Leandro Franz - Foto divulgação |
Livro propõe exercício de escrita ao trocar o papel biológico de homens e mulheres.
O escritor Leandro Franz acaba de publicar pela Penalux seu mais recente livro, o romance “No útero de Paulo, o embrião não nascerá”, cujo enredo busca conectar, de forma bem-humorada, reflexões existenciais e crítica social. O eixo-narrativo gira em torno da história de amor de Paulo e Carla em um instigante mundo onde são os homens que engravidam, não as mulheres. O pano de fundo que conecta toda a obra é o dilema sobre ter filhos ou não, bastante inspirado nas reações da família e de amigos vivenciadas pelo próprio autor.
Leandro Franz localiza seu romance numa zona híbrida entre Ficção-científica e Realismo fantástico. “Trata-se de um mundo inusitado”, explica Franz. “O protagonista descobre-se grávido já na primeira página e precisa decidir se faz um aborto antes da esposa descobrir”.
Dado que o protagonista tem um sonho de se dedicar à pintura, o livro também dialoga intensamente com a obra de Monet. Para tanto, o projeto gráfico apresenta nas páginas finais uma galeria com quinze telas coloridas do pintor – que se integram e são citadas na trama.
Temas como aborto, religião, intolerância, prostituição, arte, violência, drogas e ciência também se apresentam nessa história divertida e, ao mesmo tempo, provocativa. “É um livro que trata de diferentes tipos de família, desafiando o conceito tradicional”, diz o escritor. “Acho essa uma discussão necessária à realidade do nosso país, que hoje passa por um momento tão difícil na questão dos costumes”, finaliza.
O escritor Leandro Franz acaba de publicar pela Penalux seu mais recente livro, o romance “No útero de Paulo, o embrião não nascerá”, cujo enredo busca conectar, de forma bem-humorada, reflexões existenciais e crítica social. O eixo-narrativo gira em torno da história de amor de Paulo e Carla em um instigante mundo onde são os homens que engravidam, não as mulheres. O pano de fundo que conecta toda a obra é o dilema sobre ter filhos ou não, bastante inspirado nas reações da família e de amigos vivenciadas pelo próprio autor.
Leandro Franz localiza seu romance numa zona híbrida entre Ficção-científica e Realismo fantástico. “Trata-se de um mundo inusitado”, explica Franz. “O protagonista descobre-se grávido já na primeira página e precisa decidir se faz um aborto antes da esposa descobrir”.
Dado que o protagonista tem um sonho de se dedicar à pintura, o livro também dialoga intensamente com a obra de Monet. Para tanto, o projeto gráfico apresenta nas páginas finais uma galeria com quinze telas coloridas do pintor – que se integram e são citadas na trama.
Temas como aborto, religião, intolerância, prostituição, arte, violência, drogas e ciência também se apresentam nessa história divertida e, ao mesmo tempo, provocativa. “É um livro que trata de diferentes tipos de família, desafiando o conceito tradicional”, diz o escritor. “Acho essa uma discussão necessária à realidade do nosso país, que hoje passa por um momento tão difícil na questão dos costumes”, finaliza.
Daniel Zanella, editor do Jornal RelevO, apresenta a obra da seguinte maneira: “Este é um livro, no mínimo, transgressor. O autor estabelece, a partir do humor corrosivo, um percurso de inversão de valores que coloca em xeque as perspectivas sociais habituais. Há, em Franz, um aspecto cômico que também desestabiliza outras categorias, quase num tom de ensaio sobre o mundo e suas bases de comando. São brincadeiras com a religião, com a ciência, com as artes: ‘Tudo só começou com um big bang, pois antes não havia tempo e sem tempo nada tem início, até porque se você está sem tempo é porque está fazendo outras coisas e não tem tempo de começar nada’. Eis um exemplo das provocações recorrentes no livro, flertando entre o absurdo e o trágico existencial. Indo pela via do humor, Leandro Franz promove com seu romance uma demonstração do absurdo da vida e de suas normas. É um livro, sem dúvida, com virtudes narrativas para desenvolver quebras de expectativas e novos paradigmas”.
Na orelha do livro, Rodrigo Casarin, jornalista da UOL e responsável pelo blog Página Cinco, comenta sobre essa questão controversa, que é quando um casal opta por não ter filhos, um dos pontos centrais da trama. “O que mais temos por aí são pessoas que acreditam piamente naquele papo que ouvimos de alguma professora ali pela quinta ou sexta série: a vida é dividida em quatro fases: nasce, cresce, reproduz e morre”, escreve Casarin. E continua, irônico: “Bem, não há muito o que possamos fazer com relação ao nascer, crescer e morrer, ao menos por enquanto, mas para uma espécie que se orgulha justamente de se distanciar do restante da natureza, impelir a todos esse ‘reproduzir’ é uma rendição aos instintos primitivos. Felizmente há quem vá na contramão da manada. É o caso do escritor Leandro Franz, que neste No útero de Paulo, o embrião não nascerá inverte papéis biológicos – e, por extensão e fatalmente, sociais – para colocar a questão da maternidade e da paternidade na berlinda, numa provocação que só poderia mesmo vir da arte”.
Na orelha do livro, Rodrigo Casarin, jornalista da UOL e responsável pelo blog Página Cinco, comenta sobre essa questão controversa, que é quando um casal opta por não ter filhos, um dos pontos centrais da trama. “O que mais temos por aí são pessoas que acreditam piamente naquele papo que ouvimos de alguma professora ali pela quinta ou sexta série: a vida é dividida em quatro fases: nasce, cresce, reproduz e morre”, escreve Casarin. E continua, irônico: “Bem, não há muito o que possamos fazer com relação ao nascer, crescer e morrer, ao menos por enquanto, mas para uma espécie que se orgulha justamente de se distanciar do restante da natureza, impelir a todos esse ‘reproduzir’ é uma rendição aos instintos primitivos. Felizmente há quem vá na contramão da manada. É o caso do escritor Leandro Franz, que neste No útero de Paulo, o embrião não nascerá inverte papéis biológicos – e, por extensão e fatalmente, sociais – para colocar a questão da maternidade e da paternidade na berlinda, numa provocação que só poderia mesmo vir da arte”.
O AUTOR
Leandro Franz é economista, escritor e roteirista. Possui outros quatro livros publicados, uma peça de teatro apresentada no Brasil e em Moçambique, um longa-metragem e uma série de TV produzidos. Foi premiado em diversos concursos literários, sendo vencedor do Frapa e 2º colocado no Guiões em Portugal.
SERVIÇOS
No útero de Paulo, o embrião não nascerá, Leandro Franz – romance (234 p.), R$ 45 (Penalux, 2019).
Link para compra:
https://www.editorapenalux.com.br/loja/no-utero-de-paulo-o-embriao-nao-nascera
Leandro Franz é economista, escritor e roteirista. Possui outros quatro livros publicados, uma peça de teatro apresentada no Brasil e em Moçambique, um longa-metragem e uma série de TV produzidos. Foi premiado em diversos concursos literários, sendo vencedor do Frapa e 2º colocado no Guiões em Portugal.
SERVIÇOS
No útero de Paulo, o embrião não nascerá, Leandro Franz – romance (234 p.), R$ 45 (Penalux, 2019).
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https://www.editorapenalux.com.br/loja/no-utero-de-paulo-o-embriao-nao-nascera
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