F.E. Jacob - Foto divulgação |
F.E. Jacob nasceu no “pré-histórico” 1978, é Engenheiro de Produção pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Política Econômica pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Desde criança, já lia tanto quanto um Neandertal comia, deglutindo qualquer livro, artigo ou revista em quadrinho que lhe passasse debaixo do nariz, se tornando um adulto superantenado com as questões da sociedade atual. Se declara um “nerd genérico” viciado em informação, lendo tudo sobre sociedades antigas, economia, física, ciência política, psicologia, biologia e qualquer outra área do conhecimento humano. Estima possuir 3,22% de DNA neandertal, o que talvez explique o seu grande apetite por conhecimento.
Um dia ao acordar percebeu que a única atividade que lhe daria espaço para usar o conhecimento de tantas áreas diferentes seria a literatura, que sempre esteve ao seu lado como uma companheira paciente e silenciosa aguardando a sua decisão de encarar o desafio de escrever profissionalmente. Assim, agora ele estreia no universo literário com Homo tempus.
ENTREVISTA:
Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
F.E JACOB: Sempre li muito, qualquer coisa que tivesse oportunidade. Uma vez quando eu era criança fiquei tão entretido em um depósito de jornais velhos na casa de um tio lendo os quadrinhos que meus pais se esqueceram que eu estava com eles e foram embora sem mim. Detalhe que ele morava em outra cidade. Assim, também desenvolvi desde muito jovem a habilidade para escrever bem, embora ainda não soubesse como aproveitá-la. Depois de algum tempo, percebi que essa habilidade era ótima para ser aprovado em vestibulares e concursos, e me dediquei a carreira acadêmica, como geralmente um universitário faz nessa idade. Nesse meio tempo, quando eu tinha lá meus 20 anos, cheguei a participar de um concurso de contos e ficar entre os premiados publicados, mas não tinha a menor noção de como funcionava esse mercado e continuei mais preocupado em me preparar para o mercado de trabalho.
Sempre soube que era meio nerd, mas mais recentemente, já estável na minha atividade, percebi que existem vários tipos de nerd, como o que sabe tudo de computador, o que sabe tudo de quadrinhos, o que sabe tudo de física, etc e descobri-me como um “nerd genérico”: sou viciado em informação, leio sobre qualquer assunto, sociedades antigas, psicologia, economia, física, ciência política, biologia, revista em quadrinhos, tudo me interessa. Embora não me aprofunde tanto em nada, já que meu dia tem 24 horas como o de qualquer outro nerd.
Foi quando tive o “clique” que a única profissão que me daria espaço para usar o conhecimento de tantas áreas diferentes seria a literatura, que sempre me acompanhou como uma companheira paciente e silenciosa. Assim, resolvi mergulhar em mais um universo: li dezenas de livros sobre técnicas de escrita entrei em diversos fóruns e grupos de internet sobre o assunto até achar que estivesse em condições de encarar o desafio de escrever profissionalmente. Foi nesse interim que acabei por conhecer a minha agente literária.
Você é autor do livro “Homo tempus” (SRomero Publisher). Poderia comentar?
Um dia ao acordar percebeu que a única atividade que lhe daria espaço para usar o conhecimento de tantas áreas diferentes seria a literatura, que sempre esteve ao seu lado como uma companheira paciente e silenciosa aguardando a sua decisão de encarar o desafio de escrever profissionalmente. Assim, agora ele estreia no universo literário com Homo tempus.
ENTREVISTA:
Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
F.E JACOB: Sempre li muito, qualquer coisa que tivesse oportunidade. Uma vez quando eu era criança fiquei tão entretido em um depósito de jornais velhos na casa de um tio lendo os quadrinhos que meus pais se esqueceram que eu estava com eles e foram embora sem mim. Detalhe que ele morava em outra cidade. Assim, também desenvolvi desde muito jovem a habilidade para escrever bem, embora ainda não soubesse como aproveitá-la. Depois de algum tempo, percebi que essa habilidade era ótima para ser aprovado em vestibulares e concursos, e me dediquei a carreira acadêmica, como geralmente um universitário faz nessa idade. Nesse meio tempo, quando eu tinha lá meus 20 anos, cheguei a participar de um concurso de contos e ficar entre os premiados publicados, mas não tinha a menor noção de como funcionava esse mercado e continuei mais preocupado em me preparar para o mercado de trabalho.
Sempre soube que era meio nerd, mas mais recentemente, já estável na minha atividade, percebi que existem vários tipos de nerd, como o que sabe tudo de computador, o que sabe tudo de quadrinhos, o que sabe tudo de física, etc e descobri-me como um “nerd genérico”: sou viciado em informação, leio sobre qualquer assunto, sociedades antigas, psicologia, economia, física, ciência política, biologia, revista em quadrinhos, tudo me interessa. Embora não me aprofunde tanto em nada, já que meu dia tem 24 horas como o de qualquer outro nerd.
