João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Entrevista com Joaquim Cândido de Gouvêa, autor do livro SENTIMENTOS... AMOR... SAUDADE... (Grupo Editorial Atlântico)

JOAQUIM CÂNDIDO DE GOUVÊA, brasileiro, “mineiro”, nascido na cidade de São João do Nepomuceno, Estado de Minas Gerais, no dia 21.12.1940. Economista, com alguns Cursos Superiores voltados ao Mercado Financeiro, aposentado no Banco do Brasil S.A.

Possuo, vários poemas publicados no Brasil e no Exterior em participações diversas. Minha atuação nessas publicações é mais centrada em Lisboa-Portugal, no projeto da Editora Colibri no Livro MUNDO(S) em que comecei na edição 6 e atualmente estamos na edição número 21. Somos um total de 20 escritores somente. A coordenação é feita pelo Dr. ÂNGELO RODRIGUES. Em Lisboa.

Paralelamente, também participei em uma Mesa de Debates sobre o tema ESCREVO POR QUÊ.

Com grande emoção recebi o CERTIFICADO DE HONRA AO MÉRITO, em maio de 2022, concedido pela REVISTA CONEXÃO LITERATURA, no Brasil, pela magnífica e relevante contribuição em prol da Literatura Nacional.

Nas participações no BRASIL, recebi uma Menção Honrosa no Livro VII PRÊMIO ESCRITOR MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA.

Tendo editado pela Editora Trevo, os Livros: MAIS DO QUE BUQUÊ e o Livro ACREDITE... NADA IMPORTA SONHAR... ACREDITE... Com a Editora Poesia Impossível, em Lisboa, Portugal, do GRUPO EDITORIAL ATLÂNTICO os Livros: NO CAMINHAR e o outro com o Título: SENTIMENTOS... AMOR... SAUDADE...

Com imenso orgulho sou ACADÊMICO CORRESPONDENTE NA ACADEMIA INTERNACIONAL DE LETRAS E ARTES DE CRUZ ALTA - RS, em que ocupo a Cadeira de número 203.

Na parte musical sou autor da letra de cinco músicas com a Parceira Sra. RENEE BRAZZIL  na melodia e canto. 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi seu início no meio literário?

Joaquim Cândido de Gouvêa: Para melhor compreensão, darei informações de como aprendi gostar de escrever. Sou descendente de família simples. Meu pai era bancário e minha mãe, além dos serviços domésticos, era costureira. Na idade de 15 anos, na cidade de Juiz de fora – MG, começou a trabalhar em um “ateliê” de costura. Naquela época, as mulheres da sociedade usavam o “ateliê” para a confecção dos seus vestidos. Assim, ela pela sua dedicação de muitos anos, tornou-se uma das principais funcionárias no trabalho.

Após o casamento, foi residir em Três Rios – RJ, e, para complementar as despesas, começou a costurar para fora aproveitando os conhecimentos profissionais.

Eu, com 8 anos de idade, tinha muita pena dela, pois, após o trabalho doméstico diário, ficava até tarde da noite costurando. Procurando acompanhá-la, me colocava ao lado da máquina de costura e lá ficava até o momento em que ia dormir.

Para me dar uma ocupação, ela providenciava lápis, borracha e papel, colocando alguma peça sobre a mesa pedindo para eu descrever. Assim, por ali, naquela idade, parti a navegar nesse mar da redação. Em outra oportunidade, sorrindo me desafiava. Dizia uma frase e pedia para que eu escrevesse todo o meu entendimento.

Foi assim o início do meu aprendizado para aprender enxergar imagem e descrever, bem como escutar uma frase e dar o entendimento.

Vamos pular agora para os meus 24 anos e já casado. Eu me lembro muito bem que continuava ativo nesse desejo de escrever. Eram contos, poemas, frases de amor outras coisas assim. Fazia com enorme prazer. Todavia, em determinado dia, aborrecido com a vida e com as dificuldades da “ocasião”, peguei todo o material escrito, devidamente selecionado e coloquei fogo. A MARIA JOSÉ, minha querida esposa, ficou brava comigo pelo destempero. Alegava sempre que tudo iria passar! Devíamos ACREDITAR.

A partir dessa data, continuei a escrever, mas não com a mesma frequência... era tudo de vez em quando!

