Italo Carvalho - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Antes de falar um pouquinho sobre minha obra, eu gostaria de agradecer esta oportunidade, e dizer que é uma honra ter esse reconhecimento e prestígio, e perceber o grandioso trabalho da revista em ajudar autores a alcançar destaque no ramo literário. Eu me chamo Italo Carvalho, tenho 28 anos e sou natural da cidade de Pirapora-MG. Desde pequeno, eu sempre tive fascínio pelo universo das histórias, sendo minhas preferidas as revistas de super-heróis que meus amigos me emprestavam. Foi com elas que descobri o quanto era apaixonado pelas narrativas criativas desses escritores e, desde então, sempre desejei escrever as minhas próprias histórias. De lá para cá, eu rabiscava quadrinhos, criando meus próprios personagens, e comecei, também, a escrever histórias curtas em meu computador, normalmente com no máximo 50 páginas. Com a vida adulta, precisei deixar um pouco as minhas histórias de lado para me dedicar inteiramente aos estudos e faculdade. Atualmente, sou advogado, e voltei às velhas raízes, escrevendo todas as histórias que ficaram engavetadas na minha memória, sendo Lilith a primeira delas, e também a que mais me desafiou e por isso estou bastante orgulhoso de ter concluído e publicado este trabalho.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro O código Lilith. O que motivou a escrevê-lo?
Bem, Lilith é uma
história de ficção que se passa no futuro. Nesse livro, as mulheres governam o
mundo após os homens terem perecido por causa de um poderoso vírus. Duas
grandes potências assumiram o controle mundial: a União Asiática e o Estado
FEM. Esses governos, contudo, tentam a todo custo derrubar um ao outro há anos,
mas após uma série de incidentes e ataques, o clima de tensão ficou tão
sério a ponto de ambos os lados reconhecerem que a iminência de guerra é
inevitável.
Tentando se
antecipar ao inimigo para garantir a vitória, o Estado FEM convocou dezenas de
adolescentes, com o objetivo de treiná-las e mandá-las para o campo de
batalha. Uma dessas adolescentes se chama Evelyn Bertz. Sua vida muda completamente
no momento em que o Estado FEM descobre que ela possui relação com uma antiga
terrorista chamada Lilith. A partir daí o desespero toma conta de Eve, que
precisará lutar pela sobrevivência, enfrentando o poderoso exército FEM sem ao
menos saber a verdadeira razão que determinou a ordem de captura.
Sobre a razão para escrever esse livro, eu gosto de pensar que o brasileiro é extremamente criativo, mas falta o reconhecimento de seus trabalhos. Isso, para mim, se dá em razão de darmos tanto valor ao que vem de fora, de estarmos familiarizados com histórias fantásticas que acontecem em outros países, como Estados Unidos e Japão, por exemplo, mas termos um ligeiro desinteresse com histórias tão incríveis quanto as estrangeiras, contadas por nossa gente. Essa foi, sem dúvidas, a minha maior motivação para escrever o Código Lilith e outros livros que estou atualmente revisando, e estar tão dedicado a buscar o reconhecimento por este trabalho. Existem incontáveis autores em nível best-seller no Brasil, com histórias tão originais que facilmente se tornariam grandes franquias cinematográficas, mas, para que isso aconteça, é necessário deixarmos de lado a indiferença que nos afasta dos nossos autores e entender que o Brasil também tem potencial para produzir obras magníficas, entender que aqui também podem acontecer histórias mágicas e envolventes e que também podemos ter super-heróis tão bons quanto os das editoras mais consagradas. Ressalto, todavia, que não eu não digo para abandonar as histórias de fora, pelo contrário, elas são excelentes, mas podemos dividir espaço com o que temos em nosso país, e colocar nossos escritores entre os melhores em nível mundial. Tudo se resume a dar uma chance.
Trata-se do primeiro volume da saga de Lilith. Como está estruturada essa saga? São quantos volumes?
A saga está programada para ter três volumes. Neste primeiro, eu apresento os personagens principais, suas motivações e principais características, e deixo alguns segredos ao longo das páginas, para que o leitor se sinta motivado a continuar a leitura, a se familiarizar com cada um dos personagens. Eu tentei não focar em apenas um protagonista. Cada personagem tem sua vida, seus sonhos e desejos, e eu tentei deixar isso bem claro na história. Para mim, um livro precisa estar em constante movimento, quase vivo, ou seja, cada capítulo deve apresentar uma nova ideia e não apenas se prender ao contexto principal, para garantir aquela sensação de continuidade e ansiedade pelo desfecho, que fazem o leitor finalizar o livro imerso inteiramente na história, como se ele estivesse lá dentro, resolvendo os conflitos ao lado dos personagens.
O que tem lido ultimamente?
Atualmente, tenho divido a minha leitura entre livros do direito e alguns livros indicados em grupos de leitura, além de algumas sagas em HQs.
Quais são seus próximos trabalhos?
Tão logo eu finalize a saga de Lilith, irei revisitar alguns livros que já estão prontos, revisá-los, complementar a história no que for necessário, e tentar publicá-los também. Eu gosto muito de escrever histórias de aventura e fantasia, e espero que os leitores gostem dessas obras tanto quanto eu gostei de escrevê-las.
Link para o livro:
https://www.lojaeditorauirapuru.com.br/produtos/o-codigo-lilith-volume-1/
Entrevista com o autor sobre o livro O oráculo:
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/2018/03/italo-carvalho-e-o-livro-o-oraculo-por.html
CIDA
SIMKA
É
licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP).
Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru,
2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora,
2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca
(Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).
Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos
para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora
Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O
medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos
sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão
Literatura.
SÉRGIO
SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).
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