Museu de Arte Sacra e Popular reabre com exposição de artes produzidas durante a pandemia
Aqui vai uma excelente dica cultural para os dias 12 e 17 de outubro, de 07 as 13 h, a dica é a exposição de arte O Retorno da Primavera, no Museu de Arte Sacra e Popular que fica na Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro, localizada na Rua Amaral Costa, 141, Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O evento será gratuito, ideal para toda a família aproveitar o fim de semana e o dia das crianças, a exposição conta com a curadoria de Antônia Philippsen e do Padre Paulo Abreu, e com a participação de mais de 20 artistas locais.
A proposta da exposição é celebrar a chegada da primavera e a reabertura do Museu, que se encontrava fechado há quase dois anos, desde o início da pandemia. O Museu está reabrindo com uma programação dedicada a todas as idades trazendo uma exposição com obras inéditas produzidas durante a pandemia, o objetivo é mostrar as mais variadas emoções que ocorreram durante o período pandêmico traduzidas em obras de arte.
Léo Shun - Foto divulgação |
Dentre os artistas convidados da exposição está o grafiteiro e artista plástico Léo Shun, que irá expor cinco obras: Felicidade, A ponte, Carnaval brasileiro 2021, Humanidade e Dois mundos. Shun é conhecido por ser um grande nome do graffiti e também por suas atuações artísticas geralmente direcionados a região da zona oeste do Rio.
Em entrevista o grafiteiro afirmou que durante o período de pandemia dedicou-se a mergulhar em sua arte como nunca tinha feito antes. A obra Carnaval brasileiro 2021, por exemplo, é uma prova disso, uma pintura em grandes proporções, medindo 293 x 194 cm, onde o artista faz uma forte crítica às imprudências e irresponsabilidades que ocorreram durante a pandemia como as festas clandestinas, o desmatamento da Amazônia e a falta de oxigênio que na época contribuiu para a morte de varias pessoas em Manaus. Uma manifestação artística bem diferente do eixo temático que geralmente vemos Shun pintar, "minhas obras investigam a humanidade e as relações humanas, na exposição o público encontrará um pouco dos sentimentos que tive durante a pandemia, bons e ruins, a partir de diferentes percepções", diz Shun.
A zona oeste é uma região rica em artistas, porém carente de espaços expositivos para as artes visuais. Nesse contexto o Museu destaca-se por ser um espaço de extrema importância na região, pois realiza e apoia diferentes projetos culturais, além de oferecer o protagonismo aos artistas locais é um excelente espaço de fruição artística e acessível ao público do entorno.
"O título O Retorno da Primavera vem para nos lembrar que sempre há vida e renascimento, a primavera nos lembra da retomada do florescer e do início de um novo ciclo de vida e como o Museu ficou fechado quase 2 anos praticamente reiniciamos todo o trabalho que já estava desenvolvido ali desde 2015", diz Padre Paulo Abreu, pároco e diretor do Museu.
Os dias 12 e 17 de outubro são os dias de abertura da exposição, porém ela deve continuar até dezembro seguindo todos os protocolos de cuidado e prevenção ao covid-19, por isso as visitas fora dos dias de abertura deverão ser agendadas previamente com a curadora Antônia Philippsen.
0 comments:
Postar um comentário