João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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quarta-feira, 6 de abril de 2022

ENTREVISTA COM ESCRITOR: Greici Ferrari e o livro Simplesmente rara, por Cida Simka e Sérgio Simka


Fale-nos sobre você.

Nasci no ano de 1983 em Ibirubá/RS, cresci em Erechim/RS e desde 2010 resido em Bento Gonçalves/RS, onde atuo como pedagoga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). Sou graduada em Pedagogia, especialista em Orientação Educacional e Supervisão Escolar, mestre em Educação, uma das idealizadoras da Associação 9 p Brasil (em processo de constituição) e mãe da Manuela. Em meus diferentes papéis insisto em ser inteira: e é assim que estabeleci minha relação com a escrita. Simplesmente Rara é minha primeira obra, almejo que os leitores se identifiquem e que a vida siga inspirando a novas escritas.

ENTREVISTA:

Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?

Passamos por um processo de diagnóstico tenso que durou um ano, nesse período eu buscava encontrar respostas em pesquisas e publicações do que poderia estar acometendo minha filha, paralelo a isso registrava nossa história.

Após o diagnóstico da síndrome 9p ¬¬- alteração genética no cromossomo 9, no caso de minha filha uma supressão de parte superior do cromossomo, que ocasiona atraso global de desenvolvimento - optei por criar um blog e contribuir com famílias que passavam por situações semelhantes.

O blog cumpriu seu papel, encontrei um grupo de famílias que foi crescendo também a partir do blog. Nos constituímos como uma verdadeira rede de apoio e hoje estamos nos constituindo como Associação 9p Brasil. Contudo, passamos por situações de preconceito, em nosso caso a síndrome não é visível, logo questionada. A própria demora na aquisição de linguagem foi tachada como preguiça. Como pedagoga conhecia o desenvolvimento infantil, já escrevia e ao ler “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus, cheguei à conclusão de que precisava apresentar nossa história para o mundo. 

Por mais que a leitura ainda não seja um hábito unânime, eu acredito no poder dos livros. Antes mesmo de começar a estruturar Simplesmente Rara tinha claro o desejo que chegasse a muitos. Afinal, empatia, amor incondicional e respeito são temáticas que perpassam a escrita e para que a inclusão ocorra de fato poderia ser interessante a sociedade conhecer os desafios e alegrias da convivência com uma criança atípica.

Papai é Pop, de Marcos Piangers foi o livro que inspirou a transformar meus textos em crônicas. O tema era denso, a leitura precisaria ser leve e fluida. Foi assim, unindo uma temática social, desafios, progressos e até mesmo uma pitada de humor, que nasceu Simplesmente Rara. Livro para emocionar e tocar para práticas inclusivas.

Se tiver outros livros, fale-nos sobre eles.

Durante o processo de publicação de Simplesmente Rara percebi que a escrita estava se tornando cada vez mais necessária. Tive insônias, descobri que escrevia poesias, uma delas foi aprovada em uma antologia da Editora Expressividade, ainda sem data veiculada para publicação. Também tenho uma crônica na coletânea “Com a palavra, a mulher” - Bellelê Projetos Literários - lançamento no dia 08 de março de 2022. Pretendo publicar novas obras, já que literalmente me encontrei na escrita.

Como analisa a questão da leitura no país?

Sabemos que o Brasil é um país imenso, desigual e que pouco investe em políticas públicas para incentivo à leitura. Logo, boa parte da população não tem acesso. O estímulo à leitura precisa acontecer desde a infância, escolas e famílias, têm papel fundamental na construção de uma sociedade leitora. Se ainda temos escolas sem bibliotecas e pais analfabetos, ou que dizem abertamente aos filhos: “não tenho tempo para ler com você”, estamos mesmo falhando. Além de observarmos o contexto macro, acredito que precisamos dirigir o olhar para nossas práticas. Como mãe leio com minha filha, possibilito que do jeito dela ela também conte histórias, mesmo sem saber ler, envolvida nesse ambiente vem me provocando para que escrevamos um livro juntas. Nossa prática pode parecer insignificante. Todavia, acredito que se cada pai e se cada mãe tivesse condições para contar histórias a seus filhos, o hábito da leitura poderia se consolidar e consequentemente o país passaria a outro patamar.  

O que tem lido ultimamente?

Este ano estou me desafiando a ler autores contemporâneos, que assim como eu estão iniciando na escrita, e clássicos, que são leituras que me prendem. No momento estou lendo “A hora da estrela” - Clarice Lispector. Minha organização literária também é aberta ao meu momento, já senti que precisava de um abraço e optei pelo porto seguro de uma releitura. A leitura tem papel fundamental em minha construção como gente e escritora.

Link para o livro: https://besourobox.com.br/simplesmente-rara-880


CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).

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