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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Entrevista com Cris Casagrande, autora do livro “Carolina” (Casa Projetos Literários)

Cris Casagrande - Foto divulgação

Cris Casagrande
nasceu no dia 15/12/1999 em Francisco Beltrão – PR. Cresceu em Pato Branco – PR e, aos 13 anos, mudou-se para Curitiba. 

Atualmente é acadêmica de Letras Port/Ingl e autora de dois livros lançados pela Editora Appris: “Querida Alice” e “Carolina”. Também é cantora e compositora e já conta com três singles lançados em todas as plataformas digitais: “Diz Pra Ela”, “Canto” e “Para Todos Os Garotos Que Não Me Amaram”.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: O que a inspirou a começar a escrever?

Cris Casagrande: Na verdade, eu me lembro de escrever desde que me entendo por gente. Amava escrever historinhas nas aulas de redação e sempre escrevi várias poesias que apresentava para a turma. Lembro de uma vez em que uma professora muito querida estava saindo da escola e a turma toda me escolheu para fazer um poema para ela, e colocarmos em um cartaz, me senti muito feliz naquele dia. Mas foi com treze anos, depois de ler alguns dos livros da Paula Pimenta, época na qual eu tinha recém-mudado de cidade e escrevia constantemente em um diário, que decidi que algum dia me tornaria uma escritora.

Conexão Literatura: Você é autora do livro “Carolina”, seu lançamento mais recente. Pode nos contar mais a respeito?

Cris Casagrande: “Carolina” é um spin off do meu primeiro livro, “Querida Alice”. Depois de terminar o primeiro livro, minha mãe olhou para mim e disse: “E por que não começa a escrever outro?”. Eu tinha um romance baseado no meu primeiro amor em mente, mas a história da Carol foi colocada em primeiro lugar porque eu achava que ela tinha de ser contada. O início do livro aparece em “Querida Alice” e a história da prima mais velha fica simplesmente sem um final, e sem uma descrição mais detalhada do que aconteceu no durante. A Carol foi feita para ser uma adolescente comum, daquelas que se preocupam com o cabelo, com festas e com meninos, coisas completamente normais da vida de uma menina. Era simplesmente a história de uma garota normal, mas isso não significava que não tivesse muito a contar. Acabei terminando o original antes mesmo do lançamento oficial de “Querida Alice” e, sinceramente, não sabia se tinha gostado tanto do resultado, mas, quando minha amiga Júlia veio me contar que tinha simplesmente amado “Querida Alice” e que queria mais, enviei a ela o original de “Carolina”, para saber sua opinião. Assim, quando ela falou que também tinha se apaixonado, pensei: “É a vez da Carol!”. A história é sobre uma menina que tem que enfrentar uma nova realidade familiar, indo morar com um pai que ela mesma afirma não mais reconhecer, com várias regras novas e redução de contato com a família com quem vivia. Nesse meio tempo também conhecemos suas amigas, seus amores, séries e músicas favoritas, e muito mais de sua personalidade. 

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo demorou para escrever o seu livro?

Cris Casagrande: As pesquisas não foram difíceis, pois as histórias são bastante cotidianas e também carregam muita pessoalidade minha, principalmente “Querida Alice”. Entrei em contato com algumas pessoas que tinham vivências de situações sobre as quais eu queria escrever, mas não conhecia de perto, como a realidade de ser filho de pais divorciados, que seria característica da Carolina e não faz parte da minha vida. A parte de pesquisa que foi mais demorada eu posso dizer que foi a leitura de “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho”, de Lewis Carroll, obras que eu não tinha lido antes de tomar a decisão de escrever um livro no qual a personagem principal envia cartas à sua personagem literária favorita, cujo nome é o mesmo que o seu. A leitura foi toda feita com muita atenção, para escolher as referências que eu incluiria no livro e também a forma como elas se encaixariam na história da minha Alice. “Querida Alice” foi escrito em pouco menos de um ano, em torno de oito meses se não me engano, nos quais eu encaixava a escrita de uma página por dia em minha rotina; já “Carolina” escrevi em pouco mais de dois meses, pois estava de férias da faculdade, então tinha mais tempo disponível.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Cris Casagrande: Querida Alice: “Tem tanta coisa que eu não sei. Parece que o mundo fica cada vez mais cheio de informações e a minha cabecinha cada vez menos capaz de acompanhar.” Pg. 54.

