Ex-publicitária, ex-jornalista, atual estudante de alquimia e agora também escritora, Babi Borghese revisita a Roma barroca em seu romance histórico Em Nome do Papa.
“Um livro dentro de um livro; uma viagem dentro de uma viagem – ou várias”, define a autora, causando certo suspense. – “Viagens pelo mundo, pelo tempo e pelo interior da alma”.
Em Nome do Papa reconstitui o nascimento do barroco na Itália do século 17 por meio de fragmentos - de tempo, de consciência, de informações. Como brinca a própria escritora, “este é um romance histórico de fatos reais baseados na mais pura ficção”.
Foram quatro anos de pesquisas e, cabalisticamente, quatro meses de escrita. Durante o processo, Babi teve que aprender italiano para passar dois meses na Itália estudando história da arte, vasculhando bibliotecas e os Arquivos Secretos do Vaticano. Parte dessa experiência está registrada no livro, por meio das vivências da protagonista, espécie de avatar da escritora.
Em sua estreia na carreira literária, leoninamente Babi se propôs a um desafio: redigiu o diário de um príncipe conforme sua idade, amadurecendo aos poucos a linguagem desse personagem, dos seis aos 56 anos. No decorrer desse tempo, capítulos ficcionados a partir de momentos históricos colocam em cena grandes personagens de época como Gianlorenzo Bernini, o cardeal-nepote Scipione Borghese e o papa Paolo V, estes dois provavelmente ancestrais da escritora, que ainda tenta a confirmação, quem sabe para um segundo volume.
O Livro
A jornalista cultural Solana Borghese dedica-se aos estudos de alquimia e parte pelo mundo com alguns colegas para conhecer lugares demarcados pelas Linhas Ley – vórtices de energia que cruzam o planeta Terra. Uma dessas jornadas a leva a rever seu passado na Itália dos "seicento", época em que os Estados da Igreja, Caravaggio, Bernini e Galileo traçavam os rumos da política, da religião, da arte e da ciência. Desvende com Solana essa eletrizante fase da história da civilização. Viaje com ela pela Escócia medieval, a lendária Ilha de Avalon, a Roma barroca e a São Paulo contemporânea, além do atemporal deserto do Jalapão. Vasculhe com a protagonista os Arquivos Secretos do Vaticano e o Zodíaco de Glastonbury. Ajude-a a decifrar o enigma que a assola: quem foi ela, afinal?
A Autora
Paulistana com um pezinho no resto do mundo, Babi Borghese sempre que pode dá umas viajadas, o que lhe permitiu já ter levado sua mochila de estimação para passear em muitos países e também por vários pedacinhos de Brasis. Formou-se em publicidade. Trabalhou com produção de jingles no studio Spalla até a invasão do sintetizador, quando tudo perdeu a graça. Foi fazer anúncio de cliente direto para o After Eight, um jornal que falava da noite em São Paulo - baladas mil, com redação dentro de um bar, o House. Num pulo, virou jornalista. Cultural, sempre (nunca cobriu greve nem buraco de rua). Depois fez assessoria de imprensa (de casa noturna, teatro, televisão, jamais de político ou jeans desbotado). Trabalhou também na Rede Record. Pula daqui, pula de lá, foi parar no Itaú Cultural, onde continuou pulando - da assessoria para comunicação corporativa, para literatura, para o jornalismo cultural, para tudo ao mesmo tempo agora, por quase 20 anos, obtendo o reconhecimento da Who’s Who Storical Society americana (2001-2002). Desde 2013 dedica-se a freelas e projetos pessoais, como este, em outro instigante desafio. Agradece ao Universo pelas delícias de navegar meio sem leme, deixando a vida seguir a maré...
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