Caneta em punho, abajur aceso
Papel em branco rabiscado a esmo
Tantas ideias, mas todas dispersas
Inspiração perdida, fugiu às pressas
Escaparam-me todas as palavras
Não me acharam digna de lavra
E diante ao computador
Tal certeza me causou furor
Falhei no exercício de escrever
E buscar me entender
Desnudar o sentimento
Tornou-se um profundo tormento
Falhada a ação
Desistir talvez seja a opção
Mas e os sonhos e os desejos?
Extirpo da alma e busco novos ensejos?
Hoje fracassei
Mas amanhã novamente tentarei
E mesmo que acabem-se os papéis
E as canetas e lápis não me sejam mais fiéis
O amor pela escrita prevalecerá e um dia, correspondido será.
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