Lucas Redó e Michelle Florence - Foto divulgação |
Fale-nos sobre vocês.
Lucas, um estudante de filosofia e músico, um tanto introspectivo, nem por isso tímido, que ama e escreve poesia, foi, numa tarde de sábado, a um curso de clown. Lá conheceu Michelle, uma amante das muitas formas da expressão criativa, que, por ora, está médica, título adquirido após intensa e extensa formação acadêmica – graduação, residência em clínica médica e dermatologia, e doutorado sobre câncer de pele – e que é mãe de um menino de 6 anos cheio de vida. Começaram improvisando cenas no curso, e, desde então, os amigos vivem trocando histórias... reais ou quase, imaginárias, muitas ideias, imagens internas ou esboçadas no papel e que acabaram por formar uma coleção: a revista Lírios.
ENTREVISTA:
Lucas, um estudante de filosofia e músico, um tanto introspectivo, nem por isso tímido, que ama e escreve poesia, foi, numa tarde de sábado, a um curso de clown. Lá conheceu Michelle, uma amante das muitas formas da expressão criativa, que, por ora, está médica, título adquirido após intensa e extensa formação acadêmica – graduação, residência em clínica médica e dermatologia, e doutorado sobre câncer de pele – e que é mãe de um menino de 6 anos cheio de vida. Começaram improvisando cenas no curso, e, desde então, os amigos vivem trocando histórias... reais ou quase, imaginárias, muitas ideias, imagens internas ou esboçadas no papel e que acabaram por formar uma coleção: a revista Lírios.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre a revista Lírios.
A revista contará com publicações literárias (contos, crônicas, poesia) e de artes visuais (fotos, ilustrações, pinturas), enfim, tudo o que possa ser produzido em papel. Serão publicadas obras de jovens artistas locais e também serão convidados a participar artistas que já produzem há mais tempo, mesmo que de outras cidades. A princípio, as edições serão bimestrais, com tiragem de 200 exemplares – 100 para serem doados a instituições culturais do município de Santo André (SP), como bibliotecas, universidades e escolas, e 100 para serem vendidas a RS 2,00, com o objetivo inicial de sustentar o projeto. Não haverá custo nem remuneração aos autores publicados, e cada autor receberá um exemplar da revista em que publicou.
O que os motivou a publicá-la?
Lucas, em sua viagem à cidade de Porto (Portugal), notou que ali havia uma cultura de publicações de revistas literárias. Os estudantes universitários tinham sua própria revista, o sebo (lá chamado “alfarrabista”) tinha outra, grupos independentes tinham outras, e muitas delas abertas para novos autores. Tal prática influencia e incentiva autores a enviarem seus poemas e contos às revistas, produzindo uma literatura local. O contato com essa cultura, somado à influência que o cenário urbano de Santo André exerce sobre seus artistas, fortaleceu a vontade de montar nossa própria revista. Ter um espaço literário que dialogue com o espaço em que vivemos. Além de reunir e divulgar o trabalho de artistas da atualidade, o intuito é trazer à tona a arte e os artistas do ABC e recuperar a produção cultural realizada na nossa região. Dessa forma, pretendemos criar um meio que permita a difusão cultural e a captação da identidade regional. Além da publicação da revista, temos o objetivo de realizar encontros e saraus periodicamente.
Como analisam a questão da leitura no país?
Numericamente, não somos grandes leitores, e, quando lemos, justamente por não termos o hábito de viver entre os livros, pegamos o que aparece na mídia – aqueles que se tornam grandes best-sellers, e que, muitas vezes, não são grande literatura. Damos muita atenção ao que não deveria ter tanta atenção.
O que vocês têm lido ultimamente?
Michelle: São Manuel Bueno, Mártir - Miguel de Unamuno. Histórias da Outra Margem– Nagai Kafu. Histórias da Literatura em Santo André – um ensaio através do tempo – Tarso M. de Melo.
Lucas: Tenho lido um escritor italiano chamado Alberto Moravia, e alguns poemas ainda não publicados de um colega brasileiro que conheci em Portugal e assina pelo nome de Légaro.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
A revista contará com publicações literárias (contos, crônicas, poesia) e de artes visuais (fotos, ilustrações, pinturas), enfim, tudo o que possa ser produzido em papel. Serão publicadas obras de jovens artistas locais e também serão convidados a participar artistas que já produzem há mais tempo, mesmo que de outras cidades. A princípio, as edições serão bimestrais, com tiragem de 200 exemplares – 100 para serem doados a instituições culturais do município de Santo André (SP), como bibliotecas, universidades e escolas, e 100 para serem vendidas a RS 2,00, com o objetivo inicial de sustentar o projeto. Não haverá custo nem remuneração aos autores publicados, e cada autor receberá um exemplar da revista em que publicou.
O que os motivou a publicá-la?
Lucas, em sua viagem à cidade de Porto (Portugal), notou que ali havia uma cultura de publicações de revistas literárias. Os estudantes universitários tinham sua própria revista, o sebo (lá chamado “alfarrabista”) tinha outra, grupos independentes tinham outras, e muitas delas abertas para novos autores. Tal prática influencia e incentiva autores a enviarem seus poemas e contos às revistas, produzindo uma literatura local. O contato com essa cultura, somado à influência que o cenário urbano de Santo André exerce sobre seus artistas, fortaleceu a vontade de montar nossa própria revista. Ter um espaço literário que dialogue com o espaço em que vivemos. Além de reunir e divulgar o trabalho de artistas da atualidade, o intuito é trazer à tona a arte e os artistas do ABC e recuperar a produção cultural realizada na nossa região. Dessa forma, pretendemos criar um meio que permita a difusão cultural e a captação da identidade regional. Além da publicação da revista, temos o objetivo de realizar encontros e saraus periodicamente.
Como analisam a questão da leitura no país?
Numericamente, não somos grandes leitores, e, quando lemos, justamente por não termos o hábito de viver entre os livros, pegamos o que aparece na mídia – aqueles que se tornam grandes best-sellers, e que, muitas vezes, não são grande literatura. Damos muita atenção ao que não deveria ter tanta atenção.
O que vocês têm lido ultimamente?
Michelle: São Manuel Bueno, Mártir - Miguel de Unamuno. Histórias da Outra Margem– Nagai Kafu. Histórias da Literatura em Santo André – um ensaio através do tempo – Tarso M. de Melo.
Lucas: Tenho lido um escritor italiano chamado Alberto Moravia, e alguns poemas ainda não publicados de um colega brasileiro que conheci em Portugal e assina pelo nome de Légaro.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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