Vamos agora dar um outro pulo para a jornada dos anos vividos. No ano de 2016 me aposentei aqui nos Estados Unidos. Já era aposentado no Brasil. Com os dias fiquei decepcionado por não estar acostumado a ter o tempo ocioso. Rapidamente me imaginei aquele Senhor idoso em frente a televisão, escutando jornais, sem mais o que fazer.

Desgostoso, tive a ideia então de aproveitar o tempo, as intuições e começar a escrever ativamente outra vez. Com essa decisão o trabalho se tornou intenso. Em um determinado dia, minha filha caçula ALESSANDRA, ao ver aquele monte de folhas escritas e querendo me ajudar, sugeriu que eu fizesse um Livro. Prontamente aceitei a ideia, juntei as folhas e contei: 160 poemas. Estava ali o primeiro Livro. O número 160 de poemas que adoto em cada Livro de poemas, portanto, não se trata de nada místico e sim uma pura sugestão inicial. Até hoje mantenho esse número nos Livros existentes.

Aproveitando a oportunidade, quero informar que até hoje tenho 37 Livros prontos a serem editados e com 160 poemas cada Livro. Estou escrevendo o de número 42 com o Título OS SONS DO AMOR. A diferença na numeração é porque eu tenho, também 5 romances escritos. Como novidade, estou escrevendo um Romance com o Título FRUTO DO AMOR.

Desta forma foi o início no meio literário e não penso em terminar de escrever tão cedo. 

Conexão Literatura: Você é autor do Livro SENTIMENTOS... AMOR... SAUDADE... Poderia comentar? 

Joaquim Cândido de Gouvêa: Claro que sim! O livro tem o número 39 e foi escrito no primeiro semestre de 2022. A edição coube a Editora Poesia Impossível do GRUPO EDITORIAL ATLÂNTICO EM Lisboa - Portugal e foi lançado recentemente em junho de 2022. Eu tinha acabado de editar e lançar o Livro ACREDITE... NADA IMPORTA SONHAR... ACREDITE... E senti na “pele” a dificuldade em editar um Livro. Não imaginava que era assim! MAS É. Eu não sou um autor conhecido! Além do mais, com o problema do vírus, tudo ficou difícil para todo mundo. Desemprego, doenças, mortes, dificuldades para a internação, enfim vivíamos momentos jamais vividos.

Assim envolvido com tanta adversidade, um dia, sem ser convidado, esse DESCONHECIDO meu, o DESÂNIMO bateu a minha porta. Felizmente, olhei pela janela e disse para mim: AQUI NÃO! VOCÊ NÃO ENTRA! Como em todos os momentos adversos da vida, irei superar! O interessante é que, logo após esses pensamentos, acordei pela manhã com um sussurrar nos ouvidos: VAMOS CONTINUAR.

Convido aos leitores e leitoras que estão apreciando esta entrevista para comprarem o Livro! Terão uma surpresa, quem sabe!  A vida é uma caixinha de surpresas e, talvez, a tão esperada vivência amorosa você venha encontrar estampada em um dos poemas. Creia! O aconselhamento, a passagem, enriquecerão seu interior. E esse coração, considerado malvado, arranhado pelas decepções, irá novamente se acalmar com outra percepção. Verá todo seu interior trazendo essa “coisa” gostosa que é verdadeiramente amar. Nos belos poemas procuro iniciar o Livro com o Poema ESTE TAL DO AMOR. Tenho o atrevimento de tratar o AMOR com a maior intimidade. Procuro fazer com que o leitor tenha recordação de um amor passado... sua lembrança, seu choro de emoção ou saudade.

Recebo muitos e-mails sobre isso. Um deles disse assim: Joaquim! Eu li seu Livro! Em muitas histórias passei, mas em outras ainda não. Quem sabe o leitor ou leitora que, agora, está lendo esta entrevista, possa encontrar sua história de amor neste Livro e saber, se perdido, como reconquistá-lo. 

Conexão Literatura: Como foram as pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu Livro? 

Joaquim Cândido de Gouvêa: É um pouquinho difícil responder esta pergunta. A pesquisa sai de dentro do poeta, pelo que sente no momento e ou até mesmo ao imaginar um viajar. Às vezes, até mesmo ao escutar uma palavra, uma frase surge a intuição para o poema. Tenho sempre no carro um caderno para anotações. Vez por outra surge uma ideia, uma inspiração e anoto o detalhe maior e depois desenvolvo.

