Flávia Rosas - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Sou jornalista e escritora, formada em comunicação e publicidade. Nasci no Rio de Janeiro e há 31 anos moro em Armação dos Búzios, uma pequenina cidade litorânea situada a 180 quilômetros do Rio. Atuei como jornalista responsável na Rádio e na TV Búzios, como editora no Jornal Buziano e diretora do Jornal Armação dos Búzios. Há dez anos comecei a publicar histórias infantis, que escrevo desde criança. Entre elas, A caixa com borboletas e o segredo do planeta, A luz que mora dentro da gente, O concerto do Planeta Cantante, Os dois pequenos landes - Uma fábula de sabedoria, Sempre Feliz! e Vovó Extraordinária.
ENTREVISTA:
Sou jornalista e escritora, formada em comunicação e publicidade. Nasci no Rio de Janeiro e há 31 anos moro em Armação dos Búzios, uma pequenina cidade litorânea situada a 180 quilômetros do Rio. Atuei como jornalista responsável na Rádio e na TV Búzios, como editora no Jornal Buziano e diretora do Jornal Armação dos Búzios. Há dez anos comecei a publicar histórias infantis, que escrevo desde criança. Entre elas, A caixa com borboletas e o segredo do planeta, A luz que mora dentro da gente, O concerto do Planeta Cantante, Os dois pequenos landes - Uma fábula de sabedoria, Sempre Feliz! e Vovó Extraordinária.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro Vovó extraordinária. O que a motivou a escrevê-lo?
Vovó Extraordinária é um título que integra a coleção A luz que mora dentro da gente, da Editora Omnisciência. Foi um pedido especial de uma irmã muito querida quando eu tinha 12 anos. Dois anos mais velha, a minha irmã, que sempre trabalhou com crianças, me pediu em sonho que eu escrevesse um livro sobre a morte.
Por que a morte existe? Vivemos depois de morrer? Para onde vamos quando o nosso corpo morre? Por que isso é triste? Por que não falamos sobre a morte? A Vovó Extraordinária é um livro sobre o bem viver e o bem morrer, para toda a sorte de crianças, que abre a porta para a reflexão. É uma história do corpo-que-era-a-alma-da-alma-que-era-o-corpo. Uma avó apaixonada pela neta, e uma neta que ama muito a sua avó, que descobrem que podem continuar juntas mesmo depois que a avó deixa a sua casa-corpo. É um livro em homenagem ao tipo mais extraordinário de avó: aquela com o coração puro como o cristal, a mente brilhante como o Sol e a luz que mora dentro dela tão vasta quanto o Universo. Aquela que tem a conversa mais estimulante e o abraço mais quente e amoroso. Uma avó que espanta tudo de ruim, promove a confiança e é superamiga dos netos.
Escrevi um mês depois que a minha mãe partiu para o plano espiritual, de uma maneira repentina. Assim que ela morreu lembrei que sempre me pedia: “Flavinha, quando eu morrer, quero que diga que eu subi no telhado”. Ela era brincalhona e muito sábia, e sempre conversou com as suas quatro filhas sobre o momento em que a luz que mora dentro da gente parte da nossa casa-corpo. A mamãe não tinha medo da morte. Para ela, morrer era simplesmente sair do corpo. A vovó dessa história é a minha mãe. E a Ana é a minha sobrinha, que representa todos os netos, todas as filhas, todos os amigos, amigos dos amigos, todos que amam para além da eternidade. É uma história que de tão particular acaba por se tornar coletiva, de uma avó arteira, alquimista da energia, que arranca risadas.
Você tem outros livros. Poderia falar sobre eles?
Quando eu era criança, a minha mãe me levava na praia com as minhas irmãs quase todas as manhãs. Na areia a gente catava tatuís, cavava buracos enormes, construía castelos com pingos de areia com a água. Era uma bagunça deliciosa! Mesmo quando todas ficavam quietinhas, e isso acontecia muito também. Talvez o silêncio tenha sido sempre o meu melhor amigo, com ele aprendi a olhar para as nuvens, para o horizonte, para o Sol e para dentro de mim.
Foi assim que nasceram as histórias, especialmente a coleção A luz que mora dentro da gente. O que existe além daquilo que a gente vê? O menino dessa coleção conversa com os seres da natureza e descobre a sua ligação com a vida e com o Universo: encontra a luz que mora dentro da gente e percebe também que a luz brilha em todos os amigos.
Entre os títulos publicados, tem ainda A caixa com borboletas e o segredo do planeta, que conta a história da Joana Bel, uma menina que ganhou uma caixa misteriosa no dia em que nasceu, aguarda doze anos para abrir o presente e nesse dia desvenda o lado mais risonho, azul e cantante do planeta. Tem também uma fábula de amor linda, Sempre Feliz!, que conta a história de um bom homem que resolve vender o seu cavalo. E a partir desse momento, se envolve numa aventura repleta de surpresas: uma troca leva a outra, numa lógica nem sempre previsível.
O que tem lido atualmente?
Costumo ler vários livros ao mesmo tempo e de temas distintos. Estou lendo hoje Coral e outros poemas, da Sophia de Mello Andresen, O grão de mostarda, de Omraam Mikhael Aivanhov, Defeito de cor, da Ana Maria Gonçalves e Meditando na cozinha, da Sonia Hirsch.
Como analisa a questão da leitura no país?
