João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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sexta-feira, 5 de abril de 2019

Sobre o Romance “A Espada de Shannara”, do mestre da Fantasia, Terry Brooks

Terry Brooks - Foto divulgação
*Por Roberto Fiori

Dividida entre quatro Terras, a do Norte, do Leste, do Sul e do Oeste, a Terra passara por convulsões e guerras além da imaginação de qualquer homem do Século XX. Dois mil anos no futuro, a raça humana, dividida pela Ciência da criação e da tecnologia avançadíssimas, e pela Ciência da morte e destruição, partiu para a luta. No início, houve disputas entre pequenos países, mas a Grande Guerra das Raças não tardou a vir. O holocausto, que dizimou 90% da população, dividiu continentes inteiros e secou mares e oceanos, e foi o fim do que os homens haviam conhecido como Civilização.

Os poucos homens que restaram se abrigaram em cavernas e onde mais podiam da ação dos elementos. Deste resto de Humanidade, surgiram gnomos, anões, trolls de pedra... e, dizem, elfos. Mas, apesar de serem ininteligíveis, os livros de antes da hecatombe, os que sobraram, foram guardados, copiados e, quando isso se tornou impossível, foram memorizados, sem se entender o conteúdo.

Um homem, Galaphyle, observou com perspicácia que as raças que haviam restado, após tanto tempo apenas sobrevivendo, iriam se reunir e entrar em guerra, novamente. Convocou os homens que ainda detinham o conhecimento dos velhos livros em uma fortaleza conhecida como Paranor. E, lá, organizaram-se em um grupo, conseguindo evitar uma nova guerra. Eram druidas, chamavam-se assim em honra a outros de Eras passadas, que buscavam conhecimento. Mas eram incapazes de juntar os conhecimentos que haviam memorizado, para alcançar um Bem maior, que significasse algo proveniente da sabedoria dos Antigos.

Mas, juntamente com alguns seguidores, um druida, Brona, viu-se insatisfeito com o que se buscava: o entendimento de ideias e conceitos dos antigos livros. Defendia a ideia de que o pouco que havia se conseguido, aliado a novas ideias, seria o ideal. E começaram a lidar com antigos mistérios e obscuros segredos, sem querer o entendimento total das velhas Ciências.

Sem compreenderem o que os Antigos haviam proposto em sua Ciência, viram-se impelidos a desvendar um outro mistério: o da feitiçaria, o poder místico infinito! Os seguidores de Brona se desentenderam com o restante dos druidas de Paranor e, expulsos de lá, desapareceram. Mas Brona, também expulso de Paranor, este mergulhou cada vez mais profundamente nos mistérios do oculto, dominando-os. Mas perdeu sua identidade humana, e sua alma foi perdida para os poderes que ele buscava tão ardorosamente. Brona estava obcecado pela ideia de controlar os homens através da feitiçaria. Esqueceu-se de Paranor, dos druidas e de seu trabalho em busca do conhecimento antigo.

O resultado dessa ambição foi a Primeira Guerra das Raças, onde Brona dominou as mentes mais fracas e confusas dos homens e os lançou contra as outras raças, subjugando-as com um poder de um homem que não era mais um homem, nem que controlava a si mesmo, tampouco. Enquanto as máquinas, nas Eras Antigas, tornavam a vida do homem fácil, o encantamento da feitiçaria dominou-o agora, sendo tal força mágica um poder que é mais perigoso e poderoso para a vida que qualquer outro antes.

Na Primeira Guerra das Raças, o poder do druida Brona ainda era limitado. Assim, a força das outras raças, aliada ao limitado conhecimento dos druidas de Paranor, derrotou seu exército e o fez esconder-se. Mas Brona descobriu o segredo de como perpetuar sua vida espiritual, mesmo muito tempo depois de seus restos mortais terem se transformado em pó. Transitava entre o mundo dos espíritos e o terreno. Convocou espectros do Além e esperou. Foi adquirindo cada vez mais poder místico.

Atacou. Dominou os primitivos trolls de pedra das Montanhas Charnal e marchou, com seu exército de criaturas espirituais, contra as raças divididas. Brona esmagou os druidas em Paranor, com exceção de uns poucos, que fugiram. Um druida, Bremen, ele próprio um velho místico e um historiador, conhecendo a Primeira Guerra das Raças, previu que Brona havia descoberto poderes incompreensíveis para todos e que ninguém poderia combater. Bremen começou seu estudo das artes místicas, com respeito e cuidado, diferentemente de Brona e seus seguidores, ambiciosos demais. Anos de estudo em Paranor o convenceram de que uma Segunda Guerra das Raças viria e seria decidida pelos poderes da magia negra e da feitiçaria. Foi praticamente expulso de Paranor.

Bremen teve de ir até a maior nação de seu tempo, o Reino Élfico. E, lá, foi mais bem recebido em suas ideias do que entre seus pares, os druidas. Por anos, estudou as artes místicas entre os elfos. Até que o castelo de Paranor caiu. Mas Bremen confrontou Brona nas planícies de Streleheim, fora da vista dos homens comuns. E desapareceram os dois. Era de se supor que Brona houvesse caído perante Bremen, mas isso não aconteceu. Bremen percebeu que deveria conceber um talismã para ajudar, em um provável futuro, raças que já teriam perdido o conhecimento místico para impedir que outros como Brona arquitetassem novas guerras e possuíssem poderes incalculáveis.

