pelas vaidades?) a considerar meus livros como partes de uma Obra só, e também assim contemplando este todo a que me refiro e que se mira, se almeja e se sente. Mas vou, sim, agora, destacar um trecho, como segue:
Posso reformular toda a vida em minhas imaginações
jamais traídas
E, se posso conceber uma perfeição maior do que aquela
que queiram
Então posso também pensar que muito mais, a vida,
assim o faria
Pois quem, melhor que ela, esse tudo, desse todo,
imaginaria?
Garimpo palavras em corredeiras da vida, e tudo flui
neste Panta Rhei que deságua em mim
Sou caçador de esmeraldas do sem fim, e adentro
interiores cobiçando a sua conquista
Nada termina aqui, mas rimo, o vir a ser, comigo e, em poesias, cobiço-me
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Sargon Da-Ryavus: Bem, o livro pode ser adquirido através de e-mails: da editora Chiado (comercial@chiadobooks.com) e do e-mail que uso (marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com). Sobre mim, adoraria falar, respondendo a contatos por e-mail e/ou por outros meios.
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Sargon Da-Ryavus: Sempre os tenho. No ano que vem, 2023, devo lançar três livros: um já está concluído, outro eu o concluo no mês que vem, e o terceiro devo iniciá-lo em janeiro e terminá-lo em maio/junho de 2023. O que me move são meus escritos. Representam os mundos que conquisto. Sou aventureiro peregrino.
Perguntas rápidas:
Um livro: O Livro dos
Espíritos, de Allan Kardec
Um (a) autor (a): Hermínio
Correa de Miranda
Um ator ou atriz: Nicole
Kidman
Um filme: O Labirinto do
Fauno
Um dia especial: Claro, todo dia!
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Sargon Da-Ryavus: Sim. A vida, esta que temporariamente vivemos, em esta nossa presente existência, é oportunidade valiosa para separarmos as coisas, e ainda o joio do trigo, ou seja, quero dizer apenas que devemos sempre buscar aquilo que nos faz crescer no único lugar em que realmente nos sentimos: em nosso próprio dentro! E dentro de cada, e todo um, que somos, e eis-nos aqui e agora, e justo também aí-aqui os enigmas e segredos que se enfileiram em espera, na paciência dos milênios, que então batamos às portas de nós mesmos, e que, e assim e finalmente, todas elas que se nos abrirão, e tão apenas convidativas, e felizes e sorrindo.
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