Raul Coutinho de Almeida - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Resido na cidade de São Paulo em São Mateus. Formei-me em administração e letras. Faço parte do Núcleo de Escritores do Grande ABC. Escrevo contos, poesias e crônicas no blogue Lavoura das Letras, do qual sou o
criador. E lancei minha primeira ficção "Anonimatum" em 2018.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro. O que o motivou a escrevê-lo?
Meu livro "Anonimatum" conta a história de um garoto que acorda à beira da praia sem saber nada sobre si ou sobre o que está a sua volta. Em um futuro caótico causado pelo aquecimento global, ele se aventura em busca de sobrevivência e em busca de uma identidade num mundo que perdeu a sua, sendo levado a questionar seus valores e princípios.
Como analisa a questão da leitura no país?
Nunca se leu tanto. Na era da informação, o que se tem hoje em dia na palma da mão é leitura atrás de leitura por meio dos algoritmos. Entretanto, leem-se textões no Facebook, correntes de WhatsApp, desabafos dos doutores de ciências políticas, frases da Clarice que nem são dela.
Nestes meios comuns (não literários), de arte, o que menos se fala é de leitura de livro em si; e o que mais se fala é de maratona de séries e filmes. Uma comparação rápida: segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, em 2019 mais livros foram vendidos que o ano anterior - cresceu 3,74%. E agora, sobre séries e filmes, só a Netflix cresceu 31%. E não precisa ir a fundo. É só você contar no ônibus quem está assistindo ou lendo. Por que será?
Sou bombardeado de divulgações para assistir a uma série, a um novo filme, mas tenho que cavucar cinco palmos para ver lançamentos de livro. E olhe lá se eu achar. E na maioria das vezes a divulgação vem primeiro dos Booktubers. Não há nas grandes mídias (que atingem o cidadão não leitor) a propagação da literatura. E os fomentos à cultura do estado brasileiro só cumprem lei, em vez de entusiasmar a leitura de livros. Infelizmente não é só o estado, grandes empresários preferem investir em o que dá views a formar o homem crítico e pensador.
O que tem lido ultimamente?
Nós, de Yevgeny Zamyatin (primeira distopia publicada); O Verão Perigoso, de Hemingway; e agora lendo Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século.
Que dica pode fornecer a um escritor iniciante?
Além de ler bastante (os bons e os ruins), escrever ao menos 1h por dia, e estar antenado nas atualidades, nós escritores temos que sair da toca - ter conexões com o mundo real. Observar o movimento - a vida das coisas. Conhecer ao vivo e em cores autores da sua rua, do seu bairro, indo além, os do seu país. A literatura não está só nos livros.
Como o leitor poderá conhecer mais sobre seu trabalho?
Tenho ainda algumas cópias do meu livro "Anonimatum" e ele está também na Amazon: https://amzn.to/2vrk4ET
Publico meus textos no blogue https://lavouradasletras.wordpress.com/
Meus vídeos no YouTube: Lavoura das Letras;
E no Instagram: @raulmeida ou @lavouradasletras
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin, integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura. Seu mais novo livro se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020).
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