É caída a noite. Ao Sul da constelação de Pégaso, pode-se ver três manchas esmaecidas. É o que restou de três estrelas da constelação de Aquário, Sadalmelik, Sadalsund e Albali. Batalhas titânicas foram travadas nessa região do espaço e a energia termonuclear de tais sóis foi drenada para se combater um adversário tão poderoso, quanto temido pelos homens. Agora, todos os mortais descansam, após a longa labuta das Três Estrelas, em que, a cada batalha estelar, uma a menos restava para nos aquecer e proteger. Pois o Sol, abandonado há muito, fora extinto pelas Máquinas de Destruição, as Tauser-Borat, e a Humanidade fugira para Albali, estrela semelhante ao Sol, de quinta grandeza.
É chegado o Fim. Pois, após a última escaramuça, há tanto tempo que nem mesmo se encontra em minha memória, os homens se encontravam enfraquecidos o bastante para continuar a tarefa dura e constante de sobreviver. As Tauser-Borat, mesmo tão imponentes como o seu nome, viriam a sofrer colapsos sucessivos, tal a violência das lutas.
Em um planeta que orbitava Albali, construiu-se a última das cidades humanas, Hectoriadmi. No horizonte sem fim pode-se avistar algumas antigas montanhas, chamadas de Montanhas Dinásticas ou algo assim. Quanto mais o homem retirava energia de Albali, mais gelados se tornaram seus altiplanos, cumes e vertentes, e poucos eram os animais ou os intrépidos habitantes que lá continuavam a viver.
Alguns livros muito antigos, congelados e quebradiços, guardam ainda as palavras de antigos guerreiros: com o uso dos campos de fusão nuclear, poderemos deter as máquinas. Mas o Estado-Maior de toda península de Neme deve estar ciente do poderio de tais inimigos. Sendo...
Desse modo, o último livro dos terrenos descreve a situação, talvez dramática, talvez desesperadora, mas meus interiores têm pouco a discernir em matéria de sentimentos belicosos. Afinal, os humanos que me idealizaram não eram guerreiros.
No céu, negro e coalhado de estrelas, algumas em estágio de supernova, há um lembrete. Havia sido a última tarefa, a última realização que os humanos haviam conseguido concretizar, da queda das estrelas e dos planetas pelos quais eles lutaram por sua posse. Altaneira, entre constelações e aglomerados globulares de um bilhão de estrelas, jaz uma mensagem em transpacial: Não matamos por prazer, não lutamos por emoção, apenas construímos demais e, por elaborar demais, acabamos como os planetas, estéreis e sem nada por que lutar. Apenas construíamos e dominávamos. Não sigam o nosso caminho.
Cogito eu mesmo, invisível em minha própria dimensão em que os terrenos me acolheram, se eles não deixaram a opção da morte em meus vários crânios — ou o equivalente a eles em minha versão maquinal —, mas se até hoje não a descobri, então fui feito para viver - poderá haver propósito mais nobre em meu criador?
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
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Gostei muito! Pelo menos do ponto de vista em que estou entendendo a história, de que o narrador é o próprio inimigo que destruiu os humanos.
ResponderExcluirUma suposição muito interessante, Jose Maurílio. Valeu pela observação, um ponto de vista valido e observador!!
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