A Espada de Shannara foi elaborada, usando-se mais que o mero metal terrestre. Ela extrairia seu poder do próprio desejo de seus portadores de darem a vida para conservar sua liberdade e de permanecerem livres. E, se a Espada caísse nas mãos de Brona, ou, como agora é conhecido, o “Lorde Feiticeiro”, tudo estaria perdido, pois este teria a chance de impedir que o talismã o destruísse para sempre. Quando Bremen foi para o Reino Élfico, oferecera seus serviços ao rei élfico, Jerle Shannara. E, agora, dera a Espada para o rei. A Espada só agiria se o seu dono acreditasse realmente em seu poder. E como a Espada foi dada ao rei élfico, e não ao povo élfico, criou-se a crença universal de que a Espada era de posse do rei, e ninguém mais, além dos descendentes de seu sangue, poderia usá-la contra o “Lorde Feiticeiro”.

E é por isso que apenas aqueles da Casa de Shannara, da qual Jerle Shannara pertence, poderão usar a Espada contra o “Lorde Feiticeiro”.


Esta é uma curta sinopse do primeiro livro da “Trilogia Espada de Shannara”,  chamado de “The Sword of Shannara”, do renomado escritor de Fantasia, Terry Brooks. Considerado um dos principais escritores de Fantasia contemporânea, teve como suas obras: “A Trilogia de Shannara”, a “Tetralogia da Herança de Shannara”, a “Trilogia do Alto Druida de Shannara”, a “Trilogia da Viagem de Jerle Shannara”, o Reino Mágico de Landover, além das novelizações de “Gancho” e “A Ameaça Fantasma” (“The Phantom Menace”, um dos episódios de Star Wars).

Como será a vida após um holocausto, quer seja nuclear, ou de outra magnitude? Que formas de vida surgiriam, caso 90% da Humanidade fosse destruída? Os descendentes daqueles que sobreviverem seriam mutantes, ou isso é apenas o delírio de um toxicômano?

A imaginação do Homem vai longe. É infinita. Foi considerada mais importante que o próprio conhecimento, segundo Albert Einstein. Por que deveríamos nos ater a ideias que são aparentemente somente científicas e não nos aventurarmos pelos reinos do desconhecido? Talvez uma guerra, não necessariamente nuclear, traga à tona formas de vida jamais sonhadas, em uma evolução mutante de características invulgares.

A Ficção Científica abordou um assunto relativo às armas atômicas, no excepcional romance de Brian Aldiss, “Jornada de Esperança” (“Greybeard”), onde, após experimentos no espaço com detonações de armas nucleares, a população da Terra fica permanentemente estéril. Com o passar do tempo, somente restam idosos no planeta. Até que se descobre, em lugares ermos, crianças, jovens adolescentes, que dão origem a uma nova população humana, saudável e fértil. O perigo, diga-se de passagem, do uso de armas atômicas no espaço, é real. Causaria turbulências nos sistemas de telecomunicação, nos sistemas de computadores, nas instalações de energia, além de provocar doenças como câncer de amplitude mortal em todas as áreas da Terra. Edward Teller, o “pai da Bomba de Hidrogênio”, defendeu o uso de armas nucleares no espaço, para se alcançar resultados experimentais. Foi proibido, com razão.

A Fantasia vai mais além. Terry Brooks propõe uma explicação para o aparecimento de seres fantásticos. Raças de gnomos, elfos, anões, trolls, poderiam ser criadas a partir de uma hecatombe mundial, onde toda a superfície da Terra sofreria modificações em sua geologia e geografia, devido a explosões e impactos que rasgariam a superfície e secariam mares e oceanos.

A Fantasia vai além da Ficção Científica. Abarca assuntos aparentemente sem a mínima lógica (onde já se viu criaturas pensantes e falantes de pedra — os trolls de pedra —, exceto nos romances e contos de Fantasia?). A Fantasia dá mais liberdade ao escritor e ao leitor, de aquele escrever assuntos improváveis e de este ler com prazer histórias que são lógicas, apesar dos temas insólitos. Pois o que faz a Ficção Científica e a Fantasia serem verossímeis, é a carga lógica que elas carregam em si.

E tomara que surjam  outros Tolkiens, Brooks, Roberts E. Howards, Vances, Silverbergs, Le Guinns, para dar ao mundo o que ele mais precisa: horas de entretenimento do mais alto nível, com o máximo de imaginação fantástica!!

*Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.

Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:

Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.

Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.

Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.

E-book:
Pelo site da Saraiva: Clique aqui.
Pelo site da Amazon: Clique aqui.
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Um comentário:

  1. Acho que há uma grande dificuldade em chamar a atenção dos leitores de mistério ou fantasia. Muitos leitores de sci-fi, fantasia, terror, etc se prendem aos livros dos grandes escritores do século XIX. Mas a literatura moderna produz muito conteúdo interessante nesses gêneros também. Essa obra do Brooks mesmo é uma excelente fantasia distópica.

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