Aglomerado Globular de Ômega Centauri: com milhões de estrelas, é o maior dos aglomerados globulares da Via Láctea |
O “Destruidor de Galáxias” se estendia pela frente, avançando em direção do centro maciço da Galáxia, como se quisesse unir-se ao conglomerado que poderia destruí-lo. Mas não se admitia que pudessem aniquilá-lo, visto que fora feito para absorver e não ser absorvido. Na imensidão incalculável do espaço, já tinha percorrido distâncias que não se limitavam ao real. Escapara do paradoxo “viagem além da luz”, limitando-se a escolher os horizontes de evento dos buracos negros rotacionais e emergira várias vezes de uma coordenada a outra do Universo, calculando com precisão os maiores aglomerados de estrelas. Até agora havia engolfado uns doze milhões de sistemas estelares isolados e dois ou três aglomerados globulares de mais de dez bilhões de estrelas e planetas. Mas nunca tinha chegado perto de um centro galáctico, pois uma ressalva em seu impulso primário apontava perigo, mas sem especificar o porquê desse perigo.
O Destruidor continuou seu caminho em velocidade sub-quarkiana, na quadragésima-sétima dimensão em que se movia. Por se tratar de um nível tão alto de dimensionalização, ele não podia controlar a velocidade muito rapidamente, em termos de diminuí-la ou aumentá-la. Ao necessitar de outros lugares em que pudesse atuar, ele tinha de mudar para cinco sectans de dimensão e penetrar no horizonte de eventos do buraco negro escolhido. Nenhuma forma de vida podia detectá-lo, pois o Destruidor de Galáxias situava-se fora do campo de definição sob quaisquer elementos físicos conhecidos. Somente ao se concretizar em um poliedro de duzentas faces na terceira dimensão comum aos planetas e estrelas, então poderia ser contatado. Como ninguém tomara conhecimento do engenho senão tarde demais para ser feito algum contra-ataque, nada se efetuara para detê-lo ou mesmo para explicar o porquê do desaparecimento de uma porção de cada Galáxia por onde ele atuara.
Houvera alguma sensação de expectativa quando o Destruidor passara de uma fase a outra do circuito hipercondutor e descobrira que poderia tomar quaisquer atitudes, até mesmo quando a diretriz impressa incluía uma visita ao desconhecido. Calculara com perfeita exatidão de infinitas séries infinitesimais (pois o Destruidor podia calcular o infinito!) o tempo que levaria para percorrer a distância de onde emergira no espaço até o centro da Galáxia composto de cem trilhões de Sóis. As nuvens de poeira, os meteoritos, as partículas cósmicas e a radiação de estrelas isoladas não o atraíam. Eram presas fáceis e gastaria um tempo que, embora desprezível para o tempo de sua existência, não resultava em ganhos palpáveis de energia quântica para justificar uma parada repentina. Não quando tinha uma quantidade quase incalculável de energia no seu destino imediato.
Não havia perigo de ser desintegrado por supernovas, estrelas-de-nêutron, anãs brancas e buracos negros quando em viagem na quadragésima-sétima dimensão. Sua forma de viagem era até mais eficiente que uma jornada de neutrinos, pois nada o afetava e nunca se desgastava.
O Destruidor de Galáxias aproximou-se, a doze anos-luz do turbilhão de miríades de estrelas, destituídas de planetas. Mésons e noonons que permaneceram até então inativos no interior do engenho aniquilador tornaram-se energéticos sob uma curva de dimensionalização três e a invisível máquina tornou-se visível em sua forma poliédrica peculiar.
As cinco milhões de estrelas que absorveu nos primeiros meses o tornaram muito forte. Porém, após alguns anos, quando estava se aproximando do centro geométrico da Galáxia, começou a perder pouco a pouco sua forma visível, pois as sub-partículas que o tornavam observável ficaram cada vez menos energéticas, mesmo após receberem mais e mais radiação das estrelas que o Destruidor consumia. Quando o mais perfeito robô até então construído chegou ao centro da Galáxia, não encontrou mais estrelas. Havia um vazio total, mas não era um buraco negro.
O espaço estava ausente. Não havia partículas ou sub-partículas, muito menos elementos que resultassem em ganhos energéticos. O engenho tentou transfigurar-se e mudar para a dimensão subquarkiana em que viajava, mas não conseguiu. Também não contatou nada que pudesse servir de referência, como quasares ou pulsares, ou mesmo simples estrelas distantes. Estacionário, sem a liberdade que desfrutara por tantos e tantos milênios, vagava pelo espaço e não pôde mais carregar-se de energia. Não percebeu que estava dentro de um buraco branco, aprisionado em uma ponte interdimensional entre este e algum outro Universo paralelo.
Os cientistas da Terra, seres virtualmente imortais, não mais se preocuparam com o Destruidor de Galáxias. Estavam analisando mentalmente, dentro de suas esferas de energia de pensamento, os efeitos da simulação neurônica que acabaram de concretizar. Depois de repassarem as Equações de Delek-Sigmak, de número aproximadamente infinito, descansaram por um intervalo de tempo que lhes pareceu excessivo, mas que na realidade era próximo a zero. A seguir, concluíram que fora fácil defrontar-se com a ameaça quase perfeita, mesmo na segurança de uma simulação.
Sempre se pensara que, com a imortalidade, os homens regressariam rapidamente à decadência. Isto não aconteceu. Os terrestres imortais não se satisfaziam com a longevidade em si; desejavam ocupar seu tempo com construções matemáticas que fossem mais e mais perfeitas, mais e mais ideais.
Os cientistas decidiram, então, não mais se ater a hipóteses ou construções matemáticas que tendessem à perfeição, mas a trabalhar o mais seriamente possível para atingir um novo objetivo estipulado: construir não um esquema mental, mas um modelo real de um Destruidor de Galáxias e que fosse absolutamente ideal. Assim, teriam também outro desafio com que se defrontar.
Cuidar para se protegerem dele.
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
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