Vovó Extraordinária é um título que integra a coleção A luz que mora dentro da gente, da Editora Omnisciência. Foi um pedido especial de uma irmã muito querida quando eu tinha 12 anos. Dois anos mais velha, a minha irmã, que sempre trabalhou com crianças, me pediu em sonho que eu escrevesse um livro sobre a morte.
Por que a morte existe? Vivemos depois de morrer? Para onde vamos quando o nosso corpo morre? Por que isso é triste? Por que não falamos sobre a morte? A Vovó Extraordinária é um livro sobre o bem viver e o bem morrer, para toda a sorte de crianças, que abre a porta para a reflexão. É uma história do corpo-que-era-a-alma-da-alma-que-era-o-corpo. Uma avó apaixonada pela neta, e uma neta que ama muito a sua avó, que descobrem que podem continuar juntas mesmo depois que a avó deixa a sua casa-corpo. É um livro em homenagem ao tipo mais extraordinário de avó: aquela com o coração puro como o cristal, a mente brilhante como o Sol e a luz que mora dentro dela tão vasta quanto o Universo. Aquela que tem a conversa mais estimulante e o abraço mais quente e amoroso. Uma avó que espanta tudo de ruim, promove a confiança e é superamiga dos netos.
Escrevi um mês depois que a minha mãe partiu para o plano espiritual, de uma maneira repentina. Assim que ela morreu lembrei que sempre me pedia: “Flavinha, quando eu morrer, quero que diga que eu subi no telhado”. Ela era brincalhona e muito sábia, e sempre conversou com as suas quatro filhas sobre o momento em que a luz que mora dentro da gente parte da nossa casa-corpo. A mamãe não tinha medo da morte. Para ela, morrer era simplesmente sair do corpo. A vovó dessa história é a minha mãe. E a Ana é a minha sobrinha, que representa todos os netos, todas as filhas, todos os amigos, amigos dos amigos, todos que amam para além da eternidade. É uma história que de tão particular acaba por se tornar coletiva, de uma avó arteira, alquimista da energia, que arranca risadas.
Você tem outros livros. Poderia falar sobre eles?
Quando eu era criança, a minha mãe me levava na praia com as minhas irmãs quase todas as manhãs. Na areia a gente catava tatuís, cavava buracos enormes, construía castelos com pingos de areia com a água. Era uma bagunça deliciosa! Mesmo quando todas ficavam quietinhas, e isso acontecia muito também. Talvez o silêncio tenha sido sempre o meu melhor amigo, com ele aprendi a olhar para as nuvens, para o horizonte, para o Sol e para dentro de mim.
Foi assim que nasceram as histórias, especialmente a coleção A luz que mora dentro da gente. O que existe além daquilo que a gente vê? O menino dessa coleção conversa com os seres da natureza e descobre a sua ligação com a vida e com o Universo: encontra a luz que mora dentro da gente e percebe também que a luz brilha em todos os amigos.
Entre os títulos publicados, tem ainda A caixa com borboletas e o segredo do planeta, que conta a história da Joana Bel, uma menina que ganhou uma caixa misteriosa no dia em que nasceu, aguarda doze anos para abrir o presente e nesse dia desvenda o lado mais risonho, azul e cantante do planeta. Tem também uma fábula de amor linda, Sempre Feliz!, que conta a história de um bom homem que resolve vender o seu cavalo. E a partir desse momento, se envolve numa aventura repleta de surpresas: uma troca leva a outra, numa lógica nem sempre previsível.
O que tem lido atualmente?
Costumo ler vários livros ao mesmo tempo e de temas distintos. Estou lendo hoje Coral e outros poemas, da Sophia de Mello Andresen, O grão de mostarda, de Omraam Mikhael Aivanhov, Defeito de cor, da Ana Maria Gonçalves e Meditando na cozinha, da Sonia Hirsch.
Como analisa a questão da leitura no país?
A questão da leitura no país é grave, gravíssima. Os nossos governantes ainda não compreenderam que o mais importante no ensino fundamental é despertar a alegria da leitura. Ler é o mais importante de tudo, o resto vem por acréscimo. Não existe educação sem leitura. Quem me incentivou a ler foi a babá da minha mãe, a babá Joaquina, ela era analfabeta, mas contava histórias incríveis. E sempre repetia, “leia muito, minha menina, porque a leitura nos conduz ao conhecimento, especialmente ao conhecimento de nós mesmos”. Ela sabia que a leitura tem um poder transformador, e que quando falamos de uma sociedade leitora, estamos falando de uma sociedade reflexiva, uma sociedade que pensa o seu destino. A coisa mais preciosa que a gente pode fazer é conquistar as pessoas para transformá-las em leitoras.
Quais os seus próximos projetos?
Costumo dizer e, quando não digo, penso, que sou uma mãe por vocação. Estou sempre grávida de projetos literários. O próximo projeto se chama a Cidade da gentileza, e foi escrito em parceria com um administrador-poeta, o Bento Ribeiro Dantas. Uma parceria incrível, renovadora, que gerou um livro para crianças e adolescentes de todas as idades, sobre a história de um pequenino ponto geográfico no litoral brasileiro. O nosso intento é reforçar os laços de pertencimento, valorizando e socializando saberes, ampliando as possibilidades de construção democrática da cidade, com sua história, vozes e registros.
Link para o livro:
https://www.omnisciencia.com.br/vovo-extraordinaria-de-bem-com-o-viver-e-o-morrer-829/p
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak Editora, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak Editora, 2016), O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), “Nóis sabe português” (Wak Editora, 2017) e Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de mais de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019). Autor, dentre outros, do livro Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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