RIGA, pseudônimo de João Luiz Cougo, nasceu em Rio Grande/RS em 1967. E em Rio Grande, na FURG, começou o curso de Bacharel em Direto, que na Universidade de Passo Fundo concluiu. É também Bacharel em Teologia pela Faculdade de Entre Rios, no Piauí.
Empregado público, desde 2002, na ECT. É casado e tem um filho. Leitor contumaz de filosofia. Interessado em política e economia. Acompanha a vida do país sempre com atenção e, por vezes, sofrimento. É defensor dos direitos humanos, dos animais e do meio ambiente.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Riga: Fui uma pessoa bem solitária e com muita dificuldade para lidar com as emoções. A escrita foi o caminho que encontrei para trabalhar com os meus sentimentos e evoluir. Ou seja, uma forma de terapia.
Transformar o que eu havia escrito em um livro foi um ato de coragem, pois, é uma exposição; mas também o início de uma nova fase. Mais um passo em direção a uma versão melhor de mim.
Conexão Literatura: Você é autor do livro "Solilóquios". Poderia comentar?
Riga: Solilóquios, como o próprio nome diz, são conversas comigo mesmo. Ele é composto por uma série de textos sobre sentimentos, pensamentos, percepções sobre o mundo. Está dividido em cinco capítulos que recebem o nome de estações (em outros tempos havia 5 e não 4 estações no ano).
Cada estação corresponde a um estado de espírito, então, quem ler pode optar por textos que vão do depressivo ao otimista passando por outras nuances do ser humano. Tem textos sobre sexo, religiosidade, filosofia, raiva, decepção...
Se Solilóquios nasceu com uma pretensão foi a de estimular as pessoas a se expressarem através da escrita também. Colocarem para fora seus medos, seus anseios, suas loucuras e suas ideias. Isso como uma forma de tratamento da alma
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Riga: Não sei se chamaria de pesquisa, mas li muito. Diversos livros, múltiplos autores, das mais variadas áreas. Essa foi e é minha maneira de reunir impressões. A “pesquisa” nunca acaba. Sempre temos mais e mais leituras para fazer; a cada fase e a cada novo personagem, que estamos desenvolvendo.
E, claro, o fundamental é perceber a vida, sentir a fundo as coisas. Isso implica em muitos sofrimentos, mas também em inusitadas alegrias.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?
Riga: O poema Renovação é um...
A cada, igual diferente,
que encontramos,
chamamos: ser humano.
E a cada,
dia diferente, que nos
sobrevém, perguntamos: em que mudei?
E se nada mudou:
por que estou assim, tão igual?
A vida é sim,
um tédio, quando nos repetimos
a mesma ideia eternamente.
Reforçando, infinitamente, a nossa
convicção.
E, se a vida desabrocha, assim,
de repente,
pergunto: o que houve?
Algo viveu em mim?
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Riga: O livro físico é encontrado na editora Viseu https://www.eviseu.com/pt/. E o ebook, no Brasil, está em diversas vitrines online: Amazon, Magazine Luíza, Americanas etc. Fora do país em sites como o https://www.wook.pt/ de Portugal ou o https://www.barnesandnoble.com/ dos E.U.A. Para mais informações acessar a página Solilóquios no facebook https://www.facebook.com/terapiaempaginaspalavraseletras/
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Riga: Sim... Já estou reunindo o material do próximo livro, que a princípio deve se chamar de Reminiscências, ou seja, recordações. Uma série de textos autobiográficos que de certa forma fazem uma “homenagem” às pessoas que estiveram em minha vida em algum momento do passado.
O interessante é que não há um compromisso com a realidade. São impressões, registros emocionais e às vezes perturbadores. Rs! Minha cabeça nunca foi exatamente normal.
Perguntas rápidas:
Um livro: Tao Te Ching
Um (a) autor (a): Lou Marinoff
Um ator ou atriz: Anthony Hopkins
Um filme: Melhor É Impossível com o Jack Nicholson
Um dia especial: 23/09/2004 – Nascimento do meu filho.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Riga: É chato, mas é verdade: pessoas sensíveis sofrem mais. Entretanto ser empático é como ter um paladar apurado para a vida. A gente percebe tantas coisas que para outros nem existem.
Isso tem seu preço e exige um processo contínuo de reequilíbrio. Nesse sentido ler é importante e escrever pode ser o complemento indispensável. Estimulo a todos e todas fazer isso como uma forma de terapia.
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