João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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sábado, 9 de abril de 2022

Monstro do Pântano – Pog

 



Certamente uma das mais estranhas histórias do Monstro do Pântano é Pog, publicada em Swamp Thing 32, com desenhos de Schawn McManus.

Essa história é uma menos celebradas pelos leitores, a maioria dos quais deixou escapar a referência óbvia. Pog é a versão de Alan Moore para Pogo, de Walt Kelly.

Essa tira de quadrinho surgiu inicialmente como um gibi da Dell Comics, mas logo migrou para os jornais, sendo publicada por até 500 períodicos na sua fase áurea.

Pogo é um gambá antropomorfizado que vive em um pântano com seus amigos, o jacaré Albert, a coruja Howland Owl, a tartaruga Churchy La Femme, o mastim Beauregard Bugleboy e o porco-espinho Porkypine. Inteligentemente, Walt Kelly usava o formato aparentemente inocente de história em quadrinhos com bichinhos para refletir sobre a sociedade em que vivia e fazer forte crítica política. O senador Joseph McCarthy, por exemplo, apareceu na história como um gato selvagem de tendências ditatoriais chamado Simple J. Malarkey. Na HQ o gato desencadeia um reino de terror e intimidação no pântano.

Walt Kelly também usava as tiras e páginas dominicais para difundir ideias ecológicos. Uma frase de uma das histórias tornou-se lema de grupos de ecologistas: “Nós encontramos o inimigo, e ele somos nós”.

Moore usa todo esse contexto na história com maestria, imaginando um grupo de animais que cruza o universo em busca de um planeta onde poderão viver em paz depois de seu planeta ter sido destruído por uma espécie predadora, que não vivia em harmonia com a natureza.

O protagonista é Pog, e seu amigo (que tem grande importância na história) é um jacaré nitidamente baseado no jacaré Albert. Também é possível perceber na tripulação um equivalente a um porco espinho. Além disso, a nave é uma tartaruga. 

O grupo chega à terra e descem exatamente no pântano onde vive o Monstro do Pântano.  Eles ficam maravilhados com a natureza exuberante e acreditam que finalmente acharam a Dama, a terra prometida. Mas a dura realidade logo se revelará para eles.

O curioso dessa história é que Moore simplesmente inventou uma língua para os animais alienígenas (o que deve ter dado um trabalho monstruoso para os tradutores). Um exemplo: “Atmosfitos medianamente toleráveis... gravifícos bastantes para manter a água parada no fundo... então, segundo minha calculetagem... vocês podem se desentranhar com plena imunidade diplomática”.

Posteriormente, em uma história em que o Monstro do Pântano visita o planeta Rann, Moore voltou a brincar de criar uma língua, mas dessa vez o fez de forma muito mais ampla.

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