Foi quando tive o “clique” que a única profissão que me daria espaço para usar o conhecimento de tantas áreas diferentes seria a literatura, que sempre me acompanhou como uma companheira paciente e silenciosa. Assim, resolvi mergulhar em mais um universo: li dezenas de livros sobre técnicas de escrita entrei em diversos fóruns e grupos de internet sobre o assunto até achar que estivesse em condições de encarar o desafio de escrever profissionalmente. Foi nesse interim que acabei por conhecer a minha agente literária.
Você é autor do livro “Homo tempus” (SRomero Publisher). Poderia comentar?
F.E JACOB: A premissa principal do livro é algo que acho que as gerações antigas viam com naturalidade, mas me parece meio esquecido nos dias de hoje: todos nós fazemos parte de um grande fluxo da humanidade. Foram as ações de todos os nossos ancestrais que nos permitiram estar aqui hoje, da mesma forma, as nossas decisões vão influenciar a vida dos que ainda nem nasceram. Para falar disso, uso de tecnologias futuristas até neandertais. O personagem principal é um jovem comum para os nossos dias, incapaz de perceber a própria inadequação entre ele e o mundo a sua volta. No decorrer da estória ele acaba cometendo vários erros e “apanhando” bastante até entender essa lição.
Embora haja várias reviravoltas e mudanças de cenário, uma discussão se mantém durante toda a narrativa: o que é universalmente humano e o que não é; principalmente o que está na segunda categoria, mas nos cega, nos impedindo de dar a devida importância ao que está na primeira. O objetivo principal é discutir a direção que podemos estar tomando, mas que ainda nem percebemos.
O livro é escrito de forma muito fluida, cheio de cenas de ação com descrições rápidas e diálogos curtos, quase como se fosse um filme passando em tempo real na mente do leitor, de forma que as ideias que apresento para discussão são passadas de forma as vezes explícita, as vezes sutil e outras vezes de forma simbólica. Acho que essa é a forma mais adequada para se escrever nos dias de hoje, em que somos o tempo todo bombardeados por tanta informação rápida.
Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
F.E JACOB: Eu utilizei um gigantesco arcabouço técnico para escrever essa estória, mas a maioria são assuntos que eu já estudava em maior ou menor grau, por hobby. De filosofia política à psicologia jungiana. Usei até mesmo conhecimentos de plantas industriais que aprendi quando projetava indústrias Brasil afora, na descrição de alguns cenários.
Assim, o fato de eu sempre ter lido muito mais não ficção do que ficção (nunca li Senhor dos Anéis ou Harry Porter, espero que ninguém fique decepcionado comigo por isso), acabou me ajudando como eu não esperava, então acho que posso dizer que a pesquisa começou muito antes da decisão de escrever o livro, algumas décadas atrás. Acredito que se me perguntassem as referências para o trabalho chegaria facilmente a uns 30 livros, sem contar os documentários técnicos, em que também sou viciado.
Claro que depois que resolvi escrever tive que me aprofundar na maioria dos assuntos e ler mais algumas dezenas de livros. Passei a estudar também sobre técnicas de narração e escrita literária, mais um assunto novo que me apaixonei.
Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
F.E JACOB: É muito difícil escolher um trecho, porque escrevi justamente com a intenção de que a totalidade da estória fosse maior que a soma das partes. O mais especial da narrativa é sempre a imprevisibilidade da cena seguinte, mas como no final tudo se reconecta. Acho que citar algum trecho seria dar spoiler, e eu odeio spoilers... rsrsrs
O que posso dizer é que eu apresento algumas citações de personalidades que admiro (Theodore Dalrymple, Carl Jung, C. K. Chesterton, Roger Scruton, etc), que ilustram com perfeição o que quero dizer com a parte que vem em seguida. Convido até o leitor para quando terminar cada parte, reler a citação introdutória a ela para conferir.
Além disso, em todas as partes os personagens possuem falas que condensam a vivência ou pensamento deles, mostrando a generalidade de uma situação específica, como “As pessoas muitas vezes precisam de armas para se defender, mas não precisam delas para matar.” ou “Como alguém que não tem noção do próprio passado pode ser capaz de pensar o seu futuro?”
Embora haja várias reviravoltas e mudanças de cenário, uma discussão se mantém durante toda a narrativa: o que é universalmente humano e o que não é; principalmente o que está na segunda categoria, mas nos cega, nos impedindo de dar a devida importância ao que está na primeira. O objetivo principal é discutir a direção que podemos estar tomando, mas que ainda nem percebemos.
