No
final da década de 70, Chris Claremont e John Byrne fizeram história na revista
Marvel Team-Up, que apresentava encontros de personagens Marvel. Toda a
sintonia que se tornaria célebre nos X-men já aparecia ali. Mas em 1978, o
sucesso da revista dos mutantes (que transformou a revista de bimestral para
mensal) fez com que Byrne abandonasse a Marvel Team-Up. Sua última colaboração
foi no número 69, com roteiro de Claremont.
Na
história, o Faraó Vivo sequestra Destrutor, o irmão de Cíclope, com o objetivo
de sugar sua energia e assim se tornar extremamente poderoso. Claro que
Claremont tinha que encontrar uma maneira de colocar o Homem-aranha na
história, então os lacaios do Faraó vão roubar um amuleto místico numa sala da
universidade onde Peter Parker estuda, o que faz com que o amigão da vizinhança
vá atrás dos ladrões e se veja envolvido com a trama principal.
Aí
temos o primeiro problema da história. Há toda uma sequência em que o Aranha
salva o Destrutor, apenas para que depois ele seja preso novamente. Como a
sequência inteira não ajuda a narrativa a caminhar, dá a impressão de que seu
único objetivo é esticar o número de páginas. A história poderia ser muito mais
sintética se já pulasse para dentro da embaixada do Egito. Lá, o aracnídeo
inadvertidamente transforma o Faraó no Monolito Vivo (por sinal, um dos vilões
mais perigosos da Marvel a partir dessa história). Outro ponto falho é Lorna, a
namorada do Destrutor, atacada junto com ele e que desaparece da história a
partir de certo ponto.
Mas
era uma época em que HQs Marvel tinha uma narrativa fluída, algo ainda mais
destacado pelo traço simples e elegante de John Byrne, o que tira a atenção dos
problemas.
Uma
curiosidade dessa história é que a arte-final ficou por conta do filipino Tony
de Zuniga e do sul-americano Ricardo Villamonte, que dão ao traço de Byrne um
estilo completamente diferente do que estamos acostumados a ver.
No
Brasil essa história foi publicada em Superaventuras Marvel 61.
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