Samuel Marinho - Foto divulgação |
Livro incorpora linguagem contemporânea em poemas com múltiplas referências culturais e tecnológicas
Nestes tempos conturbados, no qual a sociedade prima pela velocidade e liquidez, é natural que isso também se reflita nas artes e, destacadamente, na literatura. Na poesia, principalmente. Reflexo disso é o livro Poemas de Última Geração, do poeta Samuel Marinho, que acaba de ser lançado pela Editora Penalux.
“Uma construção poética baseada no uso de termos recorrentes”, define o autor a respeito do livro. “Termos conhecidos do cotidiano atual, que podem ser um convite à renovação da expressão poética pelas novas gerações, sem perder de vista o diálogo com a tradição poética de nossa literatura”, pondera.
Para Edson Farias, cientista social que fez a apresentação do livro, vê-se na escrita de Samuel Marinho uma obsessão pela forma, da melhor forma, de apresentar o tempo do qual é reflexo, fato e voz. “Dessa maneira, tece uma sofisticada poesia confessional”, continua o autor do texto, “onde a linguagem se revela numa densidade tão arguta quanto aflita, com clara ciência de sua própria voracidade. Os poemas desse livro são vocalizações das possibilidades, limitações e mazelas inerentes ao tempo mais atual. Sobressai espécie de compaixão para com todos nós que, mais que acomodados aos protocolos do idioma da digitalidade, empenhamo-nos em aprender escrever com essa língua, a ponto de podermos – quem sabe? – um dia assinar a nossa vida como uma obra e alcançar a condição de sujeito, de autor das nossas próprias existências”, conclui.
Como destacado no prefácio pelo professor e escritor Marcelo Frota, além do lado político e social, a obra traz também uma construção em cima de referências poéticas e da cultura pop em geral, explorando de forma delicada e atual o conhecimento do leitor, seja através de citações a poetas e personalidades contemporâneas ou não (Augusto dos Anjos, Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Frida Kahlo, Caio Fernando Abreu, Belchior, Tiago Iorc, Marília Garcia, dentre outros); de referências a antigos desenhos animados e filmes (Os Jetsons, Os Flintstones, De Volta para o Futuro) que até hoje habitam o imaginário daqueles com trinta e poucos anos ou mais; ou de alusões a títulos mais atuais (Game of Thrones, Black Mirror, Velozes e Furiosos), onde se faz presente o diálogo com a geração mais recente.
Poemas de Última Geração traz uma proposta de linguagem poética que alia forma a conteúdo. Sobressai na forma o uso de termos tecnológicos, de “última geração”, advindos no século XXI (fake news, post, selfie, Google, autocompletes, celulares, touch screen, etc.), mesclando formas tradicionais e clássicas da poesia (soneto, limerick, haicai, poema-piada) a formas contemporâneas de expressão poética (versos espacializados, “poemas-correntes”, “poema-meme”, poemas atribuídos a outrem e versos elaborados a partir do autocomplete do Google). O eixo temático do livro trata de certa distopia antevendo o uso desenfreado das tecnologias digitais, mas ao mesmo tempo, assuntos caros à poesia desde sempre, como amor, solidão, morte e saudade estão presentes.
“Ao enfatizar desde a capa do livro (um smarthphone rachado) as mazelas advindas com o uso das tecnologias digitais e seu impacto na sociedade”, comenta Marinho, “o livro pretende convidar o leitor, através da construção poética proposta, a uma reflexão sobre os rumos da contemporaneidade em diversos aspectos: filosóficos, éticos, psicológicos, políticos e sociais”, finaliza.
Uma poesia ágil, transparente, clara, sutilmente debochada, é o que ofertam esses Poemas da Última Geração. Poesia reflexiva, sem ser pedante nem pesada, uma poesia comoventemente interessada pela vida comum, atual, presente, mas sem se bastar com o fácil ou apelativo, o superficial.
AMOSTRA:
Poesia por todos os séculos amém
que seja o post a poesia mais direta
que o deslize das mãos alcance vida mais concreta
o que será a selfie senão o autorretrato do poeta?