O livro é escrito de forma muito fluida, cheio de cenas de ação com descrições rápidas e diálogos curtos, quase como se fosse um filme passando em tempo real na mente do leitor, de forma que as ideias que apresento para discussão são passadas de forma as vezes explícita, as vezes sutil e outras vezes de forma simbólica. Acho que essa é a forma mais adequada para se escrever nos dias de hoje, em que somos o tempo todo bombardeados por tanta informação rápida.
Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
F.E JACOB: Eu utilizei um gigantesco arcabouço técnico para escrever essa estória, mas a maioria são assuntos que eu já estudava em maior ou menor grau, por hobby. De filosofia política à psicologia jungiana. Usei até mesmo conhecimentos de plantas industriais que aprendi quando projetava indústrias Brasil afora, na descrição de alguns cenários.
Assim, o fato de eu sempre ter lido muito mais não ficção do que ficção (nunca li Senhor dos Anéis ou Harry Porter, espero que ninguém fique decepcionado comigo por isso), acabou me ajudando como eu não esperava, então acho que posso dizer que a pesquisa começou muito antes da decisão de escrever o livro, algumas décadas atrás. Acredito que se me perguntassem as referências para o trabalho chegaria facilmente a uns 30 livros, sem contar os documentários técnicos, em que também sou viciado.
Claro que depois que resolvi escrever tive que me aprofundar na maioria dos assuntos e ler mais algumas dezenas de livros. Passei a estudar também sobre técnicas de narração e escrita literária, mais um assunto novo que me apaixonei.
Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
F.E JACOB: É muito difícil escolher um trecho, porque escrevi justamente com a intenção de que a totalidade da estória fosse maior que a soma das partes. O mais especial da narrativa é sempre a imprevisibilidade da cena seguinte, mas como no final tudo se reconecta. Acho que citar algum trecho seria dar spoiler, e eu odeio spoilers... rsrsrs
O que posso dizer é que eu apresento algumas citações de personalidades que admiro (Theodore Dalrymple, Carl Jung, C. K. Chesterton, Roger Scruton, etc), que ilustram com perfeição o que quero dizer com a parte que vem em seguida. Convido até o leitor para quando terminar cada parte, reler a citação introdutória a ela para conferir.
Além disso, em todas as partes os personagens possuem falas que condensam a vivência ou pensamento deles, mostrando a generalidade de uma situação específica, como “As pessoas muitas vezes precisam de armas para se defender, mas não precisam delas para matar.” ou “Como alguém que não tem noção do próprio passado pode ser capaz de pensar o seu futuro?”
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
F.E JACOB: No final do livro existe um posfácio onde indico outras fontes de informação para saber mais sobre alguns assuntos que abordo no livro. Muito do material de referencial técnico que precisei utilizar foge ao conhecimento rotineiro da maioria das pessoas, então achei importante deixar esse conhecimento disponível para o leitor para dar credibilidade à estória, que tem mais de realidade do que parece à primeira vista. Já para saber mais sobre mim, faço questão de manter um canal direto com o público, por meio das redes sociais e e-mail. Além disso, já temos uma programação de eventos de que estarei participando para criar o vínculo com o leitor. Nada é mais importante para um escritor, ainda mais iniciante, do que receber o retorno das pessoas.
Existem novos projetos em pauta?
F.E JACOB: Eu até tenho algumas ideias em mente, mas nesse momento a agenda com o Homo tempus me impede de começar a trabalhar em novos projetos, pois estamos com uma série de eventos agendados, entre noites de autógrafo, seminários e palestras. Então vai demorar um pouco para sair, pois para tudo que escrevo faço questão de uma pesquisa profunda e muita dedicação. Não quero correr o risco de apresentar um trabalho parecido com alguma coisa já escrita, nem sequer com o que eu mesmo já escrevi. Nada de linha de produção. E olha que eu sou Engenheiro de Produção...rsrs Mas acho importante falar que sou o tipo de autor que escreve com intenção de agradar aos leitores, então as manifestações que eu receber em relação ao “Homo tempus” vão ser muito importantes para decidir qual dos trabalhos em que tenho pensado devo priorizar.
Perguntas rápidas:
Um livro: O homem e seus Símbolos – Carl Jung.
Um (a) autor (a): Pode ser três? George Orwell, Aldous Huxley e Ayn Rand. Os maiores autores de distopia da história.
Um ator ou atriz: Arnold Schwarzenegger. A história de vida dele é inspiradora.
Um filme: Matrix para mim vai ser sempre um clássico. Equilibrar tantos conceitos filosóficos com uma história de ação daquela forma é coisa de mestre.
Um dia especial: O dia que nascemos, todo o resto é consequência.
Para adquirir o livro no site da editora: https://sromeropublisher.com/produto/homo-tempus ou na Amazon: clique aqui.
0 comments:
Postar um comentário