Carolina: “Levantei de forma brusca e olhei em seus olhos. Não carregavam aquela melancolia sem energia que ela exibia nos últimos meses. Não carregavam nada. Pareciam normais, neutros, até confiantes.” Pg. 169.

Conexão Literatura: Se você fosse escolher uma trilha sonora para o seu livro, qual seria?

Cris Casagrande: “Carolina” na verdade tem uma trilha sonora oficial. Eu fiz uma playlist no Spotify para comemorar um ano de lançamento do livro, na qual coloquei todas as músicas que são citadas na história e também mais algumas que sei que a Carol gostaria. Agora, se “Querida Alice” fosse ter uma trilha sonora, acredito que seriam as duas primeiras músicas do EP das Anavitória “Anavitória canta para pessoas pequenas, pessoas grandes e não pessoas também”: “Mistério” e “Pirilimpimpim”, que são músicas que podem ser chamadas de infantis, mas têm uma profundidade poética maior que a maioria das que encaixamos nesta categoria, assim como classifico meu livro.

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para saber um pouco mais sobre você e sobre o seu trabalho literário?

Cris Casagrande: Quem tiver interesse pode acessar meu site ‘criscasagrande.com.br’, onde há textos, fotos, postagens relacionadas ao mundo da literatura, poesias e também um espaço especial dedicado à minha personagem Alice, com doze textos (que não contêm spoilers dos livros) para conhecer mais sobre ela e também sobre os outros personagens de sua história. Além disso, também podem entrar em minhas redes sociais: meu Tiktok e Instagram são @acriscasagrande, e também administro o perfil (do Instagram) @escrevoromances, todo dedicado ao mundo literário, no qual posto principalmente memes e faço vários jogos nos stories, mas sempre incluo as novidades do meu trabalho. No meu Instagram pessoal, citado anteriormente, posto sobre o meu trabalho literário e musical, pois também sou cantora e compositora, além de outros conteúdos. 

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Cris Casagrande: Há sim projetos novos em andamento. Pretendo, ainda neste ano, escrever um terceiro livro que complete a história dos personagens do universo da Carolina e da Alice, assim teremos uma espécie de trilogia. Além disso, como já comentei, escrevo poesias desde criança, então logo pretendo lançar um livro deste gênero. Também tenho uma música nova, que já foi gravada e pretendo lançar antes do ano acabar, ela se chama “Há de Ser” e é a música que escrevi para o amor da minha vida, o qual ainda não conheci.

Perguntas rápidas:

Um livro: “Extraordinário”

Um (a) autor (a): Paula Pimenta

Um ator ou atriz: Tom Holland

Um filme: “Flipped” (em português “O Primeiro Amor”)

Um dia especial: O lançamento do meu primeiro livro, “Querida Alice”.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Cris Casagrande: Primeiramente quero agradecer a oportunidade de falar sobre o meu trabalho, ao qual pretendo dar continuidade por muito tempo. Também gostaria de dizer que tenho três singles já lançados em todas as plataformas digitais (comentei anteriormente que sou cantora e compositora), são eles: “Diz Pra Ela”, “Canto” e “Para Todos Os Garotos Que Não Me Amaram”; todos eles contam vídeos oficias em meu canal do YouTube (que também conta com alguns outros vídeos musicais): Cris Casagrande, sendo que o último citado tem um clipe todo baseado na trilogia de livros e filmes “Para Todos Os Garotos Que Já Amei”.

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