Paulo Tadeu - Foto divulgação |
A revista Conexão Literatura tem a honra de publicar a entrevista com o jornalista e publicitário Paulo Tadeu, editor da Matrix Editora e autor de 79 livros, que publicou o livro Assassinato de Reputações II: muito além da Lava Jato, de Romeu Tuma Jr. e Claudio Tognolli.
Você é o editor da Matrix Editora, que publicou o livro Assassinato de Reputações II. O que o motivou a fazê‐lo? Comercial, editorial e ideologicamente falando.
É um livro com excelente histórico de vendas. O primeiro livro dessa série vendeu mais de 170 mil exemplares. E não foi por acaso. Quando foi publicado, Assassinato de Reputações foi uma espécie de Lava Jato do setor editorial, com denúncias seriíssimas de escândalos do governo do PT. Mas Romeu Tuma e Claudio Tognolli, autores da obra, não estão preocupados com este ou aquele governo. Querem apenas passar o Brasil a limpo, assim como eu. Foi por isso que decidi publicar o livro. Creio que como empresário preocupado com o futuro do Brasil – e acho que a maioria dos empresários quer um país com iguais oportunidades e chances de trabalhar com dignidade e honestidade – é uma contribuição para um país com menos corrupção. Não sou utópico ao achar que ela vai acabar. Mas se tivermos mais mecanismos de vigilância e transparência, vai ser muito mais difícil roubar o dinheiro do contribuinte.
O livro traz relatos contundentes nunca revelados dos bastidores da Lava Jato. Depois que o livro foi publicado, você sofreu ameaças? Se sim, de que tipo?
Neste, especificamente, não. Já recebi ameaças com a publicação de dois outros livros aqui pela minha Matrix Editora. Confesso que fiquei preocupado com o teor da obra e de suas revelações. Mas me mantive firme no propósito de levar adiante as informações e documentos. O medo não pode vencer a esperança. A luz não pode ceder às trevas. Meire Poza, a contadora de Alberto Youssef, que trouxe dados importantes para a 27ª fase da Operação Lava Jato, como narrado na obra, teve seu escritório incendiado, num episódio até agora não esclarecido pelas autoridades.
Como tem sido a receptividade da obra? Foram vendidos quantos exemplares até o momento?
O livro ganhou destaque em importantes veículos de comunicação. Esta entrevista aqui é parte desse reconhecimento da imprensa. E repetiu o sucesso do primeiro Assassinato de Reputações.
Com a publicação desse livro, você acredita que a maioria das pessoas começou a enxergar os assuntos tratados de outra maneira?
Com certeza. O livro está conscientizando as pessoas para outros escândalos ainda em fase de apuração. O livro mostra, por exemplo, como o dinheiro do BNDES irrigou obras, tocadas pelas grandes construtoras envolvidas na Lava Jato, em países da África, na Venezuela e em Cuba. Se elas estão envolvidas em escândalos aqui, tem dinheiro nosso que foi lá para fora também. E não de uma forma, digamos, franciscana.
Você acredita que o futuro ministro da Justiça e Segurança Sérgio Moro poderá reavaliar a atuação da Polícia Federal diante do que o autor do livro apresenta de modo indiscutível? Poderá sugerir novas investigações ou abertura de novos processos?
O trabalho do autor Romeu Tuma Jr. foi fruto, entre outras coisas, de sua passagem na Secretaria Nacional de Justiça, cargo abaixo do Ministro da Justiça. Tuma Jr. saiu porque é íntegro e se recusou a fazer parte do esquema de corrupção. Moro, por toda a sua experiência, poderá fazer história no novo cargo. Ele foi a pessoa certa na hora certa, quando a Lava Jato surgiu. Creio que sua escolha pelo atual presidente foi a mais acertada das decisões para o ministério. Com certeza ele não se intimidará com os desafios. E temos que pensar que o problema do Brasil não é exclusivamente aquele ligado à Lava Jato. Corrupção é algo muito entranhado em nossa vida. Uma doença difícil de combater e que vai exigir um tratamento longo e doloroso.
Você acredita que a facção criminosa apontada pelo autor está com os dias contados?
Os desdobramentos da Lava Jato ainda vão pegar muitos políticos, de diversos espectros ideológicos. Estamos vendo isso na prática dia a dia. Pode demorar um pouco mais para alguns, por conta dos caminhos jurídicos a serem seguidos e respeitados, mas é uma iniciativa sem volta. Mas, insisto, a Lava Jato não é ponto final. É o começo.
Com a publicação da obra, você acredita que a Justiça triunfará, afinal?
Acho que a teoria das janelas quebradas pode nos fazer pensar num país melhor. Relembrando, essa teoria surgida nos Estados Unidos diz que se os pequenos delitos não forem reprimidos eles acabam levando a condutas ou contravenções criminosas mais graves. Se a janela de um carro aparece quebrada e ninguém faz nada, em breve o carro estará depenado. A punição se faz necessária, é a questão do exemplo. “Se todo mundo está roubando, também vou querer pegar algo para mim” seria um pensamento de muitos nesse momento. O livro ajuda na conscientização das pessoas e mostra que a Justiça está sendo feita. Não quebre o vidro do carro porque você será preso.
