Daniel Pinsky - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Minha ligação com os livros é antiga. Enquanto aprendia a ler, fui personagem do primeiro dos 49 livros publicados pela minha mãe, Zero Zero Alpiste. Meu pai, que é historiador e autor de diversos livros, dirigiu a Editora da Unicamp e, em 1987, fundou a Editora Contexto. Comecei a trabalhar lá no mesmo ano em que iniciava administração na GV. Tenho MBA de varejo pela Fia/USP e mestrado em Administração na FEA/USP, com dissertação sobre livros digitais. Como não poderia deixar de ser, adoro ler. Sou um esportista, que atualmente tem as maratonas como válvula de escape para o estresse. E adoro curtir minha família, composta de esposa e dois filhos, de 7 e 11 anos.
ENTREVISTA:
Você é fundador e diretor geral da Editora Labrador. Fale-nos sobre ela. Por que resolveu abri-la? Como é o seu trabalho? Recebe quantos originais por mês? Quem quiser publicar por sua editora, quais os procedimentos a serem adotados?
Resolvi abrir a Labrador, pois percebi que a autopublicação era muito malvista no Brasil. Eu mesmo, sempre que questionado por conhecidos sobre como publicar um livro, não conhecia uma empresa que achasse atraente para indicar. Durante o mestrado, li um livro que analisava as editoras de autopublicação nos EUA. Ele era bastante crítico às empresas de lá, em especial no quesito ética. Então estudei bastante o setor e resolvi criar a primeira editora de autopublicação premium. Foram alguns anos até formatar o modelo de negócios e preparar a Contexto para que eu pudesse dispor de parte do meu tempo para a nova empresa. Ela tem como premissa entender os objetivos do autor por meio de uma interlocução de qualidade, oferta de serviços adequados a esses objetivos e prometer apenas o que pode cumprir, assim como cumprir o que prometeu. Tudo isso trabalhando sempre com qualidade e, para aqueles autores que têm interesse, distribuindo nas livrarias. Todos os livros que entram no catálogo da Labrador têm sua perenidade garantida. Nossos livros não esgotam e nem saem de catálogo.
Os valores da empresa são:
Paixão por livros
Excelência
Disciplina
Foco no resultado
Ambiente positivo de trabalho
Sinceridade
Gestão firme de custos
Recebemos cerca de 60 originais por mês. Quem quiser publicar na Labrador deve clicar em: http://www.editoralabrador.com.br/orcamento/ . Com o formulário preenchido entramos em contato para pegar mais informações, se necessário, ou já enviamos um orçamento.
Minha ligação com os livros é antiga. Enquanto aprendia a ler, fui personagem do primeiro dos 49 livros publicados pela minha mãe, Zero Zero Alpiste. Meu pai, que é historiador e autor de diversos livros, dirigiu a Editora da Unicamp e, em 1987, fundou a Editora Contexto. Comecei a trabalhar lá no mesmo ano em que iniciava administração na GV. Tenho MBA de varejo pela Fia/USP e mestrado em Administração na FEA/USP, com dissertação sobre livros digitais. Como não poderia deixar de ser, adoro ler. Sou um esportista, que atualmente tem as maratonas como válvula de escape para o estresse. E adoro curtir minha família, composta de esposa e dois filhos, de 7 e 11 anos.
ENTREVISTA:
Você é fundador e diretor geral da Editora Labrador. Fale-nos sobre ela. Por que resolveu abri-la? Como é o seu trabalho? Recebe quantos originais por mês? Quem quiser publicar por sua editora, quais os procedimentos a serem adotados?
Resolvi abrir a Labrador, pois percebi que a autopublicação era muito malvista no Brasil. Eu mesmo, sempre que questionado por conhecidos sobre como publicar um livro, não conhecia uma empresa que achasse atraente para indicar. Durante o mestrado, li um livro que analisava as editoras de autopublicação nos EUA. Ele era bastante crítico às empresas de lá, em especial no quesito ética. Então estudei bastante o setor e resolvi criar a primeira editora de autopublicação premium. Foram alguns anos até formatar o modelo de negócios e preparar a Contexto para que eu pudesse dispor de parte do meu tempo para a nova empresa. Ela tem como premissa entender os objetivos do autor por meio de uma interlocução de qualidade, oferta de serviços adequados a esses objetivos e prometer apenas o que pode cumprir, assim como cumprir o que prometeu. Tudo isso trabalhando sempre com qualidade e, para aqueles autores que têm interesse, distribuindo nas livrarias. Todos os livros que entram no catálogo da Labrador têm sua perenidade garantida. Nossos livros não esgotam e nem saem de catálogo.
Os valores da empresa são:
Paixão por livros
Excelência
Disciplina
Foco no resultado
Ambiente positivo de trabalho
Sinceridade
Gestão firme de custos
Recebemos cerca de 60 originais por mês. Quem quiser publicar na Labrador deve clicar em: http://www.editoralabrador.com.br/orcamento/ . Com o formulário preenchido entramos em contato para pegar mais informações, se necessário, ou já enviamos um orçamento.
Qual é a diferença entre uma editora tradicional e a sua, de autopublicação?
