Ana Lúcia Vieira de Andrade é PhD em Estudos Hispânicos pela McGill University. Viveu alguns anos no Canadá e tem uma filha canadense que mora no Brasil. Foi professora universitária e pesquisadora de pós-doutorado da UNIRIO. Atuou como colaboradora do JORNAL DO BRASIL online na qualidade de crítica de teatro. Possui três livros publicados na área de história e crítica do teatro brasileiro. Seu principal interesse enquanto pesquisadora tem sido o de estudar a dramaturgia escrita por mulheres no Brasil. A HISTÓRIA DE PINTA DALILA, PARA NUNCA MAIS ESQUECER é o seu primeiro livro infantil.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Ana Lúcia Vieira de Andrade: Sempre atuei no meio literário e artístico como crítica. Como autora, trabalhei apenas no setor do audiovisual, na qualidade de roteirista e produtora. A vontade de escrever para crianças surgiu ao acompanhar minha filha em seus estudos escolares e perceber que os alunos que passavam do ensino Fundamental I para o II tinham muitos problemas com os textos literários exigidos como leitura obrigatória no sexto ano, pois já eram textos de literatura adulta, ainda que, muitas vezes, adaptados. E eles vinham com poucas ferramentas para lidar com o estilo e os conflitos mostrados por esse tipo de produção. Assim, percebi que havia uma lacuna a ser preenchida e quis fazer isso com o meu trabalho.
Conexão Literatura: Você é autora do livro “A História de Pinta Dalila, Para Nunca Mais Esquecer”. Poderia comentar?
Ana Lúcia Vieira de Andrade: É um livro dirigido a crianças entre 8 e 12 anos, aos pré-adolescentes, que estão saindo do Ensino Fundamental I e indo para o Fundamental II. Seu objetivo é trazer as incertezas e os conflitos da literatura adulta para o universo da criança, dentro do paradigma da sua linguagem. O texto fala de perdas, mas de uma maneira positiva, “para cima”, como dizem os jovens. Minha intenção é dizer ao leitor: “olha, daqui para frente, o mundo do faz de conta vai acabar, mas você não tem que chorar por isso, nem tem que querer ser criança para sempre. A vida, quando encarada de frente, ainda que, às vezes, possa parecer bastante difícil, acaba por nos trazer, também, muita alegria”. É um texto que conversa com o leitor nesse momento em que ele está perdendo a infância e se encontra meio perplexo.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?
Ana Lúcia Vieira de Andrade: Gosto muito da frase inicial: “Às vezes, fico me perguntando: a lembrança é algo que a gente tem ou algo que a gente perdeu?”
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Ana Lúcia Vieira de Andrade: Hoje, as vendas são feitas unicamente através da página do livro no Facebook, intitulada A HISTÓRIA DE PINTA DALILA, PARA NUNCA MAIS ESQUECER. Lá também tem informações sobre a publicação.
Conexão Literatura: Quais dicas daria para os autores em início de carreira?
Ana Lúcia Vieira de Andrade: Se você tiver que escolher entre fazer um produto para agradar editoras ou escrever algo que o satisfaça como artista, não tenha dúvidas: siga o seu instinto e seja você mesmo, sempre.
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Ana Lúcia Vieira de Andrade: Sim, mas no audiovisual. Estou escrevendo um roteiro de longa-metragem.
Perguntas rápidas:
Um livro: A Ilíada, de Homero
Um (a) autor (a): Um é difícil demais. Tem que ser duas: Virginia Woolf e Clarice Lispector
Um ator ou atriz: Marcelo Mastroiani
Um filme: Morangos Silvestres, de Ingmar Bergman
Um dia especial: Qualquer um em que o calor seja moderado e o sol esteja lindo.
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