Giovani Rodrigues Leite - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Eu tenho 21 anos, nasci em São Bernardo do Campo (SP). Hoje estou no último ano da faculdade de psicologia. Meus pais são professores, então desde cedo sempre tive muito incentivo à leitura, eles me davam livros de presente, me estimulavam a criar histórias e isso foi decisivo para a minha entrada nesse mundo.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro "A cidade que precisa dormir". O que o motivou a escrevê-lo?
A Cidade Que Precisa Dormir é a minha primeira história de terror. Conta a história de uma cidade em que dentro de um período de tempo, uma criatura ronda as ruas e ataca qualquer um que esteja acordado. A cidade da história, Pequeno Salto, é fictícia, mas é baseada na cidade em que meus pais nasceram; também no interior de São Paulo, onde minha avó e outros familiares vivem até hoje. Eu sempre amei aquela cidade, sempre passamos as férias lá, todos os meus natais e viradas de ano foram passados lá, sem nenhuma exceção. É um lugar de extrema importância pra mim, e diversas situações do livro realmente aconteceram, mas sem a dose de fantasia presente nas páginas, e alguns locais onde os personagens ficam são reais. A cidade se chama Pongaí, que significa pequeno pulo, ou pequeno salto.
Como analisa a questão da leitura no país?
Essa é uma questão complexa. Eu disse antes que meus pais sempre me deram livros de presente, e que foram fundamentais para que eu me tornasse o escritor que eu sou hoje, mas a questão é que eu sei que essa realidade não é a mesma pra todo mundo. Eu sei que eu sou privilegiado de poder ter crescido rodeado de livros, e ter tido condições para comprar algum sempre que eu quisesse. É muito fácil falar “o brasileiro não gosta de ler”, sem levar em consideração que não é todo brasileiro que possui condição de poder ter um livro. Todo mundo gosta de ler se tiver a oportunidade de encontrar um livro que te prenda, mas nem todos têm essa oportunidade.
O que tem lido ultimamente?
Eu gosto muito de ler Stephen King, acho que para uma história de terror, ele é a minha principal influência. Gosto demais dos brasileiros Raphael Montes e Eduardo Spohr. Gosto das sagas mais juvenis, como Percy Jackson (que foram os primeiros livros que me fizeram ter interesse pela leitura), Harry Potter, Os Legados de Lorien (que é menos conhecida do que deveria ser, porque é muito boa). Gosto de ler HQs de super-heróis também, acho que Marvel e DC são o que eu mais consumo.
Que dica poderia fornecer a um escritor principiante?
Escreva. Não pare de escrever. Poste sobre suas histórias; se começar a escrever e não estiver satisfeito, apague tudo e recomece do zero, mas faça. O mundo está cheio de pessoas criativas e curiosas que nunca começam por acharem que não vale a pena. Mas não façam pensando só no dinheiro, façam pelo prazer de criarem uma boa história.
Link para o livro:
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019) e O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020). Organizadora dos livros: Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020) e Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin, integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e colunista da Revista Conexão Literatura.
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