É formado em Geologia pela Universidade de Brasília, 1974;
e em Direito pelo IESB – Instituto de Ensino Superior de Brasília, 2015.
Trabalhou como Geólogo de Pesquisa Mineral e na gestão
e planejamento ambiental, nos Estados de Goiás, Paraná, Bahia e na Região
Amazônica.
Por concurso público, foi admitido no Senado Federal, 1997, no cargo de Consultor Legislativo. Em 2011 passou à inatividade.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
João Pontes: Aposentado, passei a escrever artigos de
opinião para jornais do Ceará e de Brasília, sempre enfocando temas políticos e
sociais. Sempre tive como objetivo elevar a consciência da sociedade sobre
temas de interesse coletivo, como forma de denunciar e combater a desigualdade
social e econômica, que infelizmente caracteriza o País.
Passei, também, a escrever textos sob a forma de
poemas, expressando as minhas concepções sobre o mundo, a realidade social e as
relações humanas. Os textos foram se acumulando, até que decidi publicá-los no
meu primeiro livro (Tantas Despedidas – Ensaios e Reflexões. Brasília: Guerra
Editora, 2013, 107 p.).
Em 2018 reuni os textos mais relevantes, escritos no
período de 2013 a 2017, e os publique no meu segundo livro (No Caminho, Sempre
a Caminhar – Ensaios Socioeconômicos e Políticos. São Paulo: All Print Editora,
2018, 202 p.).
Paralelamente, continuei a escrever poemas. No meu terceiro livro (Devaneios – Ensaios Poéticos e Filosóficos. São Paulo: All Print Editora, 2018, 114 p.), estão reunidos os que foram escritos no período de 2013 e 2017.
Conexão Literatura: Você é autor do livro "Menino do Sertão" (Drago Editorial). Poderia comentar?
João Pontes: Trata-se de um livro semi ficcional, de
memória, que descreve a trajetória de um menino (Jones, nome fictício) que saiu
de uma pequena cidade do interior do Ceará e vivenciou experiências em diversas
partes do Brasil. Com sua aguçada sensibilidade social esforçou-se para
conhecer a realidade sociocultural das populações que habitavam essas regiões e
as descreve no livro, de acordo com a sua peculiar percepção.
O livro traz informações valiosas sobre o início da construção da cidade de Brasília, aonde Jones chegou em 1960, com apenas 15 anos, assim como sobre as realidades socioculturais e econômicas das outras partes onde posteriormente trabalhou e viveu, especialmente a região amazônica.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
João Pontes: Por tratar-se de um livro de memória, não envolveu grandes formas de pesquisa. Ao contrário, o autor procura relatar a sua visão pessoal dos vários temas descritos no livro, escrito no período de 2018 a 2020.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?
João Pontes: Escrevi chorando muitos trechos desse livro, principalmente os da parte inicial. Destaco o seguinte:
“Na
noite de divulgação do resultado do vestibular da UnB de 1970, Jones ficou
ouvindo por uma estação de rádio de Brasília a leitura, nome a nome, da relação
dos aprovados em cada curso. Os aprovados em Geologia só foram anunciados por
volta de duas horas da madrugada. Jones estava sozinho quando ouviu o seu nome
e teve uma das maiores emoções de sua vida. Ajoelhou-se, e somente na presença
de Deus, fez um juramento: jamais usaria os seus conhecimentos intelectuais
para prejudicar os seus irmãos. Ao contrário, se comprometia a sempre ajudar os
mais necessitados, da melhor forma que pudesse.
Ao longo de sua carreira profissional e de sua vida, nunca se esqueceu desse compromisso.”
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
João Pontes: O livro está à venda nos seguintes sites:
Mantenho um blog, onde os leitores poderão encontrar alguns artigos escritos mais recentemente: www.joaobpontes.com
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
João Pontes: Continuar escrevendo artigos de opinião e um novo livro retratando o Brasil que vivi.
Perguntas rápidas:
Um livro: Sapiens – Uma breve história da humanidade,
Yuval Noah Harari
Um (a) autor (a): Ariano Suassuna
Um ator ou atriz: José Wilker
Um filme: Amadeus, que além de nos fazer relembrar
obras musicais do extraordinário Mozart, nos faz também perceber o quanto a
mediocridade age para prejudicar as pessoas inteligentes.
Um dia especial: 24 de junho, meu aniversário.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
João Pontes: O livro Menino do Sertão relata o
envolvimento do personagem Jones nos movimentos pela redemocratização do Brasil,
ocorridos mais fortemente na década de 80 do século passado. Participação
modesta, mas firme e consciente.
No entanto, ele jamais poderia imaginar que a tão
sonhada democracia, que tanto lutou para ver implantada, fosse nos trazer ao
momento atual, no qual vemos o nosso País entregue a uma classe política
degradada. Sem dúvida, o atual desgoverno, que afunda o País em crises
política, econômica e sanitária sem precedentes, é produto da degradação da
classe política e de um povo majoritariamente inconsciente. Espera ele que o
genocídio consciente que está sendo praticado possa ser interrompido e punido
exemplarmente, para que nunca mais se repita.
Boa noite, meu caro João Batista!
ResponderExcluirSou cearense de Nova Russas, como você. Seu conterrâneo, com orgulho, e só conheci sua obra e hiatoria agora que li seu livro, Menino do Sertão, um presente que meu irmão que ainda mora em nossa cidade Natal me deu.
Sua história é inspiradora e, se me permitir, muito gostaria de conhecer o amigo pessoalmente. Que. Sabe.um café.
Meu contato: (61) 996764606.
Boa noite amigo!