Você é o editor da Matrix Editora, que publicou o livro Assassinato de Reputações II. O que o motivou a fazê‐lo? Comercial, editorial e ideologicamente falando.
É um livro com excelente histórico de vendas. O primeiro livro dessa série vendeu mais de 170 mil exemplares. E não foi por acaso. Quando foi publicado, Assassinato de Reputações foi uma espécie de Lava Jato do setor editorial, com denúncias seriíssimas de escândalos do governo do PT. Mas Romeu Tuma e Claudio Tognolli, autores da obra, não estão preocupados com este ou aquele governo. Querem apenas passar o Brasil a limpo, assim como eu. Foi por isso que decidi publicar o livro. Creio que como empresário preocupado com o futuro do Brasil – e acho que a maioria dos empresários quer um país com iguais oportunidades e chances de trabalhar com dignidade e honestidade – é uma contribuição para um país com menos corrupção. Não sou utópico ao achar que ela vai acabar. Mas se tivermos mais mecanismos de vigilância e transparência, vai ser muito mais difícil roubar o dinheiro do contribuinte.
O livro traz relatos contundentes nunca revelados dos bastidores da Lava Jato. Depois que o livro foi publicado, você sofreu ameaças? Se sim, de que tipo?
Neste, especificamente, não. Já recebi ameaças com a publicação de dois outros livros aqui pela minha Matrix Editora. Confesso que fiquei preocupado com o teor da obra e de suas revelações. Mas me mantive firme no propósito de levar adiante as informações e documentos. O medo não pode vencer a esperança. A luz não pode ceder às trevas. Meire Poza, a contadora de Alberto Youssef, que trouxe dados importantes para a 27ª fase da Operação Lava Jato, como narrado na obra, teve seu escritório incendiado, num episódio até agora não esclarecido pelas autoridades.
Como tem sido a receptividade da obra? Foram vendidos quantos exemplares até o momento?
O livro ganhou destaque em importantes veículos de comunicação. Esta entrevista aqui é parte desse reconhecimento da imprensa. E repetiu o sucesso do primeiro Assassinato de Reputações.
Com a publicação desse livro, você acredita que a maioria das pessoas começou a enxergar os assuntos tratados de outra maneira?
Com certeza. O livro está conscientizando as pessoas para outros escândalos ainda em fase de apuração. O livro mostra, por exemplo, como o dinheiro do BNDES irrigou obras, tocadas pelas grandes construtoras envolvidas na Lava Jato, em países da África, na Venezuela e em Cuba. Se elas estão envolvidas em escândalos aqui, tem dinheiro nosso que foi lá para fora também. E não de uma forma, digamos, franciscana.
Você acredita que o futuro ministro da Justiça e Segurança Sérgio Moro poderá reavaliar a atuação da Polícia Federal diante do que o autor do livro apresenta de modo indiscutível? Poderá sugerir novas investigações ou abertura de novos processos?
O trabalho do autor Romeu Tuma Jr. foi fruto, entre outras coisas, de sua passagem na Secretaria Nacional de Justiça, cargo abaixo do Ministro da Justiça. Tuma Jr. saiu porque é íntegro e se recusou a fazer parte do esquema de corrupção. Moro, por toda a sua experiência, poderá fazer história no novo cargo. Ele foi a pessoa certa na hora certa, quando a Lava Jato surgiu. Creio que sua escolha pelo atual presidente foi a mais acertada das decisões para o ministério. Com certeza ele não se intimidará com os desafios. E temos que pensar que o problema do Brasil não é exclusivamente aquele ligado à Lava Jato. Corrupção é algo muito entranhado em nossa vida. Uma doença difícil de combater e que vai exigir um tratamento longo e doloroso.
Você acredita que a facção criminosa apontada pelo autor está com os dias contados?
Os desdobramentos da Lava Jato ainda vão pegar muitos políticos, de diversos espectros ideológicos. Estamos vendo isso na prática dia a dia. Pode demorar um pouco mais para alguns, por conta dos caminhos jurídicos a serem seguidos e respeitados, mas é uma iniciativa sem volta. Mas, insisto, a Lava Jato não é ponto final. É o começo.
Com a publicação da obra, você acredita que a Justiça triunfará, afinal?
Acho que a teoria das janelas quebradas pode nos fazer pensar num país melhor. Relembrando, essa teoria surgida nos Estados Unidos diz que se os pequenos delitos não forem reprimidos eles acabam levando a condutas ou contravenções criminosas mais graves. Se a janela de um carro aparece quebrada e ninguém faz nada, em breve o carro estará depenado. A punição se faz necessária, é a questão do exemplo. “Se todo mundo está roubando, também vou querer pegar algo para mim” seria um pensamento de muitos nesse momento. O livro ajuda na conscientização das pessoas e mostra que a Justiça está sendo feita. Não quebre o vidro do carro porque você será preso.
Nota dos colunistas: o livro pode ser adquirido, com superdesconto, na Livraria Cultura: clique aqui.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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