Por estar com a cabeça mais vazia, equilibrada, eu tenho o hábito de escrever após o levantar, tomar café e ao trabalho me envolvo pela manhã. Às vezes (diante da vontade) me solto com o escrever pelo dia inteiro. As inspirações vêm do coração. Para não deixar a intuição escapar, como já me referi, procuro escrever à caneta e em rascunhos. Ato seguinte escrevo o poema. Releio no mesmo dia ou no dia seguinte. Faço, se necessário, correções e, a seguir, coloco os poemas revisados no computador. Faço toda a mecânica sozinho. Quando surge à vontade declamo armazenando no celular. Possuo mais de 500 poemas declamados com fundo musical. Atualmente no spotify tenho muitas declamações sob o tema AMOR.

Volto a repetir, aliás, faço questão de repetir. A intuição se aproxima ao ver algo diferente acontecer. Cores das flores; um olhar imaginado; o Luar; o pôr do Sol sobre o mar ou morrendo atrás das montanhas; a folha seca caindo no outono e, pelo ar, se juntando às raízes para proteção do inverno, das geadas, servindo como adubo ou mesmo um cobertor; o fantasiado piscar para o convite do amor. Enfim, somente elementos positivos. Dessa combinação de ideias, procuro administrá-las com relação à nossa vida. Como acredito e sou muito positivo, todas as estrofes, no final, são positivas e alentadoras de que tudo vai passar. Mesmo sem o raro poder, semeio a esperança, e que a bonança chegará saltitante.

Com relação a conclusão do Livro posso dizer que leva aproximadamente quatro meses. Difícil precisar, pois, vez por outra estou escrevendo dois Livros. Como agora, por exemplo, escrevendo o de Poemas com o Título OS SONS DO AMOR e o Romance FRUTO DO AMOR. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu Livro especialmente para os nossos leitores? 

Joaquim Cândido de Gouvêa: Para destacar, gostaria de dizer que me considero um CONTADOR DE HISTÓRIAS DE AMOR. Falando especificamente sobre o Livro, tem no seu conteúdo, uma coletânea de versos em que procuro levar ao leitor, sonhos de felicidade. Uso uma linguagem simples, com palavras carinhosas, populares, a fim de que, com facilidade, o leitor possa viver dentro do contexto dos poemas. Acredito usar, até mesmo, expressões infantis, bem puras para o belo coração do leitor absorver.

Sobre destacar trechos especiais, sem sombra de dúvida, estaria fazendo julgamento pessoal dos poemas, considerados como frutos do coração que, por mim, são todos belos.

Para melhor exemplificar, eu, poeta, comparo um Livro de Poemas a um jardim. Os poemas ali distribuídos, encharcados de poesia, são as flores que, carinhosamente, foram plantadas pelo fiel “Jardineiro”. Assim, quando olho para esse jardim, se porventura ainda não está florido, pelo menos mostra o “colo” verde amparando a cada broto de flor que está pronta para aflorar.

Então, quando o fenômeno se dá, todas as flores são belas. Em variadas cores se mostram as rosas, as margaridas, as azaléas, todas, enfim, esguias, bailam com sua roupagem. Cada um, ao se imaginar passeando por esse jardim, terá, acredito eu, que normalmente se perguntar: qual a mais bela cor?

Vou ainda adicionar: sem imaginar no formato de tão bela flor! Qual delas a mais bela?

Tenho certeza de que, de súbito, a admiração toma conta do coração. Como? Alguém mais incrédulo pode perguntar. Neste caso a resposta é fácil: basta olhar com os OLHOS DA ALMA! Assim, com cada letra o poeta sonha, devagarzinho forma uma palavra, com ela navega formando um verso e este, com a não embarcação, borbulha nas ondas do mar e aporta em uma estrofe. Delicadamente formada, o poeta sorri e, na imaginação o poeta abraça a procura do soneto, do rondó francês, ou outras coisas mais. Bate no peito! Consegui! Estou feliz!

Os meus Livros de Poemas possuem uma característica especial. Em todos os Livros, o último poema se mostra como tema uma despedida. Despedida de que ou de quem?

Do Livro que se vai por estar finalizado. Foi no período um grande companheiro, amigo sincero, em que participou escutando palavras carinhosas todas sobre amor. Coisa mais bela não existe.