A principal diferença é que uma editora tradicional seleciona os livros que vai publicar. Recebe muitos originais, mas só publica os que acredita que terão sucesso. Nesse processo, muitos livros deixam de ser publicados. Uma editora de autopublicação atende a demanda das pessoas que não conseguem passar por esse funil. Além disso, uma editora tradicional controla todo o processo de produção e grande parte delas não deixa o autor participar da escolha de capa, tamanho, preço, enfim, acaba decidindo tudo isso sozinha. Alguns autores preferem a autopublicação por esse motivo, para poder participar ativamente do processo editorial. Livros de memórias, trabalhos acadêmicos e projetos empresariais também são nichos de trabalho de autopublicadoras. No passado, como expliquei acima, a autopublicação tinha uma má fama, por conta do trabalho raso e malfeito. A proposta da Labrador é produzir um livro da maneira como as boas editoras tradicionais o fazem e, nesse aspecto, não há diferença entre as duas. Fazemos também a distribuição tanto física quanto digital. E nesse ponto também há pouca diferença. Mas ressalto que a maior parte das editoras de autopublicação não se preocupa tanto com a produção, contato com autor e distribuição. Não é uma crítica, é apenas um modelo de negócio diferente do nosso. A Labrador trabalha de maneira distinta, como gosto de chamar, premium.
Como é ser editor em um país como o Brasil?
Desafiador. Mas sabemos o quanto a leitura é importante e por isso perseveramos. Além disso, nossa equipe ama produzir livros e não há satisfação maior para nós do que ver a alegria de nossos autores quando recebem os exemplares. Já vi mais de um chorar de emoção. Nossa responsabilidade ao produzir um livro é grande, por isso cada projeto é tratado com enorme carinho.
Como analisa a questão dos e-books?
Vieram para ficar e seu mercado crescerá. Quando fiz o mestrado acreditava que por volta de 2020, cerca de 25% do mercado seria de e-books. Não será. No entanto, iniciativas como “Netflix dos livros” (grandes repositórios de livros digitais) e audiobooks estão crescendo e serão cada vez mais relevantes. O que não significa que livros impressos irão desaparecer.
Quais são suas leituras preferidas?
Leio bastante, por isso acabo passeando por muitos temas. Mas tenho certa predileção por não ficção, em especial divulgação científica. Em ficção adoro romances históricos, mas também dos clássicos como “Guerra e paz” e autores como Philip Roth, Amos Óz, Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
A principal diferença é que uma editora tradicional seleciona os livros que vai publicar. Recebe muitos originais, mas só publica os que acredita que terão sucesso. Nesse processo, muitos livros deixam de ser publicados. Uma editora de autopublicação atende a demanda das pessoas que não conseguem passar por esse funil. Além disso, uma editora tradicional controla todo o processo de produção e grande parte delas não deixa o autor participar da escolha de capa, tamanho, preço, enfim, acaba decidindo tudo isso sozinha. Alguns autores preferem a autopublicação por esse motivo, para poder participar ativamente do processo editorial. Livros de memórias, trabalhos acadêmicos e projetos empresariais também são nichos de trabalho de autopublicadoras. No passado, como expliquei acima, a autopublicação tinha uma má fama, por conta do trabalho raso e malfeito. A proposta da Labrador é produzir um livro da maneira como as boas editoras tradicionais o fazem e, nesse aspecto, não há diferença entre as duas. Fazemos também a distribuição tanto física quanto digital. E nesse ponto também há pouca diferença. Mas ressalto que a maior parte das editoras de autopublicação não se preocupa tanto com a produção, contato com autor e distribuição. Não é uma crítica, é apenas um modelo de negócio diferente do nosso. A Labrador trabalha de maneira distinta, como gosto de chamar, premium.
Como é ser editor em um país como o Brasil?
Desafiador. Mas sabemos o quanto a leitura é importante e por isso perseveramos. Além disso, nossa equipe ama produzir livros e não há satisfação maior para nós do que ver a alegria de nossos autores quando recebem os exemplares. Já vi mais de um chorar de emoção. Nossa responsabilidade ao produzir um livro é grande, por isso cada projeto é tratado com enorme carinho.
Como analisa a questão dos e-books?
Vieram para ficar e seu mercado crescerá. Quando fiz o mestrado acreditava que por volta de 2020, cerca de 25% do mercado seria de e-books. Não será. No entanto, iniciativas como “Netflix dos livros” (grandes repositórios de livros digitais) e audiobooks estão crescendo e serão cada vez mais relevantes. O que não significa que livros impressos irão desaparecer.
Quais são suas leituras preferidas?
Leio bastante, por isso acabo passeando por muitos temas. Mas tenho certa predileção por não ficção, em especial divulgação científica. Em ficção adoro romances históricos, mas também dos clássicos como “Guerra e paz” e autores como Philip Roth, Amos Óz, Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a Série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Organizador dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Selo Jovem, 2019) e Contos para um mundo melhor (Xeque-Matte, 2019). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Ótima entrevista. Tinha curiosidade sobre a Labrador. Parabéns Conexão Literatura
ResponderExcluir