Thélio Queiroz Farias - Arquivo Pessoal |
Natural de Campina Grande, Thélio Queiroz Farias é advogado especialista em Direito Civil pela Universidade Humbold (Berlim/Alemanha). É titular da cadeira nº 23 da Academia de Letras de Campina Grande, e faz parte ainda das instituições: UBE – União Brasileira de Escritores, Instituto Histórico e Geográfico de Serra Branca-PB, Instituto Histórico e Geográfico do Cariri da Paraíba, dentre outras.
Autor de quinze livros, sendo: onze jurídicos, um livro infantil, um livro contendo relatos de viagens, um de oratória e um de poesias.
Encontra-se escrevendo uma nova biografia do grande pintor brasileiro Pedro Américo, além de um livro de crônicas de viagens pessoais que realizou ao longo da vida.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Thélio Farias: Iniciei publicando livros jurídicos. No início de 1996, ainda estudante do Curso de Direito da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), publiquei o livro “Comentários à Legislação do Mandado de Segurança”, que teve o honroso prefácio do jurista pernambucano Pinto Ferreira. Paralelamente, publicava artigos nos jornais da Paraíba. A partir do primeiro livro, não deixei de publicar. Em 2016, publiquei meu primeiro livro não jurídico, um livro infantil, “O Menino de Pijama”, em co-autoria com meu filho Gabriel, que no ano subsequente (2017), recebeu edição norte-americana.
Conexão Literatura: Você é o autor do livro “Vinte poemas de viagem e uma canção de chegada”. Poderia comentar sobre ele?
Thélio Farias: “Vinte poemas de viagem e uma canção de chegada” é fruto da paixão pela viagem e da intensa leitura de poesia. Como Ariano Suassuna dizia, “em mim, a poesia é profundamente passional”. Então, o livro é fruto do impacto que determinadas viagens tiveram sobre mim, como visitas a locais como Petra, na Jordânia, Havana, ao Cabo da Boa Esperança, aos templos cambojianos, a Machu Picchu, por exemplo.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Thélio Farias: Antes de toda a viagem, procuro ler sobre os costumes, a história, a política, as personalidades históricas e os monumentos que pretendo visitar. Esse estudo se constitui numa jornada antes da partida e, aliado ao impacto do conhecer “ao vivo”. Foram poemas selecionados, de 20 destinos especiais, que visitei entre 2009 e 2019, muitos dos quais rascunhei em cadernetas e que juntei para publicar o livro.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?
Thélio Farias: Um dos poemas que eu gosto muito é “Vida”, que foi inspirado na visita que fiz a Casa de Frida Kahlo, em Coyacán, na cidade de México, pelo seu teor histórico. Ao ler a poesia, eu vejo as cores alegres da obra pictórica de Kahlo.
Conexão Literatura: Qual a dica que pode dar a um escritor iniciante?
Thélio Farias: A dica que dou a quem pretende escrever é que leia. Leia o máximo que puder. Leia os clássicos, leia os grandes nomes da literatura mundial (Cervantes, Proust, Shakespeare, Camões, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, etc.) e brasileira, como Machado de Assis, José de Alencar, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Ariano Suassuna, Câmara Cascudo, Cecília Meirelles, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Vinicius de Moraes, Érico Veríssimo e tantos e tantos outros.
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Thélio Farias: “Vinte poemas de viagem e uma canção de chegada” encontra-se à venda no site da CASA Projetos Literários com frete grátis para todo o Brasil: www.casaprojetosliterarios.com.br. Convido a todos para me seguirem no Instagram: @thelio.farias. No Instagram eu mesclo informações sobre a carreira literária com informações pessoais, além de dicas de viagens.
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Thélio Farias: Tenho um projeto, já em fase final, de publicar um livro de crônicas de viagens, que intitulei “É caminhando que se faz o caminho”. É um livro que expõe emoções de viagens através da prosa. Espero que o leitor possa viajar na leitura, conhecendo diversos países e sentindo a emoção que senti. Outro projeto, que tramita paralelamente, é a biografia do paraibano Pedro Américo, o famoso pintor do quadro do grito do Ipiranga, livro no qual quero mostrar os múltiplos talentos do personagem histórico.
Perguntas rápidas:
Um livro: Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.
Um (a) autor (a): Ariano Suassuna.
Um ator ou atriz: Antonio Fagundes.
Um filme: Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society).
Um dia especial: O dia que conheci a casa de Dostoiévsky, em São Petesburgo.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Thélio Farias: Gostaria de terminar com uma pequena história que era contada pelo escritor israelense Amós Oz: “Quando eu era pequeno, queria ser um livro quando crescesse. Não escritor de livros, livro mesmo. Gente se pode matar como formigas. Escritores também não são tão difíceis de matar. Mas livros, mesmo se os destruímos metodicamente, sempre há chance de sobrar algum, nem que seja apenas um exemplar, a continuar sua vida de prateleira, eterna, discreta e silenciosa em uma estante esquecida de alguma biblioteca remota em Reykjavik, em Valladolid ou em Vancouver.”
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