Se me permite, no caso do Livro SENTIMENTOS... AMOR... SAUDADE o último Poema tem como Título: OUTRA VEZ... CÁ ESTOU. Na primeira estrofe temos: 

Ah! Novamente! Quanta “pena”

Cá estou com este amigo, no fim

Educadamente, de mim, vai se deslizando

E, aos choros, reforço para outras histórias começar 

E, depois de quatro estrofes, surge a última em que choro escrevendo por se tratar de uma despedida de um grande amigo de todas as horas, e falo assim: 

Ao que aqui se vai

Sim! Deixa ficar a saudade aflorando neste apaixonado

De vocês leitores, um novo viver a balançar cada coração

Dos choros? Ah! Acredito pela tamanha alegria e somente emoção  

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu Livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário? 

Joaquim Cândido de Gouvêa: Para comprar o meu Livro basta entrar no site da Livrariaatlantico.com O meu Livro aparece em primeiro lugar para as vendas. Estou sempre à disposição dos leitores no meu e-mail mjgouvea@hotmail.com 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta? 

Joaquim Cândido de Gouvêa: Sim! Meu projeto maior, pela minha idade de 82 anos, é tentar editar o número maior de Livros escritos. Como já editei quatro Livros com os meus queridos Poemas, passarei a editar número semelhante de romances.

Como outro ponto, pela minha característica, tenho a ressaltar que é o de NUNCA DESISTIR. O escritor escutará de tudo! As críticas, guarde-as com carinho! Examine-as! As que achar pertinentes, estude-as e corrija, se for o caso.

Eu tenho um amigo que diz eu ser a figura Grega: PHOENIX! Nunca desanimo e estou sempre a procurar! Assim, atualmente, um outro projeto é montar um studio para eu gravar algumas declamações. Não posso esquecer de que um outro, mais ambicioso e difícil seria procurar intensificar a divulgação das músicas e, finalmente, continuar (como já disse) escrever e publicar os meus Livros na maneira do possível. Trata-se de uma tarefa difícil posto que faço tudo sozinho.

Como podem ver são muitos projetos e espero poder concretizá-los, nada obstante minha idade. 

Perguntas rápidas: 

Um Livro: THE SECRET, escrito por Rhonda Byrne. Acredito muito na força do pensamento. Em muitos poemas abordo que o nosso NORTE é olhar de cabeça erguida para frente. Ponha o ponto lá no horizonte e vá buscar. Certamente irá conseguir: BASTA ACREDITAR!

Gosto também de Livros com temas espirituais como os da Zibia Gaspareto, entre outros.

Um autor: Não citei anteriormente sobre o tema Livros, mas o meu autor preferido é o Paulo Coelho.

Um ator ou atriz: Sem sombra de dúvidas o Tony Ramos. Como atriz como esquecer da Divina Fernanda Montenegro e a Lilian Cabral.

Sobre filme aprecio aquele que envolve história real, de romance e não de guerra.

Um dia especial: Cada dia para mim é especial e agradeço ao levantar: VIVER VALE A PENA! A ALEGRIA CHEGA RÁPIDO AO MEU CORAÇÃO. Sou simples e procuro estar sempre alegre... este sentimento acalma e faz bem a alma. Quando participo de Concursos Literários, cada resultado, para mim é especial e encharca-me de alegria. Sou bem infantil neste particular e vibro como se fosse uma criança. Desde que comecei a participar dos Concursos, a Comissão Julgadora sempre escolheu o meu poema para fazer parte do Livro e, isto me coloca muito feliz.

Não poderia terminar esta entrevista sem citar, com grande detalhe, os nomes que juntos participamos nas músicas por nós criadas. Assim temos: 

A LAREIRA – Letra de Joaquim Cândido de Gouvêa e Emanuel Henrique de Castro na melodia;

ASSIM SERÁ; TE AMO COMO POETA; O AMOR NÃO TEM PRESSA; CAFÉ PERFUMADO DE AMOR – Letra de Joaquim Cândido de Gouvêa e Renee Brazzil na melodia. 

Desejo manifestar meu sincero agradecimento a REVISTA CONEXÃO LITERATURA pela atenção dispensada ajudando na divulgação dos meus Livros. 

Joaquim Cândido de Gouvêa 

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