O evento do lançamento está marcado para o dia 06 (quinta-feira) de fevereiro, a partir das 10h. Ocorrerá no Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará (Rua João Diogo, nº 254 – Campina, Belém/PA).
SOBRE O AUTOR:
Samuel Marinho (São Luís/MA, 1979) é autor do e-book Pequenos Poemas Sobre Grandes Amores (Edição Independente, 2001), Poemas In Outdoors (Editora Penalux, 2018) e Poemas de Última Geração (Editora Penalux, 2019).
SERVIÇOS
Poemas de Última Geração, Samuel Marinho – poesia (126 p.), R$ 38 (Penalux, 2020).
Link para compra:
www.editorapenalux.com.br/loja/poemas-de-ultima-geracao
Como destacado no prefácio pelo professor e escritor Marcelo Frota, além do lado político e social, a obra traz também uma construção em cima de referências poéticas e da cultura pop em geral, explorando de forma delicada e atual o conhecimento do leitor, seja através de citações a poetas e personalidades contemporâneas ou não (Augusto dos Anjos, Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Frida Kahlo, Caio Fernando Abreu, Belchior, Tiago Iorc, Marília Garcia, dentre outros); de referências a antigos desenhos animados e filmes (Os Jetsons, Os Flintstones, De Volta para o Futuro) que até hoje habitam o imaginário daqueles com trinta e poucos anos ou mais; ou de alusões a títulos mais atuais (Game of Thrones, Black Mirror, Velozes e Furiosos), onde se faz presente o diálogo com a geração mais recente.
Poemas de Última Geração traz uma proposta de linguagem poética que alia forma a conteúdo. Sobressai na forma o uso de termos tecnológicos, de “última geração”, advindos no século XXI (fake news, post, selfie, Google, autocompletes, celulares, touch screen, etc.), mesclando formas tradicionais e clássicas da poesia (soneto, limerick, haicai, poema-piada) a formas contemporâneas de expressão poética (versos espacializados, “poemas-correntes”, “poema-meme”, poemas atribuídos a outrem e versos elaborados a partir do autocomplete do Google). O eixo temático do livro trata de certa distopia antevendo o uso desenfreado das tecnologias digitais, mas ao mesmo tempo, assuntos caros à poesia desde sempre, como amor, solidão, morte e saudade estão presentes.
“Ao enfatizar desde a capa do livro (um smarthphone rachado) as mazelas advindas com o uso das tecnologias digitais e seu impacto na sociedade”, comenta Marinho, “o livro pretende convidar o leitor, através da construção poética proposta, a uma reflexão sobre os rumos da contemporaneidade em diversos aspectos: filosóficos, éticos, psicológicos, políticos e sociais”, finaliza.
Uma poesia ágil, transparente, clara, sutilmente debochada, é o que ofertam esses Poemas da Última Geração. Poesia reflexiva, sem ser pedante nem pesada, uma poesia comoventemente interessada pela vida comum, atual, presente, mas sem se bastar com o fácil ou apelativo, o superficial.
AMOSTRA:
Poesia por todos os séculos amém
que seja o post a poesia mais direta
que o deslize das mãos alcance vida mais concreta
o que será a selfie senão o autorretrato do poeta?
O evento do lançamento está marcado para o dia 06 (quinta-feira) de fevereiro, a partir das 10h. Ocorrerá no Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará (Rua João Diogo, nº 254 – Campina, Belém/PA).
SOBRE O AUTOR:
Samuel Marinho (São Luís/MA, 1979) é autor do e-book Pequenos Poemas Sobre Grandes Amores (Edição Independente, 2001), Poemas In Outdoors (Editora Penalux, 2018) e Poemas de Última Geração (Editora Penalux, 2019).
SERVIÇOS
Poemas de Última Geração, Samuel Marinho – poesia (126 p.), R$ 38 (Penalux, 2020).
Link para compra:
www.editorapenalux.com.br/loja/poemas-de-ultima-geracao
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